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Avaliação da Aprendizagem no Ensino Básico e Superior

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AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO 
BÁSICA E SUPERIOR
Professora Me. Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
Douglas Crivelli
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro 
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Avaliação da Aprendizagem na Educação 
Básica E Superior 
Maria do Carmo 
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2018. 53 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária 
Zineide Pereira da Silva.
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site Freepik.
Atribuições:
Designed by katemangostar / Freepik
Designed by rawpixel.com / Freepik
Designed by jcomp / Freepik
Designed by D3Images / Freepik
Designed by jannoon028 / Freepik
Designed by creativeart / Freepik
Designed by senivpetro / Freepik
Designed by photoroyalty / Freepik
Designed by Pressfoto / Freepik
PALAVRA DA DIREÇÃO
Prezado Acadêmico(a),
É com muita satisfação que inauguramos um novo mundo de oportunidades e 
expansão de nossa instituição que estrapolam os limites físicos e permite por 
meio da tecnolgias digitais que o processo ensino educação ocorra de formas 
ainda mais dinâmicas e em consonância com o estilo de vida da sociedade 
contemporânea. 
Empregamos agora no Ensino a Distância toda a dedicação e recursos para 
oferecer a você a mesma qualidade e excelência que virou a marca de nosso 
grupo educanional ao longo de nossa história. 
Queremos lembrar a você querido aluno, que a Faculdade Fatecie nasceu do 
sonho de um grupo de professores em contribuir com a sociedade por meio da 
educação. Motivados pelo desafio de empreender, tornaram o sonho realidade 
com a autorização da faculdade fatecie no ano de 2007. Desde o princípio a 
fatecie parte da crença no sonho coletivo de construção de uma sociedade 
mais democrática e com oportunidades para todos, onde a educação prepara 
para a cidadania de qualidade. 
Toda dedicação que a comunidade acadêmica teve ao longo de nossa história 
foi reconhecido ao conquistarmos por duas vezes consecutivas o título de 
Faculdade Número 1 do Paraná. Um feito inédito para paranavaí e toda 
região noroeste. No ranking, divulgado pelo mec em 2014 e 2015, a Fatecie 
foi destaque como a faculdade melhor avaliada em todo o estado. Posição 
veiculada em nível nacional pela Revista Exame e Folha de São paulo, 
apontando a Fatecie como a 1ª colocada no Paraná.
Essas e outras conquistas que obtivemos ao longo dos nossos 10 anos de 
história tem como base a proposta global da faculdade fatecie, que consiste 
em criar um ambiente voltado para uma abordagem multidisciplinar, crítica e 
reflexiva, onde se desenvolvem as atividades ensino, pesquisa e extensão. 
Para isso, a Fatecie conta com um corpo docente composto, em sua maioria, 
por professores com mestrado e doutorado e com ampla experiência 
profissional nas mais diversas áreas do mercado e da educação. 
Seja bem-vindo!
Direção 
Faculdade Fatecie
A
U
T
O
R
Oi! Meu nome é Maria do Carmo, e para falar de mim é preci-
so falar de animais e aprendizagem.
Sou apaixonada por animais e também pelas possibilidades de 
aprender, vejo aprendizagem em tudo e em todos os momen-
tos da vida. Uma leitura por mais breve que seja, tem uma pa-
lavra que marca. Para mim, aprender só tem um motivo, para 
ser uma pessoa melhor!
Carrego comigo o encanto dos animais, as lições que apren-
di com alguns que convivi até hoje: ser gentil, com gentileza 
ganhamos confiança e apoio, ser bravo espanta as pessoas e 
acabamos ficando só. Agradecer as pequenas coisas do dia a 
dia, um carinho é a melhor forma de agradecimento. E o quan-
to somos dependente uns dos outros.
É fabuloso aprender! Por isso escolhi a área da educação. Tra-
balho na área da educação há 10 anos,como professora e 
também na área da gestão.
Sou formada em Pedagogia, tenho especialização em Ges-
tão educacional, Psicopedagogia e EaD e novas tecnologias. 
Também sou mestre em gestão do Conhecimento nas organi-
zações, Ah! O conhecimento me fascina! Atualmente estou fa-
zendo uma nova graduação em Processos Gerenciais, tenho 
35 anos e tenho muitos planos para o futuro, sobre isso con-
versamos outro dia.
Você pode saber mais sobre onde e quando estudei e onde 
trabalhei no meu currículo Lattes, deixarei o link para você: 
http://lattes.cnpq.br/0412755877897123
Um abraço e até breve! 
APRESENTAÇÃO
Olá! Vamos começar uma leitura sobre um tema de extrema relevância para 
quem atua com a educação, vamos falar de avaliação da aprendizagem. Algu-
mas pessoas tem pavor de ser avaliado, mas na verdade, o outro lado também 
é intenso, estar na condição de avaliador requer uma responsabilidade muito 
grande!
Veremos que ser avaliado precisa ser prazeroso, já que, a avaliação deve aflo-
rar resultados a serem desenvolvidos e não punidos.
Apesar de alunos e professores estarem envolvidos de forma geral no campo 
das avaliações, poucos se dispõem a analisar e discutir suas implicações, e no 
que se refere à avaliação, é possível constatar o recente interesse por parte de 
pesquisadores e instituições de ensino, que buscam qualidade e metodologias 
diferenciadas de ensino.
Iniciaremos o estudo do tema, contextualizando sobre propostas e as funções 
das avaliações, os desafios de mudar a concepção de avaliação, intrínseca há 
séculos na educação e a nova postura do professor. Já adianto que não tem re-
ceita mágica,mas podemos pensar juntos, isso é o começo.
A seguir vamos refletir sobre avaliação significativa na educação básica, extre-
mamente necessário repensar a avaliação para este nível da educação, discu-
tiremos sobre a avaliação contínua e as contribuições da neurociência para a 
aprendizagem. Que tal repensar a avaliação?
Precisamos sair do conceito de avaliação homogênea, nem os alunos e nem 
os ambientes de aprendizagem são iguais. Ao refletir sobre a avaliação no en-
sino superior veremos a necessidade de uma avaliação significativa no contex-
to contemporâneo.
Vamos aproveitar o momento para refletir também sobre a avaliação da apren-
dizagem na Educação a Distância, os desafios e as possibilidades que a tecno-
logia proporciona no processo de avaliação. 
Enfim, não prometo receitas prontas, mas no decorrer dessa leitura você fará 
novas sinapses e com certeza sairá com insights, ou seja, pistas de algo que 
você pode fazer para conseguir um resultado positivo no processo de avalia-
ção.
Vem comigo!
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
07 | Avaliação da Aprendizagem
CAPÍTULO 2
19 | Avaliação Significativa na Educação Básica
CAPÍTULO 3
33 | Avaliação no Ensino Superior
CAPÍTULO 4
43 | Avaliação da Aprendizagem em Ead Desafios e Possibilidades
PÁGINA 7
CAPÍTULO
1 AVALIAÇÃO DAAPRENDIZAGEM
Professora Mestre Maria do Carmo Teles Ferreira Stringhetta
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar avaliação da aprendizagem
• Compreender os desafios da mudança da avaliação
• Refletir sobre as propostas pedagógicas da avaliação
Plano de Estudo:
• Proposta e Funções da Avaliação
• Desafio da mudança na avaliação
• Nova postura do professor
PÁGINA 8
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Olá! Que oportunidade boa poder conversar com você sobre avaliação!
O que você sente quando sabe que será avaliado/a? Já pensou sobre isso?
Neste momento, vamos mergulhar no processo de avaliação da aprendizagem. 
Vamos procurar não somente compreender o tema, mas analisá-locriticamen-
te, verificando as questões que envolvem as práticas avaliativas educacionais e 
também apontar os desafios da mudança da proposta da avaliação, superando 
a abominável seleção.
Este é o momento para discutir o conceito de avaliação dentro do processo de 
ensino e aprendizagem, os conceitos, as propostas pedagógicas de cada mo-
delo de avaliação, medir, diagnosticar, planejar e os instrumentos que podem 
ser desenvolvidos de acordo com objetivo da proposta.
Vamos conversar sobre isso?
PÁGINA 9
1. PROPOSTA E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
Vivemos em uma sociedade acostumada com processos avaliativos classi-
ficatórios e isso pode ser perigoso, pois ameaça a democracia, o direito de 
aprendizagem. Atualmente a discussão sobre avaliação nos diferentes níveis 
de educação tem acontecido com mais ênfase e este é o momento para refletir 
sobre as propostas da avaliação e romper processos seletivos e excludentes.
A sociedade contemporânea é muito dinâmica e está em constante mudança, 
percebemos as mudanças nos valores, nas instituições, que sofrem muita influ-
ência da tecnologia, o imediatismo e a quantidade de informação faz com que 
os alunos queiram aulas mais significativas. 
Nesse contexto, romper a avaliação tradicional também torna-se urgente. Lu-
ckesi (2005, p. 04) enfatiza que “a questão central da prática da avaliação não 
está nos instrumentos, mas sim na postura pedagógica e consequentemente 
na prática da avaliação”. Ou seja, quando o aluno se vê forçado a estudar para 
fazer a prova, o foco da educação está em aprovar ou reprovar o educando e 
não centrado no seu processo de construção do conhecimento.
PÁGINA 10
1.1 Desafio da mudança na avaliação
 
