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Ginecologia e Obstetrícia – HP Amanda goedert Trabalho de parto prematuro e rotura prematura de membranas: Data provável de parto: 42 semanas (entre 37 e 41 semanas normalmente) Trabalho de parto prematura: Abaixo de 37 semanas Rotura prematura de membranas: Quando a paciente rompe a bolsa antes do trabalho de parto, normalmente chama-se ruprema. Há duas situações na prática, a mais comum é: A bolsa rompe durante o trabalho de parto, mas, algumas pessoas têm a ruprema abruptamente, sem estar em trabalho de parto. A conduta em casos de ruprema dependem da idade gestacional da paciente, se ela está com 39 semanas pro exemplo, espera-se que ela entrará em trabalho de parto em qualquer hora, mas se for antes das 37 semanas é uma ruprema prematura Prematuridade: Problema mundial, é o maior contribuindo mortalidade neonatal. 10% de todos os partos acabam sendo prematuros · Prematuro extremo: <28 semanas · Grave: 28 – 31 + 6s · Moderada: 28-31 + 6s · Leve: 34-36+6s Leve: A partir de 34 semanas de gestação os pneumócitos já liberam surfactante, então, após 34 semanas não se faz corticoterapia para maturação pulmonar Moderada: Bebê aqui geralmente já tem mais de 2kg, e o prognóstico é melhor, entretanto, precisa da corticoterapia A corticoterapia é feita na mãe, o bebê não toma corticoide Causas: Origem materna pré-existente, gestacional ou socioeconômica e demográfica Fatores associados: Tabagismo, infecção intrauterina, obesidade e subnutrição materna Riscos: Infecção, displasias broncopulmonares, hiper bilirrubinemia, paralisia cerebral etc. Com o aumento da taxa de natalidade houve um aumento dos nascimentos prematuros. Sobrevida de recém-nascidos prematuros reflete a qualidade de atendimento antenatal, trabalho de parto e parto, estrutura de atendimento neonatal Trabalho de Parto prematuro: Estágio evolutivo: · Estágio 1: Paciente não está em trabalho de parto ainda, mas está na presença de fatores de risco, ex: DGM, Tabagismo, pré-eclâmpsia. US morfológico de 2º trimestre é feito para rastreamento dos fatores e indicações para o trabalho de parto prematuro – deve ser feito em todas as gestantes: baixo risco e alto risco · Estágio 2: Contratilidade uterina aumentada, com pequena ou sem alteração do colo. Ou seja, o colo não está dilatado, mas amolecido, mais centralizado, mais apagado (encurtado) · Estágio 3: Verdadeiro trabalho de parto prematuro, contrações de 3 em 3 minutos com dilatação de colo uterino · Estágio 4: Trabalho de parto irreversível Conduta de cada estágio: Estágio 1 – Ultrassom transvaginal para medida do colo uterino, entre 22-24 semanas risco de TPP: colo <2,5 cm Identificação e tratamento de infecções genitais e do trato urinário Repouso físico e sexual (discutível, a literatura diz que não, mas na prática é visualizado melhora) Cerclagem uterina (amarrar o colo do útero, mas nessa IG não costuma mais ser muito efetivo) Padrão ouro: progesterona 200mg/dia, a progesterona dá suporte ao corpo lúteo Estágio 2 – Identificação e tratamento de infecções genitais e do trato uterino Laboratório Repouso físico e sexual Avaliar a vitalidade fetal – peso principalmente Monitorar a evolução para o estágio 3 Antiespasmódicos ou analgésicos EV ou VO Estágio 3 – Hospitalização Avaliação da vitalidade fetal Laboratório TPP Verificar a necessidade de tocolíticos (para o trabalho de parto) (entre 22-34 semanas na ausência de contraindicações – antes de 22 semanas não pode segurar a gestação, pois isso é um aborto) Bebês que nascem de menos de 34 semanas, no trabalho de parto a mãe precisa receber sulfato de magnésio para proteção neurológica Verificar necessidade de corticoterapia (<34 semanas) Verificar necessidade de sulfatação (<32 semanas) Verificar necessidade profilaxia estreptococo B-hemolítico (TPP) Contraindicação para inibição do trabalho de parto (tocólise): Gestação acima de 34 semanas Sofrimento fetal agudo ou óbito fetal Malformação incompatível com a vida Retardo de crescimento intrauterino Rotura prematura de membranas – nunca inibe, pois quando a bolsa rompe é um sinal claro de que algo não estava certo Corioaminionite – infecção de líquido amniótico Descolamento de placenta – urgência obstétrica Placenta prévia sangrante – placenta baixa, fez um toque vaginal e começou a sangrar, enquanto não nascer não para de sangrar Síndromes hipertensivas graves Diabetes insulinodependente instável - DM é a uma grande causadora de morte fetal Doença materna grave Tocolíticos: (não vai ser cobrado) Nifedipina – primeira escolha entre 32-34 semanas, mas não pode dar junto do sulfato de magnésio, pois ela baixa a pressão muito rapidamente, se a mãe está em eclampsia ou PE, não é a melhor escolha Indometacina – primeira escolha em menos de 32 semanas Terbutalina ou Salbutamol – não tem eficácia quando administrado VO, faz muita taquicardia Ritodrina Atosiban Ruprema: Ruptura das membranas antes do início do trabalho de parto = PROM Ruprema antes do TP + menor de 37s = PPROM Manejo: · IG · Analisar fatores complicadores – infecções, DPP, SFNT Nenhuma das duas pode inibir o trabalho de parto Há duas opções: induzir o trabalho de parto ou “não fazer nada”, não adiantar o TP e esperar que entre em TP PROM: Ruprema sem o bebê ser prematuro ACOG – colégio americano de GO: · Complica em 8% · É seguido de TP · Principal complicação: infecção (depende de tempo de ruprema) · De 6-12 horas dá pra aguardar o TP, se não ocorreu, induz o trabalho de parto PPROM: Ruprema prematuro UpToDate · Ocorre em 3 das gestações · Responsável por 1/3 dos partos prematuros Ruprema antes da viabilidade: ACOG: · Ocorre em <1% · Entre 14-24s: 50% natimorto, 50% morte neonatal · Melhor quando acontece >22s Diagnóstico da bolsa rota: História + exame físico (especular) Visualização da saída de LA do canal cervical (pedir para a paciente tossir, ou tentar mover a cabeça do bebê) pH básico de fluido vaginal (raramente faz) Cristalização arboriforme (raramente faz) USG: Auxilia, mas não é diagnóstico Fibronectina fetal – não tem no Brasil Manejo: Termo (ACOG): · Determinar IG, apresentação fetal e bem-estar fetal · Excluir infecção, DPP, SFNT · Profilaxia para GBS: depende resultado da cultura ou fatores de risco · >37s: indução Pré-Termo (ACOG): · Se SFNT, Corioaminionite ou DPP – interrupção · IG (controverso) · >37s - Não realizar conduta expectante · <34s – Conduta expectante · 34-37s – Recomendada >34s – interrupção. Expectante: Analisar benefícios x riscos Recomendações e conclusões: Nível de evidência A (ACOG): · Abaixo de 34s conduta expectante, se não existir contraindicação materno ou fetal · Curso de ATBC por 3 dias na conduta expectante <34s · Profilaxia GBS – se for nascer · Curso único de corticosteroides 24-34s · Sulfato de magnésio <32 semanas Nível de evidência B: · Acima de 37s induz · Interrupção >34s · Tocólise não deve ser feita com a bolsa rota (em alguns casos, transporte para uma UTI etc, pode ser feita)
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