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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
GERENCIAMENTO DA CADEIA 
DE SUPRIMENTOS 
2
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
miSSÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
ViSÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
BiBLioteca muLtiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Santos, Aloísio Andre dos.
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos / Aloísio Andre dos Santos. – Serra: Multivix, 2018.
editoriaL
FacuLdade capiXaBa da Serra • muLtiViX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2018 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
 > FIGURA 1 - Modelo de Cadeia de Suprimentos 12
 > FIGURA 2 - Cadeia de Suprimentos 13
 > FIGURA 3 - Figura 3 – Logística e Cadeia de Suprimentos 14
 > FIGURA 4 - Cadeia de Suprimentos: rede de organizações 16
 > FIGURA 5 - Modelo de Palete 17
 > FIGURA 6 - Modelo de Contêiner 18
 > FIGURA 7 - Distribuição física (Porto) 18
 > FIGURA 8 - Supply Chain Management – SCM 20
 > FIGURA 9 - Cadeia de Suprimentos – rede global 29
 > FIGURA 10 - Processo de compra 31
 > FIGURA 11 - Processo de fabricação 32
 > FIGURA 12 - Processo de distribuição 32
 > FIGURA 13 - Atendimento 33
 > FIGURA 14 - Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística 34
 > FIGURA 15 - Cadeia de suprimentos simples 35
 > FIGURA 16 - Curva de demanda individual 48
 > FIGURA 17 - Curva de demanda: alteração no preço 48
 > FIGURA 18 - Curva de demanda: preço constante 49
 > FIGURA 19 - Demanda sazonal 51
 > FIGURA 20 - Demanda: tendência 51
 > FIGURA 21 - Logística de Aquisição: compra de tubos metálicos 58
 > FIGURA 22 - Abordagem com Fornecedor 60
 > FIGURA 23 - Tecnologia de Informação 62
 > FIGURA 24 - Mundo Conectado 63
 > FIGURA 25 - Supplier Relationship Management 64
 > FIGURA 26 - Atacado: grandes quantidades de produtos 66
 > FIGURA 27 - EDI 74
 > FIGURA 28 - Order Management System (OMS) 76
 > FIGURA 29 - Warehouse Management System (WMS) 76
 > FIGURA 30 - Cadeia de Suprimentos Digital 80
LiSta de FiGuraS
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
 > FIGURA 31 - Sistema ERP 84
 > FIGURA 32 - Radio-Frequency IDentification (RFID) 85
 > FIGURA 33 - Desperdício: difícil de ser visto 91
 > FIGURA 34 - Lean manufacturing: indústria automotiva 94
 > FIGURA 35 - Logística enxuta: controle de estoques 98
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
SumÁrio
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
1 introduÇÃo 11
1.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS 12
1.1.1 A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 15
1.1.2 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 20
concLuSÃo 24
2 GeStÃo da cadeia de SuprimentoS 27
2.1 INTRODUÇÃO 27
2.2 2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 28
2.2.1 LOGÍSTICA VERSUS GERENCIAMENTO DA CADEIA 
DE SUPRIMENTOS 34
2.2.2 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 35
2.2.3 O PAPEL DO SOFTWARE DE GERENCIAMENTODA CADEIA DE SUPRI-
MENTOS 36
2.2.4 A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DA 
CADEIA DE SUPRIMENTOS 38
2.2.4.1 PRINCÍPIOS DO SCM 40
concLuSÃo 41
3 demanda 43
3.1 INTRODUÇÃO 43
3.2 DEMANDA 44
3.2.1 FUNÇÃO DE DEMANDA 47
3.2.2 PADRÃO DE DEMANDA 50
3.2.2.1 GESTÃO DA DEMANDA 53
concLuSÃo 55
8
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
4 LoGÍStica de aQuiSiÇÃo 57
4.1 INTRODUÇÃO 57
4.2 LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO 57
4.3 O RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR 59
4.3.1 CLIENTE VALORIZADO 61
4.4 O SUPPLIER RELATION MANAGEMENT (SRM) 63
4.4.1 TIPOS DE FORNECEDORES 65
4.4.2 O SISTEMA SRM 67
concLuSÃo 70
5 tecnoLoGia de inFormaÇÃo na cadeia de SuprimentoS 72
5.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS 72
5.1.1 TIPOS DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO 75
5.1.2 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS 78
5.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS DIGITAL 79
5.3 OUTRAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO UTILIZADAS NA CADEIA DE SU-
PRIMENTOS 83
concLuSÃo 88
6 LoGÍStica enXuta 90
6.1 LOGÍSTICA ENXUTA 90
6.1.1 PRINCÍPIOS LEAN 95
6.1.2 LOGÍSTICA ENXUTA: OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 98
6.2 PRINCÍPIOS DA LOGÍSTICA ENXUTA 101
concLuSÃo 104
reFerÊnciaS 106
9
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
iconoGraFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
10
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Compreender o 
conceito de Cadeia de 
Suprimentos.
> Identificar a evolução 
da Cadeia de 
Suprimentos.
> Definir Gestão 
da Cadeia de 
Suprimentos;
UNIDADE 1
11
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
1 introduÇÃo
O mundo pode ser visto como uma grande Cadeia de Suprimentos, na qual consumi-
dores e produtores se conectam uns com os outros. Para um produto ou um serviço 
ser destinado a um dado mercado, é necessário um fluxo produtivo em que estão en-
volvidos equipamentos, pessoas, informação, espaço físico, etc., ou seja, vários atores 
são envolvidos no processo que varia a sua complexidade de acordo com o tamanho 
da empresa. Logo, espera-se que, quanto maior o mercado, maior a Cadeia de Supri-
mentos que, por sua vez, demanda uma maior exigência quanto à gestão, que deverá 
lidar com questões importantes, como o crescimento de corporações multinacionais, 
parcerias, expansão da marca global, terceirização, etc. Tudo o que afeta o mundo 
afeta o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, desde a flutuação dos preços do 
gás até as preocupações ambientais. 
O conceito de Cadeia de Suprimentos surgiu no início do século XX, a partir do con-
ceito de logística e de toda a movimentação sobre os meios de produção, com os 
princípios de Frederick Taylor, o fundador da engenharia industrial e da chamada 
administração científica, e de Henry Fayol, conhecido pela produção em massa e em 
série de automóveis nos Estados Unidos.
De fato, no início do século XX, a logística era vista de forma separada, ou seja, a aqui-
sição, produção e distribuição eram vistas como atividades isoladas e não depen-
dentes umas das outras, o que era uma visão errada no sentido de análise de fluxo. 
A Segunda Guerra Mundial foi um impulsionador do conceito, quando a indústria 
começou a promover essa integração a partir da visão da logística integrada. 
Uma Cadeia de Suprimentos eficaz deve atender às necessidades de produtores e 
consumidores com uma abordagem integrada em relação à administração. A Ca-
deia de Suprimentos da Coca-Cola na Europa Ocidental, por exemplo, é totalmente 
integrada, desde os planos de manufatura até os pontos de venda, o que encurta o 
processamento de pedidos, melhora o fluxo de recursos financeiros e a qualidade 
dos processos. 
Se as operações em vários locais estiverem cooperando e se comunicando, isso pode 
tornar as Cadeias de Suprimentos muito mais eficientes. A logística também é muito 
mais fácil de observar e gerenciar quando cada parte de uma Cadeia de Suprimentos 
12
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
integrada fornece dados de inventário e dados de aquisição que podem ser apoiados 
por mais de uma entidade. 
1.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS
Uma Cadeia de Suprimentos (supply chain) é a rede de todos os indivíduos, orga-
nizações, recursos, atividades e tecnologias envolvidos na produção e venda de um 
produto ou um serviço, desde a aquisição de materiais (fornecedor e subfornecedo-
res), passando pelo processo de transformação ou produção, até a entrega ao usuário 
final. Destacamos, na figura 1, um exemplo de como é a uma Cadeia de Suprimentos.
FIGURA 1 - MODELO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
A Cadeia de Suprimentos, em todas as organizações, desempenha um papel impor-
tante, uma vez que um sistema eficiente significa baixo custo de estoque e dispo-
nibilidade de itens em tempo hábil. A Cadeia de Suprimentos é considerada ainda 
como um processo completo que começa desde as matérias-primas e a logística de 
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
entrada até a logística de saída, ou seja, a Cadeia de Suprimentos é a visão completa 
da logística de aquisição, produção e distribuição, conforme pode ser observado pela 
figura 2.
FIGURA 2 - CADEIA DE SUPRIMENTOS
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Se fôssemos analisar friamente o conceito, em alguns aspectos, seria mais 
correto chamar a Cadeia de Suprimentos de “cadeia de demanda”, uma vez 
que toda cadeia depende da demanda dos clientes, que podem ser internos 
(dentro do processo produtivo) ou externos (cliente final). 
O conceito de Cadeia de Suprimentos está diretamente ligado ao conceito de logís-
tica. De fato, podemos entender que logística refere-se às atividades que ocorrem 
dentro dos limites de uma única organização, e a Cadeia de Suprimentos refere-se a 
redes de empresas que trabalham juntas e coordenam suas ações para entregar um 
produto ao mercado. Além disso, a logística tradicional concentra sua atenção em 
atividades como compras, distribuição, manutenção e gerenciamento de estoque. A 
Cadeia de Suprimentos reconhece toda a logística tradicional e também inclui ativi-
dades como marketing, desenvolvimento de novos produtos, finanças e atendimento 
ao cliente.
Pela figura 3, podemos verificar que a Cadeia de Suprimentos tem um escopo maior 
do que a logística.
14
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 3 - FIGURA 3 – LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
A Logística tem a ver com como obter o produto certo, para o cliente certo, na quanti-
dade certa, na condição certa, no lugar certo, no momento certo e no custo certo. No 
passado, várias tarefas ficavam sob departamentos diferentes, mas agora elas estão 
sob um só e reportam-se a um único gestor. Já a Cadeia de Suprimentos é a rede 
de organizações que estão envolvidas através de ligações de aquisição (montante) e 
distribuição (juzante) nos diferentes processos e atividades que produzem valor sob 
a forma de produtos e serviços nas mãosdo consumidor final.
A Cadeia de Suprimentos pode ser entendida como uma coleção de fornecedores 
necessária para criar um produto específico para uma empresa. É composta de nós, 
ou “links”, que podem incluir vários fabricantes para peças, produto concluído e local 
em que será armazenado, seus centros de distribuição e, finalmente, a loja onde o 
consumidor pode comprá-lo. O conceito da cadeia é importante porque cada link 
é conectado em uma direção e ordem específicas, e o próximo link não pode ser al-
cançado sem passar pelo anterior. Cada link adiciona tempo e custos e pode envolver 
trabalho, peças e transporte. Todo produto que uma empresa carrega pode ter sua 
própria Cadeia de Suprimentos, embora possa usar certos fornecedores para vários 
produtos. Podemos explicar essa situação de complexidade em uma Cadeia de Su-
primentos internacional: quando uma Loja no Brasil compra roupas de fornecedores 
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
da China, eles podem não ter noção do processo de produção por trás destas roupas, 
ou seja, não têm informação de como os processos são realizados, quais tipos de pro-
dutos são utilizados para o tingimento das peças, assim como é executado o trabalho 
(se há crianças trabalhando na ilegalidade).
Um hipermercado como o Carrefour consegue ter menos elos em sua 
Cadeia de Suprimentos e comprar mais produtos genéricos diretamente 
dos fabricantes, em vez de fornecedores com marcas e marcações. Ele 
usa o “Inventário Gerenciado pelo Fornecedor” para determinar que os 
fabricantes sejam responsáveis pelo gerenciamento de produtos em depósitos 
pertencentes ao Carrefour. A empresa também é particularmente exigente 
com os fornecedores, associando-se apenas àqueles que conseguem atender 
a quantidade e a frequência que exigem com preços baixos e com locais 
que limitam as necessidades de transporte. Eles gerenciam sua Cadeia 
de Suprimentos como uma empresa, com todos os parceiros operando 
na mesma rede de comunicação. Ao comprar quantidades suficientes 
para aproveitar as economias de escala, mover produtos diretamente dos 
fabricantes para armazéns e depois entregar para lojas grandes o suficiente 
para serem centros de distribuição, os elos da Cadeia de Suprimentos e 
o custo por item são reduzidos, o que se traduz em preços baixos para os 
consumidores.
1.1.1 A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
Uma Cadeia de Suprimentos é uma rede (figura 4) de conexão entre uma empresa e 
seus fornecedores para produzir e distribuir um produto específico, e também repre-
senta todas as etapas necessárias para levar o produto ou serviço ao cliente.
16
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
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FIGURA 4 - CADEIA DE SUPRIMENTOS: REDE DE ORGANIZAÇÕES
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
A chave para uma Cadeia de Suprimentos eficiente é garantir que o processo seja 
executado da melhor maneira possível. É preciso acompanhar cada etapa do proces-
so, certificando que ele aconteça com eficiência. A Cadeia de Suprimentos surgiu a 
partir do conceito de logística, no século XX, momento em que a humanidade passa-
va por várias transformações, a saber:
• 2ª Revolução Industrial, com a produção passando a ser seriada e a explosão 
de vendas de automóveis;
• Catálogo de produtos não substituía a compra pessoal e, desta forma, os clien-
tes preferiam a experimentação direta;
• Surgimento e crescimento das lojas de departamentos;
• 2ª Era da Qualidade, com o foco no controle estatístico da qualidade;
• Estudo de tempos e movimentos e especialização de tarefas no início do século;
• Início da globalização;
• A invasão da França (quando os americanos enviaram toneladas de suprimen-
tos e equipamentos ao Reino Unido, entre 1942 e 1944, para a invasão da 
França), movimentando milhões de produtos/serviços, com centenas de espe-
cificações diferentes; 
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
• Mudanças nos hábitos de consumo em virtude de eletrodomésticos e facilida-
des para dona de casa;
• Surgimento do palete;
• Surgimento dos supermercados e hipermercados etc.
Nas décadas de 1940 e 1950, em se tratando da atividade logística, o foco foi como 
usar a mecanização (equipamentos) para melhorar os processos de manuseio de ma-
teriais, assim como melhorar o aproveitamento do espaço (técnica de armazenagem 
e alterações no layout), com a utilização de estantes para acondicionamento dos pro-
dutos. O conceito de “carga unitária” ganhou popularidade, e o uso de paletes (figura 5) 
foi difundido.
FIGURA 5 - MODELO DE PALETE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Em meados da década de 1950, o conceito de carga unitária foi estendido à ges-
tão de transportes, com o desenvolvimento de contêineres (figura 6), demandando 
investimentos em navios e aeronaves de carga. Esse foi um pré-requisito para a glo-
balização da Cadeia de Suprimentos que viria muito mais tarde. Embora os termos 
“armazenagem” e “manuseio de materiais” tenham sido usados para descrever mui-
tos desses esforços, esse trabalho pode ser visto como uma aplicação fundamental 
da engenharia industrial.
18
Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
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FIGURA 6 - MODELO DE CONTÊINER
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Na década de 1960, uma tendência clara havia se desenvolvido ao transferir o trans-
porte de carga via modal ferroviário (trem) para o transporte rodoviário (caminhão). 
Isso levou à necessidade de consideração conjunta de armazenagem, manuseio de 
materiais e transporte de cargas, surgindo o conceito de “Distribuição Física”, ou seja, 
as empresas perceberam a necessidade de utilização de mais de um modal de trans-
porte para as atividades logísticas. (figura 7).
FIGURA 7 - DISTRIBUIÇÃO FÍSICA (PORTO)
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
A informatização de dados abriu as portas para uma enorme oportunidade de inova-
ções no planejamento de logística, desde o armazenamento aleatório em armazéns 
até a otimização dos estoques e da roteirização dos caminhões. 
Os anos de 1980 marcaram o início de uma mudança radical da logística na história 
da Cadeia de Suprimentos e sua gestão. O surgimento dos computadores pessoais e 
a possibilidade de acesso a eles. Com isso, ocorreu uma melhoria da qualidade dos 
planejadores (trabalhadores que executavam a atividade de planejamento da produ-
ção), com um novo ambiente gráfico para a execução da atividade de planejamento. 
Isso gerou uma enxurrada de novas tecnologias, incluindo planilhas flexíveis e interfa-
ces baseadas em mapas, que possibilitaram melhorias no planejamento e execução 
da logística. Surgiram novas ferramentas de controle para automação de manuseio 
de materiais além do desenvolvimento de novos algoritmos de otimização em larga 
escala que permitiram a solução de problemas de programação, como no caso das 
companhias aéreas com a venda de passagens aéreas e marcação de assentos. 
Os executivos das empresas na década de 1980 tomaram conhecimento da logística 
como uma área em que tinham a oportunidade de melhorar significativamente o 
resultado financeiro se estivessem dispostos a investir em profissionais treinados e 
em novas tecnologias. O reconhecimento generalizado do termo “Cadeia de Supri-
mentos” veio principalmente como resultado da globalização da manufatura desde 
meados da década de 1990, particularmente o crescimentoda manufatura da China. 
As importações dos EUA para a China cresceram de US$ 45 bilhões por ano, em 1995, 
para mais de US$ 280 bilhões por ano, em 2006. O foco na globalização acentuou a 
necessidade de estratégias logísticas para lidar com redes complexas, incluindo múl-
tiplas entidades em diversos países com controle diverso. 
Na década de 1990, já havia então a distinção de que Logística é a parte do processo 
da Cadeia de Suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e armazena-
mento eficiente, efetivo e reverso de bens, serviços e informações relacionadas entre 
o ponto de origem e o ponto de consumo, para atender às exigências dos clientes, 
enquanto o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a coordenação sistêmica 
e estratégica das funções tradicionais de negócios e das táticas que envolvem essas 
funções dentro de uma empresa específica e entre empresas da cadeia de forneci-
mento. O intuito é melhorar em longo prazo o desempenho das empresas indivi-
duais e da cadeia de suprimento como um todo. 
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
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1.1.2 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, do inglês Supply Chain Management – 
SCM (figura 8), busca otimizar todos os fluxos logísticos de uma Cadeia de Suprimentos, 
envolvendo bens e serviços. O SCM é tão importante porque a globalização exige uma 
rede global na qual a maioria das empresas é especializada e equipada para vender 
aos clientes de todo o mundo. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, embora 
possa não parecer adequado para aqueles que trabalham no campo, é um conceito 
relativamente novo. Uma das primeiras instâncias do termo gestão da Cadeia de Su-
primentos surgiu no início dos anos 80, em um artigo do The Financial Times, embora 
só em meados da década de 1990 o conceito tenha ganhado reconhecimento. 
FIGURA 8 - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – SCM
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O boom da logística foi impulsionado na década de 1990 pelo surgimento de Siste-
mas Enterprise Resource Planning (ERP) ou Planejamento dos Recursos da Empresa, 
resultado da evolução dos sistemas de Planejamento das Necessidades de Materiais 
(Sistema MRP) desenvolvidos nas décadas de 1970 e 1980, em parte pelo desejo de 
integrar os múltiplos bancos de dados que existiam em quase todas as empresas e 
raramente conversavam entre si. 
Apesar de alguns problemas significativos na instalação e no funcionamento dos sis-
temas ERP, nos anos 2000, a maioria das grandes empresas já havia instalado esse 
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
sistema. O resultado dessa mudança foi uma grande melhoria na disponibilidade e 
precisão dos dados, o que aumentou dramaticamente o reconhecimento da neces-
sidade de um melhor planejamento e integração entre os componentes de logística 
e, consequentemente, da Cadeia de Suprimentos. 
Se analisarmos o contexto histórico, fica claro que o conceito de Gerenciamento da 
Cadeia de Suprimentos estava em vigor muito antes de o termo ser criado em 1982.
Na era colonial, o comércio internacional de navios já estava gerando complicados 
problemas de transporte e a necessidade de eficiência. Durante a Revolução Indus-
trial, a capacidade de produzir rapidamente mercadorias com assistência de máqui-
nas levou à necessidade de gerenciar estoques significativos e consumo constante. 
