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1 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 2 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo, com unidades em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999 atua no mercado capixaba, des- tacando-se pela oferta de cursos de gradua- ção, técnico, pós-graduação e extensão, com qualidade nas quatro áreas do conhecimen- to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem- pre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com cons- ciência cidadã para o mercado de trabalho. Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui- ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram notas 4 e 5, que são consideradas conceitos de excelência em ensino. Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país. miSSÃo Formar profissionais com consciência cida- dã para o mercado de trabalho, com ele- vado padrão de qualidade, sempre mantendo a credibilidade, segurança e modernidade, visando à satisfação dos clientes e colaboradores. ViSÃo Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci- da nacionalmente como referência em qualidade educacional. GRUPO MULTIVIX 3 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO BiBLioteca muLtiViX (dados de publicação na fonte) As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com Santos, Aloísio Andre dos. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos / Aloísio Andre dos Santos. – Serra: Multivix, 2018. editoriaL FacuLdade capiXaBa da Serra • muLtiViX Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra 2018 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. Diretor Executivo Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretora Acadêmica Eliene Maria Gava Ferrão Penina Diretor Administrativo Financeiro Fernando Bom Costalonga Diretor Geral Helber Barcellos da Costa Diretor da Educação a Distância Pedro Cunha Conselho Editorial Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente do Conselho Editorial) Kessya Penitente Fabiano Costalonga Carina Sabadim Veloso Patrícia de Oliveira Penina Roberta Caldas Simões Revisão de Língua Portuguesa Leandro Siqueira Lima Revisão Técnica Alexandra Oliveira Alessandro Ventorin Graziela Vieira Carneiro Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo Carina Sabadim Veloso Maico Pagani Roncatto Ednilson José Roncatto Aline Ximenes Fragoso Genivaldo Félix Soares Multivix Educação a Distância Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia Direção EaD Coordenação Acadêmica EaD 4 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Aluno (a) Multivix, Estamos muito felizes por você agora fazer parte do maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional. A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei- ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de cursos de graduação, pós-graduação e extensão de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo- dalidade presencial quanto a distância. Além da qualidade de ensino já comprova- da pelo MEC, que coloca todas as unidades do Grupo Multivix como parte do seleto grupo das Instituições de Ensino Superior de excelência no Brasil, contando com sete unidades do Grupo en- tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa- -se bastante com o contexto da realidade local e com o desenvolvimento do país. E para isso, pro- cura fazer a sua parte, investindo em projetos so- ciais, ambientais e na promoção de oportunida- des para os que sonham em fazer uma faculdade de qualidade mas que precisam superar alguns obstáculos. Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: “Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho, com elevado padrão de quali- dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança e modernidade, visando à satisfação dos clientes e colaboradores.” Entendemos que a educação de qualidade sempre foi a melhor resposta para um país crescer. Para a Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o mundo à sua volta. Seja bem-vindo! APRESENTAÇÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina diretor executivo do Grupo multivix 5 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO > FIGURA 1 - Modelo de Cadeia de Suprimentos 12 > FIGURA 2 - Cadeia de Suprimentos 13 > FIGURA 3 - Figura 3 – Logística e Cadeia de Suprimentos 14 > FIGURA 4 - Cadeia de Suprimentos: rede de organizações 16 > FIGURA 5 - Modelo de Palete 17 > FIGURA 6 - Modelo de Contêiner 18 > FIGURA 7 - Distribuição física (Porto) 18 > FIGURA 8 - Supply Chain Management – SCM 20 > FIGURA 9 - Cadeia de Suprimentos – rede global 29 > FIGURA 10 - Processo de compra 31 > FIGURA 11 - Processo de fabricação 32 > FIGURA 12 - Processo de distribuição 32 > FIGURA 13 - Atendimento 33 > FIGURA 14 - Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística 34 > FIGURA 15 - Cadeia de suprimentos simples 35 > FIGURA 16 - Curva de demanda individual 48 > FIGURA 17 - Curva de demanda: alteração no preço 48 > FIGURA 18 - Curva de demanda: preço constante 49 > FIGURA 19 - Demanda sazonal 51 > FIGURA 20 - Demanda: tendência 51 > FIGURA 21 - Logística de Aquisição: compra de tubos metálicos 58 > FIGURA 22 - Abordagem com Fornecedor 60 > FIGURA 23 - Tecnologia de Informação 62 > FIGURA 24 - Mundo Conectado 63 > FIGURA 25 - Supplier Relationship Management 64 > FIGURA 26 - Atacado: grandes quantidades de produtos 66 > FIGURA 27 - EDI 74 > FIGURA 28 - Order Management System (OMS) 76 > FIGURA 29 - Warehouse Management System (WMS) 76 > FIGURA 30 - Cadeia de Suprimentos Digital 80 LiSta de FiGuraS 6 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO > FIGURA 31 - Sistema ERP 84 > FIGURA 32 - Radio-Frequency IDentification (RFID) 85 > FIGURA 33 - Desperdício: difícil de ser visto 91 > FIGURA 34 - Lean manufacturing: indústria automotiva 94 > FIGURA 35 - Logística enxuta: controle de estoques 98 7 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO SumÁrio 1UNIDADE 2UNIDADE 3UNIDADE 1 introduÇÃo 11 1.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS 12 1.1.1 A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 15 1.1.2 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 20 concLuSÃo 24 2 GeStÃo da cadeia de SuprimentoS 27 2.1 INTRODUÇÃO 27 2.2 2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 28 2.2.1 LOGÍSTICA VERSUS GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 34 2.2.2 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 35 2.2.3 O PAPEL DO SOFTWARE DE GERENCIAMENTODA CADEIA DE SUPRI- MENTOS 36 2.2.4 A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 38 2.2.4.1 PRINCÍPIOS DO SCM 40 concLuSÃo 41 3 demanda 43 3.1 INTRODUÇÃO 43 3.2 DEMANDA 44 3.2.1 FUNÇÃO DE DEMANDA 47 3.2.2 PADRÃO DE DEMANDA 50 3.2.2.1 GESTÃO DA DEMANDA 53 concLuSÃo 55 8 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 4UNIDADE 5UNIDADE 6UNIDADE 4 LoGÍStica de aQuiSiÇÃo 57 4.1 INTRODUÇÃO 57 4.2 LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO 57 4.3 O RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR 59 4.3.1 CLIENTE VALORIZADO 61 4.4 O SUPPLIER RELATION MANAGEMENT (SRM) 63 4.4.1 TIPOS DE FORNECEDORES 65 4.4.2 O SISTEMA SRM 67 concLuSÃo 70 5 tecnoLoGia de inFormaÇÃo na cadeia de SuprimentoS 72 5.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS 72 5.1.1 TIPOS DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO 75 5.1.2 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS 78 5.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS DIGITAL 79 5.3 OUTRAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO UTILIZADAS NA CADEIA DE SU- PRIMENTOS 83 concLuSÃo 88 6 LoGÍStica enXuta 90 6.1 LOGÍSTICA ENXUTA 90 6.1.1 PRINCÍPIOS LEAN 95 6.1.2 LOGÍSTICA ENXUTA: OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 98 6.2 PRINCÍPIOS DA LOGÍSTICA ENXUTA 101 concLuSÃo 104 reFerÊnciaS 106 9 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO iconoGraFia ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOSMÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS 10 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: > Compreender o conceito de Cadeia de Suprimentos. > Identificar a evolução da Cadeia de Suprimentos. > Definir Gestão da Cadeia de Suprimentos; UNIDADE 1 11 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 1 introduÇÃo O mundo pode ser visto como uma grande Cadeia de Suprimentos, na qual consumi- dores e produtores se conectam uns com os outros. Para um produto ou um serviço ser destinado a um dado mercado, é necessário um fluxo produtivo em que estão en- volvidos equipamentos, pessoas, informação, espaço físico, etc., ou seja, vários atores são envolvidos no processo que varia a sua complexidade de acordo com o tamanho da empresa. Logo, espera-se que, quanto maior o mercado, maior a Cadeia de Supri- mentos que, por sua vez, demanda uma maior exigência quanto à gestão, que deverá lidar com questões importantes, como o crescimento de corporações multinacionais, parcerias, expansão da marca global, terceirização, etc. Tudo o que afeta o mundo afeta o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, desde a flutuação dos preços do gás até as preocupações ambientais. O conceito de Cadeia de Suprimentos surgiu no início do século XX, a partir do con- ceito de logística e de toda a movimentação sobre os meios de produção, com os princípios de Frederick Taylor, o fundador da engenharia industrial e da chamada administração científica, e de Henry Fayol, conhecido pela produção em massa e em série de automóveis nos Estados Unidos. De fato, no início do século XX, a logística era vista de forma separada, ou seja, a aqui- sição, produção e distribuição eram vistas como atividades isoladas e não depen- dentes umas das outras, o que era uma visão errada no sentido de análise de fluxo. A Segunda Guerra Mundial foi um impulsionador do conceito, quando a indústria começou a promover essa integração a partir da visão da logística integrada. Uma Cadeia de Suprimentos eficaz deve atender às necessidades de produtores e consumidores com uma abordagem integrada em relação à administração. A Ca- deia de Suprimentos da Coca-Cola na Europa Ocidental, por exemplo, é totalmente integrada, desde os planos de manufatura até os pontos de venda, o que encurta o processamento de pedidos, melhora o fluxo de recursos financeiros e a qualidade dos processos. Se as operações em vários locais estiverem cooperando e se comunicando, isso pode tornar as Cadeias de Suprimentos muito mais eficientes. A logística também é muito mais fácil de observar e gerenciar quando cada parte de uma Cadeia de Suprimentos 12 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO integrada fornece dados de inventário e dados de aquisição que podem ser apoiados por mais de uma entidade. 