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Revisã� d� Sistem� Nerv�s� Autônom� Colinérgic� � Somátic� O sistema nervoso colinérgico é referente ao sistema que depende da liberação de acetilcolina para atuar. Divisão anatômica e funcional do SNC Sistema nervoso: ↪ É composto pelo sistema nervoso periférico e sistema nervoso central. Sistema nervoso central: ↪ É composto por todo tecido nervoso encontrado dentro da caixa craniana (encéfalo) e medula espinhal. Sistema nervoso periférico: ↪ É a massa de sistema nervoso que fica fora do cérebro e da medula espinhal. ↪ Função: realizar a conexão entre o sistema nervoso central e as estruturas periféricas/órgãos alvo. Desempenha um papel fundamental tanto no envio de informações de diferentes áreas do corpo de volta ao cérebro quanto na execução de comandos do cérebro para várias partes do corpo ↪ O sistema nervoso periférico é subdividido em: ● Sistema Nervoso Somático ● Sistema nervoso Autonomo Sistema nervoso somático ↪ Rege a coordenação dos movimentos voluntário da musculatura esquelética através da junção neuromuscular ↪ Nervos: apresenta nervos longos em que o corpo do neuronios se encontra com a medula e projeta diretamente ao músculo esquelético → se estendem desde a medula espinhal até o órgão alvo, sem haver conexões neuronais no meio do caminho, levando a ausência de sinapse intermediárias Sistema nervoso autônomo ↪ Exerce respostas involuntárias para regular as funções fisiológicas sobre o músculo liso, músculo cardíaco e as glândula, relacionada com a frequência cardíaca e respiratória, a pressão sanguínea e outras atividades viscerais que trabalham juntas para manter a homeostase. ↪ Apresenta uma sinapse intermediária ganglionar devido a presença de gânglios, que são conjuntos de corpos neuronais localizados fora do SNC, havendo intermediária. Os gânglios estão presente apenas no sistema nervoso autônomo ↪ O SNA apresenta um subdivisão: ● Sistema Nervoso Parassimpático ↪ Normaliza o funcionamento dos órgãos internos quando cessa uma situação de perigo executa processos de manutenção da vida, como a digestão. Portanto, esse sistema dirige as atividades dos órgãos nas situações de rotina. ↪ Diferença entre a posição da raiz do nervo: ● As fibras pré ganglionares se origina da região crânio e sacral da coluna espinhal ● A fibra pré-ganglionar que parte da medula até o gânglio, é uma fibra longa e a fibra pós-ganglionar (gânglio até o órgão efetor) curta, ou seja os gânglios se encontram próximos ao órgão alvo. ↪ É também chamado de sistema nervoso crânio-sacral, onde se tem o papel dos nervos cranianos (pares cranianos) e o mais longo nervo vago, principal nervo parassimpático, inervando a maior parte dos órgãos na região toráxica e abdominal. Os nervos sacrais inervam a porção final do IG, reto, anus e o aparelho gênito urinário. ● Sistema Nervoso Simpático: ↪ Possui papel importante na resposta a situações perigosas ou estressantes. Nessas situações, seu sistema nervoso simpático é ativado para acelerar sua frequência cardíaca, fornecer mais sangue para áreas do corpo que precisam de mais oxigênio ou outras respostas para ajudá-lo a sair do perigo ↪ ↪ Diferença entre a posição da raiz do nervo: ● As fibras pré ganglionares se origina da região toraco-lombar https://api.seer.cancer.gov/rest/glossary/latest/id/5521c0e7e4b0bc5c16bfeadc https://api.seer.cancer.gov/rest/glossary/latest/id/5521c0e7e4b0bc5c16bfeadc ● A fibra pré-ganglionar, que parte da medula até o gânglio, é curta, onde os gânglios paravertebrais se encontram próximos à coluna vertebral e às fibra pós-ganglionar, que vai efetivamente enervar o órgão em questão, mais longa. Diferenças de neurotransmissores ● Sistema somático → neurotransmissor