No momento em que a história chega à famosa linha de montagem de Henry Ford 
para a primeira produção automotiva do mundo, em 1913, a gestão da Cadeia de 
Suprimentos tornou-se uma arte. Com o passar do século, mais empresas estavam 
produzindo mais bens e procurando maneiras de reduzir custos. Eles se integraram 
verticalmente em Cadeias de Suprimentos próprias para tentar reduzir custos em 
cada estágio. Nos anos 80 e seguintes, a globalização tornou-se um sonho realista 
para muitas empresas, por causa de sistemas de computação, comunicação mais 
fácil e leis comerciais amigáveis ao comércio.
Por volta da década de 1990, tornou-se uma prática comum para as empresas se 
especializarem, concentrando-se nas competências essenciais e terceirizando o res-
tante, abandonando a integração vertical da era anterior. Nesse ponto, as Cadeias 
de Suprimentos tornaram-se realmente complexas, a fim de coordenar centenas 
de fabricantes, fornecedores, expedidores, armazenadores e varejistas que, de ou-
tra forma, eram geograficamente distantes e não relacionados. A Internet e as novas 
metodologias levaram a plataformas colaborativas e processos democratizados. Isso 
vem permitindo que os concorrentes menores usem alguns dos mesmos fabricantes 
como grandes players e, como resultado, reduzam as ineficiências desses fabricantes. 
Melhores ferramentas de comunicação e planejamento estão proporcionando um 
caminho para pequenas e grandes empresas gerenciarem Cadeias de Suprimentos 
ainda mais complexas.
Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a 
supervisão de materiais, informações e finanças à medida que eles se movem em um 
processo de fornecedor para fabricante para atacadista para varejista para consumidor. 
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Os três principais fluxos da Cadeia de Suprimentos são o fluxo de produtos, o de in-
formações e o de finanças. O SCM envolve a coordenação e integração desses fluxos 
dentro e entre as empresas. 
A prática da gestão da Cadeia de Suprimentos incorpora uma miríade de preocupa-
ções – questões ambientais, salários, bem como condições de saúde e segurança. A 
gestão da Cadeia de Suprimentos é a prática de incorporar as metas sociais, ambien-
tais e econômicas de uma empresa à coordenação de processos interempresariais 
para melhorar o desempenho econômico de longo prazo da empresa individual e de 
suas cadeias de fornecimento. 
Por muito tempo, os encarregados de projetar e supervisionar as cadeias de supri-
mento se concentraram demais, em alguns casos apenas, em como obter tanto lucro 
da Cadeia de Suprimentos quanto possível. 
Obviamente, maximizar o valor e agilizar as operações são resultados desejáveis, mas 
o gerenciamento da cadeia de fornecimento é muito mais complexo do que um 
exercício de curto prazo, embora o gerenciamento holístico da Cadeia de Suprimen-
tos e ajudará a receita de uma empresa. 
Atualmente o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos e as melhores práticas que 
iluminam o caminho para os profissionais da área exigem uma compreensão diferen-
ciada de todo o domínio da Cadeia de Suprimentos – das diferentes metodologias 
disponíveis ao desempenho do fornecedor, às regulamentações globais e às preocu-
pações econômicas. 
Segundo Ballou (2006, p. 28), uma Cadeia de Suprimentos
abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mer-
cadorias desde o estágio da matéria-prima (extração) até o usuário final, bem 
como os respectivos fluxos de informação. Materiais e informações fluem tanto 
para baixo quanto para cima na Cadeia de Suprimentos (Ballou, 2006, p. 28).
Logo, ainda de acordo com o mesmo autor (idem), “o gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos (GCS) é a integração dessas atividades, mediante relacionamentos 
aperfeiçoados na Cadeia de Suprimentos, com o objetivo de conquistar uma vanta-
gem competitiva sustentável”. E conforme explicitado por Ballou, uma definição mais 
ampla e abrangente seria:
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
O gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é definidocomo a coordenação 
estratégica sistemática das tradicionais funções de negócios e das táticas ao 
longo dessas funções de negócios no âmbito de uma determinada empresa e 
ao longo dos negócios no âmbito da Cadeia de Suprimentos, com o objetivo 
de aperfeiçoar o desempenho a longo prazo das (Ballou, 2006, p. 28).
O SCM também é definido como projeto, planejamento, execução, controle e mo-
nitoramento de atividades da Cadeia de Suprimentos com o objetivo de criar valor 
líquido, construir uma infraestrutura competitiva, alavancar a logística mundial, sin-
cronizar oferta com demanda e medir o desempenho globalmente. As outras áreas 
com as quais o SCM está relacionado são operações, logística, compras e tecnologia 
da informação. 
As grandes corporações valorizam bons gerentes da Cadeia de Suprimentos porque 
melhoram a eficiência de fábricas, armazéns e veículos de transporte em uma Cadeia 
de Suprimentos. O fluxo de caixa é aumentado diretamente já que a entrega de um 
produto está em tempo hábil e os consumidores podem comprar seus produtos. 
Na atualidade, o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM) é um fator estra-
tégico essencial para aumentar a eficácia organizacional e melhorar a realização das 
metas organizacionais, como maior competitividade, melhor atendimento ao cliente 
e maior lucratividade. A era da globalização dos mercados e da terceirização já co-
meçou, e muitas empresas selecionam a Cadeia de Suprimentos e a logística para 
gerenciar suas operações. 
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CONCLUSÃO
Podemos concluir que uma Cadeia de Suprimentos eficaz deve atender às necessi-
dades de produtores e consumidores com uma abordagem integrada em relação 
à administração. Uma Cadeia de Suprimentos (supply chain) é a rede de todos os 
indivíduos, organizações, recursos, atividades e tecnologias envolvidos na produção 
e venda de um produto ou um serviço, desde a aquisição de materiais (fornecedor e 
subfornecedores), passando pelo processo de transformação ou produção, até a en-
trega ao usuário final. 
Vimos que o conceito de Cadeia de Suprimentos está diretamente ligado ao concei-
to de logística. De fato, podemos entender que logística refere-se às atividades que 
ocorrem dentro dos limites de uma única organização, e a Cadeia de Suprimentos 
refere-se a redes de empresas que trabalham juntas e coordenam suas ações para 
entregar um produto ao mercado. 
A Cadeia de Suprimentos pode ser entendida como uma coleção de fornecedores 
necessária para criar um produto específico para uma empresa. É composta de nós, 
ou “links”, que podem incluir vários fabricantes para peças, produto concluído e local 
e que será armazenado, seus centros de distribuição e, finalmente, a loja onde o con-
sumidor pode comprá-lo. Concluímos também que a informatização de dados abriu 
as portas para uma enorme oportunidade de inovações no planejamento de logísti-
ca, desde o armazenamento aleatório em armazéns até a otimização dos estoques e 
da roteirização dos caminhões. 
Os anos de 1980 marcaram o início de uma mudança radical da logística na história 
da Cadeia de Suprimentos e sua gestão. O surgimento dos computadores pessoais 
e a possibilidade de acesso a eles. Com isso, ocorreu a melhoria da qualidade dos 
planejadores (trabalhadores que executavam a atividade de planejamento da produ-
ção), com um novo ambiente gráfico para a execução da atividade de planejamento.
Por fim, concluímos que o Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da 
Cadeia de Suprimentos é a supervisão de materiais, informações e finanças à medida 
que eles se movem em um processo de fornecedor para fabricante para atacadista 
para varejista para consumidor. Os três principais fluxos da Cadeia de Suprimentos 
são o fluxo de produtos, o de informações e o de finanças. O SCM envolve a coorde-
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SUMÁRIO
nação e integração desses fluxos dentro e entre as empresas. Atualmente o gerencia-
mento da Cadeia de Suprimentos e as melhores práticas que iluminam o caminho 
para os profissionais da área exigem uma compreensão diferenciada de todo o domí-
nio da Cadeia de Suprimentos – das diferentes metodologias disponíveis ao desem-
penho do fornecedor, às regulamentações globais e às preocupações econômicas. 
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Explicar 
Gerenciamento 
da Cadeia de 
Suprimentos.
> Comparar Logística e 
Gestão da Cadeia de 
Suprimentos.
> Ordenar princípios da 
Gestão da Cadeia de 
Suprimentos.
UNIDADE 2
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
2 GESTÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
Nessa unidade, apresentaremos a você o conceito de Supply Chain Manegement 
(SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Todo produto ou serviço faz 
parte de uma cadeia de suprimentos que precisa ser bem gerenciada de forma a 
garantir o melhor nível de serviço ao cliente. Veremos a diferença entre os conceitos 
de logística e cadeia de suprimentos e elencaremos os princípios e a importância do 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos para as organizações. Você compreende-
rá que a complexidade de cadeias de suprimentos muito extensas dificulta o geren-
ciamento, e que as empresas estão buscando, na atualidade, cadeias de suprimentos 
sustentáveis de forma a obterem vantagem competitiva.
2.1 INTRODUÇÃO
Pouco depois de o despertador tocar e a cafeteira começar a funcionar, o aroma do 
café toma conta do ar na sua casa. A cadeia de suprimentos é responsável por colocar 
esses grãos de café em todo o mundo, inclusive na sua cozinha. Algo tão comum em 
todos os lares exige muito planejamento, previsão de demanda, aquisições e conhe-
cimento logístico para levar esses grãos a vendedores locais ainda frescos. Sem uma 
cadeia de suprimentos eficaz, isso não seria possível.
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos envolve uma série de atividades e pro-
cessos fundamentais que devem ser concluídos de maneira eficiente (com economia 
de combustível, redução de custos, etc.) e em tempo hábil. Caso contrário, o produ-
to não estará disponível quando necessário aos consumidores. Dependendo do tipo 
de indústria, os custos da cadeia de suprimentos podem chegar a 50% da receita 
da empresa, e as ineficiências na cadeia de suprimentos podem totalizar 25% dos 
custos operacionais. Quando uma empresa se depara com pequenas margens de 
lucro, como de 3% a 4%, mesmo uma pequena melhora na eficiência pode dobrar a 
lucratividade.
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2.2 2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
O Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 
é o gerenciamento ativo das atividades da cadeia de suprimentos para maximizar o 
valor do cliente e representa um esforço consciente das empresas da cadeia de for-
necimento para desenvolver e gerir as cadeias de fornecimento das formas mais efi-
cazes e eficientes possíveis. As atividades da cadeia de fornecimento abrangem des-
de o desenvolvimento de produtos, fornecimento, produção e logística, bem como os 
sistemas de informação necessários para coordenar essas atividades. O conceito de 
Supply Chain Management (SCM) é baseado em duas ideias principais:
• A primeira é que praticamente todo produto que atinge um usuário final e 
representao esforço cumulativo de várias organizações é referido, coletiva-
mente, como a cadeia de suprimentos.
• A segunda ideia é que, enquanto as cadeias de suprimento existem há muito 
tempo, a maioria das organizações só presta atenção ao que está acontecendo 
dentro de suas “quatro paredes”. Poucas empresas entendiam e gerenciavam 
toda a cadeia de atividades que entregava os produtos, ou seja, negligencia-
vam o cliente final. O resultado era uma cadeia de suprimentos desarticulada 
e muitas vezes ineficaz.
Uma cadeia de suprimentos (FIGURA 1) é uma rede global usada para fornecer pro-
dutos e serviços de matérias-primas a clientes finais por meio de um fluxo planejado 
de informações e distribuição física, logo, compreende uma rede de entidades e 
processos (o fluxo projetado). O gerenciamento ou a rede da cadeia de suprimentos 
de uma organização, seja ela de produtos, seja de serviços, pode ser complexo ou 
simples. Independentemente da complexidade, as empresas exigem que sua cadeia 
de suprimentos garanta um fluxo constante de fornecimento e, ao mesmo tempo, se 
esforcem para reduzir seus custos das operações.
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SUMÁRIO
FIGURA 9 - CADEIA DE SUPRIMENTOS – REDE GLOBAL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
As organizações que compõem a cadeia de fornecimento estão “ligadas” em con-
junto por meio de fluxos físicos e fluxos de informações. Os físicos, que são a parte 
mais visível da cadeia de suprimentos, envolvem a transformação, o movimento e o 
armazenamento de mercadorias e materiais. Já os de informações permitem que os 
diversos parceiros da cadeia de suprimentos coordenem seus planos de longo prazo 
e controlem o fluxo diário de mercadorias e materiais para cima e para baixo na ca-
deia de suprimentos.
O Supply Chain Management (SCM) ou Gestão da Cadeia de Suprimentos abrange 
o planejamento e a execução integrados dos processos necessários para otimizar o 
fluxo de materiais, informações e capital financeiro nas áreas que incluem plane-
jamento de demanda, fornecimento, produção, gerenciamento e armazenamento 
de estoque, transporte ou logística e devolução de excesso ou produtos defeituosos. 
Tanto a estratégia de negócios quanto um software especializado são usados nesses 
esforços para criar uma vantagem competitiva.
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Vantagem competitiva é superar os concorrentes em algum critério de 
competitividade, como preço, qualidade, flexibilidade, confiabilidade, entrega 
e suporte ao cliente.
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimento é um empreendimento complexo e ex-
pansivo que depende de cada componente da cadeia de suprimentos, dos fornece-
dores aos fabricantes, para que os fluxos ocorram de forma a ter o melhor nível de 
serviço. Por isso, o gerenciamento efetivo da cadeia de suprimentos também requer 
gerenciamento de mudanças, colaboração e gerenciamento de riscos para criar ali-
nhamento e comunicação entre todas as entidades. Além disso, a gestão envolve ain-
da a sustentabilidade da cadeia de suprimentos, que abrange questões ambientais, 
sociais e jurídicas, além de compras sustentáveis, sendo o conceito estreitamente re-
lacionado ao conceito de responsabilidade social corporativa, que avalia o efeito das 
atividades da empresa no meio ambiente e bem-estar social.
Se a meta do Scm é fornecer alta disponibilidade de produtos por meio do atendi-
mento eficiente e oportuno da demanda do cliente, vejamos como a meta é atingida. 
Obviamente, precisaremos de fluxos eficazes de produtos desde o ponto de origem 
até o ponto de consumo. Considere, por exemplo, uma cadeia de fornecimento de 
alimentos frescos. Um fluxo bidirecional de informações e dados entre os participan-
tes da cadeia de fornecimento cria visibilidade da demanda e detecção rápida de 
problemas. Ambos são necessários para que os gerentes da cadeia de suprimentos 
possam tomar boas decisões sobre o que comprar, fabricar e movimentar. Outros 
fluxos também são importantes: em seus papéis como fornecedores, as empresas 
têm interesse em fluxos financeiros; os fornecedores querem ser pagos pelos seus 
produtos e serviços o mais rápido possível e com o mínimo de aborrecimento. Às 
vezes, também é necessário levar os produtos de volta à cadeia de fornecimento para 
devoluções, reparos, reciclagem ou descarte.
Por causa de todos os processos que devem ocorrer em diferentes tipos de empre-
sas participantes, cada empresa precisa de gerentes de cadeia de suprimentos para 
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SUMÁRIO
ajudar a melhorar seus fluxos de produtos, informações e dinheiro. As atividades da 
cadeia de suprimentos não são de responsabilidade de uma pessoa ou de uma em-
presa. Várias pessoas precisam estar ativamente envolvidas em vários processos dife-
rentes para que funcionem.
É como no futebol: os jogadores não fazem o que querem, cada pessoa tem um pa-
pel (atacante, meio-campo, defesa) e deve ter um bom desempenho em suas tarefas 
designadas (defender, dar o passe, fazer o gol) para que a equipe seja bem-sucedida. 
Claro que os jogadores precisam trabalhar bem juntos e, para isso, precisam de um 
gerente para desenvolver um plano de jogo, colocar as pessoas nas posições certas 
e monitorar o sucesso (o técnico), além de uma equipe de preparação que envolve 
preparadores físicos, assistentes de campo, massagistas, médicos, fisioterapeutas etc. 
Ganhar o “jogo” do SCM requer que os profissionais da cadeia de suprimentos de-
sempenhem papéis semelhantes. Cada participante da cadeia de suprimentos deve 
entender seu papel, desenvolver estratégias vencedoras e colaborar com seus colegas 
da gestão da cadeia de suprimentos. Ao fazer isso, a equipe do SCM pode executar os 
seguintes processos sem falhas:
Suprimento
FIGURA 10 - PROCESSO DE COMPRA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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O processo de compra (purchase order) que se concentra na compra de matérias-pri-
mas, componentes e bens necessários. Conhecido também como logística de aquisi-
ção, de fornecimento ou de suprimentos.
produção
FIGURA 11 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
É um processo que envolve a fabricação, conversão ou montagem de materiais em 
produtos acabados ou peças para outros produtos. Os gerentes da cadeia de supri-
mentos fornecem suporte à produção e garantem que os principais materiais este-
jam disponíveis quando necessário. É conhecido como logística de produção, indus-
trial ou interna.
distribuição
FIGURA 12 - PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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É um processo de movimentação que gerencia o fluxo logístico de mercadorias em 
toda a cadeia de suprimentos. Empresas de transporte, empresas terceirizadas de lo-
gística e outras garantem que as mercadorias estão fluindo com rapidez e segurança 
para o ponto de demanda. Conhecida como logística de distribuição ou de entrega.
interface com o cliente
FIGURA 13 - ATENDIMENTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Processo de demanda que gira em torno de todos os problemas relacionados ao pla-
nejamento de interações com o cliente, satisfazendo suas necessidades e atendendo 
perfeitamente às ordens.
Embora o modelo tradicional de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos tenha 
sido desenvolvido na manufatura, a indústriade serviços também possui cadeias de 
suprimento. Uma empresa do setor de serviços é, em seu sentido mais restrito, uma or-
ganização que fornece um produto intangível (por exemplo, os serviços médicos ou de 
advocacia, passagens aéreas etc). As indústrias de serviços incluem todas as organiza-
ções que trabalham com o comércio varejista e atacado; transporte e utilidades; finan-
ças, seguros e imóveis; construção; serviços profissionais, pessoais e sociais; governos 
municipais, estaduais e federais, com exceção da agricultura, mineração e manufatura.
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Cadeias de fornecimento orientadas a serviços também exigem gerenciamento so-
fisticado. A cadeia de suprimentos de uma concessionária de energia elétrica, por 
exemplo, tem produtos, serviços e suprimentos próprios e distribui seus serviços em 
três canais de distribuição: clientes domésticos, clientes comerciais e outras empre-
sas de serviços públicos.
2.2.1 LOGÍSTICA VERSUS GERENCIAMENTO DA 
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Os termos “gestão da cadeia de suprimentos” e “logística” são frequentemente con-
fundidos ou usados como sinônimos. No entanto, a logística é um componente do 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Ela se concentra em mover um produto 
ou material da maneira mais eficiente para que chegue ao lugar certo na hora certa, 
além de gerenciar atividades como embalagem, transporte, distribuição, armazena-
gem e entrega.
Em contraste, o SCM envolve uma gama mais ampla de atividades, como a tercei-
rização estratégica de matérias-primas, a obtenção dos melhores preços de bens e 
materiais e a coordenação dos esforços de visibilidade da cadeia de suprimentos na 
rede de parceiros, dentre outros, como pode ser observado pela figura 6.
FIGURA 14 - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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SUMÁRIO
2.2.2 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DA CADEIA 
DE SUPRIMENTOS
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos cria eficiências, aumenta os lucros, re-
duz os custos e melhora o nível de serviço ao cliente. O SCM permite que as empre-
sas gerenciem melhor a demanda, carreguem a quantidade certa de estoque, lidem 
com interrupções, mantenham os custos no mínimo e atendam à demanda do clien-
te da maneira mais eficaz possível. Esses benefícios do SCM são obtidos por meio de 
estratégias e softwares apropriados para ajudar a gerenciar a crescente complexida-
de das cadeias de suprimentos atuais.
complexidade da cadeia de suprimentos
A versão mais básica de uma cadeia de suprimentos inclui uma empresa, seus for-
necedores e clientes. A cadeia poderia ser assim: produtor de matérias-primas, fabri-
cante, distribuidor, varejista e cliente de varejo, como pode ser observado na figura 7.