1.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS Uma Cadeia de Suprimentos (supply chain) é a rede de todos os indivíduos, orga- nizações, recursos, atividades e tecnologias envolvidos na produção e venda de um produto ou um serviço, desde a aquisição de materiais (fornecedor e subfornecedo- res), passando pelo processo de transformação ou produção, até a entrega ao usuário final. Destacamos, na figura 1, um exemplo de como é a uma Cadeia de Suprimentos. FIGURA 1 - MODELO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. A Cadeia de Suprimentos, em todas as organizações, desempenha um papel impor- tante, uma vez que um sistema eficiente significa baixo custo de estoque e dispo- nibilidade de itens em tempo hábil. A Cadeia de Suprimentos é considerada ainda como um processo completo que começa desde as matérias-primas e a logística de 13 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO entrada até a logística de saída, ou seja, a Cadeia de Suprimentos é a visão completa da logística de aquisição, produção e distribuição, conforme pode ser observado pela figura 2. FIGURA 2 - CADEIA DE SUPRIMENTOS Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Se fôssemos analisar friamente o conceito, em alguns aspectos, seria mais correto chamar a Cadeia de Suprimentos de “cadeia de demanda”, uma vez que toda cadeia depende da demanda dos clientes, que podem ser internos (dentro do processo produtivo) ou externos (cliente final). O conceito de Cadeia de Suprimentos está diretamente ligado ao conceito de logís- tica. De fato, podemos entender que logística refere-se às atividades que ocorrem dentro dos limites de uma única organização, e a Cadeia de Suprimentos refere-se a redes de empresas que trabalham juntas e coordenam suas ações para entregar um produto ao mercado. Além disso, a logística tradicional concentra sua atenção em atividades como compras, distribuição, manutenção e gerenciamento de estoque. A Cadeia de Suprimentos reconhece toda a logística tradicional e também inclui ativi- dades como marketing, desenvolvimento de novos produtos, finanças e atendimento ao cliente. Pela figura 3, podemos verificar que a Cadeia de Suprimentos tem um escopo maior do que a logística. 14 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 3 - FIGURA 3 – LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. A Logística tem a ver com como obter o produto certo, para o cliente certo, na quanti- dade certa, na condição certa, no lugar certo, no momento certo e no custo certo. No passado, várias tarefas ficavam sob departamentos diferentes, mas agora elas estão sob um só e reportam-se a um único gestor. Já a Cadeia de Suprimentos é a rede de organizações que estão envolvidas através de ligações de aquisição (montante) e distribuição (juzante) nos diferentes processos e atividades que produzem valor sob a forma de produtos e serviços nas mãosdo consumidor final. A Cadeia de Suprimentos pode ser entendida como uma coleção de fornecedores necessária para criar um produto específico para uma empresa. É composta de nós, ou “links”, que podem incluir vários fabricantes para peças, produto concluído e local em que será armazenado, seus centros de distribuição e, finalmente, a loja onde o consumidor pode comprá-lo. O conceito da cadeia é importante porque cada link é conectado em uma direção e ordem específicas, e o próximo link não pode ser al- cançado sem passar pelo anterior. Cada link adiciona tempo e custos e pode envolver trabalho, peças e transporte. Todo produto que uma empresa carrega pode ter sua própria Cadeia de Suprimentos, embora possa usar certos fornecedores para vários produtos. Podemos explicar essa situação de complexidade em uma Cadeia de Su- primentos internacional: quando uma Loja no Brasil compra roupas de fornecedores 15 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO da China, eles podem não ter noção do processo de produção por trás destas roupas, ou seja, não têm informação de como os processos são realizados, quais tipos de pro- dutos são utilizados para o tingimento das peças, assim como é executado o trabalho (se há crianças trabalhando na ilegalidade). Um hipermercado como o Carrefour consegue ter menos elos em sua Cadeia de Suprimentos e comprar mais produtos genéricos diretamente dos fabricantes, em vez de fornecedores com marcas e marcações. Ele usa o “Inventário Gerenciado pelo Fornecedor” para determinar que os fabricantes sejam responsáveis pelo gerenciamento de produtos em depósitos pertencentes ao Carrefour. A empresa também é particularmente exigente com os fornecedores, associando-se apenas àqueles que conseguem atender a quantidade e a frequência que exigem com preços baixos e com locais que limitam as necessidades de transporte. Eles gerenciam sua Cadeia de Suprimentos como uma empresa, com todos os parceiros operando na mesma rede de comunicação. Ao comprar quantidades suficientes para aproveitar as economias de escala, mover produtos diretamente dos fabricantes para armazéns e depois entregar para lojas grandes o suficiente para serem centros de distribuição, os elos da Cadeia de Suprimentos e o custo por item são reduzidos, o que se traduz em preços baixos para os consumidores. 1.1.1 A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Uma Cadeia de Suprimentos é uma rede (figura 4) de conexão entre uma empresa e seus fornecedores para produzir e distribuir um produto específico, e também repre- senta todas as etapas necessárias para levar o produto ou serviço ao cliente. 16 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 4 - CADEIA DE SUPRIMENTOS: REDE DE ORGANIZAÇÕES Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. A chave para uma Cadeia de Suprimentos eficiente é garantir que o processo seja executado da melhor maneira possível. É preciso acompanhar cada etapa do proces- so, certificando que ele aconteça com eficiência. A Cadeia de Suprimentos surgiu a partir do conceito de logística, no século XX, momento em que a humanidade passa- va por várias transformações, a saber: • 2ª Revolução Industrial, com a produção passando a ser seriada e a explosão de vendas de automóveis; • Catálogo de produtos não substituía a compra pessoal e, desta forma, os clien- tes preferiam a experimentação direta; • Surgimento e crescimento das lojas de departamentos; • 2ª Era da Qualidade, com o foco no controle estatístico da qualidade; • Estudo de tempos e movimentos e especialização de tarefas no início do século; • Início da globalização; • A invasão da França (quando os americanos enviaram toneladas de suprimen- tos e equipamentos ao Reino Unido, entre 1942 e 1944, para a invasão da França), movimentando milhões de produtos/serviços, com centenas de espe- cificações diferentes; 17 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO • Mudanças nos hábitos de consumo em virtude de eletrodomésticos e facilida- des para dona de casa; • Surgimento do palete; • Surgimento dos supermercados e hipermercados etc. Nas décadas de 1940 e 1950, em se tratando da atividade logística, o foco foi como usar a mecanização (equipamentos) para melhorar os processos de manuseio de ma- teriais, assim como melhorar o aproveitamento do espaço (técnica de armazenagem e alterações no layout), com a utilização de estantes para acondicionamento dos pro- dutos. O conceito de “carga unitária” ganhou popularidade, e o uso de paletes (figura 5) foi difundido. FIGURA 5 - MODELO DE PALETE Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. Em meados da década de 1950, o conceito de carga unitária foi estendido à ges- tão de transportes, com o desenvolvimento de contêineres (figura 6), demandando investimentos em navios e aeronaves de carga. Esse foi um pré-requisito para a glo- balização da Cadeia de Suprimentos que viria muito mais tarde. Embora os termos “armazenagem” e “manuseio de materiais” tenham sido usados para descrever mui- tos desses esforços, esse trabalho pode ser visto como uma aplicação fundamental da engenharia industrial. 18 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 6 - MODELO DE CONTÊINER Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. Na década de 1960, uma tendência clara havia se desenvolvido ao transferir o trans- porte de carga via modal ferroviário (trem) para o transporte rodoviário (caminhão). Isso levou à necessidade de consideração conjunta de armazenagem, manuseio de materiais e transporte de cargas, surgindo o conceito de “Distribuição Física”, ou seja, as empresas perceberam a necessidade de utilização de mais de um modal de trans- porte para as atividades logísticas. (figura 7). FIGURA 7 - DISTRIBUIÇÃO FÍSICA (PORTO) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. 