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Fraturas de MMSS no Adulto

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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 → Epidemiologia: 
 ● Rádio distal → 22,2% 
 ● Falanges → 11,2% 
 ● Metacarpo → 10,5% 
 ● Úmero proximal → 4,8% 
 ● Clavícula → 4,3% 
 ● Radio proximal → 3,8% 
 ● Diafise do radio e ulna → 2,3% 
 ● Úmero distal → 2,5% 
 ● Carpo → 2% 
 ● Diáfise umeral → 1 
 ● Ulna proximal → 0,8% 
 ● Escápula → 0,2% 
 Todavia nos Idosos, o mais frequente 
 é a fratura no Fêmur Proximal → rádio distal 
 → úmero proximal. E grande parte está 
 relacionada à osteoporose. 
 → Anatomia dos MMSS: 
 Pontos Anatômicos: 
 ● Proximal = tudo que se aproxima da 
 posição central do corpo. 
 ● Distal = tudo que se afasta da região 
 central do corpo. 
 ● Posição medial = tudo o que 
 aproxima da linha média do corpo. 
 ● Posição Lateral = tudo que se afasta 
 da linha média. 
 ● Face Radial = é o que fica na mesma 
 linha do osso Rádio. E depende da 
 posição do braço 
 ● Face Ulnar = é o que fica na mesma 
 linha do osso Ulna. E depende da 
 posição do braço 
 Posições Anatômicas: 
 Cintura Escapular: composta pela escápula 
 + clavícula + úmero proximal 
 Escápula Anterior: 
 ● Corpo da escápula 
 ● Coracóide 
 Escapular Posterior: 
 ● Espinha da escápula (onde passa os 
 tendões) 
 ● Acrômio (forma a articulação 
 acromioclavicular que junta a 
 escápula com a clavícula) 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 Clavícula: 
 ● Porção proximal ou medial (forma 
 articulação esternoclavicular) 
 ● Porção lateral ou distal (forma 
 articulação acrômio clavicular) 
 ● Diáfise da clavícula (meio) 
 Úmero Proximal: 
 ● Tubérculo maior 
 ● Tubérculo menor 
 ● Colo cirúrgico 
 ● Colo anatômico 
 Punho e Mão: 
 No polegar só tem 2 falanges. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 O escafóide é o osso do carpo mais 
 fraturado. E o Triquetro é o 2 osso do carpo 
 mais fraturado. 
 Rádio e Ulna: 
 ● Estilóide Radial 
 ● Estilóide ulnar 
 Punho é a região delimitada a partir 
 da articulação carpo-metacárpica até a 
 região proximal, cerca de uns 3 cm do 
 radiocarpal. Ou seja, CARPO NÃO É MÃO! 
 → Diagnóstico: 
 Fraturas da Mão: 
 Ocorrem geralmente por trauma axial, 
 ou seja compressão no eixo longitudinal 
 (esmagamento). 
 Radiografia para uma falange específica: 
 ● PA 
 ● Perfil 
 PA 
 Caso tenha uma lesão no tendão 
 extensor terminal do dedo, pode gerar o 
 “ Dedo em Martelo ”. Todavia, esse sinal pode 
 ocorrer sem fratura ou quebra do osso. 
 Raio-x para metacarpos ou toda a mão: 
 ● PA 
 ● Oblíquo 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 PA 
 Oblíquo 
 “ Fratura do Boxeador ” é a fratura do 
 5º raio da mão. 
 Fraturas associadas aos ossos da mão: 
 ● Fratura exposta 
 ● Lesao tendinea fechada ou aberta 
 ● Lesão da matriz ungueal (unha) 
 ● Lesões maciças (ex: esmagamento 
 da mão) 
 Imobilização: 
 ● Falanges distal e média = Fraturas 
 metálicas curtas. 
 ● Falanges proximal = talas longas 
 ● Metacarpo = imobilização 
 antebraquiomanual e se for fratura do 
 boxeador podemos imobilizar só o 4 e 
 5 raio da mao, deixando os outros 
 livres. 
 Tratamento Cirúrgico: fios intramedulares 
 ou placas 
 Conduta na amputação: 
 ● Encaminhar o paciente rapidamente 
 para o centro especializado 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 ● Guardar os segmentos amputados 
 independente do grau de 
 contaminação ou da qualidade do 
 tecido. Pois nos permite armazenar o 
 membro (devemos manter dentro de 
 uma sacola de plastico e manter 
 resfriamento com gelo, mas NÃO 
 DEVE CONGELAR) 
 ● Já no coto do membro devemos 
 realizar curativo compressivo, 
 elevação do membro, evitar 
 garroteamento (torniquetes) pois 
 prejudica a circulação, nesse sentido, 
 não devemos ligar os vasos. 
 Indicações para reimplante do membro: 
 ● Quando é polegar 
 ● Múltiplos dedos 
 ● Crianças 
 ● Nível do punho, antebraço ou 
 cotovelo 
 Limites do tempo: isquemia quente de 
 dedos podemos tolerar até cerca de 6 - 12 
 horas; Isquemia fria podemos tolerar de 
 dedos 24h (por isso a importância de 
 armazenar adequadamente o membro) 
 Fraturas dos Ossos do Carpo. 