FIGURA 15 - CADEIA DE SUPRIMENTOS SIMPLES
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Uma gestão da cadeia de suprimentos mais complexa, ou ampliada, provavelmente 
incluirá um número maior de fornecedores e sub-fornecedores (fornecedores dos 
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fornecedores), de clientes e consumidores (ou clientes finais) e todas as organiza-
ções que oferecem os serviços necessários para efetivamente levar os produtos aos 
clientes, incluindo fornecedores de logística de terceiros, organizações financeiras, 
fornecedores de software de cadeia de suprimentos e provedores de pesquisa de 
marketing. Essas entidades também usam serviços de outros provedores. 
Por exemplo: vamos imaginar que você possui uma empresa alimentícia de produtos 
congelados, como uma lasanha pronta. Quem seriam os componentes dessa cadeia 
de suprimentos? 
• Fornecedores de massa pronta, molhos e carnes, embalagens (pensando so-
mente no produto).
• Os sub-fornecedores (fornecedor do fornecedor) seriam: para massa pronta 
(fornecedores de trigo, por exemplo); para o molho (legumes e vegetais do 
CEASA – Centro de Abastecimento) e assim por dianter. Podemos imaginar, 
ainda, que o fornecedor de trigo tenha outros fornecedores, assim como o 
CEASA.
A totalidade das organizações que compõem a cadeia de suprimentos forma uma 
rede inter-relacionada, em vez de uma cadeia linear. Logo, podemos evidenciar que a 
gestão da cadeia de suprimentos é bastante complexa. Essa complexidade também 
sugere os tipos de problemas que podem surgir, de questões de gerenciamento de 
demanda, como o lançamento de um novo iPhone que sufoca a demanda por ca-
pas de iPhone antigas; as interrupções naturais na cadeia de suprimento, como a do 
transporte rodoviário em 2018 (greve dos caminhoneiros), devido, principalmente, ao 
aumento do preço do combustível (diesel) e seus efeitos no comércio, nos produtores 
rurais, nos postos de gasolina, nos portos e aeroportos etc.
2.2.3 O PAPEL DO SOFTWARE DE GERENCIAMENTO 
DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
A tecnologia é fundamental no gerenciamento das cadeias de suprimentos atuais. 
Um software utilizado para o SCM é o sistema Enterprise Resource Planning (ERP) ou 
Planejamento dos Recursos da Empresa. Existem, também, fornecedores de softwa-
re de negócios que se concentram especificamente no SCM. 
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
Algumas áreas importantes a serem observadas incluem:
• Software de planejamento da cadeia de suprimento para atividades como ge-
renciamento de demanda.
• Software de execução da cadeia de suprimento para atividades como opera-
ções diárias de manufatura.
• Software de visibilidade da cadeia de fornecimento para tarefas como detec-
tar e antecipar riscos e gerenciá-los proativamente.
• Software de gerenciamento de inventário para tarefas como rastreamento e 
otimização de níveis de estoque.
• Software de gerenciamento de logística e sistemas de gerenciamento de 
transporte para atividades como gerenciamento de transporte de mercado-
rias, especialmente em cadeias globais de suprimentos.
• Sistemas de gerenciamento de armazém para atividades relacionadas a ope-
rações de depósito.
Podemos citar algumas empresas que fornecem ERP, tais como: SAP (empresa ale-
mã líder no fornecimento de sistemas ERP, com 46 anos de história); Totvs (empresa 
brasileira, fundada em 1993, inicialmente formada pela fusão das empresas Microsi-
ga e Logocenter); Oracle (empresa americana, fundada em 1977, e concorrente direta 
da SAP).
A natureza cada vez mais global das cadeias de suprimentos atuais e a ascensão do 
comércio eletrônico, com seu foco em entregas pequenas quase instantâneas direta-
mente para os consumidores, estão representando desafios particularmente na área 
de logística e planejamento de demanda. Diversas estratégias – como abordagens 
mais enxutas; planejamento de requisitos de material orientados por demanda e 
tecnologia, especialmente big data, análise preditiva, Internet das coisas, robótica e 
veículos autônomos – também estão sendo utilizadas para ajudar a resolver os desa-
fios modernos, inclusive nas áreas de risco da cadeia de suprimentos, assim como sua 
sustentabilidade.
A Internet das Coisas, por exemplo, pode ajudar com transparência e rastreabilidade 
a aumentar a qualidade e a segurança dos alimentos usando sensores para monitorar 
a temperatura de alimentos perecíveis enquanto estiverem em trânsito. E a análise 
pode ajudar a colocar os armazéns inteligentes em áreas densamente povoadas para 
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reduzir o número de entregas de um único item e também as emissões de gases de 
efeito estufa.
2.2.4 A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DA 
CADEIA DE SUPRIMENTOS
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é parte integrante da maioria dos ne-
gócios e é essencial para o sucesso da empresa e a satisfação do cliente. Dessa forma, 
o SCM é importante porque: 
1. melhora o atendimento ao cliente 
Os clientes esperam que o sortimento e a quantidade corretos de produtos 
sejam entregues; esperam, ainda, que os produtos estejam disponíveis no local 
certo. A satisfação do cliente diminui quando, por exemplo, a oficina não tem 
as peças necessárias em estoque e não conserta seu carro por um ou dois dias 
extras.
2. permite prazo de entrega correto 
Os clientes esperam que os produtos sejam entregues no prazo. A satisfação 
do cliente diminui se a entrega da pizza estiver com duas horas de atraso ou se 
os presentes de Natal forem entregues no dia 26 de dezembro, por exemplo.
3. proporciona suporte logo após a venda 
Os clientes esperam que os produtos atendam às suas expectativas. A satis-
fação do cliente diminui quando um ar condicionado para de funcionar no 
verão intenso do litoral e os reparos não podem ser feitos imediatamente.
4. reduz os custos operacionais 
Diminui o custo de compra: os varejistas dependem das cadeias de suprimen-
to para entregar rapidamente produtos, principalmente os de alto valor, para 
evitar estoques caros nas lojas por mais tempo do que o necessário. Por exem-
plo, lojas de eletrônicos exigem entrega rápida de TV 4K PA para evitar altos 
custos de estoque.
5. diminui o custo de produção 
Os fabricantes dependem das cadeias de fornecimento para entregar mate-
riais de maneira confiável às fábricas de montagem, evitando a escassez que 
interromperia a produção. Por exemplo, um atraso inesperado na remessa de 
peças que causa o desligamento de uma fábrica de montagem pode custar 
R$ 20.000,00 por minuto e milhões de reais por dia em salários perdidos.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
6. diminui o custo total da cadeia de suprimentos 
Fabricantes e varejistas dependem dos gerentes da cadeia de suprimentos 
para projetar redes que atendam às metas de atendimento ao cliente com 
o menor custo total. Cadeias de fornecimento eficientes permitem que uma 
empresa seja mais competitiva no mercado. Por exemplo, a abordagem re-
volucionária da cadeia de suprimentos de computadores da Dell envolveu a 
criação de cada computador com base em um pedido específico do cliente e 
o envio do computador diretamente a ele. Como resultado, a Dell conseguiu 
evitar grandes estoques de computadores em armazéns e lojas de varejo, o 
que economizou milhões de dólares. Além disso, a Dell evitou carregar inven-
tários de computadores que poderiam se tornar tecnologicamente obsoletos à 
medida que a tecnologia de computadores mudava rapidamente.
7. melhora a posição financeira 
Aumento da alavancagem de lucro: as empresas valorizam os gerentes da 
cadeia de suprimentos porque eles ajudam a controlar e reduzir os custos da 
cadeia de suprimentos. Isso pode resultar em aumentos drásticos nos lucros 
das empresas. Por exemplo, se os consumidores de cereais consomem x paco-
tes de cereais por ano, quanto maior o consumo, menores serão os custos da 
cadeia de fornecimento de cereais, o que resulta em milhares ou milhões de 
reais economizados em um período de cinco anos.
8. diminui os ativos fixos 
A cadeia de suprimentos diminui o uso de grandes ativos fixos, como fábricas, 
armazéns e veículos de transporte. Se os especialistas em cadeia de suprimen-
tos pudessem reprojetar uma rede para atender adequadamente aos clientes 
a partir de 6 armazéns, em vez de 10, por exemplo, a empresa evitaria a cons-
trução ou o aluguel de quatro prédios.
9. aumenta o Fluxo de caixa 
As cadeias de fornecimento aceleram o fluxo de produtos para os clientes. Por 
exemplo, se uma empresa pode fabricar e entregar um produto a um cliente 
em 10 em vez de 70 dias, ele pode faturar a compra realizada pelo cliente 60 
dias antes.
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos também desempenha um papel críti-
co na sociedade. O conhecimento e as capacidades do SCM podem ser usados para 
apoiar missões médicas, conduzir operações de auxílio a desastres e lidar com outros 
tipos de emergências, por exemplo, o caso de um Plano de Contingência feito pela 
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equipe de Corpo de Bombeiros para atuar em situações de desastres como incên-
dios, desabamentos, enchentes etc. 
Seja lidando com fluxos diários de produtos, seja lidando com um desastre natural 
inesperado, os especialistas da cadeia de suprimentostrabalham bastante: diagnos-
ticam problemas, criam interrupções criativas e descobrem como mover produtos 
essenciais para as pessoas que precisam da maneira mais eficiente possível.
2.2.4.1 PRINCÍPIOS DO SCM
O SCM possui algumas estratégias e iniciativas amplamente utilizadas na cadeia de 
suprimentos, as quais compõem um conjunto de ideias e práticas que se resumem 
a princípios da SCM, a saber:
• Segmentar os clientes com base nas necessidades de serviço de grupos distin-
tos e adaptar a cadeia de suprimentos para atender a esses segmentos com 
lucro.
• Personalizar a rede de logística para os requisitos de serviço e rentabilidade 
dos segmentos de clientes.
• Ouvir os sinais do mercado e alinhar o planejamento da demanda de acordo 
com a cadeia de suprimentos, garantindo previsões consistentes e alocação 
efetiva de recursos.
• Diferenciar o produto mais perto do cliente e acelerar a comunicação em toda 
a cadeia de suprimentos.
• Gerenciar fontes de suprimento estrategicamente para reduzir o custo total 
de possuir materiais e serviços.
• Desenvolver uma estratégia de tecnologia de toda a cadeia de suprimentos 
que suporte vários níveis de tomada de decisão e forneça uma visão clara do 
fluxo de produtos, serviços e informações.
• Adotar medidas de desempenho de abrangência de canal para avaliar o su-
cesso coletivo ao atingir o usuário final de forma eficaz e eficiente.
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SUMÁRIO
Os princípios elencados são atemporais e destacam a necessidade de os líderes da 
cadeia de suprimentos se concentrarem no cliente. Eles também enfatizam a impor-
tância de coordenar atividades (planejamento de demanda, fornecimento, monta-
gem, entrega e compartilhamento de informações) dentro e entre organizações.
Uma entrega de “ordem perfeita” só é obtida quando todos os princípios forem al-
cançados. Para realizar um perfeito atendimento de pedidos, o vendedor deve ter 
o produto “preferido pelo cliente” disponível; processar o pedido corretamente, en-
viando-o inteiro pelos meios solicitados; fornecer um aviso de envio e um número de 
rastreamento avançados; entregar o pedido completo sem danos no tempo estipula-
do; e faturar corretamente. Ao fazer o trabalho corretamente, o objetivo final de uma 
venda é deixar o cliente satisfeito, o que dá a ele um bom motivo para usar os serviços 
do vendedor novamente no futuro.
Cada vez mais, os gerentes se veem encarregados do papel da corda em um cabo 
de guerra muito real – puxado para um lado pelas demandas crescentes dos clientes 
e para o outro pela necessidade de crescimento e lucratividade da empresa. Muitos 
descobriram que podem evitar que a corda se rompa e, de fato, alcançar um cres-
cimento lucrativo, tratando a gestão da cadeia de suprimentos como uma variável 
estratégica.
CONCLUSÃO
Nesta unidade,vimos que uma cadeia de suprimentos envolve, direta ou indireta-
mente, todos e tudo o que é necessário para extrair materiais, transformá-los em um 
produto e vender o produto a um usuário. Isso inclui várias organizações, como ex-
tratores de matérias-primas, fornecedores de serviços e componentes, um fabricante 
de produtos de material ou um produtor de serviços, distribuidores e clientes finais. 
Suas estruturas variam de acordo com o histórico de demanda, o foco nos negócios e 
as necessidades de conectividade, tecnologia e equipamentos. Concluímos que, para 
uma empresa ter sucesso no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, é necessário 
o envolvimento de todos e, principalmente, de um gestor que possa liderar a equipe 
com estratégias de negócios e visão de mercado bem definidas e com base em prin-
cípios que devem ser seguidos.
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir demanda.
> Identificar padrões de 
demanda.
> Explicar a importância 
da gestão da 
demanda.
UNIDADE 3
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
3 DEMANDA
Nesta unidade, apresentaremos a você o conceito de demanda e quais fatores a in-
fluenciam, como os critérios de competitividade. Veremos que é a demanda que 
mostra a relação entre a quantidade demandada de uma mercadoria pelos consu-
midores e o preço do produto. Estudaremos os padrões de demanda que consistem 
em algumas classes básicas de componentes, sazonalidade e tendência e as previ-
sões de demanda, que são um processo racional de busca de informações acerca do 
valor das vendas futuras de um item ou de um conjunto de itens. Por fim, abordare-
mos a importância da gestão de demanda para a cadeia de suprimentos.
3.1 INTRODUÇÃO
Oferta e demanda são fatores-chave para a atividade econômica. Os dois se influen-
ciam mutuamente e impactam os preços dos bens de consumo e serviços dentro 
de uma economia. O termo oferta refere-se a quanto de um certo produto, item ou 
mercadoria os fornecedores de serviços estão dispostos a disponibilizar a um deter-
minado preço. Abastecimento é a quantidade de um determinado bem ou serviço 
disponível em um determinado momento para os consumidores. Os consumidores, 
expressando interesse em comprar um bem ou serviço, esgotam a oferta disponível, 
geralmente resultando em um aumento na demanda.
A demanda é uma medida do desejo do consumidor e do gasto do consumidor em 
um determinado bem ou serviço a um preço específico. À medida que a demanda 
aumenta, a oferta disponível diminui, e o aumento da oferta pode saciar a deman-
da disponível a esse preço. Os preços podem cair se a oferta continuar a crescer. Se 
a oferta diminuir, os preços podem continuar aumentando. Oferta e demanda têm 
uma relação importante que determina os preços da maioria dos bens e serviços. 
Muitas empresas analisam essa relação de mercado enquanto tomam decisões es-
tratégicas de produção.
As teorias de economia de mercado afirmam que, ao longo do tempo, a relação entre 
oferta e demanda se equilibra. Nesse ponto, os preços ficam ajustados para interessar 
os consumidores, e as empresas não produzem nem muito nem pouco produto. As 
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economias de mercado usam isso para determinar o desenvolvimento e a produção 
de produtos.
Os consumidores, então, ditam quais produtos são produzidos e vendidos, criando a 
demanda para que as empresas forneçam bens e serviços. As empresas estudam o 
comportamento do consumidor na tentativa de entender a demanda atual e a futu-
ra. A capacidade de produzir oferta suficiente para atender à demanda mantém os 
preços baixos o suficiente para atrair os consumidores. Nesse sentido, tanto a oferta 
quanto a demanda são igualmente importantes para a vitalidade econômica.
3.2 DEMANDA
Demanda pode ser definida como a quantia de um bem ou serviço econômico es-
pecífico que um consumidor ou grupo de consumidores desejará comprar a um de-
terminado preço. 
A demanda por um bem ou serviço é determinada por diversos fatores, tais como: 
1. o negócio em geral e as condições econômicas 
Quando a economia do país não vai bem, é evidente que a demanda por 
determinados tipos de negócio é afetada. Um exemplo típico são as agências 
de viagens, cujo volume de passagens aéreas diminui quando a economia não 
está bem.
2. Fatores competitivos 
Os fatores competitivos são, principalmente, preço e qualidade. Quando uma 
empresa diminui os preços de um produto ou melhora a qualidade do mes-
mo, isso terá um impacto na demanda, para mais ou para menos.
3. tendências de mercado 
Podemos explicar esse fator com um exemplo simples: se a população de um 
país tem melhoria na renda, a tendência é o aumento do consumo de produ-
tos de tecnologia, porque o preço passa a não ser o critério preferencial.
4. promoção e propaganda 
As promoções e a propaganda, muito comuns na indústria de alimentos (su-
permercado, por exemplo), aumentam a demanda de um produto. Um exem-
plo é a promoção de produtos perecíveis: quando esse tipo de produto tem a 
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
data de validade próxima do vencimento, as empresas costumam diminuir o 
preço e trabalhar com propaganda para aumentar sua demanda.
A demanda, por sua vez, pode ser dependente ou independente:
• demanda independente 
A demanda independente de um produto ou serviço ocorre quando não 
está relacionada à demanda de outro produto ou serviço, ou seja, precisa ser 
prevista. Como exemplo, um automóvel. A sua demanda está relacionada ao 
mercado da indústria automobilística.
• demanda dependente 
A demanda dependente (derivada) de um produto ou serviço ocorre quan-
do a demanda desse item deriva da demanda de um segundo item, ou seja, 
pode ser calculada. A demanda derivada ocorre quando existe uma deman-
da por um bem ou fator de produção resultante da demanda por um bem 
ou serviço intermediário. Exemplo: telefones celulares e baterias de lítio. O 
aumento na demanda por telefones celulares e outros dispositivos móveis 
levou a um forte aumento na demanda por lítio. O lítio é usado nas baterias.
Na economia tradicional, muitas vezes se assume que o único fator que afeta a quan-
tidade de um bem ou serviço adquirido é seu preço. Mas os economistas, embora 
enfatizem a importância do preço, também reconhecem que uma série de fatores 
determina a quantidade de um produto ou serviço demandado pelos consumidores 
durante um determinado período. Mas, para manter a análise simples, os economis-
tas enfatizam as forças influentes mais importantes e ignoram aquelas que têm pou-
co ou nenhum efeito.
Nesse contexto, pode-se notar que a demanda implica algo mais do que uma neces-
sidade ou desejo. Em economia, a demanda não se refere apenas ao desejo (vontade) 
de comprar uma mercadoria. Por exemplo, muitas pessoas têm o desejo de comprar 
um carro Ferrari, mas tal desejo não tem significado, a menos que seja apoiado pelo 
poder de compra, ou seja, capacidade de pagar.
Assim, além de uma necessidade ou desejo, um indivíduo deve ter poder de compra 
para satisfazer essa necessidade ou desejo. Como regra geral, os economistas assumem 
que a quantidade de um bem ou serviço que os indivíduos estão dispostos e aptos a 
comprar durante um período fixo de tempo depende de cinco variáveis principais:
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• o preço do bem em si;
• a renda dos compradores;
• o preço dos bens e serviços relacionados;
• o preço esperado do bem em períodos futuros;
• o gosto dos consumidores.
Os consumidores desejam e são capazes de comprar mais de um bem, quanto mais 
baixo o preço estiver, quando as outras variáveis são mantidas constantes. Essa im-
portante relação é chamada de lei da demanda.
O cronograma de demanda do mercado pode ser expresso tanto em forma tabular 
quanto graficamente. Quando uma programação de demanda é representada grafi-
camente, é frequentemente chamada de curva de demanda.
A relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade dele exigida é observada 
na realidade com tal regularidade, que é conhecida como a lei da demanda. Essa re-
gularidade observada significa que a lei da demanda é uma lei empírica (estatística). 
Uma expressão algébrica da relação entre preço e quantidade demandada é conhe-
cida como uma função de demanda.
A lei da demanda é válida porque, quando o preço de um bem aumenta, os con-
sumidores tendem a comprá-lo menos e consumir mais outros bens. O contrário 
também é verdade. No caso de uma queda no preço de um bem, os consumidores 
tendem a comprar mais desse bem no lugar de outros bens, que são agora relativa-
mente mais caros.
Em seguida, podemos analisar as mudanças de renda. Se mantivermos as outras 
variáveis constantes, um aumento na receita pode fazer com que a quantidade de-
mandada de uma mercadoria aumente ou diminua. Se um aumento (ou uma dimi-
nuição) na renda faz com que a quantidade demandada aumente (ou diminua), nos 
referimos a essa mercadoria como um bem “normal”, ou seja, nesse caso, a receita e 
as vendas variam diretamente.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
3.2.1 FUNÇÃO DE DEMANDA
A função de demanda mostra a relação entre a quantidade demandada de uma 
mercadoria pelos consumidores e o preço do produto. Essas funções são provavel-
mente as ferramentas mais importantes usadas pelos economistas. Enquanto muitas 
variáveis determinam a quantidade que os consumidores desejam comprar em um 
mercado, o preço do produto talvez seja o mais importante.