é a acetilcolina ● Sistema autônomo → sinapse ganglionar → neurotransmissor é a acetilcolina A acetilcolina é um neurotransmissor ganglionar seja no SN parassimpático ou SN simpático (medula até o gânglio) No SNAP o neurotransmissor SEMPRE será a acetilcolina e eventualmente a Ach pode participar da sinalização simpática também. Neurotransmissor entre a fibra pós ganglionar e o alvo: ● Sistema autônomo parassimpático, seja na sinapse entre as fibra pré-ganglionar e pós ganglionar → neurotransmissor é a acetilcolina A acetilcolina é o neurotransmissor do sistema nervoso parassimpático ● Sistema autônomo simpático → Aceticolina ➔ Todas as fibras pré-ganglionares: acetilcolina ➔ Maioria das fibras pós ganglionares parassimpáticas: acetilcolina ➔ Na sinapse entre as fibra pré-ganglionar e pós ganglionar e pós ganglionar: acetilcolina ➔ Fibras que fazem sinapses juntamente ao órgão efetor: noraadrenalina Exceções • Sistema autônomo simpático → Sinapse ganglionar modificada entre uma fibra pré ganglionar e a medula da glândula supra renal, induz a liberação de neurotransmissor acetilcolina para a liberação de adrenalina → receptor ionotrópico • Sistema autônomo simpático → sinapse paravertebral que vai até o tegumento de glândulas sudoríparas, ou seja, fibras colinérgica pós-ganglionares que inervam glândulas sudoríparas → neurotransmissor é acetilcolina O receptor nicotínico está nos gânglios e no órgão efetor, está o muscarínico porque precisa de uma resposta sustentada do que rápida Tipos de receptores colinérgicos: ● Sinapse ganglionar (resposta rápida) → receptor na membrana pós sináptica é o inotrópico (canal iônico ativado por ligante) do tipo Nicotínico de ACh ● Sinapse no órgão efetor (resposta lenta e continuada) é o metabotrópicos da família dos GPCRs (receptores acoplados à proteína G) do tipo Muscarínico de ACh ● A NE é o principal neurotransmissor dos nervos simpáticos pós-ganglionares, atuando em receptores α e β adrenérgicos Onde tem acetilcolina? ↪ A acetilcolina é o principal mediador químico desse sistema nervoso parassimpático ↪ É uma molécula extremamente simples e sintetizada no citoplasma das células nervosas, onde se localiza a enzima colina acetiltransferase (principalmente dos neurônios pré-sinápticos) ↪ É sintetizada pela enzima colina-acetiltransferase através da junção entre a molécula de colina e uma molécula de acetil-coa (proveniente do metabolismo de carboidratos e lipídios) Sinapse colinérgica ↪ A colina proveniente da dieta é transportada para o interior do neurônio pré-sináptico onde encontra a enzima colina-acetiltransferase e uma molécula de acetil-coa, dando origem a acetilcolina. Uma vez sintetizada no citosol, ela é veiculada ao interior das vesículas sinápticas por difusão facilitada através da proteína transportadora vesicular de acetilcolina, ficando armazenada até a chegada de um potencial de ação. ↪ Após a chegada de um potencial de ação através da entrada de sódio em um terminal nervoso, leva a despolarização local da membrana e a abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem, onde o aumento intracelular de cálcio (principal mediador de mecanismo de exocitose) leva a fusão das vesículas sinápticas à membrana do neurônio pré sináptico e a liberação da acetilcolina. ↪ No meio extracelular, a acetilcolina irá interagir com receptores muscarínicos (metabotrópico) ou nicotínicos (iônico) na membrana pós sinápticos, ou em receptores de localização pré sináptica (autoreceptores de natureza muscarínica), cuja função é de feedback negativo, induzindo a inibição da liberação contínua do neurotransmissor. Como termina a resposta? ↪ A resposta termina através da degradação da acetilcolina, onde na membrana do órgão efetor e do neurônio