Há docentes que ainda resistem a qualquer mudança em sua prática, e usam a 
avaliação como instrumento de controle e punição. Abramowicz (2001, p.124) 
afirma que “face controladora da avaliação como controle educacional ainda 
permite que percebamos mais uma dimensão: a ênfase no domínio cognitivo, 
expresso pelo controle dos conteúdos e pela insistência da memorização”.
No contexto da avaliação da aprendizagem é preciso que haja uma exclusão 
do antigo conceito de avaliação como forma de medir do nível de aprendiza-
gem. É necessário o emprego de um sistema de avaliação que considere a 
relação existente entre os aspectos qualitativos e quantitativos, a natureza da 
relação pedagógica e os objetivos que se propõe alcançar. Nesse cenário, o 
professor também precisa se autoavaliar.
PÁGINA 11
REFLITA
É preciso considerar que, a avaliação está intrinsecamente relacionada à 
aprendizagem, e é um desafio constante em qualquer nível de ensino. Para 
Abramowicz (2001), a avaliação constitui uma janela por onde se vislumbra 
toda a educação. Além de um instrumento que possibilita a aprendizagem do 
aluno, o processo avaliativo permite ao professor e à instituição de ensino um 
planejamento e melhoria constante do processo de ensino.
Se os alunos possuem competências e interesses diferentes, por qual motivo 
você acredita que todos devem ser avaliados da mesma forma?
Fonte: a autora
Vamos à ao exemplo: Após identificar fragilidades no resultado de uma avalia-
ção em relação à um conteúdo ou disciplina, é importante propor a revisão do 
processo, seja com uma nova proposta de ensino ou nova proposta de avalia-
ção. Essa mudança de postura requer despreendimento de crenças e aceita-
ção do novo e em muitas situações esse comportamento é um desafio e exige 
sabedoria da gestão.
PÁGINA 12
No contexto da avaliação da aprendizagem é preciso que haja uma exclusão 
do antigo conceito de avaliação como forma medir o nível de aprendizagem. É 
preciso que se conheçam as características dos processos, sendo necessário 
tomar medidas que contribuam com o aperfeiçoamento do ensino e da aprendi-
zagem. Torna-se necessário ainda o emprego de um sistema de avaliação que 
considere a relação existente entre os aspectos qualitativos e quantitativos, a 
natureza da relação pedagógica e os objetivos que se propõe alcançar.
Muitos profissionais confundem o uso da avaliação com o processo e gestão 
da aprendizagem dos alunos. Vamos ver o que Vasconcelos nos fala sobre o 
tema: avaliação do ensino e aprendizagem.
[...] a avaliação sempre faz parte do processo de ensi-
no-aprendizagem, pois o professor não pode propiciar a 
aprendizagem a menos que esteja constantemente ava-
liando as condições de interação com seus educandos. 
Está relacionada ao processo de construção do conheci-
mento [...]
VASCONCELOS (2000, p. 59) 
É importante observar que Vasconcelos (2000) define a avaliação do ensino e 
aprendizagem como um “processo”, porque segundo o autor o professor estará 
acompanhando a construção do conhecimento do aluno, ao invés de simples-
mente julgá-lo em determinada situação. 
1.1.1 Nova postura do professor
Nesse sentido, a formação docente deve ser estimular o desenvolvimento de 
profissionais reflexivos e investigadores, com intensa capacidade de refletir so-
bre sua prática docente. Para um professor com essas características é fácil 
usar os resultados da avaliação para rever suas metodologias e ampliar seu 
planejamento.
Moran, Masetto e Behrens (2015, p. 77) afirmam que: “nessa nova visão, o pro-
fessor deve mudar o foco do ensinar para reproduzir conhecimento e passar a 
preocupar-se com o aprender e, em especial, o ‘aprender a aprender’, abrindo 
caminhos coletivos de busca e investigação para a produção do seu conheci-
mento e do seu aluno”
 
Um exemplo simples de um professor dinâmico é aquele que após a aplica-
ção e correção de uma avaliação faz uso das tecnologias e estatisticamente 
comprova a questão e o tema com maior número de erros, na aula seguinte o 
professor pode fazer um planejamento para recuperação deste conteúdo. Nes-
te caso, o professor se coloca em uma posição de responsável pela aprendiza-
gem dos seus alunos e utiliza a avaliação a seu favor.
PÁGINA 13
SAIBA MAIS
 
O desempenho em uma prova pode ser explicado também pela ansiedade do 
estudante, 
Veja o que a neurociência explica sobre a ansiedade na prova.
https://www.youtube.com/watch?v=eGOwZv4UB9s
CONSIDERAÇÕES FINAIS#
O contexto da educação atual e da avaliação da aprendizagem escolar estão 
em processo de transição na tentativa de superação de um modelo educacio-
nal conservador, permeado por uma prática de avaliação excludente, para a 
consolidação de um modelo de educação voltado para o crescimento do es-
tudante enquanto sujeito de sua aprendizagem e uma prática de avaliação de 
diagnóstico, do desempenho do estudante, voltada para a promoção da quali-
dade do ensino e da aprendizagem.
A prática avaliativa que se espera de um educador é o comprometimento com o 
crescimento do estudante.
Espero que essas reflexões colaborem para uma avaliação mais justa, provei-
tosa e ética, cumprindo com com as necessidades do processo de ensino e 
aprendizado.
PÁGINA 14
LEITURA COMPLEMENTAR
PERSONALIZAÇÃO DO ENSINO
Para demonstrar como a personalização acontece na prática, o Porvir pesqui-
sou iniciativas que utilizam diferentes estratégias para promover um ensino 
personalizado. Algumas dessas experiências estão centradas no uso da tecno-
logia, outras pouco utilizam recursos digitais. Há aquelas que têm como foco 
crianças e as que se voltam mais para os adolescentes. Parte delas estão no 
Brasil, outras no exterior. Todas são gratuitas e acontecem em três tipos de es-
colas: públicas convencionais, geridas via parceria público-privado ou mantidas 
por investidores sociais.
Confira algumas características recorrentes em todas elas:
Autonomia
As escolas que se propõem a oferecer um ensino mais personalizado colocam 
o aluno no centro de sua proposta pedagógica e criam oportunidades para que 
se torne o principal agente do seu aprendizado. A autonomia é estimulada a 
partir de diferentes estratégias. Em algumas escolas, os alunos elaboram seus 
planos individuais de aprendizado, outras dão ao estudante a liberdade defa-
zer escolhas ao longo de sua trajetória escolar.
 
Ambiente de aprendizagem
Para que os alunos tenham a possibilidade de aprender de diferentes manei-
ras, as escolas têm reorganizado seu espaço físico. Na maior parte das vezes, 
a opção é por mobiliário flexível, que permite diferentes arranjos, capazes de 
abrigar atividades diversas (on-line, experimentações, debates e até aulas ex-
positivas), tanto realizadas individualmente, quanto em grupos. Há escolas que 
aboliram as salas de aula tradicionais.
 