Nesse contexto, podemos distinguir entre demanda individual e demanda de mer-
cado. demanda individual refere-se à quantidade de um bem que um indivíduo está 
pronto para comprar em cada um dos vários preços, em um determinado momento, 
sob determinadas condições. demanda de mercado consiste na quantidade total de 
um bem que seria comprado no total por indivíduos e empresas, em cada um dos 
vários preços, em um período fixo de tempo. 
Os cronogramas de demanda podem ser representados graficamente ou mostrados 
em uma forma tabular. Quando um cronograma de demanda é representado grafi-
camente, é chamado de curva de demanda.
Nesse sentido, podemos definir função de demanda como uma lista de preços e a 
quantidade demandada ou correspondente que os indivíduos estão dispostos e ap-
tos a comprar em um período fixo de tempo.
A palavra “demanda” é um conceito amplo que se refere à toda a programação de 
quantidades e preços. Mas o termo “quantidade demandada” refere-se a um único 
ponto no cronograma ou curva de demanda. Mostra a quantidade máxima exigida a 
um determinado preço. Geralmente, especificamos a demanda do consumidor em 
qualquer uma das três maneiras: como um cronograma, um gráfico ou uma função.
A curva de demanda individual (Gráfico 1) ilustra o preço que as pessoas estão dis-
postas a pagar por uma determinada quantidade de um bem. 
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FIGURA 16 - CURVA DE DEMANDA INDIVIDUAL
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Essa curva será a soma de todas as curvas de demandas individuais para um dado 
produto e mostra a quantidade de consumidores que planejam comprá-lo a diferen-
tes preços.
Podemos perceber que uma alteração no preço causa um movimento ao longo da 
curva de demanda, conforme pode ser obervado pelo gráfico 2.
FIGURA 17 - CURVA DE DEMANDA: ALTERAÇÃO NO PREÇO
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
Nesse gráfico, obervamos que no eixo x temos a demanda por um produto qualquer, 
e no eixo y, o preço. Se houver um aumento no preço de R$ 9 para R$ 12, podemos 
verificar que haverá uma queda na demanda de 30 para 22 itens. Da mesma forma, 
se o preço diminuir de R$ 9 para R$ 6, a demanda vai aumentar para 38 unidades ou 
itens.
Podemos ter também uma mudança na curva de demanda quando o preço perma-
nece constante. Neste caso (Gráfico 3), os consumidores estão dispostos a comprar 
uma quantidade maior ou menor de mercadorias, mesmo não havendo nenhuma 
modificação no preço.
FIGURA 18 - CURVA DE DEMANDA: PREÇO CONSTANTE
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Conforme pode ser observado pelo gráfico 3, o preço (em y) permanece constante e 
a demanda (eixo x) pode aumentar ou diminuir (D1 e D2).
Uma mudança para a direita ou esquerda na curva de demanda pode ocorrer por 
diversos motivos. Observe alguns.
1. renda 
Um aumento no rendimento disponível possibilita aos consumidores comprar 
mais bens. Renda mais alta pode ocorrer por salários mais altos e impostos 
mais baixos, por exemplo.
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2. Qualidade 
Um aumento na qualidade do produto pode gerar mais demanda. Exemplo: 
câmeras digitais de melhor qualidade incentivam as pessoas a comprarem o 
produto.
3. publicidade 
Pode aumentar a fidelidade à marca e a demanda. Por exemplo, os maiores 
gastos com publicidade da Coca-Cola aumentaram as vendas globais.
4. Substitutos 
Um aumento no preço dos substitutos. Exemplo: se o preço dos celulares 
Samsung aumentar, isso elevará a demanda por iPhones da Apple, um grande 
substituto para a Samsung e vice-versa.
5. complementos 
Uma queda no preço dos complementos aumentará a demanda. Por exem-
plo: um preço mais baixo do PlayStation 5 aumentará a demanda por jogos 
compatíveis do PlayStation. Outro exemplo: no verão, há aumento na deman-
da por sorvetes e roupas de banho.
6. expectativas de futuros aumentos de preços 
Uma mercadoria como o ouro pode ser comprada por motivos especulativos. 
Se o comprador acha que o preço pode subir no futuro, comprará imediata-
mente.
Uma queda na demanda pode ocorrer devido à menor renda disponível ou declínio 
na popularidade do bem. Para alguns bens de luxo, a renda é um importante deter-
minante da demanda. Por exemplo, se a renda de uma pessoa aumentar, ela poderá 
comprar mais refeições no restaurante, mas provavelmente não comprará mais sal 
de cozinha. A publicidade é essencial para produtos em que a marca é importante, 
como refrigerantes, mas não para bananas.
3.2.2 PADRÃO DE DEMANDA
Geralmente, os padrões de demanda consistem em algumas classes básicas de com-
ponentes, sazonalidade e tendência. A sazonalidade refere-se à parcela da flutuação da 
demanda representada por um padrão recorrente. O padrão se repete sistematicamen-
te em determinado período de tempo, conforme pode ser observado pelo gráfico 4.
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SUMÁRIO
FIGURA 19 - DEMANDA SAZONAL
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
A sazonalidade ocorre devido aos fatores aleatórios, como clima, festas e economia. 
Já tendência (Gráfico5) é a parte do comportamento que não se repete. Por exem-
plo, uma tendência pode mostrar um período de crescimento seguido por um ni-
velamento e assim sucessivamente. Nas vendas no varejo, a sazonalidade provavel-
mente encontrará padrões que se repetem a cada ano. Com dados suficientes, outras 
tendências de sazonalidade podem se manifestar ao longo de vários anos.
FIGURA 20 - DEMANDA: TENDÊNCIA
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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As empresas procuram lidar com os padrões de demanda por meio das previsões. De 
acordo com Moreira (2002), previsão de demanda é um processo racional de busca 
de informações acerca do valor das vendas futuras de um item ou de um conjunto de 
itens. A previsão pode ser qualitativa (baseada na intuição, por exemplo) ou quanti-
tativa (mais comum), baseada em dados históricos. Uma vez que modelos preditivos 
adequados sejam encontrados, podem ser usados para prever a demanda. Um mo-
delo de previsão de demanda pode, na verdade, ser um conjunto de vários modelos 
trabalhando juntos. Essa técnica de combinar modelos geralmente resulta em me-
lhor precisão preditiva. Quando um modelo sai da pista, o conjunto como um todo 
neutraliza.
À medida que mais dados se acumulam sobre o comportamento do consumidor, os 
modelos de previsão de demanda devem ser atualizados. Este será um esforço con-
tínuo de monitoramento e modelagem de demanda, a fim de estar constantemente 
ciente das mudanças. Não atualizar os modelos de previsão e aproveitar todas as 
informações disponíveis, provavelmente será um erro caro.
A precisão da previsão de demanda pode ajudar a alcançar maior desempenho da 
cadeia de suprimentos. Estimar a precisão da previsão de demanda futura é um dos 
desafios mais valiosos, mas frustrantemente difíceis, na otimização da cadeia de su-
primentos. Qualquer discussão sobre esse assunto, invariavelmente, notará que as 
previsões são sempre erradas, mas absolutamente essenciais para o planejamento 
eficaz dos negócios. Um software de previsão de demanda fornece uma imagem 
crucial que define como uma empresa implantará sua cadeia de suprimentos para 
aproveitar ao máximo as oportunidades dos clientes. “Planejamento de demanda” é 
o esforço para aumentar a precisão das previsões e os níveis de serviço ao cliente, me-
lhorando a percepção, a previsão e a definição de todos os fatores que determinam o 
quanto seu portfólio de produtos atende às necessidades do mercado.
Nenhum outro aspecto da otimização da cadeia de suprimentos tem maior impacto 
na lucratividade dos negócios. Fornecer a melhor previsão de “um número” requer a 
captura da demanda perto de sua origem e a previsão precisa da demanda real com 
tempo de entrega e confiança suficientes para garantir o máximo desempenho de 
vendas e operações a um custo mínimo. Esse documento descreve quatro elemen-
tos-chave que apóiam o planejamento efetivo da demanda e estabelecem parâme-
tros fundamentais para níveis mais altos de serviço e menor custo de estoque. Estes 
são os “pilares” nos quais a vantagem competitiva e a lucratividade são construídas:
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
• modelagem de previsão;
• agregação de demanda (e desagregação);
• gerenciamento por exceção;
• colaboração entre partes interessadas internas e externas da cadeia de supri-
mentos.
transporte como demanda derivada
A demanda por transporte tende a ser determinada pela demanda por outro serviço 
ou atividade. É o que chamamos de demanda derivada. Se as pessoas precisam co-
meçar a trabalhar, elas exigirão mais viagens de ônibus. Poucas pessoas pegam um 
ônibus pelo prazer intrínseco de uma viagem de ônibus. A demanda por viagens de 
carro de Belo Horizonte-MG até Vitória-ES está intimamente relacionada ao cresci-
mento econômico. Com mais atividade econômica, há maior demanda por viagens 
de carro entre as duas cidades, principalmente no período de férias.
3.2.2.1 GESTÃO DA DEMANDA
Gestão da demanda é a função de reconhecer todas as demandas por bens e ser-
viços para apoiar o mercado. Envolve priorizar a demanda quando falta a oferta. O 
gerenciamento adequado da demanda facilita o planejamento e o uso de recursos 
para resultados de negócios lucrativos.
As últimas décadas presenciaram uma demanda crescente por aplicativos de softwa-
re empresarial que podem agilizar os processos da cadeia de suprimentos e fornecer 
recursos de produção enxuta. No outro extremo da cadeia de fornecimento, as em-
presas têm caminhado para a terceirização de sua distribuição de produtos, a fim de 
manter a sobrecarga de vendas sob controle sem sacrificar a receita.
Essas tendências recentes resultaram em um dilema único. Embora as empresas 
possam produzir produtos com mais eficiência, elas têm pouco conhecimento sobre 
o que produzir, para quem e quando. As empresas têm uma melhor visibilidade em 
suas cadeias de suprimentos, mas não têm o mesmo tipo de visibilidade em sua ca-
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deia de demanda, muitas vezes fragmentada.
A atual desaceleração econômica e as enormes baixas de estoques resultantes dessa 
falta de visibilidade evidenciaram a necessidade de uma maneira sistemática de pre-
ver e gerenciar a demanda. As novas tecnologias fornecem a capacidade de ampliar 
a visibilidade da cadeia de fornecimento que pode suportar um ambiente interno 
colaborativo verdadeiramente dinâmico; mas as empresas estão olhando além das 
fontes dentro da empresa, como grupos de vendas e promoções, para incluir clientes 
no ciclo de gerenciamento de demanda.
A previsão precisa permanece central para o sucesso de uma iniciativa de gerencia-
mento de demanda, mas o gerenciamento da demanda é muito mais do que ape-
nas previsão. Tradicionalmente, a previsão envolve a análise de dados de demanda 
anteriores para prever a demanda futura. O gerenciamento da demanda vai além da 
previsão estática de ontem, substituindo-a por uma visão mais fluida e contínua de 
determinar a demanda que envolve todos os componentes da cadeia de demanda. 
Atualmente, há um impulso em direção à sincronização em tempo real da cadeia 
de suprimentos para os sinais de demanda. Esse método colaborativo aumenta a 
precisão da previsão, pois todos os fatores que a afetam podem ser visualizados pelas 
partes interessadas, incluindo os clientes.
As empresas podem começar a preencher a lacuna entre suas cadeias de oferta e 
demanda fazendo o seguinte: 
• remodelando os relacionamentos com os parceiros do canal de distribuição 
para garantir previsões precisas de demanda;
• adquirindo bons sistemas de informação que contruibuem para o planeja-
mento e controle da produção, além de possibilitarem um melhor gerencia-
mento das compras e distribuição;
• escolhendo aplicativos de gerenciamento de demanda que abordam os de-
safios exclusivos enfrentados por um negócio específico, entre outras ações.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 
Neste estudo, você pôde compreender que saber com precisão o que produzir, quan-
to produzir e quando produzir é tão importante quanto produzir com qualidade. 
A gestão de demanda exerce papel estratégico dentro das empresas, uma vez que 
equilibram os processos produtivos e trazem informações sobre qual capacidade 
produtiva é necessária para atender ao mercado de forma eficiente e precisa. Você 
viu que o preço influencia a demanda por um produto ou serviço (aumentandoou 
diminuindo sua demanda), no entanto há outros padrões de comportamento de de-
manda que exigem análise detalhada de mercado para que as empresas procurem 
ser precisas em relação às previsões de demanda.
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir logística de 
aquisição.
> Explicar o 
relacionamento entre 
empresa e fornecedor.
> Identificar o 
comportamento do 
cliente perante o 
fornecedor.
UNIDADE 4
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SUMÁRIO
4 LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO
4.1 INTRODUÇÃO
Nestes tempos dinâmicos, o ambiente global pode trazer, em um mês, mais mu-
danças e demandas do que aquelas experimentadas, anteriormente, durante alguns 
anos. O campo de fornecimento continuará a se expandir em complexidade e de-
safios, e os profissionais de suprimento da atualidade devem, primeiro, entender os 
elementos estratégicos do negócio e, depois, gerenciar competitivamente o negócio 
como um profissional efetivo e líder da sua área.
O olhar se volta para a logística de aquisição, as relações com os fornecedores, a qua-
lidade da matéria-prima, o tempo de entrega e a confiabilidade. De fato, o relaciona-
mento com o fornecedor se torna tão importante quanto a relação com os clientes, 
visto que influencia os custos de produção e, por sua vez, a lucratividade da empresa. 
4.2 LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO
A logística de aquisição é uma abordagem de gerenciamento técnico multifuncional 
para definir, projetar e desenvolver um sistema econômico que possa atender aos 
requisitos de um usuário. Tipicamente empregada pela engenharia de sistemas, a 
logística de aquisição (FIGURA 22) garante a disponibilidade dos recursos necessários 
para evoluir e verificar uma solução integrada. Toda empresa, independente do tama-
nho, pode incorporar atividades de logística de aquisição a fim de garantir que esteja 
em melhor posição para negociar considerações de suporte com outros elementos 
de custo, cronograma e desempenho do sistema, para obter resultados ótimos e ba-
lanceados.
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FIGURA 21 - LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO: COMPRA DE TUBOS METÁLICOS
Fonte: Shutterstock, 2018
A logística de aquisição inclui atividades técnicas e de gerenciamento que exigem 
recursos de suporte para atingir objetivos específicos e garante que o gerenciamento 
de peças, operações, manutenibilidade e fluxo de mercadorias e serviços sejam exe-
cutados sem problemas. A compatibilidade com infraestruturas de suporte garante 
a portabilidade, a interoperabilidade e a escalabilidade do sistema de produção para 
um melhor desempenho. Os departamentos de compras perceberão custos redu-
zidos para vários aspectos da fabricação, desde o desenvolvimento de interfaces de 
projeto até a preparação de planos de suporte e o fornecimento de componentes de 
suporte relacionados aos sistemas.
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SUMÁRIO
A logística de aquisição é uma parte da Cadeia de Suprimentos que visa ao projeto, 
desenvolvimento, fabricação e aceitação de material. Em consequência, inclui: padro-
nização e interoperabilidade, contratação, garantia de qualidade, aquisição de peças, 
confiabilidade, normas de segurança para equipamentos, especificações e processos 
de produção, ensaios e testes (incluindo o fornecimento de instalações necessárias), co-
dificação, documentação do equipamento, controle de configuração e modificações.
4.3 O RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR
Criar um futuro expandido para o gerenciamento de suprimentos requer uma visão 
e um roteiro. As características de uma organização de fornecimento eficaz incluem:
• uma declaração de visão bem definida, que é escrita e comunicada em toda 
a organização;
• modelos de processos estratégicos para produtos, serviços, outsourcing, in-
sourcing, acesso e tecnologias;
• alinhamento de negócios sincronizado com as estratégias e iniciativas do res-
tante da organização;
• um entendimento altamente desenvolvido da necessidade de consciência 
global, cultura, geopolítica, demografia e geografia;
• papéis assertivos para influenciar o valor agregado em toda a organização e 
retirá-lo dos fornecedores;
• planejamento e suporte de mudanças contínuas, desenvolvimento de habili-
dades consultivas e construção de talentos;
• liderança com novas informações, inteligência e medições;
• influência estendida e “venda” internamente e externamente.
A abordagem com os fornecedores (FIGURA 23) precisa fazer parte do plano estraté-
gico da organização, uma vez que quase todas as empresas, sejam orientadas para 
produtos ou serviços, dependem de fornecedores. Alguns empresários parecem ter 
dificuldades com os seus fornecedores, pois, por demandarem uma ordem ou ser-
viço, acreditam que estão em uma posição dominante e podem explorá-la com exi-
gências não razoáveis, incluindo vantagens pessoais.
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FIGURA 22 - ABORDAGEM COM FORNECEDOR
Fonte: Shutterstock, 2018
Vamos analisar brevemente todas as maneiras pelas quais os fornecedores podem 
impactar uma empresa:
a) qualidade: os componentes do fornecedor podem afetar positiva ou negativamen-
te a qualidade do produto. Maior qualidade aumenta a satisfação do cliente e dimi-
nui os retornos, o que adiciona dinheiro aos seus resultados;
b) oportunidade: as entregas pontuais são cruciais para a maneira como os clientes 
veem sua confiabilidade. Uma rápida reviravolta pode se tornar a chave para minimi-
zar o inventário, o que, por sua vez, significa menos risco de obsolescência de estoque 
e menores necessidades de caixa;
c) competitividade: os fornecedores podem dar para a empresa uma vantagem sobre 
a concorrência com base em seus preços, qualidade, confiabilidade, avanços tecnoló-
gicos e conhecimento das tendências do setor;
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SUMÁRIO
d) inovação: os fornecedores podem fazer contribuições importantes para o desen-
volvimento de novos produtos. Sempre é bom lembrar que os fornecedores vivem o 
produto da empresa mais do que a própria a empresa;
e) finanças: se a empresa optou por ser um cliente atencioso, leal e correto quanto 
aos pagamentos, pode conseguir entrar em contato com os fornecedores para obter 
financiamento adicional quando atingir o modo de crescimento - ou se tiver uma cri-
se de liquidez. Esse financiamento pode assumir a forma de dívida adiada, termos es-
tendidos em novas compras, um empréstimo ou um investimento em sua empresa. 
Tudo isso melhora a posição de caixa da empresa. 
Um fornecedor pode ser muito valioso e importante para a empresa. E não há pro-
blema a empresa ser um cliente exigente, apenas deve ser justa e indicar as suas 
necessidades de qualidade e tempo de forma clara.
4.3.1 CLIENTE VALORIZADO
Como os fornecedores oferecem os bens e os serviços que podem ser essenciais para 
o funcionamento de uma empresa, os proprietários devem se concentrar no que eles 
trazem para uma operação, em vez do quanto eles custam. Estabelecer um relacio-
namento com um fornecedor é muito parecido com o crescimento de uma base 
de clientes. Requer um histórico sólido de comportamento profissional combinado 
comum posicionamento estratégico. Veja alguns posicionamentos que a empresa 
(cliente) deve ter:
a) pagar sempre a tempo: a empresa pode negociar os termos de pagamento favorá-
veis antes de fazer um pedido, mas, depois que o pedido for feito, não deve renegar 
ou tentar alterar as regras contratuais. Caso a empresa tenha alguma dúvida em re-
lação à possibilidade de não cumprir o prazo de pagamento, a melhor opção é rene-
gociar, mostrando que é um cliente confiável;
b) fornecer tempos de espera adequados: dar aos fornecedores o maior tempo possí-
vel em seus pedidos, a menos que exista uma razão convincente e competitiva para 
não compartilhá-los. Ao desenvolver os seus prazos de entrega, é útil ter conhecimen-
to dos métodos e das necessidades de produção dos seus fornecedores;
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c) personalizar o relacionamento: visitar os escritórios dos fornecedores, incluindo-os 
em algumas das reuniões estratégicas da empresa;
d) compartilhar informação: manter bons fornecedores conscientes do que está 
acontecendo na empresa em relação à mudanças no pessoal-chave, novos produtos, 
promoções especiais e outros. Em muitos casos, bons fornecedores podem ajudar a 
empresa a encontrar novos clientes;
e) investir em tecnologia: a empresa deve investir em software de gerenciamento de 
fornecedores (FIGURA 3) e de pedidos de compras, para centralizar o acompanha-
mento das informações.