 Radiografia para Escafóide → 
 Ocorre geralmente devido a queda com 
 punho em hiperextensão (mão espalmada) e 
 desvio radial (faz que tenha um movimento 
 axial do 1 raio da mão, contra o escafóide 
 contra o radio, fraturando o osso) 
 ○ PA 
 ○ Perfil 
 ○ Oblíqua radial a 45º 
 (supinada) 
 ○ Oblíqua ulnar a 45º (pronada) 
 ○ PA com desvio ulnar (faz-se 
 com a mão fechada) 
 Imobilização → Antebraquiopalmar incluindo 
 ou não o polegar 
 Radiografia para o Rádio Distal → 
 ocorre geralmente devido a queda da própria 
 altura com a mão espalmada com 
 hiperextensão. São as mais comuns (22,2%). 
 Fratura de “ Colles” = é quando 
 fragmento fica desviado para dorsal. 
 O paciente pode também ter uma 
 queda com mão espalmada + desvio ulnar, 
 exercendo uma força de tração para o 
 estilóide do rádio, sendo chamada de fratura 
 do " Chauffeur " 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 O paciente pode também ter uma 
 queda com punho em flexão + antebraço 
 supinado (famosa frase caiu sobre o braço). 
 Gerando a fratura de “ Smith ” (também 
 chamada de Colles reverso) 
 Imobilização → Axilopalmar ou 
 antebraquiopalmar 
 Fraturas da Diáfise do Antebraço: 
 Geralmente decorre de um trauma 
 direto, logo tem uma descarga de energia 
 maior. 
 Raio x: 
 ● PA 
 ● Perfil 
 Fratura da ulna também é chamada de 
 “ Fratura do Cassetete ”. 
 Imobilização: 
 ● Axilopalmar ou antebraquiopalmar 
 Fraturas da Diafise do Umero 
 Geralmente tem como causa principal 
 queda da própria altura, ou, acidentes de 
 trânsito. 
 É uma das fraturas mais comuns no 
 idoso. 
 Raio x: 
 ● AP 
 ● Perfil 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 Imobilização: 
 ● Imobilização de Velpeau (não tão 
 comum hoje em dia) 
 ● Pinça de confeiteiro 
 ● “Brace” funcional 
 Velpeau 
 Brace 
 Fraturas do Úmero Proximal: 
 No idoso é mais comum devido a 
 queda da própria altura. E nos jovens 
 associado a trauma de alta energia. 
 Raio-x: 
 ● AP 
 ● Perfil de Escápula (Y) 
 ● Perfil axilar (braço aberto e esticado) 
 Imobilização → Imobilização de Velpeau / 
 Tipoia (mais comum) / Enfaixamento MJ 
 Indicação de Tratamento Cirurgico da 
 Fratura do Úmero Proximal: 
 Osteossíntese ou, 
 Artroplastia (é a substituição da cabeça 
 umeral): 
 ● Escolhemos essa opção quando é 
 impossível reconstruir a 
 fratura,Impossível reconstruir, ou 
 ● Quando a localização se encontra no 
 no colo anatômico 
 ● Alta chance de necrose avascular da 
 cabeça 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 Quando pedimos tomografia: 
 A TC auxilia no entendimento da 
 configuração / anatomia da fratura 
 Fraturas da Escápula: 
 É raro. E devido a traumas direto, 
 com alta sinergia envolvida. Geralmente está 
 associadaa outras lesões como por 
 exemplo: fraturas de costela. 
 Raio-x: 
 Descobre por acaso em outra 
 incidência para ver fratura em outro local. 
 ● AP 
 ● Perfil de escápula (Y) 
 ● Axilar 
 Tomografia computadorizada é necessária na 
 maioria dos casos 
 Imobilização → tipoia 
 Fraturas de Clavícula: 
 Comum em traumas direto como: 
 trânsitos, esportes, queda de altura, entre 
 outros. 
 Raio x: 
 ● AP 
 Desvio dos fragmentos: o 
 esternocleidomastoideo faz uma tração na 
 parte proximal da fratura na clavícula, 
 elevando-a. Ja a parte distal, sofre ação da 
 tração do próprio braço. E o peitoral faz 
 tração anteriormente. 
 Imobilização → enfaixamento em 8 ou 
 Tipóia 
 Tratamento: 
 ● Fio intramedular 
 ● Hastes 
 ● Placa 
 → Tratamento: 
 Cirúrgico X Não Cirúrgico: 
 Avaliamos se a linha de fratura é 
 Intra-Articular (se agride a articulação)ou se 
 é extra-articular . 
 Intra-articular: 
 A maioria é cirúrgico, exceto em 
 casos de pouco ou quase nenhum desvio, ou 
 sem condições clínicas. 
