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Osteoartrite: Características e Sintomas

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1 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda - Medicina 
 
 OSTEOARTRITE 
 
 
 
Caracterizada por alterações na cartilagem articular 
(afinamento e fissuras) e alterações no osso subcondral, na 
membrana sinovial, nos ligamentos, na cápsula articular 
e/ou nos músculos periarticulares. A OA sintomática é 
definida pela presença de dor frequente e evidências 
radiográficas de OA em uma determinada articulação. A 
escala Kellgren-Lawrence é em geral usada para a 
caracterização radiográfica da OA. 
Fatores de risco: idade, raça, sexo, fatores genéticos, bem 
como obesidade e fatores biomecânicos, como lesão traumática repetitiva ou isolada, 
desalinhamento e sobrecarga. Depois da idade avançada, a obesidade é o fator de risco mais 
importante para AO de joelho. 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
Falha na reparação de danos articulares causados por processos intra ou extra-articulares 
anormais. A microlesão decorrente de estresse mecânico excessivo também pode contribuir para 
ou desencadear uma cascata de eventos que resultam nas características patológicas da AO. 
Danos adicionais da cartilagem articular são mediados por citocinas pró-inflamatórias e outros 
fatores catabólicos, causando degeneração do colágeno e dos proteoglicanos. Alterações 
relacionadas à idade como a senescência dos condrócitos e alterações da matriz relacionadas 
com o envelhecimento podem contribuir para o desenvolvimento de OA. Bem como, a 
sarcopenia, levando a uma diminuição da capacidade dos músculos que apoiam os joelhos que 
atuam como amortecedores internos, reduzindo sua capacidade de absorver as forças 
transmitidas ao osso subcondral e cartilagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A história sugere dor mecânica (i.e., a dor 
piora com atividade e melhora com 
repouso). O exame sugere aumento da 
sensibilidade dolorosa na linha articular e 
alargamento ósseo. As radiografias 
mostram estreitamento do espaço articular, 
osteófitos, esclerose e cistos ósseos. 
 
 
2 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda - Medicina 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 
O sintoma mais comum da OA é a dor articular. A maioria dos pacientes se queixa de dor 
“mecânica”, que tende a piorar com a atividade e que é aliviada pelo repouso. O início dos 
sintomas de OA costuma ser insidioso, começando em apenas uma ou poucas articulações. 
Os pacientes com OA do quadril ou joelho descrevem dois tipos distintos de dor: a dor surda, 
maçante, que passou a ser mais constante ao longo do tempo, e uma dor mais intensa, menos 
frequente, muitas vezes imprevisível. 
Na doença mais avançada, a dor pode ser observada com atividades progressivamente menos 
intensas, por fim ocorrendo mesmo em repouso e durante a noite. 
A etiologia da dor pode ser atribuída a alterações anatômicas na articulação. A dor não é 
causada diretamente pela lesão da cartilagem, a qual não tem neurônios, mas pela lesão do osso 
subcondral, periósteo, osteófitos, ligamentos periarticulares, músculos periarticulares, 
membrana sinovial e cápsula articular, resultado da rica inervação circundante. 
A dor nociceptiva pode se tornar persistente, o que com 
frequência está associado com uma sensibilização 
neurogênica central, estabelecendo assim uma síndrome 
dolorosa crônica estimulada perifericamente, porém mediada 
por mecanismos centrais. A OA pode causar rigidez matinal, 
mas se resolve em menos de 30 minutos. A rigidez articular 
pode recorrer após períodos de inatividade, um fenômeno 
conhecido como “gelificação” 
Alem da dor, pode vir associado a ela distúrbios do sono, fadiga e depressão. 
OA pode revelar uma sensibilidade dolorosa na linha articular, crepitação ou sensação de 
estalidos, além de osteófitos. 
Pode haver derrame articular de quantidade variável e/ou edema de tecidos moles, mas estes 
tendem a ser intermitentes e sem calor local. 
Com a progressão da OA, ocorre uma diminuição da amplitude de movimento. 
 
CARACTERÍSTICA ARTICULAR ESPECÍFICA 
 
 AO DAS MÃOS: 
As articulações IFDs e a primeira articulação CMC 
podem resultar em mãos com um aspecto quadrado. 
Osteófitos proeminentes e palpáveis nas IFDs e IFPs 
costumam ser conhecidos como nódulos de Heberden e 
Bouchard. 
 