pós-sináptico está localizada a enzima acetilcolinesterase acoplada a uma cauda de colágeno. Está enzima degrada a acetilcolina na fenda sináptica, gerando colina e acetato, que poderão ser recaptadas pelo neurônio pré sináptico, para produção de mais acetilcolina. A acetilcolina não entra na células, apenas se liga aos receptores localizados na membrana Receptores de acetilcolina: Muscarínico ↪ São receptores acoplados à proteína G ↪ A proteína G é uma proteína transmembranares trimérica com domínio intracelular ligado a proteínas G, que possui 3 subunidadesproteicas (α, β e γ) . ↪ Quando o agonista de um receptor acoplado à proteína G se liga, ocorre a ativação da proteína G através da troca do GDP por um GTP. Esta troca leva a quebra do trímero, liberando a subunidade alfa para iniciar a ação intracelular. Essa ativação da proteína G desencadeia a cascata de sinalização que origina os efeitos celulares e fisiológicos da ligação da acetilcolina nos receptores muscarínicos. ↪ Existem cinco subtipos de receptores muscarínicos, subdivididos de acordo com o tipo de proteína G ao qual estão acoplados, pela ordem pelo qual foram descoberto O nome do receptor se dá em decorrência do alcalóide muscarina encontrado em cogumelos de amanita muscaria (propriedades alucinógenas), seu agonista clássico. Subunidades ímpares: ↪ M1/M3/M3: os receptores muscarínicos impares, M1, M3 e M5 quando ativados por agonistas colinérgicos, acoplam-se preferencialmente com a proteína Gq/11, induzindo a ativação da fosfolipase C (PLC) Quando o receptor está inativo, ele está em uma conformação em que está em uma alta afinidade pela proteína G e esta tem uma maior afinidade pelo GDP. Quando um agonista liga, muda a conformação e afinidade maior da proteína pelo GTP ↪ A subunidade alfaq, uma vez dissociada da subunidade β γ, esta subunidade vai interage com a fosfoquinase C, uma enzima ancorada na membrana que vai degradar fosfolipídeos de membrana, catalisando a transformação do fosfatidilinositol bifosfato (PIP2) em diacilglicerol (DAG) e IP3 (inositol trifosfato). ↪ Função dos intermediadores: ● DAG: age como indutor da proteína kinase C (PKC), que fosforila diversos alvos intracelulares (que depende da célula) ● IP3: age sobre seus receptores presentes na membrana do retículo endoplasmático, levando a abertura de canais de cálcio (canais iônicos ativados por ligantes - IP3), permitindo o extravasamento de cálcio para o citosol e a consequente ativação de cascatas intracelulares dependentes de cálcio. Subunidades pares ↪ M2 e M4: são receptores acoplados à proteína Gi/G0, chamada de proteína G inibitória, onde sua subunidade alfa tem como principal função inibir a adenilato ciclase, que converte ATP em AMPc. A diminuição dos níveis de AMPc leva à redução da atividade Proteína kinase A (PKA) em que vai diminuir a fosforilação de alguns alvos, deixando os canais aberto por menos tempo, deixando a despolarização mais lenta ↳ A subunidade beta-gama tem ação importante em células de marcapasso no coração, pois interagem com canais de potássio, onde aumenta a probabilidade de abertura desses canais e consequentemente, leva ao aumento da condutância ao potássio, facilitando a saída de potássio e indução de uma hiperpolarização celular. Localização: ● M1: SNC , gânglios autonômicos simpático e parassimpático ● M2: coração (tanto em cardiomiócitos quanto em marca-passo), músculo liso, SNC autorreceptores *autorreceptor: modula a ação da acetilcolina no neurônio pré-sináptico através da proteína Gi., participando do feedback negativo nas sinapses neuronais M2 modula principalmente a liberação mais como a síntese de acetilcolina ● M3: glândulas exócrinas e músculo liso ● M4: SNC ● M5: SNC Receptores de