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Gonartrose: Estudo de Caso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
GONARTROSE: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMES
SÃO LUÍS – MA
2023
Gonartrose (Osteoartrose do joelho)
	A gonartrose é uma condição muscoloesquelética que se caracteriza pelo desgaste na cartilagem do joelho que acontece naturalmente com o aumento da idade ou secundariamente devido ao sobrepeso, desvios no eixo do joelho ou traumatismo com fratura ou lesão de ligamentos cruzados. 
	Este desgaste pode ocasionar alterações que afetam tanto os tecidos intracapsulares, quanto os periarticulares como ligamentos, tendões e músculos. Como consequência pode afetar a capacidade funcional devido à presença de dor, redução da amplitude de movimentos, diminuição no espaço articular, também pode ocorrer diminuição da força muscular, interferindo nas atividades da vida diária.
Etiologia e Classificação
	De acordo com a causa ou etiologia, a gonartrose pode ser classificada de diversas formas, são elas:
Primária ou Idiopática: quando a causa é desconhecida e geralmente resultante de um processo degenerativo relacionado à idade;
Secundária: quando a causa é conhecida e não apenas provocada pelo envelhecimento;
Com Osteófitos: quando aparecem pequenos calos ósseos ao redor da articulação;
Com Redução o Espaço Intra-articular: quando o fêmur e a tíbia se tocam, causando uma dor intensa;
Com Esclerose Subcondral: quando há degeneração ou deformidade na extremidade do fêmur ou da tíbia.
Causas
	As causas que envolvem o processo degenerativo são complexas, geralmente, iniciando-se com o envelhecimento. Porém, no decorrer da vida do indivíduo podem ocorrer fatos que ocasionam o início precoce desse processo degenerativo natural, entre eles, as doenças infecciosas ou inflamatórias que destroem a estrutura cartilaginosa ou os traumas que envolvem a cartilagem, desencadeando assim a gonartrose.
Fisiopatologia 
	O aumento de pressões sobre a cartilagem e/ou microtraumas no osso subcondral podem desencadear o processo de gonartrose, pois a degradação progressiva da cartilagem leva a alterações estruturais na anatomia normal da articulação, como esclerose do osso subcondral e crescimento ósseo nas margens articulares e no assoalho das lesões cartilaginosas, ocasionando o comprometimento da elasticidade e o aumento da rigidez no local provocando microfraturas que regeneram-se de forma excessiva, originando a formação de calos ósseos aumentando a rigidez articular gerando luxações, instabilidade articular e osteófitos.
	A dor ocasionada pela gonartrose pode ser atribuída a diversos mecanismos, como estímulos nociceptivos gerados pelos mediadores inflamatórios captados através das terminações nervosas da sinóvia, cápsula articular osso subcondral, tendões e músculos. Também são implicados os neuropeptídios, como a substância P liberada pelas fibras aferentes C; o espasmo muscular; a presença de osteófitos e o edema periarticular que podem causar uma compressão nervosa.
Epidemiologia
	A prevalência da gonartrose tem aumentando nos últimos anos em decorrência do aumento da expectativa de vida da população; atualmente, acomete 3,5% da população atual. As mulheres geralmente são afetadas após os 45 anos e o homem após os 50 anos, mas praticamente todos os idosos com mais de 75 anos sofrem com artrose no joelho. Acredita-se que gonartrose possa surgir precocemente antes de 65 anos de idade nas seguintes situações: mulher na menopausa; pessoas com osteoporose; em caso de carência de vitamina C e D; pessoas que estejam acima do peso; pessoas com diabetes ou colesterol alto; doenças ósseas e articulares congênitas; predisposição genética.
Diagnóstico
O diagnóstico da gonartrose se dá por meio de achados clínicos e com base na sintomatologia, priorizando na avaliação: a intensidade do quadro álgico, força muscular, ADM, edema e exames de imagem.
Caso Clínico
Paciente F. S. C, 80 anos, nascida em 12 de setembro de 1942, viúva, realiza trabalhos domésticos, avaliada em 30 de novembro de 2022. Relatou queixa de dor no pescoço e joelho esquerdo, e que tem dificuldade de se vestir também disse que há mais ou menos dez anos recebeu o diagnóstico de artrose com quadro álgico crônico em joelhos com incapacidade de realizar AVDs.
Avaliação Clínica
É realizada através de sinais clínicos como: defeitos posturais e anatômicos da articulação. Em estágio mais avançado, a sintomatologia álgica prevalece mesmo em repouso, ocorre processo inflamatório, atrofia dos músculos, presença de osteófitos, tendo também crepitações, parestesias, limitações de ADM, e rigidez articular.
Diagnóstico Fisioterapêutico
O diagnóstico ocorre pela caracterização do quadro clínico de dor, deformidade (varismo), rigidez, crepitação, edema, sinais inflamatórios (mínimos, mas com exacerbações), e análise de raio X que pode verificar:
Estreitamento da interlinha articular;
Condensação subcondral;
Presença de osteófitos.
Tratamento
Eletroterapia;
Mobilização Articular;
Fototerapia;
Cinesioterapia;
Mecanoterapia;
Terapia Manual.
FIM
Obrigada pela atenção!

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