 
 
Uma rigidez articular prolongada 
com duração de mais uma hora, dor 
noturna que mantém o paciente 
acordado e edema articular = atrite 
inflamatória. 
A OA muitas vezes é assimétrica e não 
afeta todas as articulações da mesma 
forma. As articulações mais afetadas 
são as mãos, os joelhos, o quadril e a 
coluna vertebral. 
A OA foi classificada como primária 
(idiopática) ou secundária a causas 
conhecidas. 
A OA também tem sido classificada de 
acordo com o local de envolvimento. 
 
3 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda - Medicina 
 AO DO JOELHO: 
Pacientes com dor crônica frequente no joelho relatam dor localizada no joelho, seguida de 
dor regional ou difusa no joelho. Pacientes com OA avançada de joelho muitas vezes 
apresentam uma sensação de escorregamento ou instabilidade no joelho. 
Pessoas com instabilidade no joelho apresentaram uma função física pior. Os achados comuns 
da OA do joelho incluem crepitação à movimentação ativa do joelho, sensibilidade óssea 
dolorosa, osteófitos, derrame sem calor palpável e limitação da amplitude do movimento. Um 
derrame articular pode levar à flexão do joelho e o líquido pode migrar para dentro da bursa 
semimembranosa posterior, criando um edema flutuante ao longo da região posterior do joelho. 
 AO DO QUADRIL: 
A dor da OA do quadril pode ser sentida no trocanter, referida para o joelho ou ao longo do 
tensor da fáscia lata (meralgia parestésica). 
Uma avaliação da amplitude de movimento do quadril e joelho, sensibilidade dolorosa sobre o 
trocanter maior (na bursite), dor na região posterior do quadril ou nas nádegas (na lesão do 
nervo ciático associada com radiculopatia lombar) e na coluna lombar baixa ajudará a 
determinar se a dor no quadril é referida a partir dessas outras áreas articulares. A dor da bursite 
é percebida lateralmente e em geral não limita o movimento. Os pacientes podem se queixar de 
dificuldade para subir ou descer escadas ou para deitar de lado durante a noite. 
O paciente desenvolve uma marcha característica na qual desloca seu peso para o quadril 
contralateral não envolvido (marcha antálgica). A extremidade inferior encurta enquanto a 
cabeça do fêmur migra para cima no acetábulo. 
Os achados radiográficos incluem osteófitos (femorais ou acetabulares) e estreitamento do 
espaço articular (superior, axial ou medial). 
 AO DA COLUNA: 
Estreitamento do disco intervertebral, osteófitos que se originam das margens do corpo vertebral 
e alterações articulares facetárias é frequentemente denominado doença vertebral degenerativa 
(“espondilose”). 
A espondilose cervical pode causar dor cervical, cefaleias occipitais, dor radicular na 
extremidade superior, dor no ombro e perda da destreza manual. Embora não seja comum, 
grandes osteófitos na coluna cervical podem comprometer o canal medular, causando 
espasticidade de membros inferiores e distúrbio da marcha. 
A dor discogênica em caso de herniação para dentro do canal medular ou para dentro do forame 
caracteriza-se muitas vezes por dor na região lombar inferior e dor referida nas nádegas ou na 
região posterior da coxa (dor radicular), que é agravada pelo movimento ou na posição sentada. 
A dor decorrente de OA da faceta articular é frequentemente agravada pela extensão da coluna. 
Osteófitos da faceta articular podem levar à estenose do canal medular. Os sintomas de estenose 
medular muitas vezes são aliviados com uma leve inclinação para frente, pois essa posição 
aumenta as dimensões do canal medular. 
A dor vertebral noturna deve levantar suspeita de um processo mais grave, como uma doença 
maligna. 
 