acetilcolina: Nicotínicos ↪ São receptores ionotrópicos, aqueles que formam um canal iônico, permeáveis a cátions, não seletivos. A passagem de cátions leva a despolarização e aumento da excitabilidade da célula pós sináptica A ligação de duas moléculas de acetilcolina ao receptor na subunidade alfa para ativação do canal e entrada de cátion A subunidade alfa é o sítio de ligação da acetilcolina ↪ São pentaméricos, formados por 5 unidade protéicas, que formam os poros, onde duas delas devem ser necessariamente unidades alfa ↪ São nomeados em homenagem ao agonista clássico, a nicotina. São divididas em 3 famílias: ● Nm (placa motora) → músculo esquelético (alfa1)2beta1epslondelta ● Nn (neuronal)→ todos os gânglios, medula adrenal (Alfa3)2(beta4)3 ● N snc (SNC) → mais expressos no SNC (alfa4)2beta2)3(alfa7)5 Os fármacos agem majoritariamente sobre os Nm e Nn Acetilcolinesterase ↪ É uma proteína globular, expressa de diversas formas, tanto solúveis quanto ancorada a célula pós sináptica. ↪ Encontrada geralmente em forma de tetrâmero de acetilcolinesterase ligados por colágeno ↪ Em tecidos que necessita a degradação rápida de acetilcolina é encontrada dodecameros de acetilcolinesterase ligados a mesma causa de colágeno e acoplada a membrana da célula (junção neuromuscular - resposta fina da contração endoesqueletica) ↪ Essa enzima induz a hidrólise rápida da acetilcolina, gerando uma molécula de acetato ou ácido acético e uma molécula de colina. ↪ Está localizado na membrana pós sináptica, citoplasma e plasma. Fazem com que a sinapse colinérgica seja a mais eficiente do nosso organismo. Funções do sistema nervoso parassimpático: ↪ Sistema de reserva de energia ↪ Preparar o organismo para a sobrevivência futura não para sobrevivência imediata – obtenção de nutrientes ● Miose: contração da pupila ● Aumento da produção de líquidos digestivos (saliva, ácido gástrico, suco pancreático) ● Aumento do peristaltismo (caso esteja comendo) ● Redução da frequência cardíaca e pressão arterial ● Redução da pressão respiratória, aumento da secreção - broncoconstrição ● Aumento do tônus da bexiga Ação da acetilcolina sob a musculatura A acetilcolina age sobre três tipos de musculatura em particular: ● Músculo liso, células secretórias e músculo cardíaco (cardiomiócitos e células de marca-passo) Músculo liso ↪ M2 e M3 são os principais receptores muscarínicos encontrados na musculatura lisa ↪ responsável sob os efeitos sob o TGI e TGU, onde a cascata de sinalização busca um equilíbrio entre as formas fosforiladas e não fosforiladas da miosina de cadeia leve. O aumento da fosforilação da cadeia leve da miosina leva ao aumento da contração e tônus da musculatura lisa; a redução da fosforilação leva ao relaxamento da musculatura lisa. Os receptores colinérgicos da musculatura lisa podem expressar tanto receptores M3 quanto M2. ↪ Receptores M3: são acoplados a Gq/11 onde a subunidade αq/11 leva a ativação da PKC que vai levar aumento de DAG e IP3 intracelular. ● IP3: tem receptores localizados na membrana do retículo sarcoplasmático (músculo liso) onde estes são canais de cálcio ativados por ligante em que leva ao aumento de cálcio citosólico. Na células muscular lisa, o cálcio vai se liga a calmodulina, formando um complexo cálcio-calmodulina que vai estimular a kinase da cadeia leve da miosina, levando a uma aumento da fosforilação da cadeia leve da miosina (uma das proteínas do arcabouço contrátil das células da musculatura lisa). Esse aumento da fosforilação, aumenta o tônus da musculatura lisa, ou seja, aumento da concentração da musculatura lisa. O aumento de cálcio intracelular vai aumentar a taxa de formação do complexo cálcio-calmodulina Tônus: estado de contração da musculatura lisa. Tônus