19 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO A informatização de dados abriu as portas para uma enorme oportunidade de inova- ções no planejamento de logística, desde o armazenamento aleatório em armazéns até a otimização dos estoques e da roteirização dos caminhões. Os anos de 1980 marcaram o início de uma mudança radical da logística na história da Cadeia de Suprimentos e sua gestão. O surgimento dos computadores pessoais e a possibilidade de acesso a eles. Com isso, ocorreu uma melhoria da qualidade dos planejadores (trabalhadores que executavam a atividade de planejamento da produ- ção), com um novo ambiente gráfico para a execução da atividade de planejamento. Isso gerou uma enxurrada de novas tecnologias, incluindo planilhas flexíveis e interfa- ces baseadas em mapas, que possibilitaram melhorias no planejamento e execução da logística. Surgiram novas ferramentas de controle para automação de manuseio de materiais além do desenvolvimento de novos algoritmos de otimização em larga escala que permitiram a solução de problemas de programação, como no caso das companhias aéreas com a venda de passagens aéreas e marcação de assentos. Os executivos das empresas na década de 1980 tomaram conhecimento da logística como uma área em que tinham a oportunidade de melhorar significativamente o resultado financeiro se estivessem dispostos a investir em profissionais treinados e em novas tecnologias. O reconhecimento generalizado do termo “Cadeia de Supri- mentos” veio principalmente como resultado da globalização da manufatura desde meados da década de 1990, particularmente o crescimentoda manufatura da China. As importações dos EUA para a China cresceram de US$ 45 bilhões por ano, em 1995, para mais de US$ 280 bilhões por ano, em 2006. O foco na globalização acentuou a necessidade de estratégias logísticas para lidar com redes complexas, incluindo múl- tiplas entidades em diversos países com controle diverso. Na década de 1990, já havia então a distinção de que Logística é a parte do processo da Cadeia de Suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e armazena- mento eficiente, efetivo e reverso de bens, serviços e informações relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, para atender às exigências dos clientes, enquanto o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a coordenação sistêmica e estratégica das funções tradicionais de negócios e das táticas que envolvem essas funções dentro de uma empresa específica e entre empresas da cadeia de forneci- mento. O intuito é melhorar em longo prazo o desempenho das empresas indivi- duais e da cadeia de suprimento como um todo. 20 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 1.1.2 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, do inglês Supply Chain Management – SCM (figura 8), busca otimizar todos os fluxos logísticos de uma Cadeia de Suprimentos, envolvendo bens e serviços. O SCM é tão importante porque a globalização exige uma rede global na qual a maioria das empresas é especializada e equipada para vender aos clientes de todo o mundo. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, embora possa não parecer adequado para aqueles que trabalham no campo, é um conceito relativamente novo. Uma das primeiras instâncias do termo gestão da Cadeia de Su- primentos surgiu no início dos anos 80, em um artigo do The Financial Times, embora só em meados da década de 1990 o conceito tenha ganhado reconhecimento. FIGURA 8 - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – SCM Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. O boom da logística foi impulsionado na década de 1990 pelo surgimento de Siste- mas Enterprise Resource Planning (ERP) ou Planejamento dos Recursos da Empresa, resultado da evolução dos sistemas de Planejamento das Necessidades de Materiais (Sistema MRP) desenvolvidos nas décadas de 1970 e 1980, em parte pelo desejo de integrar os múltiplos bancos de dados que existiam em quase todas as empresas e raramente conversavam entre si. Apesar de alguns problemas significativos na instalação e no funcionamento dos sis- temas ERP, nos anos 2000, a maioria das grandes empresas já havia instalado esse 21 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO sistema. O resultado dessa mudança foi uma grande melhoria na disponibilidade e precisão dos dados, o que aumentou dramaticamente o reconhecimento da neces- sidade de um melhor planejamento e integração entre os componentes de logística e, consequentemente, da Cadeia de Suprimentos. Se analisarmos o contexto histórico, fica claro que o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos estava em vigor muito antes de o termo ser criado em 1982. Na era colonial, o comércio internacional de navios já estava gerando complicados problemas de transporte e a necessidade de eficiência. Durante a Revolução Indus- trial, a capacidade de produzir rapidamente mercadorias com assistência de máqui- nas levou à necessidade de gerenciar estoques significativos e consumo constante. No momento em que a história chega à famosa linha de montagem de Henry Ford para a primeira produção automotiva do mundo, em 1913, a gestão da Cadeia de Suprimentos tornou-se uma arte. Com o passar do século, mais empresas estavam produzindo mais bens e procurando maneiras de reduzir custos. Eles se integraram verticalmente em Cadeias de Suprimentos próprias para tentar reduzir custos em cada estágio. Nos anos 80 e seguintes, a globalização tornou-se um sonho realista para muitas empresas, por causa de sistemas de computação, comunicação mais fácil e leis comerciais amigáveis ao comércio. Por volta da década de 1990, tornou-se uma prática comum para as empresas se especializarem, concentrando-se nas competências essenciais e terceirizando o res- tante, abandonando a integração vertical da era anterior. Nesse ponto, as Cadeias de Suprimentos tornaram-se realmente complexas, a fim de coordenar centenas de fabricantes, fornecedores, expedidores, armazenadores e varejistas que, de ou- tra forma, eram geograficamente distantes e não relacionados. A Internet e as novas metodologias levaram a plataformas colaborativas e processos democratizados. Isso vem permitindo que os concorrentes menores usem alguns dos mesmos fabricantes como grandes players e, como resultado, reduzam as ineficiências desses fabricantes. Melhores ferramentas de comunicação e planejamento estão proporcionando um caminho para pequenas e grandes empresas gerenciarem Cadeias de Suprimentos ainda mais complexas. Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a supervisão de materiais, informações e finanças à medida que eles se movem em um processo de fornecedor para fabricante para atacadista para varejista para consumidor. 22 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Os três principais fluxos da Cadeia de Suprimentos são o fluxo de produtos, o de in- formações e o de finanças. O SCM envolve a coordenação e integração desses fluxos dentro e entre as empresas. A prática da gestão da Cadeia de Suprimentos incorpora uma miríade de preocupa- ções – questões ambientais, salários, bem como condições de saúde e segurança. A gestão da Cadeia de Suprimentos é a prática de incorporar as metas sociais, ambien- tais e econômicas de uma empresa à coordenação de processos interempresariais para melhorar o desempenho econômico de longo prazo da empresa individual e de suas cadeias de fornecimento. Por muito tempo, os encarregados de projetar e supervisionar as cadeias de supri- mento se concentraram demais, em alguns casos apenas, em como obter tanto lucro da Cadeia de Suprimentos quanto possível. Obviamente, maximizar o valor e agilizar as operações são resultados desejáveis, mas o gerenciamento da cadeia de fornecimento é muito mais complexo do que um exercício de curto prazo, embora o gerenciamento holístico da Cadeia de Suprimen- tos e ajudará a receita de uma empresa. Atualmente o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos e as melhores práticas que iluminam o caminho para os profissionais da área exigem uma compreensão diferen- ciada de todo o domínio da Cadeia de Suprimentos – das diferentes metodologias disponíveis ao desempenho do fornecedor, às regulamentações globais e às preocu- pações econômicas. Segundo Ballou (2006, p. 28), uma Cadeia de Suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mer- cadorias desde o estágio da matéria-prima (extração) até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Materiais e informações fluem tanto para baixo quanto para cima na Cadeia de Suprimentos (Ballou, 2006, p. 28). Logo, ainda de acordo com o mesmo autor (idem), “o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (GCS) é a integração dessas atividades, mediante relacionamentos aperfeiçoados na Cadeia de Suprimentos, com o objetivo de conquistar uma vanta- gem competitiva sustentável”. E conforme explicitado por Ballou, uma definição mais ampla e abrangente seria: 23 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO O gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é definidocomo a coordenação estratégica sistemática das tradicionais funções de negócios e das táticas ao longo dessas funções de negócios no âmbito de uma determinada empresa e ao longo dos negócios no âmbito da Cadeia de Suprimentos, com o objetivo de aperfeiçoar o desempenho a longo prazo das (Ballou, 2006, p. 28). O SCM também é definido como projeto, planejamento, execução, controle e mo- nitoramento de atividades da Cadeia de Suprimentos com o objetivo de criar valor líquido, construir uma infraestrutura competitiva, alavancar a logística mundial, sin- cronizar oferta com demanda e medir o desempenho globalmente. As outras áreas com as quais o SCM está relacionado são operações, logística, compras e tecnologia da informação. As grandes corporações valorizam bons gerentes da Cadeia de Suprimentos porque melhoram a eficiência de fábricas, armazéns e veículos de transporte em uma Cadeia de Suprimentos. O fluxo de caixa é aumentado diretamente já que a entrega de um produto está em tempo hábil e os consumidores podem comprar seus produtos. Na atualidade, o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM) é um fator estra- tégico essencial para aumentar a eficácia organizacional e melhorar a realização das metas organizacionais, como maior competitividade, melhor atendimento ao cliente e maior lucratividade. A era da globalização dos mercados e da terceirização já co- meçou, e muitas empresas selecionam a Cadeia de Suprimentos e a logística para gerenciar suas operações. 