TRATAMENTO 
 
4 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda - Medicina 
 
A OA é acompanhada por alterações estruturais não apenas dentro da articulação, incluindoperda da cartilagem e formação de osteófitos, mas também por alterações nos músculos, ossos, 
tendões, ligamentos, meniscos, membrana sinovial e cápsula articular. Essas alterações resultam 
em mecanismos articulares alterados e fraqueza muscular, causando diminuição da função física 
e incapacidade. 
Esse tratamento deve ser usado antes dos tratamentos farmacológicos ou em conjunto com eles. 
Manejo da OA de joelho incluem exercícios aeróbicos, aquáticos e/ou de resistência, bem como 
perda de peso para pacientes com sobrepeso. 
O tratamento farmacológico é adicionado quando o programa de tratamento não farmacológico 
não fornece alívio adequado da dor. Tratamento inicial dos pacientes com OA de joelho incluem 
paracetamol, AINEs orais e tópicos, tramadol, injeções intra-articulares de corticoides, injeções 
intra-articulares de hialuronato e duloxetina. 
Os exercícios são fundamentais para a redução do comprometimento, a melhoria da função e a 
prevenção da incapacidade. Treinamento da força ou regimes de exercícios aeróbicos para 
pacientes com OA levaram à melhoria da saúde física e dos sintomas de OA. Para pacientes 
com OA avançada, os exercícios para a amplitude do movimento e força isométrica podem ser 
prescritos inicialmente, e um regime de exercícios pode progredir de maneira sequencial por 
meio de fortalecimento isotônico, exercícios aeróbicos e, por fim, para exercícios recreativos. 
Exercícios aquáticos são ideais para os pacientes com artrite grave e descondicionamento 
acentuado. 
A combinação de dieta e exercício físico moderado em idosos com OA de joelho demonstrou 
ser mais eficaz no controle de peso. No entanto, a perda de peso em um paciente idoso inativo e 
com sobrepeso é um problema particular, pois a perda de peso sem exercícios pode causar uma 
redução indesejada da massa muscular (sarcopenia). 
 
 
 
HORA DE EXERCITAR 
 
Qual a alternativa que apresenta o conceito correto de osteoartrose: 
 
5 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda - Medicina 
A) Osteoartrose é a doença reumática mais comum, caracterizando-se pela presença de 
ossos extranumerários em articulações de ossos longos. 
B) Osteoartrose é a doença reumática mais prevalente, caracterizando-se pela perda 
progressiva da cartilagem articular e do tecido adiposo, apresentando dores musculares 
e fraturas. 
C) Osteoartrose é a doença reumática mais prevalente, caracterizando-se pela perda 
progressiva de cartilagem articular e por alterações ósseas reacionais nas margens 
articulares e no osso subcondral. 
D) Osteoartrose é a doença reumática menos comum, caracteriza-se pela perda progressiva 
do cálcio no tecido ósseo, causando dores e aumento da frequência de fraturas. 
E) Osteoartrose é a doença reumática que se caracteriza pela presença de cisto sinovial. 
- RESPOSTA LETRA C 
Sobre a utilização de exercícios em pacientes com osteoartrose é INCORRETO afirmar que: 
A) Diminuem a dor. 
B) Melhoram e mantém a força muscular. 
C) Aumentam a densidade óssea. 
D) Piora a dor por causar estresse articular. 
E) Aumentam a funcionalidade. 
- RESPOSTA LETRA D 
C.B. 60 anos de idade, sexo feminino, obesa, sedentária, refere dor espontânea e localizada nos 
joelhos que piora com atividades de carga e sobrecarga, à noite, e em mudanças bruscas de 
temperatura, principalmente no frio, e pós-estresse emocional. Na avaliação fisioterapêutica, 
constata-se atrofia e fraqueza muscular e instabilidade articular. Sinais radiológicos mostram 
diminuição do espaço articular de modo irregular. A descrição sugere 
A) artrite reumatóide. 
B) osteoartrose. 
C) osteomalácia. 
D) osteoporose. 
E) doença de Paget. 
-- RESPOSTA LETRA B 
Assinale a alternativa correta sobre a osteoartrite ou artrose: 
A) Rigidez e dor das articulações são as queixas mais comuns da osteoartrite. 
B) A rigidez, junto com a deformidade articular, não é a queixa mais comum da 
osteoartrite. 
C) A dor associada à osteoartrite geralmente é uma dor constante e não alivia ao repouso. 
D) As radiografias da articulação afetada habitualmente demonstram aumento do espaço 
articular, esclerose e osteófitos na margem articular 
E) NDA. 
- RESPOSTA LETRA A 
 
 
 
 
 
6 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda - Medicina

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