aumentado- contraído - fosforilada Tônus reduzido - relaxado - não fosforilada ● DAG: leva a ativação da PKC, levando à inibição da fosfatase da cadeia leve da miosina, levando a uma redução no processo de fosforilação, contribuindo ao aumento do tônus mediado por M3. Tanto IP3 quanto DAG contribuem para o aumento do tônus da musculatura lisa ↪ Receptores M2: são acopladas a Gi onde a ativação da subunidade αGi, leva a inibição da adenilato ciclase, levando em consequência a inibição da formação do AMPc a partir do ATP. A diminuição do AMPc, leva a diminuição da PKA favorecendo a kinase da cadeia leve da miosina e inibindo a fosfatase da cadeia leve da miosina, tendo assim, o aumento do tônus da musculatura lisa. Quando ocorre o aumento de AMPc ativa a PKA, estimulando a ação da fosfatase da cadeia leve a miosina, e inibindo a kinase da cadeia leve da miosina, deslocando o equilíbrio para o relaxamento do tônus da musculatura lisa. Tanto M2 e M3 leva ao aumento do tônus da musculatura lisa ↪ Órgãos afetados: ● Musculatura lisa da íris Olho: a musculatura lisa daíris é formada pelo músculo circular e músculo radial. A presença de receptores M3 no músculo circular, estimula a contração da pupila (miose). Além disso, a ativação de receptores M3/M2 no músculo ciliar ( responsável à acomodação visual, induzindo ao posicionamento do cristalino, de forma que leva a acomodação da visão para perto no efeito cicloplégico. O globo ocular é preenchido pelo humor aquoso e humor vítreo. O excesso de humor aquoso pode causar o glaucoma (aumento da pressão intraocular). A acetilcolina age sobre o músculo circular e o ciliar, aumentando a drenagem do humor aquoso via contração da musculatura lisa da íris, pelo canal de chilen. Músculo relaxado reduz a velocidade de drenagem pelo canal de chilen ● TGI: estimula a contração da musculatura lisa, aumentando a motilidade do TGI, relaxamento dos esfíncteres (músculos radiais) e aumento da secreção do TGI. ● Trato genitourinário: aumento da contração da musculatura lisa da bexiga, relaxamento do esfíncter, aumento do tônus e motilidade do ureter. Células secretórias ↪ Receptores M3: a acetilcolina age sobre esse tipo celular através de receptores M3, vinculadas a proteína Gq/11, aumentando a atividade da PKC e consequentemente a concentração de cálcio intracelular, induzindo assim a fusão de vesículas de secreção a membrana celular, logo leva ao aumento da secreção seja endócrina ou exógenas (lacrimal, salivar, de ácidos pelas células do estômago, dos líquidos digestório pancreático, suor). A acetilcolina age sob as células secretórias, estimulando a secreção ↪ Órgãos afetados: ● Pulmões: a acetilcolina estimula o aumento broncoconstrição da Musculatura lisa brônquica e a acetilcolina aumento da secreção das glândulas ● Glândulas salivares (saliva), nasofaríngeas (aquosa), sudoríparas (suor): aumento da secreção (muscarínico) ● Glândula supra renal: aumento da secreção de adrenalina (nicotínico) Coração ↪ Presença de receptores M2 acoplados à proteína Gi ↪ Na inervação do coração ocorre de forma simpática em quase toda a extensão do coração - principalmente o músculo cardíaco da região dos ventrículos é inervado pelo SNS ↪ A inervação vagal ocorre majoritariamente na região atrial direita, junto às células de marcapasso (nodos) *células auto excitáveis : ausência de potencial de repouso e potencial instável de despolarização como neurônios e músculo ex do coração: marcapasso ou nodos ● Nodo sinoatrial: ↪ Os receptores M2 diminuem a taxa de despolarização diastólica espontânea do nó sinoatrial (Efeito cronotrópico negativo); ↪ Potencial de marcapasso ocorre de forma lenta, composto pela abertura pela abertura de canais de sódio do tipo Efunny, que