24 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO CONCLUSÃO Podemos concluir que uma Cadeia de Suprimentos eficaz deve atender às necessi- dades de produtores e consumidores com uma abordagem integrada em relação à administração. Uma Cadeia de Suprimentos (supply chain) é a rede de todos os indivíduos, organizações, recursos, atividades e tecnologias envolvidos na produção e venda de um produto ou um serviço, desde a aquisição de materiais (fornecedor e subfornecedores), passando pelo processo de transformação ou produção, até a en- trega ao usuário final. Vimos que o conceito de Cadeia de Suprimentos está diretamente ligado ao concei- to de logística. De fato, podemos entender que logística refere-se às atividades que ocorrem dentro dos limites de uma única organização, e a Cadeia de Suprimentos refere-se a redes de empresas que trabalham juntas e coordenam suas ações para entregar um produto ao mercado. A Cadeia de Suprimentos pode ser entendida como uma coleção de fornecedores necessária para criar um produto específico para uma empresa. É composta de nós, ou “links”, que podem incluir vários fabricantes para peças, produto concluído e local e que será armazenado, seus centros de distribuição e, finalmente, a loja onde o con- sumidor pode comprá-lo. Concluímos também que a informatização de dados abriu as portas para uma enorme oportunidade de inovações no planejamento de logísti- ca, desde o armazenamento aleatório em armazéns até a otimização dos estoques e da roteirização dos caminhões. Os anos de 1980 marcaram o início de uma mudança radical da logística na história da Cadeia de Suprimentos e sua gestão. O surgimento dos computadores pessoais e a possibilidade de acesso a eles. Com isso, ocorreu a melhoria da qualidade dos planejadores (trabalhadores que executavam a atividade de planejamento da produ- ção), com um novo ambiente gráfico para a execução da atividade de planejamento. Por fim, concluímos que o Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a supervisão de materiais, informações e finanças à medida que eles se movem em um processo de fornecedor para fabricante para atacadista para varejista para consumidor. Os três principais fluxos da Cadeia de Suprimentos são o fluxo de produtos, o de informações e o de finanças. O SCM envolve a coorde- 25 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO nação e integração desses fluxos dentro e entre as empresas. Atualmente o gerencia- mento da Cadeia de Suprimentos e as melhores práticas que iluminam o caminho para os profissionais da área exigem uma compreensão diferenciada de todo o domí- nio da Cadeia de Suprimentos – das diferentes metodologias disponíveis ao desem- penho do fornecedor, às regulamentações globais e às preocupações econômicas. 26 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: > Explicar Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. > Comparar Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos. > Ordenar princípios da Gestão da Cadeia de Suprimentos. UNIDADE 2 27 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Nessa unidade, apresentaremos a você o conceito de Supply Chain Manegement (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Todo produto ou serviço faz parte de uma cadeia de suprimentos que precisa ser bem gerenciada de forma a garantir o melhor nível de serviço ao cliente. Veremos a diferença entre os conceitos de logística e cadeia de suprimentos e elencaremos os princípios e a importância do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos para as organizações. Você compreende- rá que a complexidade de cadeias de suprimentos muito extensas dificulta o geren- ciamento, e que as empresas estão buscando, na atualidade, cadeias de suprimentos sustentáveis de forma a obterem vantagem competitiva. 2.1 INTRODUÇÃO Pouco depois de o despertador tocar e a cafeteira começar a funcionar, o aroma do café toma conta do ar na sua casa. A cadeia de suprimentos é responsável por colocar esses grãos de café em todo o mundo, inclusive na sua cozinha. Algo tão comum em todos os lares exige muito planejamento, previsão de demanda, aquisições e conhe- cimento logístico para levar esses grãos a vendedores locais ainda frescos. Sem uma cadeia de suprimentos eficaz, isso não seria possível. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos envolve uma série de atividades e pro- cessos fundamentais que devem ser concluídos de maneira eficiente (com economia de combustível, redução de custos, etc.) e em tempo hábil. Caso contrário, o produ- to não estará disponível quando necessário aos consumidores. Dependendo do tipo de indústria, os custos da cadeia de suprimentos podem chegar a 50% da receita da empresa, e as ineficiências na cadeia de suprimentos podem totalizar 25% dos custos operacionais. Quando uma empresa se depara com pequenas margens de lucro, como de 3% a 4%, mesmo uma pequena melhora na eficiência pode dobrar a lucratividade. 28 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 2.2 2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS O Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é o gerenciamento ativo das atividades da cadeia de suprimentos para maximizar o valor do cliente e representa um esforço consciente das empresas da cadeia de for- necimento para desenvolver e gerir as cadeias de fornecimento das formas mais efi- cazes e eficientes possíveis. As atividades da cadeia de fornecimento abrangem des- de o desenvolvimento de produtos, fornecimento, produção e logística, bem como os sistemas de informação necessários para coordenar essas atividades. O conceito de Supply Chain Management (SCM) é baseado em duas ideias principais: • A primeira é que praticamente todo produto que atinge um usuário final e representao esforço cumulativo de várias organizações é referido, coletiva- mente, como a cadeia de suprimentos. • A segunda ideia é que, enquanto as cadeias de suprimento existem há muito tempo, a maioria das organizações só presta atenção ao que está acontecendo dentro de suas “quatro paredes”. Poucas empresas entendiam e gerenciavam toda a cadeia de atividades que entregava os produtos, ou seja, negligencia- vam o cliente final. O resultado era uma cadeia de suprimentos desarticulada e muitas vezes ineficaz. Uma cadeia de suprimentos (FIGURA 1) é uma rede global usada para fornecer pro- dutos e serviços de matérias-primas a clientes finais por meio de um fluxo planejado de informações e distribuição física, logo, compreende uma rede de entidades e processos (o fluxo projetado). O gerenciamento ou a rede da cadeia de suprimentos de uma organização, seja ela de produtos, seja de serviços, pode ser complexo ou simples. Independentemente da complexidade, as empresas exigem que sua cadeia de suprimentos garanta um fluxo constante de fornecimento e, ao mesmo tempo, se esforcem para reduzir seus custos das operações. 29 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO FIGURA 9 - CADEIA DE SUPRIMENTOS – REDE GLOBAL Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. As organizações que compõem a cadeia de fornecimento estão “ligadas” em con- junto por meio de fluxos físicos e fluxos de informações. Os físicos, que são a parte mais visível da cadeia de suprimentos, envolvem a transformação, o movimento e o armazenamento de mercadorias e materiais. Já os de informações permitem que os diversos parceiros da cadeia de suprimentos coordenem seus planos de longo prazo e controlem o fluxo diário de mercadorias e materiais para cima e para baixo na ca- deia de suprimentos. O Supply Chain Management (SCM) ou Gestão da Cadeia de Suprimentos abrange o planejamento e a execução integrados dos processos necessários para otimizar o fluxo de materiais, informações e capital financeiro nas áreas que incluem plane- jamento de demanda, fornecimento, produção, gerenciamento e armazenamento de estoque, transporte ou logística e devolução de excesso ou produtos defeituosos. Tanto a estratégia de negócios quanto um software especializado são usados nesses esforços para criar uma vantagem competitiva. 30 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Vantagem competitiva é superar os concorrentes em algum critério de competitividade, como preço, qualidade, flexibilidade, confiabilidade, entrega e suporte ao cliente. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimento é um empreendimento complexo e ex- pansivo que depende de cada componente da cadeia de suprimentos, dos fornece- dores aos fabricantes, para que os fluxos ocorram de forma a ter o melhor nível de serviço. Por isso, o gerenciamento efetivo da cadeia de suprimentos também requer gerenciamento de mudanças, colaboração e gerenciamento de riscos para criar ali- nhamento e comunicação entre todas as entidades. Além disso, a gestão envolve ain- da a sustentabilidade da cadeia de suprimentos, que abrange questões ambientais, sociais e jurídicas, além de compras sustentáveis, sendo o conceito estreitamente re- lacionado ao conceito de responsabilidade social corporativa, que avalia o efeito das atividades da empresa no meio ambiente e bem-estar social. Se a meta do Scm é fornecer alta disponibilidade de produtos por meio do atendi- mento eficiente e oportuno da demanda do cliente, vejamos como a meta é atingida. Obviamente, precisaremos de fluxos eficazes de produtos desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Considere, por exemplo, uma cadeia de fornecimento de alimentos frescos. Um fluxo bidirecional de informações e dados entre os participan- tes da cadeia de fornecimento cria visibilidade da demanda e detecção rápida de problemas. Ambos são necessários para que os gerentes da cadeia de suprimentos possam tomar boas decisões sobre o que comprar, fabricar e movimentar. Outros fluxos também são importantes: em seus papéis como fornecedores, as empresas têm interesse em fluxos financeiros; os fornecedores querem ser pagos pelos seus produtos e serviços o mais rápido possível e com o mínimo de aborrecimento. Às vezes, também é necessário levar os produtos de volta à cadeia de fornecimento para devoluções, reparos, reciclagem ou descarte. Por causa de todos os processos que devem ocorrer em diferentes tipos de empre- sas participantes, cada empresa precisa de gerentes de cadeia de suprimentos para 31 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO ajudar a melhorar seus fluxos de produtos, informações e dinheiro. As atividades da cadeia de suprimentos não são de responsabilidade de uma pessoa ou de uma em- presa. Várias pessoas precisam estar ativamente envolvidas em vários processos dife- rentes para que funcionem. É como no futebol: os jogadores não fazem o que querem, cada pessoa tem um pa- pel (atacante, meio-campo, defesa) e deve ter um bom desempenho em suas tarefas designadas (defender, dar o passe, fazer o gol) para que a equipe seja bem-sucedida. Claro que os jogadores precisam trabalhar bem juntos e, para isso, precisam de um gerente para desenvolver um plano de jogo, colocar as pessoas nas posições certas e monitorar o sucesso (o técnico), além de uma equipe de preparação que envolve preparadores físicos, assistentes de campo, massagistas, médicos, fisioterapeutas etc. Ganhar o “jogo” do SCM requer que os profissionais da cadeia de suprimentos de- sempenhem papéis semelhantes. Cada participante da cadeia de suprimentos deve entender seu papel, desenvolver estratégias vencedoras e colaborar com seus colegas da gestão da cadeia de suprimentos. Ao fazer isso, a equipe do SCM pode executar os seguintes processos sem falhas: Suprimento FIGURA 10 - PROCESSO DE COMPRA Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. 