Mentoria
O apoio individual oferecido por um adulto de referência é outra das estratégias 
usadas para promoção do ensino personalizado. Normalmente, cada professor 
tem um número máximo de alunos que acompanha em diferentes níveis: rotina 
acadêmica, projeto de vida, dificuldades fora do âmbito escolar e articulação 
com família. Em alguns casos, o mentor (tutor ou orientador) também é aquele 
que ajuda o aluno a descobrir seus talentos e se conectar com pessoas de fora 
da escola que podem apoiá-lo no desenvolvimento dessas habilidades.
PÁGINA 15
Planos individuais de aprendizado
Muito relacionados ao desenvolvimento da autonomia, os planos individuais de 
aprendizado são utilizados por algumas das escolas pesquisadas como instru-
mentos pedagógicos desenvolvidos com ou sem o apoio da tecnologia, mas 
sempre a partir do que o aluno precisa e deseja aprender. Com a tecnologia, 
são elaborados com apoio de plataformas inteligentes, que entendem como 
cada aluno aprende melhor e sugerem caminhos para que ele cumpra seus ob-
jetivos educacionais.
 
Avaliação individualizada e de processo
As escolas investigadas também utilizam formas mais personalizadas de ava-
liação. Uma vez que cada aluno segue seu próprio percurso pedagógico, res-
peitando ritmo, características e interesses distintos, as provas padronizadas 
deixam de fazer sentido. Com isso, as avaliações passam a ser feitas de forma 
contínua, com o intuito de acompanhar a evolução de cada estudante e garantir 
que ele aprenda.
 
Aprendizado por projetos
As experimentações concretas ou atividades mão na massa têm sido ampla-
mente utilizadas pelas escolas mapeadas, com grande efeito sobre o engaja-
mento dos alunos. Geralmente, os projetos são interdisciplinares, ajudam os 
alunos a compreender conceitos mais complexos ou abstratos e permitem o 
desenvolvimento de uma série de outras competências, como liderança, criati-
vidade, capacidade de resolver problemas e trabalhar em grupo. Em algumas 
escolas, eles são realizados por alunos de idades e séries diferentes, o que 
amplia a integração e enriquece a troca. Muito frequentemente, buscam resol-
ver problemas da vida real, conferindo sentido ao que se aprende.
 
Desenvolvimento integral
As escolas que promovem a educação personalizada têm um olhar integral 
para o aluno, a fim de assegurar que os conteúdos e estratégias de aprendiza-
gem dialoguem com o perfil e o projeto de vida de cada um. Assim, promovem 
atividades educativas que desenvolvem os estudantes em diferentes dimen-
sões (acadêmica, física, socioemocional, cultural).
 
Tecnologia e Ensino híbrido
O uso mais intensivo e estratégico de recursos tecnológicos na educação ge-
rou uma nova abordagem pedagógica denominada de ensino híbrido, que mes-
cla atividades on-line e offline.
 
Fonte: GOMES, Patrícia. Educação sob medida. Diponível em: http://porvir.org/
especiais/personalizacao/. Acesso em 20 de out de 2018.
PÁGINA 16
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
FILME
Práticas de avaliação educacional:
materiais e instrumentos
Autor: Santiago Castillo Arredondo ,‎ Jesús Cabrerizo 
Diago 
Editora: InterSaberes
Sinopse: Escrito por especialistas em avaliação edu-
cacional, o livro: Práticas de avaliação educacional: 
materiais e instrumentos traz para os profissionais 
da educação instrumentos que podem ser utilizados 
como avaliações. O objetivos é apresentar modelos 
e inspirações para que os professores desenvolvam 
seus próprios instrumentos, de acordo com a realidade. Professores da educa-
ção infantil ao ensino superior, encontrarão temas que poderão ser adaptados 
para enriquecer os momentos de aprendizagem.
Título: A educação proibida
Ano: 2012
Sinopse: O filme é uma produção argentina e inde-
pendente. O objetivo principal do filme documentário 
é repensar metodologias, valorizar a diversidade edu-
cativa e a liberdade pedagógica. Comentário: O filme 
documentário apresenta 45 experiências de ensino não 
convencionais, bastante importantes para pensarmos 
nossas metodologias de ensino e refletir sobre o que é 
de fato, a educação. 
PÁGINA 17
NA WEB
No vídeo Cipriano Luckesi fala sobre a Avaliação da aprendizagem. Luckesi 
é referência em avaliação da aprendizagem escolar e faz uma contextualiza-
ção histórica para explicar o modelo de avaliação usado como instrumento de 
classificação e seleção o autor defende que avaliação deve ser instrumento de 
aprendizagem, subsidiando a democratização da sociedade.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
PÁGINA 18
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Metodologia da Investigação em Educação. Curitiba. Intersa-
beres. 2013
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. 
Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21 ed. Campinas, SP: Papirus, 
2013.
ABRAMOWICZ, Anete (org.); MELLO, Roseli Rodrigues de. Educação: pes-
quisas e práticas. Campinas: Papirus, 2001.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar: apontamentos so-
bre a pedagogia do exame. Tec. Educ. v.20, n.101, p.82 – 86, 1991.
 
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. 16. ed. São Paulo: 
Cortez, 2005.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem: Práticas 
de Mudança - por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad, 1993.
PÁGINA 19
CAPÍTULO
2 AVALIAÇÃOSIGNIFICATIVA NA 
EDUCAÇÃO BÁSICA
Professora Mestre Maria do Carmo Teles Ferreira Stringhetta
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender a importância da avaliação significativa
• Reconhecer os tipos de avaliação aplicadas na Educação Básica
• Estabelecer a importância socioeconômica do Marketing
Plano de Estudo:
• Avaliação significativa
• Tipos de avaliação aplicadas na Educação Básica
• Habilidades no processo de avaliação da aprendizagem
PÁGINA 20
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Olá! Vamos continuar nossa reflexão sobre a avaliação da aprendizagem, ve-
remos que é possível avaliar de forma significativa e construindo aprendiza-
gem, para isso, já sabemos que precisamos ter uma postura de superação das 
práticas autoritárias de avaliação. 
A avaliação é uma forma de auxiliar o estudante direta e indiretamente, pois, 
além de ser contínua e sistematizada, deve primar por uma preparação ante-
rior, durante e posterior, a fim de que o estudante, aprenda antes e no momen-
to que está sendo avaliado, exteriorize seus conhecimentos aprendendo com 
o instrumento proposto para que, após a avaliação, reestruture suas estruturas 
mentais. 
Podemos entender que, avaliação é muito mais prova. 
Vamos pensar juntos!
PÁGINA 21
1 AVALIAÇÃO SIGNIFICATIVA
Convido você a refletir sobre a avaliação como um instrumento do processo 
de ensino e aprendizagem. É nesse sentido que as avaliações precisam ser 
elaboradas com significado, ao ser planejada, o professor precisa saber qual o 
objetivo da questão proposta.
Para ser significativa, a avaliação precisa ter foco no aprendizado. No en-
tanto, se não for bem planejada e com objetivos claros e precisos, a avaliação 
pode perder o foco e gerar desconforto em estudantes e professores. Convido 
você a fazer a leitura das situações abaixo e refletir se você enquanto estu-
dante ou docente se identifica ou conhece alguém que se identifica com estas 
situações.
Estudantes Docentes
Os estudantes muitas vezes 
associam a avaliação somente 
às provas, sendo que alguns 
deles desenvolvem até 
alguns “sintomas”, tais como 
esquecimento, sudorese, uso de 
meios escusos como a “cola” etc.
Os docentes se questionam sobre 
qual é a melhor maneira de avaliar aaprendizagem de seus alunos, se o 
instrumento utilizado será ou não capaz 
de captar o nível de aprendizagem da 
turma, que ações serão necessárias 
após a análise dos resultados, entre 
outros.
SUHR, 2012, p, 18. Adaptado pela autora.
PÁGINA 22
Isso acontece porque muitas vezes a avaliação é apenas um processo mecâ-
nico e burocrático, com o finalidade de proporcionar uma nota ao estudante. 
Quando realizada deste modo a avaliação, a avaliação em nada contribui para 
o desenvolvimento do aluno pois serve apenas para corresponder a uma exi-
gência dos sistemas de ensino (SUHR, 2012, p, 20).
As práticas docentes inovadoras buscam romper com as práticas pedagógicas 
reprodutivistas. Nesse contexto, Christensen, Horn e Johnson (2009) afirmam 
que, nas últimas três décadas tem aumentado o número de psicólogos cogni-
tivos e neurocientistas que reconhecem que as pessoas aprendem de forma 
diferente uma das outras, diversas pesquisas proporcionam melhores conheci-
mentos sobre o funcionamento e mapeamento do cérebro, indicando como os 
neurotransmissores disparam as sinapses e como ocorre o processamento das 
informações em cada área cerebral.
PÁGINA 23
REFLITA
SAIBA MAIS
Conhecer os resultados das pesquisas sobre o funcionamento e mapeamento 
do cérebro, podem ajudar os docentes a elaborarem avaliações mais significa-
tivas?
Fonte: A autora
Os conhecimentos da Neurociência contribuem para muitos estudos que pro-
põem novas ferramentas que auxiliam o processo de aprendizagem. Nem sem-
pre a dificuldade de aprendizagem está relacionada à indisciplina, de acordo 
com estudos da neurociência:
- Crianças que sofrem carência alimentar provavelmente terão dificuldade 
no processo de aprendizagem.
- Crianças que dormem mal, também apresentam dificuldade de aprendi-
zagem.
- Complicações na gestação ou no nascimento também causam dificulda-
de de aprendizagem nas crianças.
Isso não significa que a criança não é capaz de apreender, significa que o pro-
fessor precisará buscar recursos extras para ensinar as crianças com dificulda-
de de aprendizagem. Por exemplo: Uma forma diferenciada de avaliação.
Fonte: a autora
PÁGINA 24
Vasconcellos (1995) nos alerta para a distinção entre avaliação e nota.
 