FIGURA 23 - TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
Fonte: Shutterstock, 2018
f) avaliar os riscos: sempre analisar os riscos de lidar com um fornecedor, especial-
mente se a empresa tiver uma cadeia de suprimento complexa. Deve-se pedir refe-
rências, exemplos de trabalhos anteriores, anos de atividade, áreas de especialização, 
como lidam com uma crise etc.;
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
g) nem todos os fornecedores são iguais, pense global: à medida que o mundo se 
torna cada vez mais conectado (FIGURA 4), nos deparamos com fornecedores ainda 
mais distantes, seja em todo o país ou em todo o mundo. Cada cidade, estado ou país 
tem regras, leis e terminologia diferentes, e a atitude em relação ao trabalho varia de 
cultura para cultura.
FIGURA 24 - MUNDO CONECTADO
Fonte: Shutterstock, 2018
4.4 O SUPPLIER RELATION MANAGEMENT (SRM)
O gerenciamento de relacionamento com fornecedores, da sigla em inglês Supplier 
Relationship Management (SRM) (FIGURA 26), em termos mais simples, refere-se à 
interação e ao gerenciamento de fornecedores terceirizados que oferecem mercado-
rias, materiais e serviços à sua empresa. Você escolhe fornecedores que são econômi-
cos e fáceis de trabalhar para maximizar o valor do relacionamento.
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FIGURA 25 - SUPPLIER RELATIONSHIP MANAGEMENT
Fonte: Shutterstock, 2018
A definição de gerenciamento de relacionamento com fornecedores pode variar de 
organização para organização. No entanto, o objetivo típico do SRM é simplificar e 
melhorar os processos entre um comprador e os seus fornecedores, assim como o 
gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) se destina a simplificar e a 
melhorar os processos entre uma empresa e os seus clientes. O SRM subjacente tem 
o foco no desenvolvimento de uma relação mutuamente benéfica com os fornece-
dores, especialmente aqueles considerados mais estratégicos para a marca, para pro-
mover qualidade, eficiência, inovação e outros benefícios.
O conceito de SRM foi introduzido em 1983 pelo consultor da McKinsey, Peter Kraljic, 
em um artigo da Harvard Business Review intitulado “A compra deve se tornar um 
gerenciamento de suprimentos”. Em vez de simplesmente monitorar os desenvol-
vimentos atuais, o gerenciamento deve aprender a fazer as coisas acontecerem em 
benefício próprio. Isso exige nada menos que uma mudança total de perspectiva: da 
compra (uma função operacional) à gestão de suprimentos (uma função estratégica), 
escreveu Kraljic (1983).
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SUMÁRIO
Isso é essencial para entender o SRM. Os gerentes e gerentes seniores nunca devem 
esquecer, quer estejam comprando materiais físicos ou software, que os relaciona-
mentos precisam ser estratégicos, precisam ser focados no crescimento. 
Mais tarde, em 1998, no estudo intitulado “Uma investigação empírica do desenvol-
vimento de fornecedores: processos reativos e estratégicos”, o pesquisador Daniel R. 
Krause destacou duas abordagens para o processo de gerenciamento de fornecedo-
res - reativa e estratégica:
a) abordagem reativa: as empresas começam a gerenciar o relacionamento com 
fornecedores apenas quando ocorrem situações desagradáveis e tentam descobrir 
como melhorar o desempenho de fornecedores não confiáveis. Essa abordagem con-
some bastante tempo e recursos, o que poderia ser melhor gasto em processos de 
negócios mais importantes;
b) abordagem estratégica: a gestão de relacionamento com fornecedores começa 
antes mesmo da assinatura de um acordo, a fim de garantir a vantagem competitiva 
da empresa no longo prazo. Essa é uma abordagem voltada para o futuro, que pode 
levar a um relacionamento bem-sucedido, mesmo nos estágios iniciais.
A abordagem estratégica do gerenciamento de relacionamento com fornecedores 
sempre foi essencial para empresas de sucesso que dependem de fornecedores ter-
ceirizados, independentemente do setor. Por exemplo, ao tornar os relacionamentos 
de longo prazo com os seus fornecedores uma parte integrante da sua estratégia da 
cadeia de suprimentos, a Apple desenvolveu uma merecida reputação como líder 
global da cadeia de suprimentos e garantiu que ela pudesse ser entregue em gran-
des quantidades ao lançar novos produtos.
4.4.1 TIPOS DE FORNECEDORES
Os fornecedores podem se apresentar da seguinte forma:
a) atacadistas e distribuidores: os atacadistas compram grandes quantidades de mer-
cadorias a granel e depois as revendem em quantidades menores por um preço uni-
tário mais alto, como pode ser observado na figura 6. Eles geralmente oferecem os 
preços mais baixos porque estão vendendo em grandes quantidades e relutam em 
trabalhar com pedidos menores;
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FIGURA 26 - ATACADO: GRANDES QUANTIDADES DE PRODUTOS
Fonte: Shutterstock, 2018
b) fabricantes e fornecedores: esses são fornecedores que podem manipular as mer-
cadorias de várias empresas diferentes. Os preços podem ser mais altos do que os dos 
atacadistas, mas eles lidam com pedidos pequenos de uma ampla gama de fabri-
cantes em um período de tempo relativamente curto;
c) fontes de importação: os importadores nacionais podem trabalhar como atacadis-
tas domésticos e vender mercadorias estrangeiras para empresas.
Os fornecedores podem realmente ter um enorme impacto nos processos de uma 
empresa. Eles desempenham um papel central na geração de receita e isso nunca 
deve ser ignorado. Trabalhar com fornecedores confiáveis e de alta qualidade pode 
ajudar um negócio a crescer em escala. Fornecedores não confiáveis podem criar 
gargalos em seu fluxo de trabalho e ter um impacto negativo em clientes e consumi-
dores maior do que você provavelmente imagina.
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SUMÁRIO
4.4.2 O SISTEMASRM
Existe um consenso geral de que um sistema de Gerenciamento de Relacionamento 
com Fornecedores ou Supplier Relationship Management (SRM) é o caminho a ser se-
guido, ou seja, as empresas terão que, necessariamente, implantar o SRM, isso porque:
• o SRM é a disciplina de negócios associada ao gerenciamento de interações-
-chave, desempenho e processos de negócios relacionados à equipe de for-
necedores de uma organização e aos fornecedores e parceiros estratégicos. 
Executado de forma eficaz, o SRM oferece benefícios colaborativos para todas 
as partes;
• o investimento em Sistemas de Gestão de Relacionamento com Fornecedores 
está aumentando significativamente, em grande parte devido ao reconheci-
mento de que a gestão pró-ativa e estruturada de relacionamentos com for-
necedores tem gerado valor financeiro e mitigado o risco da empresa;
• os provedores de sistemas se concentraram menos no gerenciamento finan-
ceiro e mais no SRM como parte de um conjunto de ofertas de Gerenciamen-
to de Gastos, Fornecimento, Contratos e Desempenho;
• os provedores estão competindo pela liderança no espaço de tecnologia SRM, 
bem como nas áreas “emergentes” de Colaboração Empresarial de Gerencia-
mento de Informações do Fornecedor (SIM), Risco, Sustentabilidade e Abaste-
cimento Social. O tempo todo o mercado está se movendo em direção a uma 
abordagem mais holística para abranger cada uma das áreas acima.
Sendo assim, quais as etapas que uma empresa deve seguir ao considerar um siste-
ma de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores?
a) definir o SRM conforme se aplica ao negócio da empresa, incluindo metas, escopo 
de aplicação e identificação das partes interessadas;
b) garantir que as partes interessadas internas, em todas as funções voltadas ao forne-
cedor, compreendam o caso de negócio e os critérios de seleção associados ao inves-
timento em um sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores;
c) garantir que a empresa tenha a governança, as habilidades, os processos e os re-
cursos necessários para aproveitar efetivamente um sistema de Gerenciamento de 
Relacionamento com Fornecedores;
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d) comunicar claramente o compromisso multifuncional necessário para introduzir/
implantar com sucesso um sistema, idealmente para incluir o patrocínio em nível de 
CEO;
e) alinhar a seleção do sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornece-
dores com uma estratégia completa de Gerenciamento de Fornecedores, por exem-
plo, alinhar ao ERP/gerenciamento de fornecedores financeiros, Risco, Despesas, Su-
primentos etc..
Após os passos a serem seguidos, é importante destacar quais os fatores-chave a se-
rem considerados:
a) domínio e foco no domínio: se o fornecedor apresenta forte domínio de especia-
lização e compromisso de continuar investindo em SRM ou em um subconjunto de 
várias soluções tecnológicas;
b) potencial para se engajar com fornecedores em estágios iniciais: organizações de 
médio e grande porte estão se beneficiando comercialmente de ajudar a moldar o 
desenvolvimento e o roteiro dos provedores mais inovadores;
c) definir os requisitos de serviços/profissionais gerenciados: por exemplo, treinamen-
to e comunicação do fornecedor por local/geografia/unidade de negócios. Por sua 
vez, considere o custo total de introdução do sistema, incluindo suporte interno ou 
externo antes e após a implantação;
d) método de introdução/implantação: por exemplo, autônomo ou integrado com 
um ou vários sistemas/requisitos multilíngues;
e) interoperabilidade: considere a capacidade dos fornecedores de oferecer ou inte-
grar com tecnologias complementares de Gerenciamento de Fornecedores, particu-
larmente as áreas estreitamente alinhadas do SIM e do SEM;
f) referenciabilidade: como a adoção da tecnologia SRM está em um estágio “emer-
gente”, não espere múltiplas referências, particularmente para algumas das funcio-
nalidades mais recentes oferecidas. Cuidado com as vendas futuras - determine o 
que está disponível agora, solicite detalhes sobre o roteiro e um histórico compro-
vado de fornecimento de itens “roteiros” comprometidos com os clientes existentes;
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SUMÁRIO
g) finalmente: considerando os princípios inerentes ao SRM, o provedor deve demons-
trar fortes habilidades de gerenciamento de relacionamento comercial. Os principais 
fornecedores de software de gerenciamento de relacionamento com fornecedores 
incluem o SAP Supplier Relationship Management, o Totvs e o Oracle PeopleSoft. Há 
ainda outros sistemas SRM menos conhecidos, alguns até mesmo caseiros, ou seja, 
foram desenvolvidos não por uma empresa especializada, mas por um profissional 
de informática.
As opções de software SRM oferecem combinações específicas de recursos e funcio-
nalidades. Uma visão útil das categorias funcionais do software é:
• inteligência de compras, como gerenciamento de risco de fornecedores;
• gerenciamento do ciclo de vida do produto, como gestão de estratégia de 
portfólio;
• sourcing, como desenvolvimento de estratégia;
• gestão de dados de fornecedores, como validação de solicitações de fornece-
dores;
• gerenciamento de desempenho do fornecedor, como configuração de revisão 
de desempenho;
• gestão de contratos, como a criação de contratos com fornecedores;
• gerenciamento de catálogo, como recursos do usuário;
• aquisição operacional, como o processamento de pedidos de compra; 
• recursos externos, como solicitação de especificações;
• última atualização em maio de 2018.
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, podemos concluir que os fornecedores apresentam papel estratégico 
na cadeia de suprimentos. A compra de matéria-prima com preços altos ocasiona a 
produção de produtos a um custo alto, o que pode inviabilizar a venda do produto 
final, principalmente quando a empresa busca a competitividade por meio do preço. 
Vimos que a logística de aquisição inclui atividades técnicas e de gerenciamento que 
exigem recursos de suporte para atingir objetivos específicos e garante que o geren-
ciamento de peças, operações, manutenibilidade e fluxo de mercadorias e serviços 
sejam executados sem problemas. É ainda uma parte da Cadeia de Suprimentos que 
visa ao projeto, desenvolvimento, fabricação e aceitação de material.
Aprendemos também que o gerenciamento de relacionamento com fornecedores, 
da sigla em inglês Supplier Relationship Management, em termos mais simples, re-
fere-se à interação e ao gerenciamento de fornecedores terceirizados que fornecem 
mercadorias, materiais e serviços à sua empresa. Existe um consenso geral de que 
um sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores ou Supplier 
Relationship Management (SRM) é o caminho a ser seguido, ou seja, as empresas 
terão que, necessariamente, implantar o SRM.
Observamos que as empresas precisam estabelecer relacionamentos duradouros 
com os fornecedores, mas devem, constantemente, fazer avaliações desses fornece-
dores. E estudamos ainda como os clientes (empresas) devem se portar perante aos 
fornecedores, garantindo, principalmente, o pagamento nas datas estipuladas no ato 
da negociação. 
Por fim, concluímos que os fornecedores podem realmente ter um enorme impacto 
nos processos de uma empresa. Eles desempenham um papel central na geração da 
receita e isso nunca deve ser ignorado. Trabalhar com fornecedores confiáveis e de 
alta qualidade pode ajudar um negócio a crescer em escala. Fornecedores não con-
fiáveis podem criar gargalos em seu fluxode trabalho e ter um impacto negativo em 
clientes e consumidores maior do que você provavelmente imagina.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Defina tecnologia de 
informação.
> Explique a tecnologia 
de informação na 
cadeia de suprimentos.
> Identifique as 
tecnologias de 
informação utilizadas 
na gestão da cadeia de 
suprimentos.
UNIDADE 5
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5 TECNOLOGIA DE 
INFORMAÇÃO NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
A crescente globalização levou as organizações a buscarem novas soluções para se 
manterem competitivas. Desta forma, para que as mesmas possam permanecer no 
mercado, é necessária uma infraestrutura moderna formada pela combinação de 
três fatores: uma rede básica de transporte de qualidade que oferece diversas alter-
nativas; uma rede de telecomunicações que garante a integridade e a transmissão de 
dados e informações em tempo real; tecnologias de informação, indispensáveis para 
a compreensão e o tratamento de dados. Entretanto, para o desenvolvimento dessa 
infraestrutura avançada, é necessário dispor de um ambiente institucional, fiscal e 
regulatório capaz de potencializar a coordenação e a sincronização entre os diversos 
agentes e segmentos da cadeia de valor.
5.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
As Tecnologias de Informação (TI) são utilizadas nos processos de armazenamento, 
restauração, transformação, disseminação e integração de dados e informações em 
uma organização, melhorando a eficiência e a eficácia dos processos como um todo. 
Com isso, podemos considerar que as empresas com melhor desempenho corpo-
rativo são aquelas que usam mais ostensivamente as ferramentas de Tecnologia de 
Informação e Comunicação (TIC), especialmente as mais avançadas do mercado. 
A TI aplicada à logística possibilita um melhor controle do fluxo de informações das 
cadeias envolvidas, agindo em conjunto e dando sustentação aos sistemas de infor-
mação logística. Nesse sentido, segundo Fleury et al. (2000):
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que conectam as 
atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e sof-
tware para medir, monitorar e gerenciar operações logísticas. Essas operações 
ocorrem tanto dentro de uma empresa específica, quanto como ao longo de 
toda a cadeia de suprimentos (FLEURY et al., 2000). 
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SUMÁRIO
Utilizar as informações e alavancar recursos disponíveis para coordenar ações, prio-
rizando fluxos de informação, é um dos fatores de sucesso para a integração da tec-
nologia de informação com outras competências em uma Plataforma Logística. No 
entanto, apesar das novas tecnologias se mostrarem bastante promissoras e auxilia-
rem nessa integração, ainda são relativamente poucos os exemplos de transformação 
bem-sucedida das práticas das cadeias de suprimentos para maior integração.
No mercado altamente competitivo da atualidade, é imperativo que as empresas 
inovem em maneiras de melhorar a sua cadeia de suprimentos e otimizar a produ-
tividade. Com o auxílio de tecnologias modernas, é possível uma melhor visibilidade 
da cadeia de suprimentos, o que permitirá um maior controle sobre os negócios e 
garantirá que os mesmos estejam à frente da concorrência. A tecnologia pode ajudar 
a simplificar o gerenciamento da cadeia de suprimentos, permitindo que a empresa 
opere com mais eficiência, por meio de mais visibilidade e controle sobre o inventá-
rio, o que reduz custos operacionais. Além disso, por meio de uma cadeia de supri-
mentos mais estável e eficiente, é possível aumentar consideravelmente a satisfação 
e a retenção do cliente. 
Atualmente, as empresas buscam de forma contínua maneiras de introduzir tecno-
logias de processamento de pedidos destinadas à melhorar as ineficiências. Quando 
a base dos clientes de uma empresa se estende por todo o mundo, não é incomum 
encontrar discrepâncias no alinhamento das novas tecnologias com as operações de 
negócios dos clientes.
O desafio está na conversão dos clientes em tecnologias de uso, como o Eletronic 
Data Interchange (EDI) ou Intercâmbio Eletrônico de Dados (FIGURA 1), para melhor 
apoiar as capacidades de trabalhar junto aos mesmos, além de melhorar as próprias 
operações. Colaborar com as opções para melhor atender aos clientes significa um 
serviço mais rápido e confiável e estabelece uma situação “‘ganha-ganha”. No entan-
to, nem todos os clientes estão financeiramente equipados ou têm acesso para me-
lhorar ou implementar essas tecnologias. 
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FIGURA 27 - EDI
Fonte: Shutterstock, 2018
ATENÇÃO PARA SABER
Como manter os clientes atualizados com os procedimen-
tos de processamento de pedidos recém-implementados 
sem comprometer os processos de negócios atuais com 
esses clientes? 
Esse é o caso da 3M. A empresa opera em 65 países, empregando mais de 80.000 
pessoas. Esforços colaborativos de eficiência são fundamentais para uma execução 
tranquila das operações e satisfação do cliente. Com os seus clientes com escopo 
global, os pedidos de vendas chegam em um ritmo constante e diário. Embora eles 
queiram implementar medidas adicionais para melhorar o atual processamento de 
pedidos de entrada, muitos dos seus clientes enfrentam as barreiras de financiamen-
to e acesso aos recursos para implementar o EDI.
Como fabricantes, o processamento de pedidos de vendas é uma área em que a 
eficiência e a exatidão medem alta importância. Ao melhorar os seus processos de 
entrada de pedidos de vendas, a 3M seria capaz de melhorar a produtividade e, em 
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SUMÁRIO
última análise, atender melhor os seus clientes. A 3M procurou uma solução que me-
lhorasse o seu processamento de pedidos de vendas de entrada sem interromper os 
processos de negócios já existentes dos seus clientes onde a implementação de EDI 
não é possível. 
Com a automação do pedido de vendas, os pedidos enviados para a 3M, seja por fax 
ou por e-mail, são perfeitamente transformados em pedidos de vendas e em pedidos 
de EDI, eliminando completamente o erro e a entrada manual. Assim, a 3M se bene-
ficiou da incorporação da automação de pedidos de vendas em seus processos de 
negócios, a saber: produtividade, melhor atendimento ao cliente, eficiência de custos 
e rápido retorno sobre o investimento. 