32 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO O processo de compra (purchase order) que se concentra na compra de matérias-pri- mas, componentes e bens necessários. Conhecido também como logística de aquisi- ção, de fornecimento ou de suprimentos. produção FIGURA 11 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. É um processo que envolve a fabricação, conversão ou montagem de materiais em produtos acabados ou peças para outros produtos. Os gerentes da cadeia de supri- mentos fornecem suporte à produção e garantem que os principais materiais este- jam disponíveis quando necessário. É conhecido como logística de produção, indus- trial ou interna. distribuição FIGURA 12 - PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. 33 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO É um processo de movimentação que gerencia o fluxo logístico de mercadorias em toda a cadeia de suprimentos. Empresas de transporte, empresas terceirizadas de lo- gística e outras garantem que as mercadorias estão fluindo com rapidez e segurança para o ponto de demanda. Conhecida como logística de distribuição ou de entrega. interface com o cliente FIGURA 13 - ATENDIMENTO Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. Processo de demanda que gira em torno de todos os problemas relacionados ao pla- nejamento de interações com o cliente, satisfazendo suas necessidades e atendendo perfeitamente às ordens. Embora o modelo tradicional de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos tenha sido desenvolvido na manufatura, a indústriade serviços também possui cadeias de suprimento. Uma empresa do setor de serviços é, em seu sentido mais restrito, uma or- ganização que fornece um produto intangível (por exemplo, os serviços médicos ou de advocacia, passagens aéreas etc). As indústrias de serviços incluem todas as organiza- ções que trabalham com o comércio varejista e atacado; transporte e utilidades; finan- ças, seguros e imóveis; construção; serviços profissionais, pessoais e sociais; governos municipais, estaduais e federais, com exceção da agricultura, mineração e manufatura. 34 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Cadeias de fornecimento orientadas a serviços também exigem gerenciamento so- fisticado. A cadeia de suprimentos de uma concessionária de energia elétrica, por exemplo, tem produtos, serviços e suprimentos próprios e distribui seus serviços em três canais de distribuição: clientes domésticos, clientes comerciais e outras empre- sas de serviços públicos. 2.2.1 LOGÍSTICA VERSUS GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Os termos “gestão da cadeia de suprimentos” e “logística” são frequentemente con- fundidos ou usados como sinônimos. No entanto, a logística é um componente do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Ela se concentra em mover um produto ou material da maneira mais eficiente para que chegue ao lugar certo na hora certa, além de gerenciar atividades como embalagem, transporte, distribuição, armazena- gem e entrega. Em contraste, o SCM envolve uma gama mais ampla de atividades, como a tercei- rização estratégica de matérias-primas, a obtenção dos melhores preços de bens e materiais e a coordenação dos esforços de visibilidade da cadeia de suprimentos na rede de parceiros, dentre outros, como pode ser observado pela figura 6. FIGURA 14 - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. 35 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 2.2.2 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos cria eficiências, aumenta os lucros, re- duz os custos e melhora o nível de serviço ao cliente. O SCM permite que as empre- sas gerenciem melhor a demanda, carreguem a quantidade certa de estoque, lidem com interrupções, mantenham os custos no mínimo e atendam à demanda do clien- te da maneira mais eficaz possível. Esses benefícios do SCM são obtidos por meio de estratégias e softwares apropriados para ajudar a gerenciar a crescente complexida- de das cadeias de suprimentos atuais. complexidade da cadeia de suprimentos A versão mais básica de uma cadeia de suprimentos inclui uma empresa, seus for- necedores e clientes. A cadeia poderia ser assim: produtor de matérias-primas, fabri- cante, distribuidor, varejista e cliente de varejo, como pode ser observado na figura 7. FIGURA 15 - CADEIA DE SUPRIMENTOS SIMPLES Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. Uma gestão da cadeia de suprimentos mais complexa, ou ampliada, provavelmente incluirá um número maior de fornecedores e sub-fornecedores (fornecedores dos 36 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO fornecedores), de clientes e consumidores (ou clientes finais) e todas as organiza- ções que oferecem os serviços necessários para efetivamente levar os produtos aos clientes, incluindo fornecedores de logística de terceiros, organizações financeiras, fornecedores de software de cadeia de suprimentos e provedores de pesquisa de marketing. Essas entidades também usam serviços de outros provedores. Por exemplo: vamos imaginar que você possui uma empresa alimentícia de produtos congelados, como uma lasanha pronta. Quem seriam os componentes dessa cadeia de suprimentos? • Fornecedores de massa pronta, molhos e carnes, embalagens (pensando so- mente no produto). • Os sub-fornecedores (fornecedor do fornecedor) seriam: para massa pronta (fornecedores de trigo, por exemplo); para o molho (legumes e vegetais do CEASA – Centro de Abastecimento) e assim por dianter. Podemos imaginar, ainda, que o fornecedor de trigo tenha outros fornecedores, assim como o CEASA. A totalidade das organizações que compõem a cadeia de suprimentos forma uma rede inter-relacionada, em vez de uma cadeia linear. Logo, podemos evidenciar que a gestão da cadeia de suprimentos é bastante complexa. Essa complexidade também sugere os tipos de problemas que podem surgir, de questões de gerenciamento de demanda, como o lançamento de um novo iPhone que sufoca a demanda por ca- pas de iPhone antigas; as interrupções naturais na cadeia de suprimento, como a do transporte rodoviário em 2018 (greve dos caminhoneiros), devido, principalmente, ao aumento do preço do combustível (diesel) e seus efeitos no comércio, nos produtores rurais, nos postos de gasolina, nos portos e aeroportos etc. 2.2.3 O PAPEL DO SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A tecnologia é fundamental no gerenciamento das cadeias de suprimentos atuais. Um software utilizado para o SCM é o sistema Enterprise Resource Planning (ERP) ou Planejamento dos Recursos da Empresa. Existem, também, fornecedores de softwa- re de negócios que se concentram especificamente no SCM. 37 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Algumas áreas importantes a serem observadas incluem: • Software de planejamento da cadeia de suprimento para atividades como ge- renciamento de demanda. • Software de execução da cadeia de suprimento para atividades como opera- ções diárias de manufatura. • Software de visibilidade da cadeia de fornecimento para tarefas como detec- tar e antecipar riscos e gerenciá-los proativamente. • Software de gerenciamento de inventário para tarefas como rastreamento e otimização de níveis de estoque. • Software de gerenciamento de logística e sistemas de gerenciamento de transporte para atividades como gerenciamento de transporte de mercado- rias, especialmente em cadeias globais de suprimentos. • Sistemas de gerenciamento de armazém para atividades relacionadas a ope- rações de depósito. Podemos citar algumas empresas que fornecem ERP, tais como: SAP (empresa ale- mã líder no fornecimento de sistemas ERP, com 46 anos de história); Totvs (empresa brasileira, fundada em 1993, inicialmente formada pela fusão das empresas Microsi- ga e Logocenter); Oracle (empresa americana, fundada em 1977, e concorrente direta da SAP). A natureza cada vez mais global das cadeias de suprimentos atuais e a ascensão do comércio eletrônico, com seu foco em entregas pequenas quase instantâneas direta- mente para os consumidores, estão representando desafios particularmente na área de logística e planejamento de demanda. Diversas estratégias – como abordagens mais enxutas; planejamento de requisitos de material orientados por demanda e tecnologia, especialmente big data, análise preditiva, Internet das coisas, robótica e veículos autônomos – também estão sendo utilizadas para ajudar a resolver os desa- fios modernos, inclusive nas áreas de risco da cadeia de suprimentos, assim como sua sustentabilidade. A Internet das Coisas, por exemplo, pode ajudar com transparência e rastreabilidade a aumentar a qualidade e a segurança dos alimentos usando sensores para monitorar a temperatura de alimentos perecíveis enquanto estiverem em trânsito. E a análise pode ajudar a colocar os armazéns inteligentes em áreas densamente povoadas para 38 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017,Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO reduzir o número de entregas de um único item e também as emissões de gases de efeito estufa. 