Avaliação Nota
Avaliação é um processo abrangente da 
existência humana que implica uma reflexão 
crítica sobre a prática, no sentido de captar 
seus avanços, suas resistências, suas 
dificuldades e possibilitar uma tomada de 
decisão sobre o que fazer para superar os 
obstáculos.
A nota, seja a forma de 
número (0 a 10), conceito 
(A, B, C), ou menção 
(bom, médio, ruim), é 
uma exigência formal do 
sistema educacional.
Vasconcellos (1995) adaptado pela autora.
Ainda de acordo com o autor, podemos imaginar um dia que não haverá mais 
nota na escola, ou reprovação, mas certamente haverá necessidade de conti-
nuar existindo avaliação, para se acompanhar o desenvolvimento dos educan-
dos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades.
 
Qual a sua opinião sobre os conceitos acima? Quero relembrar você que, não 
significa que a avaliação tenha forma única, com questões e respostas
Construir uma avaliação significativa demanda ações que levem o professor e 
o estudante a buscar processos de investigação e pesquisa. (MORAN; MA-
SETTO; BEHRENS, 2015, p. 77), outra sugestão é a realização de um mapa 
mental. O mapa mental é um instrumento de avaliação por proporcionar ao 
aluno a possibilidade de organizar o pensamento, criar estratégias e expor o 
conhecimento, ainda com possibilidades de fazer conexões.
1.1 Tipos de avaliação aplicadas na Educação Básica
A educação Básica, composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental 
e Ensino Médio é regida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 
9394/96 a qual afirma que a avaliação da aprendizagem consiste em medir o 
aproveitamento e também a apuração da assiduidade do estudante. Nesse 
sentido, a avaliação da aprendizagem deve ser diagnóstica, para saber o nível 
que o estudante está, processual e formativa, que consiste no planejamento, 
didática e instrumentos avaliativos.
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SAIBA MAIS
Podemos entender, que a avaliação não acontece apenas no final do bimestre 
ou no final ano, precisa ser contínua.
Para nos ajudar a esclarecer, vamos identificar quais os tipos de avaliação do 
processo ensino-aprendizagem, de acordo com os estudos de Bloom (1993).
As categorias do domínio cognitivo que ficaram conhecidas como Taxonomia 
de Bloom são:
1. Conhecimento
2. Compreensão
3. Aplicação
4. Análise
5. Síntese
6. Avaliação
 
A Taxonomia de Bloom do domínio cognitivo é muito interessante e importan-
te. Você pode ler mais sobre este tema em diversas fontes, uma sugestão é o 
acesso ao link: https://www.biblioteconomiadigital.com.br/2012/08/a-taxonomia-
-de-bloom-verbos-e-os.html
Fonte: a autora
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Diagnóstica - Analítica
Tipo de avaliação recomendado para o início do processo de ensino e aprendi-
zado.Contribui para diagnóstico do conhecimento dos estudantes, a partir dos 
resultados o professor realiza o planejamento das ações pedagógicas. 
Como aplicar a avaliação diagnóstica?
• Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares;
• Consulta ao histórico e anotações da vida escolar do estudante;
• Observações dos comportamentos dos estudantes;
• Roda de conversa com estudantes, observando e ouvindo atentamente 
os estudantes.
Formativa- Controladora
Faz parte do processo de replanejamento e intervenções da prática em sala de 
aula. Esse tipo de avaliação, tem como objetivo verificar se a proposta de ensi-
no está sendo efetiva para a aprendizagem dos estudantes.
Como aplicar a avaliação formativa?
• Diariamente: ao observar e acompanhar o desempenhos dos estudantes 
nas tarefas propostas.
• Ocasionalmente: por meio de provas, questionários ou outros instru-
mentos.
• Periodicamente: utilizando testes ao final de cada conteúdo.
Somativa- Classificatória
Geralmente é aplicada no final de um processo, bimestre, módulo ou ano. Tem 
o objetivo de atribuir notas e conceitos para progressão.
Como aplicar a avaliação somativa?
• prova ou trabalho final;
• Soma de avaliações aplicadas no decorrer do ano.
Conforme afirma (HOFFMANN, 2003), se o indivíduo constrói conhecimentos 
na interação com o meio em que vive, a avaliação não pode ser pensada de 
modo a contemplar critérios precisos e uniformes para avaliar o desempenho 
de alunos que passaram por experiências diversas e, naturalmente, adquiriram 
capacidades distintas.
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Nesta nova perspectiva a avaliação deixa de ser um momento final para se tor-
nar uma busca visando à compreensão do educando e oportunizando a cons-
trução do conhecimento, levando-o a refletir sobre o mundo do qual faz parte.
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1.1.1 Habilidades no processo de avaliação da aprendizagem
A LDB 9.394/96, deixa claro que a avaliação significa apropriar-se do saber; 
deve ser contínua e cumulativa e; os aspectos qualitativos devem permanecer 
sobre os quantitativos. Isto porque vemos que um dos grandes propulsores do 
mundo pós-moderno e o desenvolvimento da criatividade, além da autonomia, 
equilíbrio emocional para lidar com situações do dia a dia entre outros. 
Moretto (2007) relaciona o termo habilidade ao “saber fazer” algo específico, 
o que significa que estará sempre associada a uma ação, sendo esta física ou 
mental, indicadora de uma capacidade adquirida. 
Então se existem ações cognitivas diferentes, é importante perceber a impor-
tância que os verbos de ação ou de comando proporcionam em uma atividade 
avaliativa.
Para Perrenoud (2002) a habilidade consiste em uma série de procedimentos 
mentais que o aluno aciona para resolver uma situação-problema para a qual 
necessita apresentar uma solução.
Partindo desse entendimento, vamos conhecer a estrutura de avaliação por 
competências e habilidades cognitivas, a partir dos verbos apresentados na Ta-
xonomia de Bloom.
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Níveis e objetivos Processos /metodologiaVerbos ou ações resultantes 
(avaliação)
Conhecer Refere-se à habilidade 
de lembrar informações 
sobre: fatos, datas, 
palavras, teorias, etc... 
a partir de situações de 
aprendizagens anteriores.
Definir, descrever, distinguir, 
identificar, rotular, listar, 
memorizar, ordenar, 
reconhecer, reproduzir etc.
Compreensão Refere-se à habilidade de 
entender a informação 
ou o fato, captar seu 
significado e expressar 
com suas próprias 
palavras.
Classificar, converter, 
descrever, discutir, explicar, 
generalizar, identificar, 
inferir, interpretar, prever, 
reconhecer, redefinir, 
selecionar, situar, traduzir etc.
Aplicação Refere-se à habilidade de 
aplicar o conhecimento 
em situações concretas
Aplicar, construir, demonstrar, 
empregar, esboçar, escolher, 
escrever, ilustrar, interpretar, 
operar, praticar, preparar, 
programar, resolver, usar etc.
Análise Refere-se à habilidade 
de identificar as partes e 
suas inter-relações
analisar, calcular, comparar,
discriminar, distinguir, 
examinar, experimentar, 
testar, esquematizar, 
questionar etc.
síntese Refere-se à habilidade 
de combinar partes não 
organizadas para formar 
um todo
Compor, construir, criar, 
desenvolver, estruturar, 
formular, modificar, montar, 
organizar, planejar projetar 
etc.
Avaliação Refere-se à habilidade 
de julgar o valor do 
conhecimento
Avaliar, criticar, comparar, 
defender, detectar, escolher, 
estimar, explicar, julgar, 
selecionar etc.
Fonte: A autora, adaptado de Ferraz; Belhot (2010)
Ao avaliar o professor deverá coletar, analisar, sintetizar, da forma objetiva, 
as manifestações de conduta cognitivas e afetivas dos educandos, produzin-
do uma configuração do efetivamente aprendido, atribuir uma qualidade a essa 
configuração da aprendizagem e tomar uma decisão sobre as condutas docen-
tes e discentes com base nessas informações.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como vimos, não há espaço para estudantes e docentes passivos, a tendência 
é que ambos sejam ativos na busca pela construção do conhecimento. Aqueles 
que não se adaptarem às mudanças podem estar fadados ao fracasso. Além 
de docentes e estudantes, é necessário que as instituições de ensino contem-
porâneas estimulem a participação ativa e crítica dos alunos as diversas pro-
postas de ensino, seja na sala de aula, no ambiente online ou na forma de 
viver na comunidade.
As novas propostas de aprendizagem consideram que o que influencia o 
aprendizado é aquilo que o aprendiz já conhece, desta forma, a proposta ba-
seada nas competências e habilidades é aperfeiçoar a autonomia individual do 
aluno, desenvolvendo-o como um todo, para que ele seja capaz de compreen-
der aspectos cognitivos, socioeconômicos, afetivos, políticos e culturais.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
FILME
NA WEB
Título: Avaliação mediadora: uma prática em constru-
ção da pré-escola à universidade
Autor: Jussara Hoffman
Editora: Mediação
Sinopse: O livro aborda a questão da avaliação da 
aprendizagem na escola, em termos conceituais e prá-
ticos, passando por abordagens filosóficas, sociológi-
cas, políticas, psicológicas e pedagógicas.
Título: Ser e Ter
Ano: 2002
Sinopse: O filme retrata a rotina de uma escola francesa, nas quais crianças 
de idades distintas dividem a sala de aula. O filme aborda a importância do pro-
fessor na educação e formação dos alunos.
A Taxionomia de Bloom Classifica os diferentes níveis de cognição humana do 
pensamento, aprendizado e compreensão, mas no momento digital que viven-
ciamos, é necessário compreender também a Taxonomia Digital de Bloom, o 
vídeo a seguir apresenta as habilidades associadas a cada nível do aprendi-
zado, considerando o contexto digital.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=_1xN0jGIbdw
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REFERÊNCIAS
CHRISTENSEN, Clayton M. HORN, Michael B. JOHNSON Curtis W. Inovação 
na sala de aula: como a inovação de ruptura muda a forma de aprender. Porto 
Alegre, Bookman, 2009.
FERRAZ, Ana Paula do Carmo Marcheti. BERLHOT, Renato Vairo. Taxonomia 
de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para 
definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod.[online] São Carlos, v. 17, n. 2, 
p. 421-431, 2010. Diposnível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2. 
Acesso em 31 de out de 2018.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da 
pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. 
Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas : Papirus, 2015
MORETTO, Vasco pedro. Prova: Um momento privilegiado de estudo, não 
um acerto de contas. 3.ed.Rio de Janeiro: DP&A, 2007.
PERRENOUD, Philippe. Construir Competências é virar as costas aos 
saberes? Pátio. Revista Pedaógica. Nº 11, nov. 1999, p.15-19. Porto Alegre, 
2002.
SUHR, Inge Renate Fröse. Processo avaliativo no Ensino Superior (livro 
eletrônico). Curitiba, Intersaberes, 2012.
 