5.1.1 TIPOS DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO 
A tecnologia impulsiona de todas as maneiras a operação de uma empresa onde 
a capacidade produtiva evolui constantemente por meio de novos equipamentos, 
materiais, qualificação de funcionários, entre outros. Isso, por sua vez, gera eficiência, 
tomada de decisões e melhora no nível de atendimento ao cliente. Abaixo, reunimos 
uma lista de funções tecnológicas comuns no espaço de atendimento de pedidos e 
o que deve ser considerado dentro de cada região quando pensamos em uma cadeia 
de suprimentos:
• order management System (omS) ou Sistema de Gerenciamento de pe-
didos: o Sistema de Gerenciamento de Pedidos coordena o pedido e o rela-
cionamento com o cliente. Cada empresa precisa de um sistema de registro 
que consolide os pedidos de várias fontes em um único local. O OMS apoia 
ofertas e promoções de produtos, processamento de pagamentos,continui-
dade, gerenciamento de relacionamento com o cliente e atua como o centro 
das atividades de atendimento ao cliente. Os melhores sistemas de geren-
ciamento de pedidos também fornecem as análises necessárias para admi-
nistrar os seus negócios. E esses sistemas geralmente são uma solução muito 
melhor para gerenciar pedidos diretos do consumidor em comparação com 
um pacote de contabilidade, um ERP ou um back-end de plataforma de car-
rinho de compras;
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FIGURA 28 - ORDER MANAGEMENT SYSTEM (OMS)
Fonte: Shutterstock, 2018
• Warehouse management System (WmS): o WMS orquestra todas as ativida-
des associadas ao processo de armazenamento e distribuição. Um WMS ge-
rencia o estoque, incluindo o lote e a data de vencimento; o fluxo do produto 
(“primeiro a entrar, primeiro a sair”, por exemplo); os fluxos de trabalho eficien-
tes para maximizar eficiências; funções pick and pack e muito mais. Existem 
pacotes WMS leves/básicos, voltados para operações pequenas e simples, e, 
em seguida, há sistemas de classe corporativa, que são ricos em recursos e 
suportam processos complexos e de alto volume. Normalmente, um provedor 
de atendimento empregará um sistema sofisticado que suporte as necessida-
des de muitos clientes;
FIGURA 29 - WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM (WMS)
Fonte: Shutterstock, 2018
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
• Logic Based Shipping (LBS): os LBS são prestadores de atendimento sofisti-
cados, com tecnologia baseada em lógica que reduz os custos de envio, de-
terminando a transportadora e o método de envio ideais para atingir a meta 
do cliente, em um nível de pacote por pacote. Por exemplo, esses sistemas 
podem ser programados para simplesmente escolher o serviço de menor cus-
to para um endereço de cliente ou a lógica complexa pode ser empregada 
para tornar essas seleções mais inteligentes. Alguns serviços podem ser me-
nos caros, mas têm desempenho ruim em determinados destinos. O tempo 
em trânsito pode ser um fator na tomada de decisão. Se o objetivo é levar um 
pacote a um consumidor em dois dias, um sistema baseado em lógica pode 
analisar o tempo em trânsito, via Terra, antes de selecionar automaticamente 
um serviço aéreo de dois dias, gerando economias significativas;
• electronic data interchange (edi): o Intercâmbio Eletrônico de Dados é um 
método para transferir dados entre organizações. O mundo do varejo adotou o 
EDI como o método preferido de transações de ordens de compra, notificação 
de remessa e até faturamento. No entanto, cada varejista tem a flexibilidade 
de definir os seus próprios requisitos nos campos de dados. Isso leva ao au-
mento da complexidade, pois cada varejista pode usar os campos de dados de 
maneira diferente, exigindo integrações muito específicas para cada parceiro 
comercial. Os Centros de Atendimento que são enviados aos varejistas devem 
ter recursos de EDI. Alguns oferecem soluções end-to-end, que não só lidarão 
com o requisito de distribuição, mas também fornecerão ao profissional de 
marketing a tecnologia para lidar também com a sua parte;
• contact center System (ccS): se o provedor estiver desempenhando funções 
de atendimento ao cliente, precisará de um sistema que facilite essas ativida-
des. Os CCS devem rotear chamadas, gerenciar agentes, exibir scripts e cole-
tar dados. Muitos também podem oferecer suporte aos serviços por e-mail e 
webchat, além da assistência por telefone. Sistemas não sofisticados levam a 
tempos de chamadas mais longos, o que aumenta o custo para o profissional 
de marketing e, ao mesmo tempo, diminui a satisfação do cliente.
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5.1.2 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS 
Soluções de processamento de pedidos de TI efetivamente configuradas beneficiam 
clientes e fornecedores. A tecnologia permite um processamento de pedidos mais 
rápido e preciso, além de disponibilizar informações de rastreamento sobre o pro-
gresso dos pedidos conforme necessário. Os funcionários registram os vários estágios 
de atendimento de pedidos em bancos de dados e podem acessar registros dos 
clientes para obter informações sobre pagamentos ou problemas. Substituir o papel 
por soluções de tecnologia digital pode resultar em maior transparência, menores 
custos e maior satisfação do cliente. Veja as etapas do processamento de pedidos:
a. captura: o primeiro passo no processamento de pedidos é registrar o pedido. 
Com a tecnologia de processamento de pedidos, os clientes realizam essa fun-
ção on-line ou os funcionários inserem os pedidos em dispositivos móveis ou 
em terminais de computador. De qualquer forma, o software de processamento 
de pedidos registra os detalhes do pedido, incluindo o tipo de material, os en-
dereços de faturamento e entrega do cliente, os preços e quaisquer instruções 
adicionais do cliente. O software pode enviar uma confirmação do pedido ao 
cliente, com todos os detalhes e fornecendo uma data de envio estimada. Inter-
namente, o software envia o valor do pedido para o departamento de contabili-
dade, para registrar como um valor de pedidos recebidos;
b. preenchimento do pedido: uma vez que o pedido seja feito internamente, os 
funcionários precisam passar as requisições correspondentes para os departa-
mentos de produção, fornecedores ou serviços. Para produtos e serviços padrão, 
o software já pode ter a fonte programada e o funcionário precisa apenas fazer 
uma requisição para a quantidade correta e solicitar uma data de fornecimento. 
Para pedidos personalizados, um funcionário especializado pode ter que mon-
tar o pedido de várias fontes. O software executa as instruções, envia ou imprime 
as requisições e atribui custos correspondentes ao pedido;
c. remessa: o software usado para o processamento de pedidos pode identificar 
a melhor maneira de enviar o material, estimar o horário de chegada, rastrear 
as remessas e confirmar se o cliente recebeu o pedido. Durante a remessa, o 
remetente pode inserir o progresso em dispositivos móveis para permitir que o 
fornecedor e o cliente vejam onde o material está localizado e quando ele pode 
chegar ao seu destino. Quando o cliente recebe a remessa, o remetente pode 
pedir uma assinatura em um terminal móvel. A tecnologia de processamento 
de pedidos geralmente disponibiliza todos os dados de envio e confirmação de 
entrega on-line;
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SUMÁRIO
d. forma de pagamento: para pedidos do consumidor, o fornecedor geralmente 
solicita pagamento com o pedido ou antes do envio. Para pedidos empresa-
riais, o software de processamento de pedidos controla o crédito do cliente e 
os fornecedores geralmente permitem o pagamento após o recebimento do 
material solicitado. Em ambos os casos, o sistema aplica o pagamento à fatura 
e identifica quaisquer discrepâncias. Para pedidos cujo pagamento é devido 
após o recebimento do material, ele gera faturas. Se o fornecedor não receber o 
pagamento, o software gera lembretes e reduz a classificação de crédito interna 
do cliente, se aplicável;
e. serviço: a maioria dos fornecedores tem políticas de devolução e, se o material 
chegar danificado, ele deve aceitar uma devolução. A tecnologia de processa-
mento de pedidos facilita esses retornos e rastreia os motivos. Ele gera formu-
lários para o cliente indicando como devolver o material e como registrar as ra-
zões do retorno. Internamente, registra os créditose os custos correspondentes 
e envia os resultados para o departamento de contabilidade. Em alguns casos, a 
empresa pode devolver o material aos seus fornecedores ou pode investigar as 
razões do retorno e tomar ações corretivas. Os funcionários inserem essas ações 
no software de processamento de pedidos e podem acessar as informações se 
o cliente tiver mais problemas.
Uma área que continua a se desenvolver em face dos avanços tecnológicos é a gestão 
da cadeia de suprimentos. A logística da cadeia de suprimentos é essencial para mui-
tas empresas - pode afetar desde a qualidade dos seus produtos até a velocidade da 
entrega aos seus clientes. Como a cadeia de suprimentos pode ter vários pontos de 
impacto em sua empresa, pode ser benéfico aproveitar os avanços tecnológicos para 
obter o máximo da sua estratégia da cadeia de suprimentos.
5.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS DIGITAL
Como a cadeia de suprimentos envolve a fabricação e a entrega de peças e produ-
tos reais e tangíveis, o termo “cadeia de suprimentos digital” (FIGURA 30) parece 
ser contraintuitivo. Mas a tecnologia da cadeia de suprimentos digital é uma das 
expansões tecnológicas mais promissoras no mundo do gerenciamento da cadeia 
de suprimentos.
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FIGURA 30 - CADEIA DE SUPRIMENTOS DIGITAL
Fonte: Shutterstock, 2018
Alguns gerentes da cadeia de fornecimento dirão que, caso uma empresa use a 
transferência eletrônica de dados ou mantenha registros digitais, já estará na era do 
gerenciamento da cadeia de suprimentos digital. No entanto, à medida que pen-
samos no avanço da tecnologia, no software cada vez mais inteligente e na análise 
avançada, podemos ver que a cadeia de suprimentos digital se refere a uma imagem 
muito maior do potencial. Muitos desses recursos digitais oferecem uma maneira de 
rastrear e analisar a logística em tempo real:
• a tecnologia armazenada e implantada na nuvem facilita para que todas as 
partes envolvidas na cadeia de suprimentos e no método de logística possam 
ver as informações;
• dados do tráfego em tempo real que podem afetar o envio e o recebimento 
de componentes de peças para fabricação do produto ou recebimento de 
produtos pelo usuário final;
• Internet of Things (Internet das Coisas), capacidade e software de rastreamento 
que facilita a compreensão do trânsito e o manuseio dos produtos e materiais;
• tecnologia Smart Road, que pode gerar tráfego e dados meteorológicos e pla-
nejar novas rotas ou alertar automaticamente o pessoal-chave sobre atrasos.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
Alguns gestores já especulam que a entrega sem motorista e os depósitos robóticos 
são o próximo passo na cadeia de suprimentos digital. Como exemplo da cadeia de 
suprimentos digital em ação, a Amazon usa a sua tecnologia de logística digital para 
se comunicar com os seus clientes - a empresa lida diariamente com enormes quan-
tidades de logística e informações da cadeia de suprimentos, desde as contas dos 
clientes distribuidores até os depósitos aos clientes finais, e uma das suas atualiza-
ções modernas é alertar os clientes, por meio do seu aplicativo, de que o pacote não 
está apenas a caminho, mas também na rota dos motoristas da entrega. Esse tipo de 
informação em tempo real é um ativo para o atendimento ao cliente e um aumento 
nas eficiências.
Os avanços tecnológicos da cadeia de suprimentos digital provavelmente conduzirão 
grande parte do modelo global de gerenciamento da cadeia de suprimentos nos 
próximos anos. Você acha que é uma tecnologia valiosa para aumentar o sucesso da 
cadeia de suprimentos? Existem outras tecnologias em que você investiria para au-
mentar a qualidade ou a eficiência da cadeia de suprimentos?
Nos dias de hoje, a tecnologia está em toda parte. Está se tornando difícil imaginar 
uma parte da nossa vida que não foi integrada para tornar o nosso dia a dia um 
pouco mais fácil. Isso não só é verdade em nossos esforços pessoais, com indivíduos 
adotando várias formas de tecnologia para atender às suas próprias necessidades e 
desejos, mas também dentro das empresas. Corporações inteiras seriam perdidas 
sem a integração da tecnologia para conduzir as suas operações diárias.
Com esse crescente fluxo de informações, a tecnologia está transformando a logística 
e a cadeia de suprimentos. Os consumidores adoram o tipo de negócio que valoriza a 
transparência, pois eles podem ver imediatamente o status das suas compras a partir 
do segundo depois de serem feitas.
Eles recebem uma notificação assim que o pedido é recebido e enviado, além de po-
derem ver o rastreamento da compra em cada etapa do caminho. Mesmo antes de 
fazer um pedido, a tecnologia permitiu que eles lessem extensas revisões do produto 
que estão prestes a comprar, bem como da empresa em que estão comprando. Isso 
criou um novo precedente para o padrão do serviço ao cliente e manufatura, o que 
significa que os fornecedores de logística e cadeia de suprimentos tiveram que se 
adaptar muito para permanecerem competitivos.
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Com isso dito, essas indústrias se beneficiaram enormemente das possibilidades que 
essa mudança traz e por isso esse é um momento tão empolgante para fazer parte 
dela. Abaixo listamos cinco maneiras pelas quais a tecnologia está transformando a 
logística e a cadeia de suprimentos:
a. capacidade de integrar múltiplas plataformas: para manter a transparência em 
uma organização e, portanto, manter uma boa reputação, a comunicação deve 
ser do mais alto padrão. Como a Internet, o e-mail e outras tecnologias se torna-
ram uma segunda natureza, as expectativas dos consumidores cresceram expo-
nencialmente. As empresas em logística e gerenciamento da cadeia de supri-
mentos devem permanecer competitivas em todas as frentes, de forma aberta e 
honesta, comunicando-se com todas as partes interessadas em todos os momen-
tos. Tradicionalmente, os fornecedores de gerenciamento da cadeia de suprimen-
tos precisavam confiar em métodos de comunicação desatualizados, como, por 
exemplo, mensagens impressas. No entanto, a tecnologia criou várias platafor-
mas que conseguiram facilitar a mudança para sistemas de informação, como o 
Sistema Enterprise Resource Planning (ERP). Os limites anteriormente existentes 
que proibiam a comunicação rápida e o cumprimento de pedidos tornaram-se 
obsoletos, permitindo uma integração mais eficaz e eficiente entre as partes;
b. maior segurança: com os avanços da tecnologia vêm avanços na privacidade, 
permitindo que as empresas forneçam garantias quanto às informações que 
lhes são dadas. Fornecedores de Logística e Supply Chain podem implementar 
grandes medidas e práticas de segurança na vanguarda das suas operações. 
A confidencialidade é importante ao tentar forjar relações comerciais, bem 
como a capacidade de rastrear e gerenciar a rota de pedidos em movimento. 
A tecnologia não apenas torna isso possível, mas também extremamente sim-
ples e fácil. Esse tipo de interconexão incentiva o monitoramento avançado da 
segurança por ambas as partes, sem comprometer a velocidade e a precisão 
das práticas de negócios;
c. custos reduzidos: um dos maiores benefícios da implementação de tecnologia 
nas práticas de negócios é o dinheiro que ela pode economizar em custos ope-
racionais. Um computador ou uma máquina agora pode executar tarefas que 
eram tradicionalmente concluídas por um trabalhador. Por exemplo, com o au-
xílio do software moderno, os gerentes da cadeia de suprimentos podem sim-
plificar bastanteo processo de envio e devolução. Programas especificamente 
projetados permitem a consolidação em todos os aspectos da sua cadeia de su-
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
primentos em um só lugar. O software permite o armazenamento e o inventário 
de dados organizados digitalmente, possibilitando que você gerencie, monitore 
e rastreie as informações do envio, junto com uma fatura eletrônica. Isso não 
apenas reduz o risco de erros, mas também traz benefícios significativos em efi-
ciência e controle de qualidade, economizando grandes quantias de dinheiro;
d. facilidade de escalabilidade: como o uso da tecnologia pode ajudar a liderar os 
fornecedores de gerenciamento de suprimentos em seu próprio mercado, ele 
também pode ser usado para ajudar no caso de rápida escalabilidade. Com o 
aumento da demanda por produtos, surge um aumento na necessidade de 
logística. A tecnologia pode ajudar muito em cada pedido adicional e na inevi-
tável sobrecarga de processamento que vem com ela. Os recursos infinitos que 
a tecnologia fornece podem permitir que um provedor estenda os seus termos 
em minutos. Com isso, também vem a capacidade de gerar análises direciona-
das, permitindo que as empresas isolem as principais eficiências e ineficiências 
dentro das operações e possibilitando que os proprietários das empresas apri-
morem os aspectos positivos e negativos dos seus sistemas;
e. remoção de limites geográficos: ao longo do tempo, as barreiras geográficas já 
existiam nos setores de logística e cadeia de suprimentos. No entanto, os avan-
ços tecnológicos removeram os limites físicos dessa perspectiva, permitindo 
maiores quantidades de transparência na distribuição do armazém. Trabalhar 
com fabricantes de todo o mundo incentivou a produção de uma vasta gama 
de bens e serviços. As empresas podem adquirir materiais de qualquer lugar do 
mundo, pois a comunicação mais fácil e os tempos de transporte mais rápidos 
podem garantir um maior acesso aos materiais antes impossíveis.
5.3 OUTRAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO 
UTILIZADAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS
A tecnologia da informação é um segmento crucial de qualquer empresa ou orga-
nização. Veja abaixo mais alguns exemplos de tecnologias e sistemas de informação 
utilizados na cadeia de suprimentos como suporte para as atividades logísticas:
• enterprise resource planning (erp) ou planejamento dos recursos da em-
presa: o ERP (FIGURA 31) refere-se ao software que ajuda as empresas a ge-
renciar e automatizar muitas tarefas de backoffice. Quando usado no geren-
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ciamento da cadeia de suprimentos, o software ERP ajuda as empresas a ver 
facilmente como os seus materiais e estoques estão sendo usados. Também 
pode automatizar os materiais de compra quando os níveis do estoque caem 
abaixo de um certo ponto, de modo que a produção dos novos produtos não 
seja interrompida devido à falta de materiais.
FIGURA 31 - SISTEMA ERP
Fonte: Shutterstock, 2018
O software ERP pode fazer pedidos automaticamente com os fornecedores de uma 
empresa quando os produtos caem para um determinado nível. Por exemplo, se o 
estoque do sabão em barra da loja cair abaixo de dez, o software ERP fará automati-
camente um pedido com o vendedor do sabão. Como a loja de departamento tem 
milhares e milhares de itens para acompanhar, podemos verificar como o software 
ERP realmente ajuda a empresa a controlar os seus itens. O software ERP também 
garante que as prateleiras das lojas nunca estejam vazias;
• radio-Frequency identification (rFid) ou identificação por radiofrequência: 
a tecnologia RFID (FIGURA 6) usa campos eletromagnéticos para identificar e 
rastrear tags sem fio. Esse tipo de tecnologia é ótimo para manter o contro-
le dos seus suprimentos e estoques, pois os itens podem ser digitalizados às 
centenas. Você não terá que digitalizar ou contar manualmente cada produto 
individualmente. Isso pode economizar muito tempo para as empresas.
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SUMÁRIO
FIGURA 32 - RADIO-FREQUENCY IDENTIFICATION (RFID)
Fonte: Shutterstock, 2018
As etiquetas RFID também podem armazenar dados eletrônicos. Além de acom-
panhar os seus itens, você também pode adicionar informações, como dados sobre 
propriedade. As etiquetas RFID podem ser digitalizadas, não importa onde estejam 
localizadas no produto. Um exemplo de tags RFID em uso são os chips que as pes-
soas colocam em seus animais de estimação para localizá-los mais facilmente caso 
fiquem perdidos. Uma loja de departamentos pode usar etiquetas RFID em roupas 
e talvez em itens muito caros. Como as etiquetas RFID podem ser digitalizadas sem 
fio, o processo pode acontecer à medida que as pessoas passam por um sensor. 
Assim, quando as lojas usam etiquetas RFID, se alguém sair da loja sem pagar, pode 
acionar um alarme para alertar a loja de que alguém não pagou por um item;
• transporte informatizado e rastreamento: com o auxílio de tecnologias mo-
dernas e software baseado na Internet, uma empresa pode simplificar o pro-
cesso do fornecimento e reduzir drasticamente os erros do envio. Com soft-
wares especializados, os gestores consolidam todos os aspectos da cadeia de 
suprimentos em um só lugar. O software permite que o gestor organize digi-
talmente os dados do inventário, monitore e gerencie as informações do envio 
e rastreamento e crie faturas eletrônicas com facilidade. Por meio do uso de 
tecnologias de gerenciamento da cadeia de suprimentos, é possível reduzir 
o tempo gasto no envio, recebimento, rastreamento e compilação dos dados 
dos pedidos, o que economizará tempo e dinheiro para a empresa. Através 
dos sistemas que gerenciam as atividades do transporte, a empresa não só 
melhorará a eficiência operacional da cadeia de suprimentos, mas também 
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aumentará consideravelmente a experiência do cliente, fornecendo aos con-
sumidores a capacidade de rastrear continuamente o status dos seus pedidos. 