2.2.4 A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é parte integrante da maioria dos ne- gócios e é essencial para o sucesso da empresa e a satisfação do cliente. Dessa forma, o SCM é importante porque: 1. melhora o atendimento ao cliente Os clientes esperam que o sortimento e a quantidade corretos de produtos sejam entregues; esperam, ainda, que os produtos estejam disponíveis no local certo. A satisfação do cliente diminui quando, por exemplo, a oficina não tem as peças necessárias em estoque e não conserta seu carro por um ou dois dias extras. 2. permite prazo de entrega correto Os clientes esperam que os produtos sejam entregues no prazo. A satisfação do cliente diminui se a entrega da pizza estiver com duas horas de atraso ou se os presentes de Natal forem entregues no dia 26 de dezembro, por exemplo. 3. proporciona suporte logo após a venda Os clientes esperam que os produtos atendam às suas expectativas. A satis- fação do cliente diminui quando um ar condicionado para de funcionar no verão intenso do litoral e os reparos não podem ser feitos imediatamente. 4. reduz os custos operacionais Diminui o custo de compra: os varejistas dependem das cadeias de suprimen- to para entregar rapidamente produtos, principalmente os de alto valor, para evitar estoques caros nas lojas por mais tempo do que o necessário. Por exem- plo, lojas de eletrônicos exigem entrega rápida de TV 4K PA para evitar altos custos de estoque. 5. diminui o custo de produção Os fabricantes dependem das cadeias de fornecimento para entregar mate- riais de maneira confiável às fábricas de montagem, evitando a escassez que interromperia a produção. Por exemplo, um atraso inesperado na remessa de peças que causa o desligamento de uma fábrica de montagem pode custar R$ 20.000,00 por minuto e milhões de reais por dia em salários perdidos. 39 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 6. diminui o custo total da cadeia de suprimentos Fabricantes e varejistas dependem dos gerentes da cadeia de suprimentos para projetar redes que atendam às metas de atendimento ao cliente com o menor custo total. Cadeias de fornecimento eficientes permitem que uma empresa seja mais competitiva no mercado. Por exemplo, a abordagem re- volucionária da cadeia de suprimentos de computadores da Dell envolveu a criação de cada computador com base em um pedido específico do cliente e o envio do computador diretamente a ele. Como resultado, a Dell conseguiu evitar grandes estoques de computadores em armazéns e lojas de varejo, o que economizou milhões de dólares. Além disso, a Dell evitou carregar inven- tários de computadores que poderiam se tornar tecnologicamente obsoletos à medida que a tecnologia de computadores mudava rapidamente. 7. melhora a posição financeira Aumento da alavancagem de lucro: as empresas valorizam os gerentes da cadeia de suprimentos porque eles ajudam a controlar e reduzir os custos da cadeia de suprimentos. Isso pode resultar em aumentos drásticos nos lucros das empresas. Por exemplo, se os consumidores de cereais consomem x paco- tes de cereais por ano, quanto maior o consumo, menores serão os custos da cadeia de fornecimento de cereais, o que resulta em milhares ou milhões de reais economizados em um período de cinco anos. 8. diminui os ativos fixos A cadeia de suprimentos diminui o uso de grandes ativos fixos, como fábricas, armazéns e veículos de transporte. Se os especialistas em cadeia de suprimen- tos pudessem reprojetar uma rede para atender adequadamente aos clientes a partir de 6 armazéns, em vez de 10, por exemplo, a empresa evitaria a cons- trução ou o aluguel de quatro prédios. 9. aumenta o Fluxo de caixa As cadeias de fornecimento aceleram o fluxo de produtos para os clientes. Por exemplo, se uma empresa pode fabricar e entregar um produto a um cliente em 10 em vez de 70 dias, ele pode faturar a compra realizada pelo cliente 60 dias antes. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos também desempenha um papel críti- co na sociedade. O conhecimento e as capacidades do SCM podem ser usados para apoiar missões médicas, conduzir operações de auxílio a desastres e lidar com outros tipos de emergências, por exemplo, o caso de um Plano de Contingência feito pela 40 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO equipe de Corpo de Bombeiros para atuar em situações de desastres como incên- dios, desabamentos, enchentes etc. Seja lidando com fluxos diários de produtos, seja lidando com um desastre natural inesperado, os especialistas da cadeia de suprimentostrabalham bastante: diagnos- ticam problemas, criam interrupções criativas e descobrem como mover produtos essenciais para as pessoas que precisam da maneira mais eficiente possível. 2.2.4.1 PRINCÍPIOS DO SCM O SCM possui algumas estratégias e iniciativas amplamente utilizadas na cadeia de suprimentos, as quais compõem um conjunto de ideias e práticas que se resumem a princípios da SCM, a saber: • Segmentar os clientes com base nas necessidades de serviço de grupos distin- tos e adaptar a cadeia de suprimentos para atender a esses segmentos com lucro. • Personalizar a rede de logística para os requisitos de serviço e rentabilidade dos segmentos de clientes. • Ouvir os sinais do mercado e alinhar o planejamento da demanda de acordo com a cadeia de suprimentos, garantindo previsões consistentes e alocação efetiva de recursos. • Diferenciar o produto mais perto do cliente e acelerar a comunicação em toda a cadeia de suprimentos. • Gerenciar fontes de suprimento estrategicamente para reduzir o custo total de possuir materiais e serviços. • Desenvolver uma estratégia de tecnologia de toda a cadeia de suprimentos que suporte vários níveis de tomada de decisão e forneça uma visão clara do fluxo de produtos, serviços e informações. • Adotar medidas de desempenho de abrangência de canal para avaliar o su- cesso coletivo ao atingir o usuário final de forma eficaz e eficiente. 41 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Os princípios elencados são atemporais e destacam a necessidade de os líderes da cadeia de suprimentos se concentrarem no cliente. Eles também enfatizam a impor- tância de coordenar atividades (planejamento de demanda, fornecimento, monta- gem, entrega e compartilhamento de informações) dentro e entre organizações. Uma entrega de “ordem perfeita” só é obtida quando todos os princípios forem al- cançados. Para realizar um perfeito atendimento de pedidos, o vendedor deve ter o produto “preferido pelo cliente” disponível; processar o pedido corretamente, en- viando-o inteiro pelos meios solicitados; fornecer um aviso de envio e um número de rastreamento avançados; entregar o pedido completo sem danos no tempo estipula- do; e faturar corretamente. Ao fazer o trabalho corretamente, o objetivo final de uma venda é deixar o cliente satisfeito, o que dá a ele um bom motivo para usar os serviços do vendedor novamente no futuro. Cada vez mais, os gerentes se veem encarregados do papel da corda em um cabo de guerra muito real – puxado para um lado pelas demandas crescentes dos clientes e para o outro pela necessidade de crescimento e lucratividade da empresa. Muitos descobriram que podem evitar que a corda se rompa e, de fato, alcançar um cres- cimento lucrativo, tratando a gestão da cadeia de suprimentos como uma variável estratégica. CONCLUSÃO Nesta unidade,vimos que uma cadeia de suprimentos envolve, direta ou indireta- mente, todos e tudo o que é necessário para extrair materiais, transformá-los em um produto e vender o produto a um usuário. Isso inclui várias organizações, como ex- tratores de matérias-primas, fornecedores de serviços e componentes, um fabricante de produtos de material ou um produtor de serviços, distribuidores e clientes finais. Suas estruturas variam de acordo com o histórico de demanda, o foco nos negócios e as necessidades de conectividade, tecnologia e equipamentos. Concluímos que, para uma empresa ter sucesso no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, é necessário o envolvimento de todos e, principalmente, de um gestor que possa liderar a equipe com estratégias de negócios e visão de mercado bem definidas e com base em prin- cípios que devem ser seguidos. 42 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: > Definir demanda. > Identificar padrões de demanda. > Explicar a importância da gestão da demanda. UNIDADE 3 43 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 3 DEMANDA Nesta unidade, apresentaremos a você o conceito de demanda e quais fatores a in- fluenciam, como os critérios de competitividade. Veremos que é a demanda que mostra a relação entre a quantidade demandada de uma mercadoria pelos consu- midores e o preço do produto. Estudaremos os padrões de demanda que consistem em algumas classes básicas de componentes, sazonalidade e tendência e as previ- sões de demanda, que são um processo racional de busca de informações acerca do valor das vendas futuras de um item ou de um conjunto de itens. Por fim, abordare- mos a importância da gestão de demanda para a cadeia de suprimentos. 