VASCONCELLOS, C. dos S. Avaliação: Concepção dialética-libertadora do 
processo da avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1995.
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CAPÍTULO
3 AVALIAÇÃO NO
ENSINO SUPERIOR
Professora Maria do Carmo Teles Ferreira Stringhetta
Objetivos de Aprendizagem:
• Reconhecer a avaliação como instrumento de aprendizagem
• Identificar as contribuições do processo de Avaliação para o planeja-
mento das instituições de Ensino Superior
• Contextualizar o momento atual considerando as mudanças sociais, po-
líticas, econômicas e culturais que comprometem a educação.
Plano de Estudo:
• Ensino Superior
• O educador no contexto avaliativo significativo
• Educação contemporânea
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Chegou o momento de conversar com você sobre o Ensino Superior! O Ensi-
no Superior é um nível de ensino que merece atenção e valorização. Você se 
orgulha de estar cursando o Ensino Superior? Espero que sim, mesmo viven-
ciando a segunda década do século XXI, cursar as etapas da graduação, es-
pecialização, mestrado e doutorado ainda é oportunidade para poucos. Bom, 
você pode pensar que conhece muitas pessoas que estão cursando ou já con-
cluíram um curso no nível superior, sim! Você deve conhecer mesmo, mas essa 
proeza, ainda é para poucos, os números do censo podem confirmar.
A educação, independente do nível, envolve o desenvolvimento integral do indi-
víduo, em seus aspectos cognitivo-mente, motor-corpo, espírito-emoções e co-
nhecimento técnico, considerando as condições históricas e sociais nas quais a 
sociedade está inserida.
A sociedade atual enfatiza a importância do conceito de educação permanente 
ou contínua, defendendo que o processo educativo não se limita a acontecer 
na infância e na juventude, já que o ser humano deve adquirir e construir co-
nhecimentos ao longo de toda a sua vida.
Vale destacar que, atualmente vivenciamos a expansão da oferta da educação 
Superior, paralelamente às necessidades da sociedade, as metas do Plano 
Nacional da Educação -PNE que propõe o aumento significativo dos índices 
de formandos na Educação Superior
E neste nível de ensino, que a avaliação também é um instrumento de gran-
de importância, contribuindo para a aprendizagem, desenvolvimento humano e 
para o planejamento das instituições de ensino superior.
Contextualizada em uma sociedade extremamente volátil e tecnológica, a ava-
liação precisa ser significativa pois a avaliação é uma reflexão sobre o nível de 
qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
É sobre a avaliação nesse contexto da educação que vamos conversar, vamos 
lá?
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1- ENSINO SUPERIOR
A Educação Superior tem como objetivo a formação e desenvolvimento de pro-
fissionais nas diversas áreas do conhecimento, ampliando a atuação nas pes-
quisas científicas e a especialização na prestação de serviços. Há estudos que 
relacionam os índices de profissionais com educação Superior e o desenvolvi-
mento do país, apesar de não ser nosso objetivo, a reflexão sobre esse tema é 
uma dica valiosa!
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Para que a formaçãona educação superior aconteça de forma eficaz, diversas 
discussões sobre novas estratégias metodológicas, recursos tecnológicos são 
realizadas, porém, o maior desafio contemporâneo da Educação Superior é a 
elevação da taxa de matrícula aliada à melhoria da qualidade da qualidade da 
educação.
A elevação dos índices de matrícula no ensino superior e formação de profes-
sores está prevista no Plano Nacional de educação -PNE, vigente no decênio 
2014 a 2024. O PNE, é um documento composto por vinte metas que orientam 
a execução e o aprimoramento de políticas públicas da educação. É um plano 
decenal, ou seja, metas pensadas para serem alcançadas a cada dez anos.
Muito bem! Após essa breve contextualização sobre o ensino superior, você 
deve estar se perguntando: E como a avaliação contribui para qualidade da 
educação superior?
Apesar de ser uma pergunta complexa, podemos considerar que avaliação é 
fundamental para a garantia de qualidade de ensino e importante instrumento 
para a aprendizagem. Vamos entender!
Além de instrumento pedagógico, a avaliação apresenta indicadores valiosos 
para a instituição de ensino, que podem contribuir para o planejamento de 
ações assertivas. Por exemplo: Mensurar os resultados e saber quais discipli-
nas mais reprovam ou qual a questão com maior número de erros, pode contri-
buir para identificar uma falha na forma de ensinar ou de elaborar a questão.
Resultados simples que, quando visualizados e observados com atenção re-
fletem as fragilidades e também as potencialidades do processo de ensino e 
aprendizagem.
Discorrer sobre a relevância dos métodos avaliativos no conjunto das práticas 
pedagógicas aplicadas aos processos de ensino e aprendizagem admitidos no 
Ensino Superior assume proporções ainda mais críticas, portanto, avaliar, neste 
contexto, não se resume à mecânica do conceito formal e estatístico, busca-se 
contemplar o processo de ensino e aprendizagem de forma a utilizar a melhor 
abordagem pedagógica e o mais pertinente método didático, uma vez que, “[...] 
avaliar, neste contexto, não se resume à mecânica do conceito formal e estatís-
tico; não é, simplesmente, atribuir notas, obrigatórias à decisão de avanço ou 
retenção em determinada disciplina”. (OLIVEIRA, 2007, p.1).
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Na responsabilização pela educação, todos devem ser julgados, desde a insti-
tuição de ensino que assume a educação como as políticas públicas que valori-
zam e tornam eficazes os processos, até a autoavaliação do comprometimento 
do estudante. Por isso, há a necessidade de que essa responsabilização seja 
horizontal, diferente do que acontece, recaindo sobre os professores a obriga-
ção de formar alunos capacitados para os testes que são aplicados em diver-
sos segmentos educacionais.
A importância do processo avaliativo e a necessidade do Ensino Superior se 
resumem na antecipação para tal processo, o “que pressupõe a capacidade de 
planejá-lo, antevê-lo como exercício coletivo pautado na cultura de antecipa-
ção.” (EYNG, 2004, p.1)
 