Por meio do rastreamento digitalizado, é possível reduzir significativamente os 
erros do envio e responder mais rapidamente às suas falhas;
• mídias sociais para agilizar a cadeia de suprimentos: a mídia social é uma 
tecnologia popular que varreu o mundo. Com milhões de usuários do Twitter 
e mais de um bilhão de usuários do Facebook, não é de admirar que muitas 
empresas estejam se voltando para as mídias sociais a fim de ganhar visibili-
dade. De fato, mais de 70% de todas as empresas da Fortune 500 confiam nas 
mídias sociais como parte da sua estratégia de marketing e gerenciamento 
da cadeia de suprimentos. Por meio das mídias sociais, a empresa pode criar 
uma comunicação mais aberta com os clientes, aumentar a visibilidade, me-
lhorar a demanda dos produtos, utilizar estratégias de marketing eficazes e 
econômicas, reduzir os seus custos operacionais e aprimorar a produtividade. 
A mídia social pode ser usada para interagir com os clientes, responder dúvi-
das, relatar acidentes ou condições climáticas que possam impedir os horários 
de entrega e criar atualizações automáticas sobre o inventário.
SaiBa maiS
Facebook e Twitter são essencialmente o crème de la crème 
das redes sociais. Esses canais de nível sênior superaram sites 
como o Google+ e o Pinterest por décadas e a sua versatilida-
de os torna perfeitos para se conectar com um público amplo. 
Embora ambas as plataformas tenham os seus altos e baixos 
ultimamente,elas continuam sendo a escolha mais popular 
para muitos profissionais de marketing, e por boas razões.
O Twitter e o Facebook são inovadores e prontos para serem adaptados às necessida-
des dos clientes. O Facebook é facilmente a rede de mídia social mais ativa, especial-
mente quando você considera que é dono do WhatsApp e do Instagram. Esse canal 
exclusivo atrai várias gerações, que parecem seduzidas pela ideia de se conectar com 
a família, manter o controle sobre os amigos e garantir que também tenham acesso 
às suas marcas favoritas. No Facebook, um dos mercados que mais cresce é o dos 
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
idosos, já o Instagram atrai mais os clientes jovens. Apesar da sua base de usuários 
mensal relativamente pequena, o Twitter tem outra vantagem para o acesso do pú-
blico. Essa plataforma não é apenas popular entre o consumidor médio; jornalistas, 
políticos e celebridades a usam com regularidade também. Isso significa que o Twit-
ter é frequentemente o lugar para encontrar notícias sobre tendências.
Por fim, destacamos que, para melhorar como um negócio, é essencial adaptar-se 
continuamente às tecnologias emergentes a fim de se manter à frente da concorrên-
cia. Ao integrar as tecnologias modernas no plano de negócios, uma empresa pode 
melhorar muito a produtividade, reduzindo custos e aumentando a satisfação e a re-
tenção dos clientes, que provavelmente deixarão uma empresa que rotineiramente 
tenha atrasos no envio, erros de envio ou produtos em falta. Melhorar a cadeia de su-
primentos pode minimizar o risco e aumentar a sua idoneidade aos olhos do público.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
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CONCLUSÃO 
Nesta unidade, concluímos que a Tecnologia de Informação (TI) aplicada à logística 
possibilita um melhor controle do fluxo de informações das cadeias envolvidas, agin-
do em conjunto e dando sustentação aos sistemas de informação logística. Vimos 
que, atualmente, as empresas buscam de forma contínua maneiras de introduzir 
tecnologias de processamento de pedidos destinadas à melhorar as ineficiências. 
Quando a base dos clientes de uma empresa se estende por todo o mundo, não 
é incomum encontrar discrepâncias no alinhamento das novas tecnologias com as 
operações de negócios dos clientes. Percebemos também que a tecnologia impul-
siona de todas as maneiras a operação de uma empresa onde a capacidade produti-
va evolui constantemente por meio dos novos equipamentos, materiais, qualificação 
dos funcionários, entre outros. Isso, por sua vez, gera eficiência, tomada de decisões e 
melhora no nível do atendimento ao cliente.
Vimos que o Sistema de Gerenciamento de Pedidos coordena o pedido e o relacio-
namento com o cliente. Cada empresa precisa de um sistema de registro que con-
solide os pedidos de várias fontes em um único local. Estudamos que o Intercâmbio 
Eletrônico de Dados é um método para transferir dados entre organizações. O mun-
do do varejo adotou o EDI como o método preferido das transações de ordens de 
compra, notificação de remessa e até faturamento. No entanto, cada varejista tem a 
flexibilidade de definir os seus próprios requisitos nos campos de dados. 
Percebemos que as soluções de processamento de pedidos de TI efetivamente confi-
guradas beneficiam clientes e fornecedores. A tecnologia permite um processamento 
de pedidos mais rápido e preciso, além de disponibilizar informações de rastreamen-
to sobre o progresso dos pedidos conforme necessário. Os funcionários registram os 
vários estágios do atendimento de pedidos em bancos de dados e podem acessar 
registros dos clientes para obter informações sobre pagamentos ou problemas. Subs-
tituir o papel por soluções de tecnologia digital pode resultar em maior transparên-
cia, menores custos e maior satisfação do cliente. Como a cadeia de suprimentos 
envolve a fabricação e a entrega de peças e produtos reais e tangíveis, o termo “cadeia 
de suprimentos digital” parece ser contraintuitivo. Mas a tecnologia da cadeia de su-
primentos digital é uma das expansões tecnológicas mais promissoras no mundo do 
gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Por fim, concluímos que a tecnologia da informação é um segmento crucial de qual-
quer empresa ou organização logística e contribui para a melhoria dos resultados 
operacionais e financeiros.
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Defina logística enxuta.
> Explique o conceito 
lean.
> Explique o Seis Sigma.
UNIDADE 6
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Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS 
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6 LOGÍSTICA ENXUTA
Em um ambiente de fabricação e distribuição em constante mudança, é necessário 
estabelecer processos logísticos robustos, enxutos e adaptáveis. Uma abordagem 
para alcançar isso são otimizações baseadas na filosofia enxuta. Evitar o desper-
dício, alcançar o fluxo e a orientação para o cliente pode aumentar consideravel-
mente o potencial, reduzir o tempo de estoque e ciclo e economizar recursos em 
logística também.
O desperdício no sentido tradicional ainda pode ser encontrado na maioria das em-
presas, mesmo em diferentes funções. A introdução dos princípios lean (enxutos) na 
produção muitas vezes desencadeia a decisão de iniciar um projeto de logística en-
xuta e definir novos requisitos em logística.
A abordagem de logística enxuta possibilita a quebra de estruturas antigas, uma vez 
que processos logísticos enxutos e padronizados são implementados na organização 
e os custos logísticos são reduzidos de forma sustentável. A abordagem confiável de 
gerenciamento enxuto exige uma visão integrada da logística e da produção, na qual 
os processos de fabricação podem, então, ser otimizados de ponta a ponta. Logo, os 
processos logísticos inovadores são projetados de acordo com as necessidades do 
cliente nas fábricas, bem como nos armazéns ou nas docas cruzadas.
A logística enxuta atinge processos otimizados em termos de custo, quantificáveis e 
escalonáveis. A experiência mostra que os custos da cadeia de suprimentos, muitas 
vezes, podem ser reduzidos na faixa percentual de dois dígitos. Além disso, projetos 
de logística enxuta podem levar aos seguintes resultados: reduções no espaço da ca-
deia de suprimentos; estoques mais baixos; eliminação de paralisações e atrasos na 
logística e produção; redução do tempo de processamento; aumento da disponibili-
dade do produto; menos pessoal de logística e equipamentos necessários. 
6.1 LOGÍSTICA ENXUTA
O gerenciamento da cadeia de suprimento foi projetado para remover o desperdí-
cio dos resíduos na produção como excesso de estoque, tempo e custo. Cadeias de 
suprimentos são destinadas a puxar, não empurrar, o estoque por meio de fluxos de 
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SUMÁRIO
produção e movimentação de materiais. Atacadistas, fabricantes, varejistas, distribui-
dores, fornecedores e todas as partes envolvidas na cadeia de suprimentos sentem a 
pressão para reduzir e equilibrar custo, tempo e estoque, para serem enxutos. 
Nesse sentindo, lean logistics ou logística enxuta tem muitos desafios, como o do 
tempo adicional necessário para que as remessas movam porta a porta pela longa 
distância e pela quantidade de partes envolvidas em cada remessa: fornecedores; ca-
minhoneiros; agentes de carga; terminais; despachantes aduaneiros;ferrovias; trans-
portadoras marítimas/aéreas; e muito mais. Trazer uma estrutura enxuta para uma 
cadeia de suprimentos extensiva é complexo, muitas vezes, as partes estão trabalhan-
do juntas e em desacordo com cada transação de ordem de compra/envio.
O desperdício pode ser difícil de reconhecer; é visto e aceito como o negócio da em-
presa é conduzido, sendo considerado, em algumas vezes, como parte do “processo” 
em curso. 
FIGURA 33 - DESPERDÍCIO: DIFÍCIL DE SER VISTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Nesse sentido, existem ferramentas para que uma empresa se torne enxuta. Cada 
uma tem diferenças quanto à facilidade de uso, tempo para implementar, benefícios 
e riscos. Vamos conhecer algumas dessas ferramentas! 
1. 5S ou cinco sensos: referem-se às cinco dimensões da otimização do local de 
trabalho: seiri (sort); seiton (ajuste em ordem); seiso (shine, limpeza); seiketsu 
(standardize); e shitsuke (sustain). O programa 5S define as etapas usadas para 
tornar todos os espaços de trabalho eficientes e produtivos, ajudar as pessoas a 
compartilhar estações de trabalho, reduzir o tempo procurando as ferramentas 
necessárias e melhorar o ambiente de trabalho.
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2. configuração rápida: a configuração ou troca rápida tem aplicação no depósi-
to para ajustar o layout de produtos sazonais, novos produtos e alterações nos 
produtos que estão em movimento rápido e geralmente são escolhidos e nos 
itens complementares que os acompanham. A redução do tempo pode envol-
ver manutenção (incluindo 5S), configuração de áreas menores para centros de 
distribuição e tecnologia (como sistemas de gerenciamento de armazém e iden-
tificação por radiofrequência ou RFID, do inglês Radio-Frequency IDentification).
3. padronização: padronizar envolve processos de trabalho eficientes que são repe-
tidamente seguidos para definir quem, o que, como, onde e quando. Essa ferra-
menta ajuda as empresas a sincronizarem o tempo necessário para puxar e enviar 
todos os pedidos (takt time) e o tempo real para fazer isso (tempo de ciclo). Pode 
ser a base para o treinamento de funcionários. O uso dessa ferramenta pode va-
riar de armazéns, emissão de ordens de compra e outras atividades de escritório.
4. Kanban: o uso do Kanban apresenta uma maneira nova e exclusiva de visualizar 
o “armazenamento” e o posicionamento do estoque na cadeia de suprimentos. 
Ele apresenta uma maneira de coordenar processos de várias etapas para vários 
produtos. Com o Kanban, pequenos estoques são colocados em locais dedi-
cados para o controle da cadeia de suprimentos. Essa abordagem vai contra 
a maneira tradicional de grandes centros de distribuição entregar caminhões 
de produtos a lojas ou clientes. Em vez disso, “miniarmazéns” são usados para 
posicionar o estoque mais próximo do cliente final e aumentar a rapidez de 
entrega e giro de estoque. O ponto de venda e outras tecnologias podem ser o 
sinal de retirada para acionar o desenho e o reabastecimento dos Kanbans. Os 
itens colocados nos Kanbans da cadeia de suprimentos podem ser limitados a 
inventários de alto valor, como itens A, e depois usar o armazém regular para os 
itens B e C. Uma variação do Kanban é com as cadeias de suprimento de impor-
tação e diferenciando itens A versus B versus C e usando métodos de trânsito de 
operadora e modo mais rápido para itens selecionados. Isso reduz o tempo e o 
inventário com tamanhos de lote menores para esses itens selecionados. Todos 
os inventários não são tratados da mesma forma dos fornecedores nem no que 
diz respeito ao armazenamento.
5. célula de trabalho: uma célula de trabalho é uma unidade maior que uma 
operação individual, mas menor que um departamento. É independente de 
equipamentos e recursos. A aplicação potencial é com a combinação de mul-
tioperações em uma área central, onde o armazém faz atividades adicionais, 
como montagem de kits ou montagem.
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SUMÁRIO
6. Seis Sigma: esta é uma ferramenta avançada e ligada à qualidade. O foco é a 
variação e controle, está impedindo erros. A medição estatística é fundamental. 
É usado em toda a cadeia de suprimentos, não apenas em atividades ou locais 
selecionados. O Seis Sigma leva o gerenciamento da cadeia de suprimentos 
enxuta ao seu nível final.
Não existe uma ferramenta única para a logística enxuta. Várias ferramentas podem 
ser usadas em diferentes áreas e em diferentes sequências para agregar valor e redu-
zir o desperdício.
À medida que o ambiente competitivo muda a forma como as empresas fazem ne-
gócios, as empresas estão adotando iniciativas lean e Six Sigma para apoiar reduções 
de custos e melhorias de qualidade. Embora esses programas tenham sido inicial-
mente iniciativas separadas na maioria das organizações, as empresas da atualidade 
veem que o lean e o Seis Sigma não competem entre si, mas que os dois se comple-
mentam e preveem o desenvolvimento de atividades de melhoria contínua.
atenÇÃo para SaBer: 
mas o que isso tem a ver com a logística?
A resposta rápida é “tudo”. Uma vez que nos baseamos nos princípios do lean e do 
Seis Sigma, o gestor perceberá que a logística, o lean e o Seis Sigma formam uma 
união natural que alavanca os pontos fortes e fracos da empresa para criar um mode-
lo cultural e operacional que ajudará o gestor a resolver questões antigas, melhoran-
do as operações em todos os níveis e reduzindo os custos operacionais.
o que é o lean
Os conceitos de lean logistic estão profundamente enraizados na produção enxuta 
(Figura 2) do Toyota Production System, por exemplo. Jim Womack resume os prin-
cípios-chave do Sistema Toyota de Produção como lean manufacturing em seu livro 
“Lean thinking”. Em sua forma mais pura, lean é sobre a eliminação de resíduos e o 
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aumento de velocidade e fluxo. Embora isso possa ser uma simplificação excessiva, 
o objetivo final do lean é eliminar o desperdício de todos os processos, e no topo da 
lista de resíduos conhecidos está a eliminação do estoque. 
FIGURA 34 - LEAN MANUFACTURING: INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Na busca pela definição mais adequada de “lean”, o plano de fundo de uma empresa 
desempenha um papel importante. O uso da palavra “lean” pode se concentrar em 
princípios, conceitos ou um tipo de ideologia que pode ser aplicado às atividades e 
diretrizes de gestão de uma organização. Pode ser entendida ainda como uma ma-
neira de criar mais valor para os clientes usando menos recursos, ou seja, o processo 
de maximizar o valor do cliente e minimizar o desperdício.
Já o Lean Six Sigma é uma metodologia muito popular que utiliza os conceitos de lo-
gística enxuta e Seis Sigma em conjunto para melhorar o desempenho. Usando uma 
abordagem sistemática, as empresas são capazes de identificar e eliminar o desper-
dício de várias maneiras. Talvez mais comumente, as empresas trabalham para redu-
zir a variação de como as coisas são produzidas.
Isso é feito identificando as melhores práticas e tomando as providências para garan-
tir que elas sejam seguidas em todos os momentos. Em muitos casos, as empresas 
farão as coisas de maneira diferente em cada turno ou até mesmo por cada funcio-
nário. Isso resultará em uma quantidade significativa de tempo e esforço desperdiça-
dos. Em vez de permitir que isso continue, os empregadores podem se beneficiar do 
tempo necessário para identificar a melhor maneira possível de concluir uma tarefa 
e, então, exigir que todos façam da mesma maneira.
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SUMÁRIO
Além de reduzir a variação e aumentar a eficiência, fornecerá à empresa muitos ou-
tros benefícios. Quando as coisas são feitas uniformemente, há menos risco de aci-
dentes ou ferimentos. Também ajuda a aumentar a previsibilidade de um processo, 
o que é importante para o planejamento.
6.1.1 PRINCÍPIOS LEAN
Ao implementar a logística enxuta, é importante entender os princípios lean que aju-
darão a guiar uma empresa pelo processo. Esses princípios precisarão ser compreen-
didos e seguidos em todas as etapas da fabricação, a fim de eliminar o desperdício e 
funcionar de maneira eficiente.
1. determinar o que cria valor: saber o que os clientes querem ajuda a determinar 
o que é valioso. Se os clientes não pagarem o especificado pelo produto, pode-
mos entender que não foi criado ou percebido o valor pelo cliente.
2. identificar todas as etapas da cadeia de processos: dividir o processo de manu-
fatura em etapas individuais é uma parte importante da identificação e elimina-
ção do desperdício. Também pode ser útil na tomada de medidas (controle de 
qualidade, implantação de sistemas de informação, treinamentos) para melho-
rar o processo de produção.
3. melhorar o fluxo do processo: melhorar o fluxo ajuda a garantir que as coisas se-
jam feitas na ordem certa, no momento certo e no caminho certo. Ao organizar 
o fluxo do processo adequadamente, a logística enxuta pode oferecer muitos 
benefícios para qualquer ambiente (visualização de gargalos, por exemplo).
4. confiar na atração dos clientes: em vez de criar produtos e esperar que os clien-
tes os comprem, permita que os clientes “demandem” os produtos conforme 
forem necessários. Isso reduz o desperdício e o risco na produção.
5. esforçar pela perfeição: sempre procure maneiras de melhorar o processo. Isso 
pode ser feito por meio de melhorias no maquinário, políticas aprimoradas ou 
qualquer outra coisa. Se esforçar constantemente para a perfeição é uma parte 
importante da logística enxuta 
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Esses princípios ajudarão a empresa a não apenas implementar adequadamente a 
logística enxuta, mas também a continuar a usá-la no futuro para obter melhorias 
contínuas. O impacto do lean em uma empresa é significativo, pois o seu objetivo é 
eliminar o desperdício (estoque), o que diminuirá o trabalho nos estoques de proces-
so, os tempos de ciclo e processo e, em última análise, aumentará a velocidade e o 
fluxo da cadeia de suprimentos.
O objetivo da aplicação lean em uma empresa como um todo é o desenvolvimento a 
longo prazo. Várias ferramentas lean devem ser empregadas simultaneamente para 
serem efetivas e precisam ser aprimoradas continuamente. É vantajoso para uma 
organização usar a maioria ou todas as ferramentas, em vez de praticar apenas uma 
ou duas. Abaixo estão listadas algumas das ferramentas lean que as organizações 
podem usar para alcançar melhorias:
• mapeamento do fluxo de valor;
• melhoria contínua – Kaizen;
• manutenção produtiva total;
• 5S; 
• mapeamento de processos;
• desenvolvimento de fornecedores.
O praticante de lean não se concentra em fatores de custo individuais, como trans-
porte ou armazenamento, mas se concentra em “custo total de propriedade”. Com 
os custos de manutenção de estoques representando 15-40% do custo total de lo-
gística para muitos setores, tomar decisões com base no custo total tem implicações 
relevantes para o responsável pela logística. Infelizmente, muitas organizações nunca 
adotam totalmente os conceitos de custo total, já que decisões erradas são tomadas 
continuamente com base em indicadores de custo tradicionalmente visíveis, como 
transporte, armazenamento e práticas de abastecimento malfadadas.
o que é Six Sigma
O Six (Seis) Sigma é uma metodologia de gerenciamento que tenta entender e eli-
minar os efeitos negativos da variação em nossos processos. Com base em uma in-
fraestrutura de profissionais treinados, o Seis Sigma oferece um modelo de solução 
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SUMÁRIO
de problemas armado com voz dos utilitários do cliente e ferramentas estatísticas de 
controle de processos. O processo Definir-Medir-Analisar-Melhorar-Controlar (DMAIC) 
é um mapa ou abordagem passo a passo, para entender e melhorar os desafios orga-
nizacionais, a fim de reduzir a variação nos processos e tentar alcançar a “qualidade 
Seis Sigma”.