abrem lentamente em potenciais mais negativos entrando sódio, levando a despolarização até atingir um limiar que leva a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem ↓ ↪ Em células musculares, a PKA fosforila canais de sódio levando a uma despolarização mais rápida, , aumentando a entrada e saída de cálcio ao citoplasma, e assim, aumentando a força de contração. Esse processo é inibido pelos receptores M2, reduzindo a entrada de cálcio intracelular e tendo assim um efeito cronotrópico negativo (redução da força de contração do músculo cardíaco, através da diminuição da taxa de despolarização diastólica espontânea do nó sinoatrial) mediado pela acetilcolina. Ou seja, a diminuição dos níveis de AMPc leva à redução da atividade Proteína kinase A (PKA), que vai diminuir a fosforilação dos canais de sódio. A PKA tem atividade diminuída, levando a redução do potencial de marca-passo, diminuindo a frequência cardíaca O principal efeito da acetilcolina sobre os parâmetros cardíacos, é a diminuição da frequência cardíaca (efeito cronotrópico negativo) OBS: Os canais existem em dois estados (fosforilado e não-fosforilados) ● Nodo atrioventricular ↪ Os receptores M2 diminuem a velocidade de condução das células de Purkinje ↪ Localização: divisão entre os átrios e os ventrículos) ↪ O efeito dromotrópico negativo mediado pela acetilcolina é vinculada a diminuição da capacidade de condução do impulso nervoso pelas células do átrio ao ventrículo ao longo do coração ↪ Retarda o potencial de marca-passo para bater de forma coordenada do ventrículo ao átrio ou vice e versa A retirada de fosfato geralmente diminuem a condutância de íons pelo canal ● Células do Miocárdio ↪ Presença de receptores M2 diminuem atividade da PKA fosforila canais de cálcio do tipo Li presente na membrana da célula muscular cardíaca e no retículo sarcoplasmático ↪ A fosforilação de canais de sódio levando a uma despolarização mais rápida, uma série de canais de cálcio tanto na membrana da célula muscular cardíaca, quanto no retículo sarcoplasmático, aumentando a entrada e saída de cálcio ao citoplasma, e assim, aumentando a força de contração. Esse processo é inibido pelos receptores M2, reduzindo a entrada de cálcio intracelular e tendo assim um efeito inotrópico negativo (redução da força de contração do músculo cardíaco) mediado pela acetilcolina. O principal efeito da ativação vagal é sobre a musculatura atrial e pouco efeito sobre a ventrículo ● Endotélio vascular (vasos sanguíneos): ↪ Os vasos sanguíneos são exceção pois não apresentam inervação parassimpática, ou seja sem liberação tônica de acetilcolina sobre esses vasos. Porém, como os mesmo expressam receptores M3, a injeção de acetilcolina ou fármacos colinérgicos na veia tem ativação desses receptores ↪ Os receptores colinérgicos M3 estão presente nas células endoteliais - efeito dependente do endotélio vascular ↪ Os receptores M3 são acoplados à proteína Gq/11 em quem a uma vez a subunidade A subunidade alfaq dissociada da subunidade β γ, esta subunidade vai interage com a fosfoquinase C gerando diacilglicerol (DAG) e IP3 (inositol trifosfato). Os receptores de IP3 aumenta a concentração de cálcio intracelular, onde o complexo cálcio-calmodulina age ativando a enzima óxido-nítrico sintetase endotelial, responsável por sintetizar óxido nítrico a partir da arginina. ↪ O óxido-nítrico se difunde do endotélio à musculatura lisa, levando a ativação da enzima guanilato ciclase, convertendo GTP em GMPc, capaz de ativar uma PKG, agindo estimulando a fosfatase da cadeia leve da miosina e inibe a entrada de cálcio na célula (diminui a fosforilação dos canais de cálcio), inibindo a ação da kinase da cadeia leve da miosina e diminuindo a formação do