1.1 O educador no contexto avaliativo significativo
Podemos identificar que, a concepção de educação tradicional, como foco na 
transmissão de conteúdos, requer uma estratégia didática de repetição e acu-
mulação, nesse contexto, o perfil do professor está propenso a exposição or-
denada dos conteúdos. Da mesma forma, o educador na perspectiva técnica 
desenvolve competências e atitudes adequadas à intervenção prática, técnica, 
não chega ao conhecimento científico.
 
Na perspectiva radical, o educador reflete sobre sua prática na busca pela 
compreensão dos processos de ensino e aprendizagem. A partir dessa con-
cepção o educador é considerado um agente transformador que contribui para 
a consolidação de uma sociedade mais justa. Nas palavras de GÓMEZ (2000, 
p. 374):
 
O professor/a é ao mesmo tempo um educador e um ati-
vista político, no sentido de intervir abertamente na análise 
e no debate dos assuntos públicos, assim como por sua 
pretensão de provocar nos alunos/as o interesse e com-
promisso crítico com os problemas coletivos.
 
No papel de educador, o mesmo precisa conhecer e atuar no processo da 
construção da cidadania e contribuir para o sucesso na formação dos futuros 
cidadãos. Assim, o papel do educador é desenvolver uma tomada de decisão 
de consciência.
Você pode estar pensando que, traçar um perfil do educador com a compe-
tência necessária para a transformação social, é um desafio, afinal o professor 
deixa de ser o dono do saber e passa a construir conhecimento. Se pensou as-
sim, seu pensamento está correto!
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Porém, alguns estudiosos defendem que, o desafio da atuação do educador 
está na formação. Sim! exatamente nesta etapa que você está inserido/a. 
Behrens (1996, p. 63) nos diz que, “O novo docente exigido pela sociedade na 
modernidade, seria desafiado a criar grandes projetos do conhecimento aliados 
à pesquisa. A busca de conhecimento demandaria a criação e a participação 
efetiva dos alunos no processo educativo”.
 
Estudante! Esse novo docente exigido pela contemporânea somos nós, eu e 
você! E para modificarmos nossa prática, necessitamos rever nossas crenças e 
nossos modos de agir.
Há docentes que ainda resistem a qualquer mudança em sua prática pedagógi-
ca, principalmente devido ao autoritarismo. No entanto, Seabra (1994) nos diz 
que, “O profissional do futuro (e o futuro já começou) terá como principal tarefa 
aprender, pois, para executar tarefas repetitivas existem os computadores e 
robôs.” Você já tinha pensado sobre isso?
É nesse contexto que novas formas de avaliar são necessárias, rompendo a 
avaliação punitiva, repetitiva e sem contexto. 
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SAIBA MAIS
1.1.1 Educação contemporânea
É importante refletir sobre o contexto da sociedade que vivemos para com-
preender a proposta dos novos paradigmas da educação. A sociedade atual, 
também chamada de sociedade do conhecimento, tem características o com-
partilhamento e a construção do conhecimento, uma sociedade dinâmica e al-
tamente tecnológica.
 
Para atender essa característica da sociedade, são necessárias teorias inova-
doras da educação que enfatizam o envolvimento do aluno no processo edu-
cativo. Isso implica em práticas pedagógicas que estimulam a análise, a capa-
cidade de reflexão, de pesquisa e a necessidade de reconhecer a realidade. 
Consequentemente, as avaliações precisam estimular a análise e capacidade 
de reflexão.
Behrens (1996) nos diz que, o desafio atual dos estudiosos é a superação da 
fragmentação e reprodução do conhecimento.
Porém, em algumas situações a educação acaba não sendo um elemento para 
a mudança social, e sim, um elemento fundamental para a conservação e fun-
cionamento do sistema social vigente. Isso é verdade, embora exista uma rela-
ção muito próxima entre a educação e a sociedade. 
A educação na sociedade do conhecimento acontece a partir da:
 
• Criatividade
• Flexibilidade
• solução de problemas
• inventividade
• Inteligência coletiva
• confiança profissional
• disposição para o risco
• aperfeiçoamento permanente
(HARGREAVES, 2004, p. 46).
 
O que se percebe contudo é que ainda existe uma grande diferença entre o ato 
de avaliar e examinar que precisam ser revistos na composição dos processos 
avaliativos, pois “o ato de avaliar tem seu foco na construção dos melhores re-
sultados possíveis, enquanto o ato de examinar está centrado no julgamento 
de aprovação ou reprovação” (LUCKESI, 2000.)
PÁGINA 40
Torna-se, portanto, necessário compreender o processo avaliativo numa pers-
pectiva histórica e formativa individual e coletiva que propicia uma elevação 
nos níveis educacionais, diferenciando-se uma avaliação quantitativa da quali-
tativa.
Esses conceitos de avaliação quantitativa e avaliação qualitativa nasceram de 
uma distorção no entendimento dos dispositivos legais da Lei 5692/71, quando 
trata do tema da aferição do aproveitamento escolar, no qual se afirma que, em 
relação ao aproveitamento escolar, é preciso levarem conta predominantemen-
te os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Numa compreensão distorcida, corrente inclusive no meio acadêmico, enten-
deu-se qualitativo por afetivo e quantitativo por cognitivo. A lei, na verdade, di-
zia outra coisa: por qualitativo, entendia o aprofundamento seja da assimilação 
de uma informação, seja de uma habilidade, seja de um conjunto de procedi-
mentos, ou elementos semelhantes. Digamos que o qualitativo seja a preciosi-
dade do desenvolvimento (LUCKESI, 2000, p.7).
Conforme mencionado ao longo desse estudo, a avaliação é um processo con-
tínuo e necessário para o aprendizado, tanto no que diz respeito ao professor 
quanto ao aluno. No Ensino Superior, a até mesmo na modalidade EaD, isso 
não é diferente e a presença de instrumentos variados para o processo ava-
liativo torna-se ainda mais importante, pois o ato de avaliar implica momentos 
e procedimentos e ao fazer uso de instrumentos diversos, o professor poderá 
ampliar a sua capacidade de observação, podendo, assim, melhorar a sua prá-
tica e contribuir para aprendizagem dos alunos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na contexto educacional do século XXI é urgente e necessário romper o ensino 
tradicional e fragmentado. O momento exige inovação, ousadia, criatividade. A 
valorização da postura coletiva e não a individual; a valorização das inteligên-
cias múltiplas; a emoção e a imaginação devem ser tão importantes quanto o 
conhecimento técnico. Nesse contexto é necessário adquirir novos conheci-
mentos durante toda a vida.
Falar de construção de conhecimento e praticar a transmissão faz ainda parte 
integrante de nossa docência. Essa prática impõe ao aluno a repetição como 
única forma aceitável de aprendizagem. Isto é, o aluno recebe tudo pronto, não 
problematiza, não é solicitado a fazer relação com aquilo que já conhece ou a 
questionar a lógica interna do que está recebendo, e acaba se acomodando.
 
Para refletirmos sobre a prática educativa é necessário, primeiramente, o en-
tendimento de que o processo ensino-aprendizagem não se limita apenas ao 
momento de planejar, executar e avaliar.O processo de ensino-aprendizagem 
está intimamente ligado à avaliação.
 