 Princípios da cirurgia: 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 ● Redução direta (visualização direta) 
 → Redução anatômica 
 ● Estabilidade absoluta (colocação de 
 placa) → consolidação primária (sem 
 formação de calo ósseo) 
 Extra-articular: 
 Aceita mais o tratamento não 
 cirúrgico, exceto em casos de: 
 ● Fratura exposta 
 ● Iminência de exposição 
 ● Lesão vascular 
 ● Politrauma 
 Outros critérios de tratamento: 
 Redução Funcional Incruenta (é quando o 
 osso chega desviado, e precisamos colocar 
 ele no lugar manualmente). Se conseguirmos 
 tratar assim, não há indicação de cirurgia, 
 mas se não, indica cirurgia. 
 Impossibilidade de Redução funcional: 
 ● Alinhamento (desvio) 
 ● Comprimento - às vezes ocorre o 
 encurtamento devido a fratura. 
 ● Angulação - angulação muito grande, 
 perde a função do membro 
 ● Rotação 
 Outro critério avaliado é a estabilidade 
 (estável sem indicação cirúrgica) e a 
 instabilidade tem indicação cirúrgica. 
 Determinamos pela: 
 ● Mobilidade 
 ● Cominuição 
 ● Osteoporose 
 Princípios da Cirurgia: 
 ● Minimamente invasivo 
 ● Permite redução indireta 
 ● Redução funcional 
 ● Estabilidade relativa (não pode ter 
 movimento excessivo, se nao as 
 células não conseguem diferenciar 
 para tecido ósseo. Elas viram 
 cartilagem, formando um calo / 
 pseudoartrose. Que é uma 
 complicação) 
 ● Consolidação secundária (devido ao 
 movimento. É a consolidação da 
 cartilagem em células ósseas, 
 formando o calo ósseo) 
 → Diáfise dos Ossos do Antebraço: 
 É uma situação especial. Pois são 
 considerados uma articulação funcional, pois 
 são muito importantes para a movimentação 
 de pronação e supinação, devido a 
 geometria do rádio e da ulna. E a geometria 
 deve ser respeitada, pois, pequenos graus 
 de rotação, produzem grandes déficits 
 funcionais. 
 Além disso da quantidade grande de 
 músculos presentes no antebraço, logo, as 
 forças deformantes são grandes retardando 
 a consolidação da fratura. 
 Tratamento 
 ● Cirúrgico - padrão ouro 
 ● Não cirúrgico em casos de → 
 Fraturas isoladas da ulna (cassetete). 
 Em caso de obrigatoriamente os 3 
 parâmetros: Quando tem menos de 
 50% de desvio, e menos de 10º de 
 angulação, tem que ser nos ⅔ distais 
 da ulna. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 Fratura - Luxação de Monteggia → É além 
 da fratura no antebraço + a cabeça do rádio 
 está luxado (fora do lugar) 
 Fratura - Luxação de Galeazzi → fratura no 
 antebraço (diafise do radio) + luxação da 
 radioulnar distal 
 → Fraturas do rádio Distal: 
 A fratura de Smith, acaba 
 comprimindo do nervo mediano, é bem 
 comum, dando uma síndrome do túnel do 
 carpo aguda. 
 Síndrome do compartimento , são 
 fraturas da diáfise da tíbia, ou rádio distal, ou 
 diáfise dos ossos do antebraço (comum após 
 cirurgia). 
 O compartimento volar é o mais 
 acometido. Pode ser dividido em Superficial 
 e profundo. 
 Superficial acomete: 
 ● Flexor radial do carpo 
 ● Flexor ulnar do carpo 
 ● Flexor superficial dos dedos 
 ● Palmar longo 
 ● Pronador redondo 
 Profundo acomete: 
 ● Flexor profundo dos dedos 
 ● Flexor longo do polegar 
 ● Pronador quadrado 
 O problema de não fazer o diagnóstico da 
 síndrome do compartimento em que após 6 
 horas é a Síndrome de Volkmann. Acomete 
 principalmente a parte profunda, acometendo 
 primeiro o flexor profundo dos dedos, e 
 secundariamente o flexor longo do polegar. 
 Fazendo com que o a mão do paciente fique 
 em forma de garra. 
 → Complicações: 
 Lesão do nervo radial na fratura da diáfise 
 umeral: 
 Cerca de 2 - 17% dos pacientes 
 podem apresentar a lesão de Holstein e 
 Lewis. 
 Sua apresentação é a mão caída. E 
 paciente refere-se uma hipersensibilidade 
 dorso radial da mão. 
 Mais de 70% recupera-se 
 espontaneamente. Por isso devemos pensar 
 quando devemos explorar o nervo? A 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato Clínica Cirúrgica / Cirurgia do Trauma 
 presença do déficit neurológico muda o 
 tratamento da fratura? 
 Indicação de exploração aguda do nervo 
 radial? 
 ● Progressivo 
 ● Ocorre Após redução fechada 
 ○ Após ferimento penetrante 
 ○ Após ferimento por arma de 
 fogo 
 ● Lesão vascular associada 
 ● Fratura exposta 
 ● Lesão grave de partes moles 
 ● Politrauma 
 ● Sempre que fizer osteossíntese 
 (cirurgia) 
 Indicação de exploração tardia do nervo 
 radial? 
 ● Na ausência de recuperação 
 eletromiográfica após 10 a 12 sem 
 até 6 meses

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