3.1 INTRODUÇÃO Oferta e demanda são fatores-chave para a atividade econômica. Os dois se influen- ciam mutuamente e impactam os preços dos bens de consumo e serviços dentro de uma economia. O termo oferta refere-se a quanto de um certo produto, item ou mercadoria os fornecedores de serviços estão dispostos a disponibilizar a um deter- minado preço. Abastecimento é a quantidade de um determinado bem ou serviço disponível em um determinado momento para os consumidores. Os consumidores, expressando interesse em comprar um bem ou serviço, esgotam a oferta disponível, geralmente resultando em um aumento na demanda. A demanda é uma medida do desejo do consumidor e do gasto do consumidor em um determinado bem ou serviço a um preço específico. À medida que a demanda aumenta, a oferta disponível diminui, e o aumento da oferta pode saciar a deman- da disponível a esse preço. Os preços podem cair se a oferta continuar a crescer. Se a oferta diminuir, os preços podem continuar aumentando. Oferta e demanda têm uma relação importante que determina os preços da maioria dos bens e serviços. Muitas empresas analisam essa relação de mercado enquanto tomam decisões es- tratégicas de produção. As teorias de economia de mercado afirmam que, ao longo do tempo, a relação entre oferta e demanda se equilibra. Nesse ponto, os preços ficam ajustados para interessar os consumidores, e as empresas não produzem nem muito nem pouco produto. As 44 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO economias de mercado usam isso para determinar o desenvolvimento e a produção de produtos. Os consumidores, então, ditam quais produtos são produzidos e vendidos, criando a demanda para que as empresas forneçam bens e serviços. As empresas estudam o comportamento do consumidor na tentativa de entender a demanda atual e a futu- ra. A capacidade de produzir oferta suficiente para atender à demanda mantém os preços baixos o suficiente para atrair os consumidores. Nesse sentido, tanto a oferta quanto a demanda são igualmente importantes para a vitalidade econômica. 3.2 DEMANDA Demanda pode ser definida como a quantia de um bem ou serviço econômico es- pecífico que um consumidor ou grupo de consumidores desejará comprar a um de- terminado preço. A demanda por um bem ou serviço é determinada por diversos fatores, tais como: 1. o negócio em geral e as condições econômicas Quando a economia do país não vai bem, é evidente que a demanda por determinados tipos de negócio é afetada. Um exemplo típico são as agências de viagens, cujo volume de passagens aéreas diminui quando a economia não está bem. 2. Fatores competitivos Os fatores competitivos são, principalmente, preço e qualidade. Quando uma empresa diminui os preços de um produto ou melhora a qualidade do mes- mo, isso terá um impacto na demanda, para mais ou para menos. 3. tendências de mercado Podemos explicar esse fator com um exemplo simples: se a população de um país tem melhoria na renda, a tendência é o aumento do consumo de produ- tos de tecnologia, porque o preço passa a não ser o critério preferencial. 4. promoção e propaganda As promoções e a propaganda, muito comuns na indústria de alimentos (su- permercado, por exemplo), aumentam a demanda de um produto. Um exem- plo é a promoção de produtos perecíveis: quando esse tipo de produto tem a 45 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO data de validade próxima do vencimento, as empresas costumam diminuir o preço e trabalhar com propaganda para aumentar sua demanda. A demanda, por sua vez, pode ser dependente ou independente: • demanda independente A demanda independente de um produto ou serviço ocorre quando não está relacionada à demanda de outro produto ou serviço, ou seja, precisa ser prevista. Como exemplo, um automóvel. A sua demanda está relacionada ao mercado da indústria automobilística. • demanda dependente A demanda dependente (derivada) de um produto ou serviço ocorre quan- do a demanda desse item deriva da demanda de um segundo item, ou seja, pode ser calculada. A demanda derivada ocorre quando existe uma deman- da por um bem ou fator de produção resultante da demanda por um bem ou serviço intermediário. Exemplo: telefones celulares e baterias de lítio. O aumento na demanda por telefones celulares e outros dispositivos móveis levou a um forte aumento na demanda por lítio. O lítio é usado nas baterias. Na economia tradicional, muitas vezes se assume que o único fator que afeta a quan- tidade de um bem ou serviço adquirido é seu preço. Mas os economistas, embora enfatizem a importância do preço, também reconhecem que uma série de fatores determina a quantidade de um produto ou serviço demandado pelos consumidores durante um determinado período. Mas, para manter a análise simples, os economis- tas enfatizam as forças influentes mais importantes e ignoram aquelas que têm pou- co ou nenhum efeito. Nesse contexto, pode-se notar que a demanda implica algo mais do que uma neces- sidade ou desejo. Em economia, a demanda não se refere apenas ao desejo (vontade) de comprar uma mercadoria. Por exemplo, muitas pessoas têm o desejo de comprar um carro Ferrari, mas tal desejo não tem significado, a menos que seja apoiado pelo poder de compra, ou seja, capacidade de pagar. Assim, além de uma necessidade ou desejo, um indivíduo deve ter poder de compra para satisfazer essa necessidade ou desejo. Como regra geral, os economistas assumem que a quantidade de um bem ou serviço que os indivíduos estão dispostos e aptos a comprar durante um período fixo de tempo depende de cinco variáveis principais: 46 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciadapela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO • o preço do bem em si; • a renda dos compradores; • o preço dos bens e serviços relacionados; • o preço esperado do bem em períodos futuros; • o gosto dos consumidores. Os consumidores desejam e são capazes de comprar mais de um bem, quanto mais baixo o preço estiver, quando as outras variáveis são mantidas constantes. Essa im- portante relação é chamada de lei da demanda. O cronograma de demanda do mercado pode ser expresso tanto em forma tabular quanto graficamente. Quando uma programação de demanda é representada grafi- camente, é frequentemente chamada de curva de demanda. A relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade dele exigida é observada na realidade com tal regularidade, que é conhecida como a lei da demanda. Essa re- gularidade observada significa que a lei da demanda é uma lei empírica (estatística). Uma expressão algébrica da relação entre preço e quantidade demandada é conhe- cida como uma função de demanda. A lei da demanda é válida porque, quando o preço de um bem aumenta, os con- sumidores tendem a comprá-lo menos e consumir mais outros bens. O contrário também é verdade. No caso de uma queda no preço de um bem, os consumidores tendem a comprar mais desse bem no lugar de outros bens, que são agora relativa- mente mais caros. Em seguida, podemos analisar as mudanças de renda. Se mantivermos as outras variáveis constantes, um aumento na receita pode fazer com que a quantidade de- mandada de uma mercadoria aumente ou diminua. Se um aumento (ou uma dimi- nuição) na renda faz com que a quantidade demandada aumente (ou diminua), nos referimos a essa mercadoria como um bem “normal”, ou seja, nesse caso, a receita e as vendas variam diretamente. 47 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 3.2.1 FUNÇÃO DE DEMANDA A função de demanda mostra a relação entre a quantidade demandada de uma mercadoria pelos consumidores e o preço do produto. Essas funções são provavel- mente as ferramentas mais importantes usadas pelos economistas. Enquanto muitas variáveis determinam a quantidade que os consumidores desejam comprar em um mercado, o preço do produto talvez seja o mais importante. Nesse contexto, podemos distinguir entre demanda individual e demanda de mer- cado. demanda individual refere-se à quantidade de um bem que um indivíduo está pronto para comprar em cada um dos vários preços, em um determinado momento, sob determinadas condições. demanda de mercado consiste na quantidade total de um bem que seria comprado no total por indivíduos e empresas, em cada um dos vários preços, em um período fixo de tempo. Os cronogramas de demanda podem ser representados graficamente ou mostrados em uma forma tabular. Quando um cronograma de demanda é representado grafi- camente, é chamado de curva de demanda. Nesse sentido, podemos definir função de demanda como uma lista de preços e a quantidade demandada ou correspondente que os indivíduos estão dispostos e ap- tos a comprar em um período fixo de tempo. A palavra “demanda” é um conceito amplo que se refere à toda a programação de quantidades e preços. Mas o termo “quantidade demandada” refere-se a um único ponto no cronograma ou curva de demanda. Mostra a quantidade máxima exigida a um determinado preço. Geralmente, especificamos a demanda do consumidor em qualquer uma das três maneiras: como um cronograma, um gráfico ou uma função. A curva de demanda individual (Gráfico 1) ilustra o preço que as pessoas estão dis- postas a pagar por uma determinada quantidade de um bem. 48 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 16 - CURVA DE DEMANDA INDIVIDUAL Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Essa curva será a soma de todas as curvas de demandas individuais para um dado produto e mostra a quantidade de consumidores que planejam comprá-lo a diferen- tes preços. Podemos perceber que uma alteração no preço causa um movimento ao longo da curva de demanda, conforme pode ser obervado pelo gráfico 2. FIGURA 17 - CURVA DE DEMANDA: ALTERAÇÃO NO PREÇO Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. 49 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Nesse gráfico, obervamos que no eixo x temos a demanda por um produto qualquer, e no eixo y, o preço. Se houver um aumento no preço de R$ 9 para R$ 12, podemos verificar que haverá uma queda na demanda de 30 para 22 itens. Da mesma forma, se o preço diminuir de R$ 9 para R$ 6, a demanda vai aumentar para 38 unidades ou itens. Podemos ter também uma mudança na curva de demanda quando o preço perma- nece constante. Neste caso (Gráfico 3), os consumidores estão dispostos a comprar uma quantidade maior ou menor de mercadorias, mesmo não havendo nenhuma modificação no preço. FIGURA 18 - CURVA DE DEMANDA: PREÇO CONSTANTE Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Conforme pode ser observado pelo gráfico 3, o preço (em y) permanece constante e a demanda (eixo x) pode aumentar ou diminuir (D1 e D2). Uma mudança para a direita ou esquerda na curva de demanda pode ocorrer por diversos motivos. Observe alguns. 