No coração do Seis Sigma, está o princípio da redução de variação. Essencialmente, a 
teoria é que, se pudermos entender e reduzir a variação em nossos processos, pode-
remos implementar iniciativas de melhoria que centralizarão o processo e garantirão 
a exatidão e a confiabilidade em torno das expectativas do cliente. Por exemplo, se o 
ciclo de entrega do pedido de compra necessário para o seu fornecedor na China for 
de 60 dias, e você tiver uma média de 60 dias, poderá pensar que está tudo bem. No 
entanto, sua média de 60 dias pode refletir o fato de que alguns pedidos chegam em 
45 dias e outros são entregues em 75 dias. É essa variação que resulta em transporte 
acelerado, fora de estoques e todos os males do resultado de não confiança, o pior 
dos quais é a acumulação de estoque.
O conceito de redução de variação é primordial para o gestor logístico. Como dito, a 
logística é sobre o gerenciamento de estoque e sua administração é uma questão de 
gerenciar a variação, um direcionador tanto na quantidade de estoque transportado 
quanto no potencial de ruptura de estoque. Dados os tipos básicos de inventário, a 
variação desempenha um papel vital na forma como os estoques são gerenciados 
em todos os níveis.
Por exemplo, o estoque de segurança é necessário para proteger os processos pro-
dutivos contra incógnitas ou incertezas, ou seja, são mantidos devido à variação da 
qualidade do fornecedor, confiabilidade do transporte, capacidade do processo de 
operações internas e padrões de demanda do cliente, quebra inesperada de equipa-
mentos, falta de funcionários, entre outros. Se a variação do fornecedor para o cliente 
puder ser compreendida e controlada, as empresas poderão reduzir drasticamente 
a dependência da segurança e dos estoques reguladores. Implícito nisso está o apa-
rente vício que as empresas parecem ter que inventariar.
Portanto, logística lean Seis Sigma pode ser definida como a eliminação de estoques 
desnecessários através de esforços disciplinados para entender e reduzir a variação, 
enquanto aumenta a velocidade e o fluxo na cadeia de suprimentos. Se colocarmos 
isso na cadeia de fornecimento global, o impacto pode ser significativo para varejis-
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tas, atacadistas, distribuidores, fabricantes e fornecedores. Os prestadores de serviços 
de logística também precisam entender isso e seu impacto na redução do desperdí-
cio e no controle da variação dos processos de produção.
6.1.2 LOGÍSTICA ENXUTA: OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
A logística enxuta (Figura 35) descreve o design de sistemas logísticos em que o ob-
jetivo principal é evitar recursos desperdiçados. Outro aspecto relevante da aborda-
gem lean é aumentar a flexibilidade dos sistemas de logística e processos de forne-
cimento. O foco é sempre alcançar um resultado geral ótimo nos sistemas logísticos. 
Para isso, o conhecimento do campo da produção enxuta é aplicado aos processos 
logísticos, entre outras coisas.
FIGURA 35 - LOGÍSTICA ENXUTA: CONTROLE DE ESTOQUES
Fonte: SHUTTERSTOCK,2018.
Para dar um exemplo, caminhos curtos e diretos nos processos de suprimentos e na 
logística interna são um aspecto importante na otimização dos sistemas logísticos, 
assim como evitar o manuseio múltiplo. A alta utilização da capacidade de transpor-
te representa outro alicerce da abordagem de logística enxuta. Muitas abordagens 
de melhores práticas da logística enxuta servem como base para um projeto de pro-
cesso otimizado.
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A logística enxuta é comumente usada em muitas indústrias diferentes na atualida-
de. Eles são baseados no conceito original de manufatura enxuta, que começou na 
indústria manufatureira japonesa. Embora haja momentos em que a logística enxuta 
e lean são termos usados de forma intercambiável, nem sempre é esse o caso. Logísti-
ca é uma implementação detalhada e/ou organização de uma operação de natureza 
complexa. Então, em vez de ser uma estratégia enxuta genérica, que pode ser quase 
tudo que é feito para eliminar o desperdício, a logística enxuta vai se referir a tarefas 
mais complexas.
Isso pode ser um processo de fabricação, armazenagem, remessa ou qualquer ou-
tra coisa. Os conceitos por trás da logística enxuta são usados de muitas maneiras 
em muitos setores diferentes. Quando feito corretamente, eles ajudarão a eliminar o 
desperdício, melhorar a segurança e aumentar a lucratividade da empresa que está 
seguindo os principais princípios logísticos.
A logística enxuta pode ser útil para reduzir ou eliminar o desperdício em praticamente 
qualquer ambiente imaginável. Os conceitos são amplos o suficiente para serem mo-
dificados ou adaptados a todos os tipos de indústrias. A seguir, estão alguns dos dife-
rentes tipos de atividades (trabalho) que aproveitam as vantagens da Logística Enxuta.
1. Fabricação: a indústria de manufatura é onde a logística enxuta começou. Esta 
ainda é, de longe, a indústria mais popular em que as estratégias enxutas são 
usadas.
2. Trabalhos de escritório: os ambientes de escritório podem se beneficiar enorme-
mente das metodologias enxutas. Existem muitos recursos informativos sobre 
como implementar o lean em praticamente qualquer ambiente de escritório.
3. Auto mecânica: mecânicos e garagens costumam ter uma quantidade significa-
tiva de resíduos, o que pode torná-los ineficientes. Aproveitar a logística enxuta 
pode reduzir significativamente o desperdício.
4. Design de produto: esta é uma indústria que muitas pessoas ignoram quando 
se trata de conceitos enxutos, mas também pode se beneficiar dos processos 
inteligentes.
5. Hospitais: estão adotando uma logística enxuta em um ritmo muito rápido, de-
vido ao fato de que a redução de erros pode literalmente ajudar a salvar vidas. 
Além disso, uma das maneiras de reduzir o desperdício é manter as coisas lim-
pas, o que é de suma importância em um hospital.
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Cada um desses tipos de trabalho tem exemplos comprovados de como o lean pode 
beneficiá-los. Quando as empresas estão procurando começar a usar a logística en-
xuta, podem recorrer a exemplos existentes de onde ela foi benéfica e aprenderem 
com elas para facilitar a implementação.
A implementação de uma cadeia de suprimentos enxuta é uma das melhores ma-
neiras de reduzir o desperdício e o custo total das operações. Ao exigir que uma 
empresa reduza os recursos necessários para concluir um trabalho, é possível cor-
tar custos e aumentar a produtividade. Em uma cadeia de suprimentos, existem 
muitos recursos que podem ser analisados para ver onde os resíduos podem existir. 
Algumas das áreas mais comuns incluem a listadas a seguir.
1. inventário: as empresas que seguem estratégias logísticas enxutas precisam 
manter o estoque no mínimo o tempo todo. Ter apenas o suficiente para aten-
der às demandas dos clientes reduzirá o excesso de despesas relacionadas ao 
armazenamento dos itens, bem como o risco de serem danificados.
2. armazenamento: os produtos de armazenamento são sempre um desperdício, 
mesmo que por vezes seja inevitável. Um armazém é tipicamente uma parada 
extra na cadeia de suprimentos enxuta, que introduz custos e riscos maiores ao 
processo de fabricação e vendas.
3. caminhões: sempre que um produto é carregado em um caminhão, ele está 
criando movimento, que é uma forma de desperdício. Minimizar o número de 
caminhões que um produto tem de seguir ajudará a reduzir esse movimento 
excessivo e agilizar o processo de transporte.
4. 5 o tempo que os produtos estão “na estrada” é outra forma de desperdício que 
deve ser minimizada. Algum tempo de viagem é necessário, mas sempre que 
pode ser reduzido, deveria ser. A combinação de vários produtos em remessas 
únicas também pode ajudar a reduzir o desperdício.
5. pessoas: há muitas pessoas envolvidas no processo de embalagem, carrega-
mento e envio. Ao usar uma cadeia de suprimento enxuta, algumas dessas pes-
soas podem ser realocadas para tarefas mais produtivas, que não produzam 
resíduos.
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SUMÁRIO
A logística enxuta deve ser encarada como um investimento a longo prazo para me-
lhorar a qualidade, reduzir o desperdício e beneficiar o resultado final de uma empre-
sa. Alguns esforços produzirão resultados imediatos, mas muitos outros podem levar 
anos até que os benefícios sejam plenamente realizados. Avaliando continuamente 
como as coisas são feitas ao longo do processo em questão e identificando maneiras 
de fazer melhorias, uma empresa pode encontrar muitas maneiras de criar um local 
de trabalho mais seguro, mais eficiente e melhor para todos os envolvidos.
6.2 PRINCÍPIOS DA LOGÍSTICA ENXUTA
Logística é um termo usado em todo o mundo para descrever o armazenamento, 
distribuição e transporte de produtos, desde o fabricante até o consumidor. Lean se 
refere à redução do desperdício de qualquer forma em qualquer setor. Para o setor 
de logística, é o desperdício de materiais e produtos, o processamento de pedidos e 
o tempo dos funcionários, bem como a perda de vendas em toda a cadeia de supri-
mentos. É uma filosofia de melhoria de processos e serviços de fabricação baseada 
na eliminação de desperdícios e atividades que não agregam valor ao produto final 
ou serviço oferecido ao cliente. Nesse sentindo, podemos definir os princípios da lo-
gística enxuta como:
1. definir e identificar o valor a partir da perspectiva do cliente, a fim de eliminar o 
desperdício (ou seja, tudo o que adiciona custos ao produto sem agregar valor);
2. tornar os processos de negócios visíveis com um mapa de fluxo de informações 
e recursos. Por meio de indicadores lean, identificam-se oportunidades de me-
lhoria e eliminação de desperdícios;
3. criar “fluxo” no processo de negócios para que as informações e recursos fluam 
mais rapidamente e os problemas possam ser visualizados;
4. adotar um sistema de produção Pull (just in time) para manter pequenas quan-
tidades de estoque e evitar superprodução;
5. aplicar Kaizen para melhoria contínua. Tendo visto os princípios básicos de lean, 
vamos estudar como estes se aplicam à logística, criando o que veio a ser cha-
mado de lean logistics.
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E quais são os objetivos da filosofia lean logistics?
1. Distribuir o material necessário, quando necessário, na quantidade certa e con-
venientemente apresentado olhando para trás da cadeia de suprimentos;
2. procurar a eficácia nadistribuição de produtos que aguardam a cadeia de su-
primentos;
3. eliminar o desperdício em cada elo da cadeia para melhorar a eficácia das ope-
rações;
4. reduzir os prazos de entrega em cada link da cadeia para alcançar os clientes 
primeiro.
A abordagem ideal é projetar a cadeia de suprimentos perfeita e adequar a opera-
ção da sua empresa a ela. O gerenciamento da cadeia de suprimento destina-se a 
reduzir o excesso de estoque na cadeia de suprimentos, e esta deve ser orientada 
pela demanda, ou seja, deve ser pensada com base na abordagem de clientes pu-
xando estoque, não com fabricação ou fornecedores empurrando estoques. O exces-
so de estoque reflete o tempo adicional com a operação da cadeia de suprimentos. 
Assim, a cadeia de suprimentos perfeita seria enxuta com a remoção de tempo e 
estoque desnecessários.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos, especialmente o desenvolvimento e a 
implementação do lean, apresenta desafios que devem ser reconhecidos. Estes são 
adicionais aos problemas “usuais” da empresa com o lean, como a falta de know-how 
de implementação, a resistência à mudança, a falta de uma crise para criar urgência, 
obter recursos e compromisso e retroceder. Às vezes, esses desafios não são abor-
dados ou apreciados com a logística enxuta. Logo, o gerenciamento da cadeia de 
suprimentos lean não é sobre “consertar” o que outra pessoa está fazendo de errado. 
Trata-se de identificar e eliminar o desperdício conforme medido no tempo, estoque 
e custo em toda a cadeia de suprimentos. Isso requer esforço e melhoria contínuos.
Tamanhos menores de lote, maior flexibilidade, entregas mais rápidas aumentaram 
ainda mais como uma exigência e forma de fazer negócios. As empresas estão ava-
liando a expansão da logística enxuta - onde as ferramentas de lean são usadas em 
segmentos da empresa, como armazenagem - e tornando-se enxutas em toda a sua 
cadeia de suprimentos. Mas os benefícios podem ser significativos ao ganhar partici-
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SUMÁRIO
pação de mercado, reduzir o capital atrelado ao estoque, aumentar a lucratividade, 
melhorar o atendimento ao cliente, aumentar a capacidade e tirar tempo de toda a 
maneira de fazer as coisas da empresa.
Frequentemente, há processos complementares ou de suporte com o gerenciamen-
to da cadeia de suprimentos enxuta. Os processos adicionais podem incluir: a tercei-
rização para gerenciar o desempenho do fornecedor para itens críticos e importan-
tes; cliente estratégico para obter o ponto de vista necessário dos principais clientes; 
planejamento de vendas e operações para combinar o fornecimento estratégico e o 
cliente com o gerenciamento tático diário da cadeia de suprimentos.
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CONCLUSÃO 
Nesta unidade, concluímos que a abordagem de logística enxuta possibilita a quebra 
de estruturas antigas, uma vez que processos logísticos enxutos e padronizados são 
implementados na organização e os custos logísticos são reduzidos de forma susten-
tável. Vimos que à medida que o ambiente competitivo muda a forma como as em-
presas fazem negócios, elas estão adotando iniciativas lean e Six Sigma para apoiar 
reduções de custos e melhorias de qualidade. O Lean Six Sigma, por sua vez, é uma 
metodologia muito popular, que utiliza os conceitos de logística enxuta e Seis Sigma 
em conjunto para melhorar o desempenho. Usando uma abordagem sistemática, as 
empresas são capazes de identificar e eliminar o desperdício de várias maneiras. 
Concluímos ainda que o objetivo da aplicação lean em uma empresa como um todo 
é o desenvolvimento a longo prazo. Várias ferramentas lean devem ser empregadas 
simultaneamente para serem efetivas, também precisam ser aprimoradas continua-
mente. É vantajoso para uma organização usar a maioria ou todas as ferramentas, em 
vez de praticar apenas uma ou duas. Abaixo estão listadas algumas das ferramentas 
lean que as organizações podem usar para alcançar melhorias: mapeamento do flu-
xo de valo; melhoria contínua – Kaizen; manutenção produtiva total; 5S; mapeamento 
de processos; desenvolvimento de fornecedores. 
Vimos ainda que o Six (Seis) Sigma é uma metodologia de gerenciamento que tenta 
entender e eliminar os efeitos negativos da variação em nossos processos. Com base 
em uma infraestrutura de profissionais treinados, o Seis Sigma oferece um modelo 
de solução de problemas armado com voz dos utilitários do cliente e ferramentas 
estatísticas de controle de processos. Concluímos, portanto, que a logística enxuta é 
comumente usada em muitas indústrias diferentes na atualidade. Eles são baseados 
no conceito original de manufatura enxuta, que começou na indústria manufaturei-
ra japonesa. Embora haja momentos em que a logística enxuta e lean são termos 
usados de forma intercambiável, nem sempre é esse o caso. Logística é uma im-
plementação detalhada e/ou organização de uma operação de natureza complexa. 
Ela deve ser encarada como um investimento a longo prazo para melhorar a qualida-
de, reduzir o desperdício e beneficiar o resultado final de uma empresa.
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SUMÁRIO
Logo, a abordagem ideal é projetar a cadeia de suprimentos perfeita e adequar a 
operação da sua empresa a ela. O gerenciamento da cadeia de suprimento destina-
-se a reduzir o excesso de estoque na cadeia de suprimentos e esta deve ser orientada 
pela demanda, ou seja, deve ser pensada com base na abordagem de clientes puxan-
do estoque, não com fabricação ou fornecedores empurrando estoques.
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REFERÊNCIAS
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de Suprimentos/logística empresa-
rial. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. (Org). Gestão logística do transporte de cargas. 
São Paulo: Atlas, 2014.
SIMÕES, G. C. F.; RIBEIRO, P. C. C. Gestão da cadeia de Suprimentos integrada à tec-
nologia da informação. São Paulo: Cengage Learning; Rio de Janeiro: Editora Senac 
Rio de Janeiro, 2013.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresa-
rial. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. (Org.). Gestão logística do transporte de cargas. 
São Paulo: Atlas, 2014.
SIMÕES, G. C. F.; RIBEIRO, P. C. C. Gestão da cadeia de suprimentos integrada à tec-
nologia da informação. São Paulo: Cengage Learning; Rio de Janeiro: Senac Rio de 
Janeiro, 2013.
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	1 Introdução
	1.1 Cadeia de Suprimentos
	1.1.1 A evolução do conceito da Cadeia de Suprimentos
	1.1.2 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
	Conclusão
	2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
	2.1 Introdução
	2.2 2. Gestão da Cadeia de Suprimentos
	2.2.1 Logística versus Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
	2.2.2 Benefícios do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
	2.2.3 O papel do software de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
	2.2.4 A importância do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
	2.2.4.1 Princípios do SCM
	Conclusão
	3 Demanda
	3.1 Introdução
	3.2 Demanda
	3.2.1 Função de demanda
	3.2.2 Padrão de demanda
	3.2.2.1 Gestão da demanda
	Conclusão 
	4 Logística de Aquisição
	4.1 Introdução
	4.2 Logística de Aquisição
	4.3 O Relacionamento com o Fornecedor
	4.3.1 Cliente Valorizado
	4.4 O Supplier Relation Management (SRM)
	4.4.1 Tipos de Fornecedores
	4.4.2O Sistema SRM
	Conclusão
	5 Tecnologia de Informação na Cadeia de Suprimentos
	5.1 Tecnologia de Informação na Cadeia de Suprimentos
	5.1.1 Tipos de Tecnologia de Informação 
	5.1.2 Processamento de Pedidos 
	5.2 Cadeia de Suprimentos Digital
	5.3 Outras Tecnologias de Informação utilizadas na Cadeia de Suprimentos
	Conclusão 
	6 Logística enxuta
	6.1 Logística enxuta
	6.1.1 Princípios lean
	6.1.2 Logística enxuta: otimização da cadeia de suprimentos
	6.2 Princípios da logística enxuta
	Conclusão 
	Referências
	FIGURA 1 - Modelo de Cadeia de Suprimentos
	FIGURA 2 - Cadeia de Suprimentos
	FIGURA 3 - Figura 3 – Logística e Cadeia de Suprimentos
	FIGURA 4 - Cadeia de Suprimentos: rede de organizações
	FIGURA 5 - Modelo de Palete
	FIGURA 6 - Modelo de Contêiner
	FIGURA 7 - Distribuição física (Porto)
	FIGURA 8 - Supply Chain Management – SCM
	FIGURA 9 - Cadeia de Suprimentos – rede global
	FIGURA 10 - Processo de compra
	FIGURA 11 - Processo de fabricação
	FIGURA 12 - Processo de distribuição
	FIGURA 13 - Atendimento
	FIGURA 14 - Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística
	FIGURA 15 - Cadeia de suprimentos simples
	FIGURA 16 - Curva de demanda individual
	FIGURA 17 - Curva de demanda: alteração no preço
	FIGURA 18 - Curva de demanda: preço constante
	FIGURA 19 - Demanda sazonal
	FIGURA 20 - Demanda: tendência
	FIGURA 21 - Logística de Aquisição: compra de tubos metálicos
	FIGURA 22 - Abordagem com Fornecedor
	FIGURA 23 - Tecnologia de Informação
	FIGURA 24 - Mundo Conectado
	FIGURA 25 - Supplier Relationship Management
	FIGURA 26 - Atacado: grandes quantidades de produtos
	FIGURA 27 - EDI
	FIGURA 28 - Order Management System (OMS)
	FIGURA 29 - Warehouse Management System (WMS)
	FIGURA 30 - Cadeia de Suprimentos Digital
	FIGURA 31 - Sistema ERP
	FIGURA 32 - Radio-Frequency IDentification (RFID)
	FIGURA 33 - Desperdício: difícil de ser visto
	FIGURA 34 - Lean manufacturing: indústria automotiva
	FIGURA 35 - Logística enxuta: controle de estoques

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