O conhecimento atual aponta para atitudes criativas, para a busca de soluções 
inéditas, para a liderança ética, para o resgate dos valores.
Nesse estudo, vimos que é necessário considerar a avaliação da aprendiza-
gem como um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhe-
cimentos, habilidades e competências dos alunos, tendo em vista mudanças 
esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim de que haja con-
dições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e 
da escola como um todo.
A avaliação do ensino e aprendizagem deve ser vista como um processo siste-
mático e contínuo, no decurso do qual vão sendo obtidas informações, atribuin-
do-lhes valores.
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REFERÊNCIAS
BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação Continuada dos Professores e a 
Prática Pedagógica. Champagnat. Curitiba, 1996.
EYNG, Ana Maria. A avaliação como estratégia na construção da identida-
de institucional. Avaliação (Campinas) [online]. v.09, n.03, 2004.
HARGREAVES, Andy. O Ensino na Sociedade do Conhecimento. Educação na 
Era da Insegurança. Porto Alegre, Artmed. 2004.
LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2000.
OLIVEIRA, Gerson Pastre de. Avaliação formativa nos cursos superiores: 
verificações qualitativas no processo de ensino-aprendizagem e a autonomia 
dos educandos. OEI-Revista Iberoamericana de Educación. 2007.
SEABRA,Carlos. Uma Educação Para Uma Nova Era. In. Tecnologia Socie-
dade. A revolução tecnológica e os novos paradigmas da sociedade. Belo Hori-
zonte: Oficinas de Livros. 1994.
PÁGINA 43
CAPÍTULO
4 AVALIAÇÃO DAAPRENDIZAGEM EMEAD DESAFIOS E
POSSIBILIDADES
Professora Mestre Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Objetivos de Aprendizagem:
• Refletir sobre novos ambientes de aprendizagem 
• Verificar cenários e protagonistas que compõem o quadro da EaD 
• Analisar as possibilidades advindas da aprendizagem colaborativa pro-
porcionadas pelos ambientes virtuais de aprendizagem
Plano de Estudo:
• Avaliação e os ambientes virtuais de aprendizagem.
• Avaliação da aprendizagem na educação a distância.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Em nossos estudos temos discutido que a avaliação sempre se apresentou 
como algo comum na vida do ser humano, e, principalmente, é parte integrante 
do processo de ensino e aprendizagem, seja na educação presencial ou a dis-
tância. Mas você acredita que temos necessidade pensar a avaliação diferente 
na Educação a Distância?
Na Educação a Distância há uma prática de reprodução das modalidades ava-
liativas do ensino presencial, porém na EaD há uma série de particularidades 
que precisam ser consideradas e atendidas quando se trata de avaliação da 
aprendizagem.
A partir desse cenário, vamos refletir sobre os desafios e possibilidades de ava-
liar na Educação a Distância.
Vem comigo? 
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1- Avaliação e os ambientes virtuais de aprendizagem.
Atualmente somos impactados pelas Tecnologias de Comunicação e Informa-
ção (TIC) que modificam significativamente nossos costumes, comportamen-
tos, atitudes, a forma de comunicar. E a forma de avaliar, também muda?
Tradicionalmente os estudantes são avaliados de maneira quantitativa e esse 
mecanismo, considerado autoritário e classificatório, não está de acordo com a 
ideia de que a avaliação possa ser um instrumento de aprendizagem. 
Você conhece ambientes escolares, onde o professor é o informante, único de-
tentor do conhecimento os estudantes são pacíficos e aguardam o conteúdo 
repassado de forma rígida e linear, atividades sem significados e repetitivas?
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Esse modelo de ambiente escolar tradicional é comum, porém, diversos auto-
res defendem uma educação disruptiva, Seabra (1994) nos diz que, o profissio-
nal do futuro (e o futuro já começou) terá como principal tarefa aprender, pois, 
para executar tarefas repetitivas existem os computadores e robôs, nesse sen-
tido,alguns educadores já estão percebendo que a metodologia tradicional, uti-
lizada em sala de aula, já não contempla as necessidades dos alunos e muito 
menos seus verdadeiros anseios em relação à vida que se apresenta fora dos 
“muros da escola”.
É importante refletir sobre o contexto da sociedade que vivemos, as formas de 
compartilhamento e a construção do conhecimento, uma sociedade dinâmica e 
altamente tecnológica para compreender a proposta dos novos paradigmas da 
educação. 
Podemos usar como exemplo o celular: hoje o celular é utilizado para inúmeros 
fins: consultar redes sociais e e-mails, extratos bancários, ouvir música, tirar, 
editar e publicar fotos, acessar e consultar agenda cultural e, ainda, comprar 
ingressos, assistir vídeos, acessar blogs, ler livros online, encaminhar e receber 
mensagens via wifi ou operadoras e, inclusive, fazer ligações. 
Você pode fazer avaliação pelo celular! Isso significa ressignificar a avaliação.
A educação a distância é beneficiada pela tecnologia e ganha flexibilidade e 
possibilidades de interações. Muitos foram os motivos que levaram a normati-
zação da educação a distância no Brasil, entre eles, a democratização da edu-
cação. Por esta perspectiva, as instituições de ensino superior iniciaram um 
movimento de concepção e oferta de cursos na modalidade a distância, utili-
zando-se de ambientes virtuais de aprendizagem, com a finalidade de atender 
às demandas econômicas e sociais: cursos de graduação, de pós-graduação, 
de extensão, tecnólogos, técnicos, profissionalizantes ou livres e recentemente 
temos a discussão no congresso para a liberação da modalidade a distância 
para o ensino médio.
Não vamos nos aprofundar nessa concepção política da EaD porque ela pode 
ser alterada constantemente.
É importante você saber que, os ambientes virtuais de aprendizagem são es-
paços que facilitam a interaçãoentre seus usuários, neles são alocados ferra-
mentas que favorecem a prática do aluno com autonomia, oferecendo recursos 
para a aprendizagem coletiva e individual.
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REFLITA
Como avaliar a aprendizagem em tempos de compartilhamento de informa-
ções?
Fonte: a autora
1.1 Avaliação da aprendizagem na EaD
Não basta automatizar a sala de aula para se garantir educação de qualidade, 
ou criar e fazer uso de ambientes virtuais de aprendizagem. Muitos professores 
revestem sua velha metodologia com cores de tecnologia e o resultado disso 
pode ser desastroso para a aprendizagem.
Independente da modalidade, o compromisso dos professores com a avalia-
ção que vai além da classificação é fundamental.
A educação a distância é um processo de aprendizagem mediado pelas mídias, 
onde tutores e alunos estão separados fisicamente, porém estão ligados por 
meio da internet ou outros meios midiáticos. A Educação a Distância promove 
uma aprendizagem autônoma, no qual os processos pedagógicos sejam inte-
rativos, no qual os professores devem manter os alunos interessados e motiva-
dos por meio de atividades diversificadas e criativas.
Gutierrez e Prieto (1991), em referência ao processo de avaliação da apren-
dizagem na EaD, destacam que a avaliação precisa contemplar além matéria 
aprendida pelo aluno, sendo preciso o desenvolvimento de atitudes e da criati-
vidade. Já para Hoffman (2001), a avaliação na educação a distância possui di-
mensão mediadora, subsidiando uma compreensão dos limites e possibilidades 
dos alunos e o permanente ajustar das estratégias pedagógicas.
A avaliação utilizada como instrumento de reflexão para uma constante tomada 
de decisão, busca superar a fragmentação do fazer pedagógico, sendo enca-
rada como um processo contínuo, partindo da autoavaliação do aluno enquan-
to reflexão do educando tomada de consciência individual sobre aprendizagem 
e condutas, atravessando a avaliação formativa na dialogia entre a provisorie-
dade e complementaridade e terminando na avaliação somativa onde o erro 
é encarado com ponto de partida para um novo ciclo de aprendizagem, num 
processo permeado pela permanente atenção à avaliação qualitiativa e quan-
titativa da interação coletiva que permeia todo o processo de ensino e aprendi-
zagem.
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REFLITA
Compreender a avaliação como um ciclo contínuo é essencial.
Podemos considerar inclusive que, em se tratando da educação a distância, a 
avaliação é basicamente baseada em atividades que são propostas ao aluno 
ao longo do curso, devendo essas a serem cumpridas em um determinado pe-
ríodo de tempo. Muitas delas são registradas em portfólio e associadas a uma 
contínua comunicação e interação com o aluno, assumindo elas papel mais im-
portante e fidedigno das reais aprendizagens dos alunos do que as próprias 
provas presenciais.
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SAIBA MAIS
De acordo com Nunes (2012), os problemas encontrados na avaliação da edu-
cação presencial ficam mais evidentes na educação a distância, como exem-
plo, a cópia de trabalhos entre colegas (“cola”) e a cópia de trabalhos prontos 
da internet e de diferentes autorias. Para contornar esse transtornos, institui-
ções de Ensino Superiores criam estratégias próprias, conforme os meios que 
dispõem, por exemplo, campanhas de conscientização.
A EaD conta com o apoio das tecnologias e algumas ferramentas favorecem a 
gestão dos resultados das avaliações, por exemplo:
• Conhecer a quantidade de estudantes que erraram determinada ques-
tão. Isso possibilita uma investigação sobre o resultado.
• As competências mais evidenciadas pelos estudantes de determinado 
curso, por exemplo: Interpretação ou raciocínio lógico.
• Indicadores de tempo de resposta. 
• Conhecimentos sobre o comportamento dos estudantes, em relação ao 
calendário de atividades, se realizam com antecipação ou no último pra-
zo.
• Comparação entre o que foi proposto e os resultados encontrados.
• Certificação.
Enfim, existe a possibilidade de mapeamentos diversos sobre os comporta-
mentos e indicadores gerados pela avaliação, consequentemente esse conhe-
cimento pode ser revertido a favor do estudante, com feedback e redefinição de 
estratégias de aprendizagens, replanejamento de metas e objetivos.
Fonte: a autora
Já para Maia et al (2005) a avaliação em EAD pode ocorrer de forma presen-
cial, em que é feita uma prova, à distância, em que são aplicados testes on-line 
e ainda por meio de avaliação contínua, que é feita com base em componentes 
que forneçam informações reais para o professor fazer a avaliação dos seus 
estudantes. Como forma de avaliar podem ser utilizados ainda os comentários 
postados, as atividades realizadas e a participação em grupos, fóruns e chats.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como já temos estudado nas unidades anteriores, a avaliação ocupa um lugar 
de destaque dentro do processo ensino-aprendizagem, e que é de suma im-
portância que professores e alunos entendam o seu real objetivo. Porém, tor-
na-se preciso compreender que a avaliação não deve estar presente somente 
no final de trabalhos e atividades, mas durante todo processo realizado em prol 
da construção do conhecimento, evidenciando a participação e o progresso do 
aluno no decorrer da caminhada educativa.
Nessa unidade pode-se verificar a importância que há em avaliar diante de um 
processo que acontece a distância, a compreensão que deve ser feita durante 
o avaliar e como é preciso que isto aconteça para os estudantes. Mas o mais 
importante é que a avaliação seja realizada de forma qualitativa, e que o estu-
dante busque cada vez mais, aprender, e que a sua participação seja de ma-
neira quantitativa.
A avaliação em EaD faz parte de um processo de ensino aprendizagem, e que 
cada vez mais é importante e que envolve aspectos pedagógico, educacional, 
social, sendo ainda um mecanismo de comunicação e interação, tornando-se 
imprescindível que a instituição assuma uma proposta de avaliação a partir da 
concepção mediadora, por meio de uma visão lógica do conhecimento huma-
no, onde este busca compreender seus limite e suas possibilidades.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
FILME
NA WEB
Título: Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica
Autor: José M. Moran 
Editora: Papirus
Sinopse: “A escola é pouco atraente”. Com base nessa afir-
mação, José Manuel Moran traça um paralelo entre a educa-
ção que temos e a que desejamos para nossos alunos, mos-
trando as tendências para um novo modelo de ensino. A obra 
analisa principalmente as mudanças que as tecnologias tra-
zem para a educação presencial e a distância, em todos os ní-
veis de ensino, sem esquecer o papel que professores e ges-
tores terão que desempenhar nessa revolução
Título: Matrix
Sinopse: Podemos fazer uma analogia à Mídia que 
manipula o que os telespectadores veem de acordo 
com seus interesses, Matrix também é uma grande 
metáfora sobre um mundo controlado por máquinas 
em que os seres humanos conectados a elas tem 
sua energia vital sugada ; um mundo sombrio em que 
as imagens que são vistas pelas pessoas são gera-
das por um grande computador, e que o mundo lá 
fora é bem diferente daquele digitalizado. Filme inte-
ressante para o contexto tecnológico vivenciado pela 
EaD.
Para ampliação dos seus conhecimentos sobre avaliação escolar na Educação 
a Distância sugerio a leitura do artigo “Avaliação na EaD: estamos preparados 
para avaliar?”, de Enilton Ferreira Rocha, publicado em 2014.
Disponível em: http://www.abed.org.br/arquivos/Avaliacao_na_EaD_Enilton_
Rocha.pdf
 