complexo cálcio-calmodulina, deslocando o equilíbrio em prol da desfosforilação da cadeia leve de miosina e relaxamento da musculatura lisa (vaso dilatação), sendo esse um efeito vasodilatador da acetilcolina. ↪ Esse efeito é INDIRETO, pois age no endotélio para produzir óxido nítrico e causar vasodilatação Efeito da administração de acetilcolina sobre a pressão arterial: ● Ach (2mg): diminuição da pressão arterial média em um primeiro momento, mediada por receptores M3 no endotélio vascular, levando a uma vasodilatação (primeiro local de ação após administração intravenosa), e uma redução da resistência vascular periférica (luz maior). Os parâmetros que definem a pressão arterial periférica é débito cardíaco e resistência vascular periférica OBS: a acetilcolina rapidamente encontra a acetilcolinesterase no plasma sendo degradada e regulando a pressão regular ● Ach (50mg): o aumento da dose de Acetilcolina, se vê uma maior redução da pressão arterial, resultante da soma dos efeitos vasculares e da ativação de receptores M2 no coração (sinoatrial), levando a redução da frequência cardíaca e força de contração, consequentemente levando a redução do débito cardíaco. ● Atropina (2mg) e ACh (50mg): A administração de atropina, um agonista não seletivo de receptores muscarínicos, seguida pela administração da acetilcolina, não se observa nenhuma variação sobre a pressão arterial, comprovando a mediação da ativação de receptores muscarínicos nas etapas anteriores. A atropina impede a ligação de acetilcolina nos receptores M2 e M3 ● ACh (aumento de +2mg): Mesmo na presença de atropina, com o aumentoda acetilcolina, é possível observar um aumento da pressão arterial, decorrente da ligação da acetilcolina a receptores nicotínicos, mais relevante nesse caso, aos receptores de suprarrenal. A liberação de noradrenalina leva ao aumento da pressão arterial por ação do sistema simpático e a ativação da suprarenal leva a liberação da adrenalina e aumento da pressão arterial. animal atropinizado: bloqueio de acetilcolina ● Efeito da acetilcolina na placa motora ↪ Receptores nicotínicos musculares: são canais iônicos permeáveis a cátions altamente permeáveis a sódio. Uma vez a acetilcolina ligada a esses receptores vai haver a abertura desses canais, levando a um potencial de ação conhecida como potencial de placa motora, que leva a sua despolarização da placa motora, aumentando do cálcio intracelular, através da abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem na membrana celular. O cálcio desencadeia o mecanismo de liberação de cálcio mediado por cálcio, levando a liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático e seu maior efluxo ao citoplasma, Isso gera uma contração. Esse cálcio é rapidamente recaptado, havendo o seguinte relaxamento da musculatura. ao mesmo tempo a acetilcolina é rapidamente degradada pela acetilcolinesterase devido a sua alta concentração presente na placa motora se dessensibilização do receptor de acetilcolina, mesmo na presença de acetilcolina na junção para evitar lesão na musculatura esquelética. caso tenham problema nessa degradação, haverá acúmulo de acetilcolina levando a hiperestimulação dos receptores nicotínicos, dando sintomas como tremores até despolarização da placa motora e passa a não responder (paralisia muscular) eurônios ● Transmitir a excitação resultante com rapidez para outras parte da células ou para outros neurônios, células musculares e glandulares ↪ Os neurônios são as unidade básica do sistema nervoso compondo mais de 100 bilhões de células integrados no tecido estrutural e funcional que é o encéfalo ↪ Funções: ● Reagir a estimulo capaz de propagar reações intracelulares;
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