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REFERÊNCIAS
GUTIERREZ, F.; PRIETO, D. A mediação pedagógica: Educação a Distância 
Alternativa. São Paulo: Papiros 1991.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto 
Alegre: Mediação, 2001.
NUNES, R.C. A avaliação em educação à distância é inovadora? – Uma refle-
xão. Est. Aval. Educ., São Paulo, v.23, n.52, p.274-299, maio/ago. 2012.
SEABRA,Carlos. Uma Educação Para Uma Nova Era. In. Tecnologia Socie-
dade. A revolução tecnológicae os novos paradigmas da sociedade. Belo Hori-
zonte: Oficinas de Livros. 1994.
MAIA, M.C.; MENDONÇA, A.L.; GÓES, P. Metodologia de ensino e avaliação 
de aprendizagem. In: Congresso Internacional de Educação à Distancia, 12.; 
2005, Florianópolis-SC. Disponível em : http://www.abed.org.br/congresso2005/
por/pdf/206tcc.pdf>. Acesso em: 20 out. 2018.
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CONCLUSÃO 
Estudante! Tivemos a oportunidade de refletiRmos sobre a avaliação da apren-
dizagem. Vivenciamos um momento de ressignificação da avaliação, isso é ne-
cessário porque no novo cenário da sociedade a memorização e classificação 
não são mais suficiente para concretizar a aprendizagem.
O professor não deve limitar-se a apenas um instrumento de avaliação, poden-
do construir outros, sendo sensível ao estágio de desenvolvimento específico 
de seus alunos e propiciando uma vivência distinta da avaliação tradicional.
Nossa leitura perpassou por conceitos importantes, como as propostas e as 
funções das avaliações, essa discussão é importante devido ao significado 
classificatório que a avaliação tinha na educação muitas críticas foram constru-
ídas em torno do processo de avaliação da aprendizagem. Essas críticas foram 
importantes, a partir daí surgiram os desafios da mudança na avaliação e a ne-
cessidade de uma nova postura do professor, na primeira unidade estudamos 
essa necessidade de romper o caráter seletivo da avaliação.
Na segunda unidade, refletimos sobre a avaliação significativa, em especial na 
educação básica. A Educação básica é um nível importante para a educação 
brasileira, tem como objetivo o desenvolvimento do educando. Na Educação 
básica, há uma intensa vivência entre professores e alunos na sala de aula, 
isso propicia uma avaliação contínua, permeada por observações e feedback, 
o professor que conhece as vantagens e aplica um processo avaliativo signifi-
cativo tem grande êxito com seus alunos.
Na terceira unidade, refletimos sobre a avaliação no Ensino Superior. O Ensino 
Superior, tem por finalidade formar profissionais nas diferentes áreas do saber. 
O processo avaliativo no Ensino Superior também contribui para a aprendi-
zagem, nesse sentido, a avaliação deve superar os testes, seleção e classi-
ficação, deve ser instrumento que prepara para a prática, para a aplicação da 
aprendizagem nas diferentes áreas do saber.
Por fim, na quarta unidade, refletimos sobre uma modalidade de ensino em ex-
pansão no Brasil, a Educação a Distância. Mediada por tecnologias a educação 
a distância possui algumas especificidades que a diferencia do ensino presen-
cial, porém além dos desafios de pensar a avaliação em ambientes online, tam-
bém existe um mundo de possibilidades. São diversos recursos que podem 
contribuir para uma avaliação contínua e interativa e ainda para a gestão dos 
resultados da avaliação e consequentemente ampliar a construção do conheci-
mento.
Desejo que esse conhecimento seja útil para você! Muito sucesso!

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