1. renda Um aumento no rendimento disponível possibilita aos consumidores comprar mais bens. Renda mais alta pode ocorrer por salários mais altos e impostos mais baixos, por exemplo. 50 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 2. Qualidade Um aumento na qualidade do produto pode gerar mais demanda. Exemplo: câmeras digitais de melhor qualidade incentivam as pessoas a comprarem o produto. 3. publicidade Pode aumentar a fidelidade à marca e a demanda. Por exemplo, os maiores gastos com publicidade da Coca-Cola aumentaram as vendas globais. 4. Substitutos Um aumento no preço dos substitutos. Exemplo: se o preço dos celulares Samsung aumentar, isso elevará a demanda por iPhones da Apple, um grande substituto para a Samsung e vice-versa. 5. complementos Uma queda no preço dos complementos aumentará a demanda. Por exem- plo: um preço mais baixo do PlayStation 5 aumentará a demanda por jogos compatíveis do PlayStation. Outro exemplo: no verão, há aumento na deman- da por sorvetes e roupas de banho. 6. expectativas de futuros aumentos de preços Uma mercadoria como o ouro pode ser comprada por motivos especulativos. Se o comprador acha que o preço pode subir no futuro, comprará imediata- mente. Uma queda na demanda pode ocorrer devido à menor renda disponível ou declínio na popularidade do bem. Para alguns bens de luxo, a renda é um importante deter- minante da demanda. Por exemplo, se a renda de uma pessoa aumentar, ela poderá comprar mais refeições no restaurante, mas provavelmente não comprará mais sal de cozinha. A publicidade é essencial para produtos em que a marca é importante, como refrigerantes, mas não para bananas. 3.2.2 PADRÃO DE DEMANDA Geralmente, os padrões de demanda consistem em algumas classes básicas de com- ponentes, sazonalidade e tendência. A sazonalidade refere-se à parcela da flutuação da demanda representada por um padrão recorrente. O padrão se repete sistematicamen- te em determinado período de tempo, conforme pode ser observado pelo gráfico 4. 51 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO FIGURA 19 - DEMANDA SAZONAL Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. A sazonalidade ocorre devido aos fatores aleatórios, como clima, festas e economia. Já tendência (Gráfico5) é a parte do comportamento que não se repete. Por exem- plo, uma tendência pode mostrar um período de crescimento seguido por um ni- velamento e assim sucessivamente. Nas vendas no varejo, a sazonalidade provavel- mente encontrará padrões que se repetem a cada ano. Com dados suficientes, outras tendências de sazonalidade podem se manifestar ao longo de vários anos. FIGURA 20 - DEMANDA: TENDÊNCIA Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. 52 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO As empresas procuram lidar com os padrões de demanda por meio das previsões. De acordo com Moreira (2002), previsão de demanda é um processo racional de busca de informações acerca do valor das vendas futuras de um item ou de um conjunto de itens. A previsão pode ser qualitativa (baseada na intuição, por exemplo) ou quanti- tativa (mais comum), baseada em dados históricos. Uma vez que modelos preditivos adequados sejam encontrados, podem ser usados para prever a demanda. Um mo- delo de previsão de demanda pode, na verdade, ser um conjunto de vários modelos trabalhando juntos. Essa técnica de combinar modelos geralmente resulta em me- lhor precisão preditiva. Quando um modelo sai da pista, o conjunto como um todo neutraliza. À medida que mais dados se acumulam sobre o comportamento do consumidor, os modelos de previsão de demanda devem ser atualizados. Este será um esforço con- tínuo de monitoramento e modelagem de demanda, a fim de estar constantemente ciente das mudanças. Não atualizar os modelos de previsão e aproveitar todas as informações disponíveis, provavelmente será um erro caro. A precisão da previsão de demanda pode ajudar a alcançar maior desempenho da cadeia de suprimentos. Estimar a precisão da previsão de demanda futura é um dos desafios mais valiosos, mas frustrantemente difíceis, na otimização da cadeia de su- primentos. Qualquer discussão sobre esse assunto, invariavelmente, notará que as previsões são sempre erradas, mas absolutamente essenciais para o planejamento eficaz dos negócios. Um software de previsão de demanda fornece uma imagem crucial que define como uma empresa implantará sua cadeia de suprimentos para aproveitar ao máximo as oportunidades dos clientes. “Planejamento de demanda” é o esforço para aumentar a precisão das previsões e os níveis de serviço ao cliente, me- lhorando a percepção, a previsão e a definição de todos os fatores que determinam o quanto seu portfólio de produtos atende às necessidades do mercado. Nenhum outro aspecto da otimização da cadeia de suprimentos tem maior impacto na lucratividade dos negócios. Fornecer a melhor previsão de “um número” requer a captura da demanda perto de sua origem e a previsão precisa da demanda real com tempo de entrega e confiança suficientes para garantir o máximo desempenho de vendas e operações a um custo mínimo. Esse documento descreve quatro elemen- tos-chave que apóiam o planejamento efetivo da demanda e estabelecem parâme- tros fundamentais para níveis mais altos de serviço e menor custo de estoque. Estes são os “pilares” nos quais a vantagem competitiva e a lucratividade são construídas: 53 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO • modelagem de previsão; • agregação de demanda (e desagregação); • gerenciamento por exceção; • colaboração entre partes interessadas internas e externas da cadeia de supri- mentos. transporte como demanda derivada A demanda por transporte tende a ser determinada pela demanda por outro serviço ou atividade. É o que chamamos de demanda derivada. Se as pessoas precisam co- meçar a trabalhar, elas exigirão mais viagens de ônibus. Poucas pessoas pegam um ônibus pelo prazer intrínseco de uma viagem de ônibus. A demanda por viagens de carro de Belo Horizonte-MG até Vitória-ES está intimamente relacionada ao cresci- mento econômico. Com mais atividade econômica, há maior demanda por viagens de carro entre as duas cidades, principalmente no período de férias. 3.2.2.1 GESTÃO DA DEMANDA Gestão da demanda é a função de reconhecer todas as demandas por bens e ser- viços para apoiar o mercado. Envolve priorizar a demanda quando falta a oferta. O gerenciamento adequado da demanda facilita o planejamento e o uso de recursos para resultados de negócios lucrativos. As últimas décadas presenciaram uma demanda crescente por aplicativos de softwa- re empresarial que podem agilizar os processos da cadeia de suprimentos e fornecer recursos de produção enxuta. No outro extremo da cadeia de fornecimento, as em- presas têm caminhado para a terceirização de sua distribuição de produtos, a fim de manter a sobrecarga de vendas sob controle sem sacrificar a receita. Essas tendências recentes resultaram em um dilema único. Embora as empresas possam produzir produtos com mais eficiência, elas têm pouco conhecimento sobre o que produzir, para quem e quando. As empresas têm uma melhor visibilidade em suas cadeias de suprimentos, mas não têm o mesmo tipo de visibilidade em sua ca- 54 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO deia de demanda, muitas vezes fragmentada. A atual desaceleração econômica e as enormes baixas de estoques resultantes dessa falta de visibilidade evidenciaram a necessidade de uma maneira sistemática de pre- ver e gerenciar a demanda. As novas tecnologias fornecem a capacidade de ampliar a visibilidade da cadeia de fornecimento que pode suportar um ambiente interno colaborativo verdadeiramente dinâmico; mas as empresas estão olhando além das fontes dentro da empresa, como grupos de vendas e promoções, para incluir clientes no ciclo de gerenciamento de demanda. A previsão precisa permanece central para o sucesso de uma iniciativa de gerencia- mento de demanda, mas o gerenciamento da demanda é muito mais do que ape- nas previsão. Tradicionalmente, a previsão envolve a análise de dados de demanda anteriores para prever a demanda futura. O gerenciamento da demanda vai além da previsão estática de ontem, substituindo-a por uma visão mais fluida e contínua de determinar a demanda que envolve todos os componentes da cadeia de demanda. Atualmente, há um impulso em direção à sincronização em tempo real da cadeia de suprimentos para os sinais de demanda. Esse método colaborativo aumenta a precisão da previsão, pois todos os fatores que a afetam podem ser visualizados pelas partes interessadas, incluindo os clientes. As empresas podem começar a preencher a lacuna entre suas cadeias de oferta e demanda fazendo o seguinte: • remodelando os relacionamentos com os parceiros do canal de distribuição para garantir previsões precisas de demanda; • adquirindo bons sistemas de informação que contruibuem para o planeja- mento e controle da produção, além de possibilitarem um melhor gerencia- mento das compras e distribuição; • escolhendo aplicativos de gerenciamento de demanda que abordam os de- safios exclusivos enfrentados por um negócio específico, entre outras ações. 55 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO CONCLUSÃO Neste estudo, você pôde compreender que saber com precisão o que produzir, quan- to produzir e quando produzir é tão importante quanto produzir com qualidade. A gestão de demanda exerce papel estratégico dentro das empresas, uma vez que equilibram os processos produtivos e trazem informações sobre qual capacidade produtiva é necessária para atender ao mercado de forma eficiente e precisa. Você viu que o preço influencia a demanda por um produto ou serviço (aumentandoou diminuindo sua demanda), no entanto há outros padrões de comportamento de de- manda que exigem análise detalhada de mercado para que as empresas procurem ser precisas em relação às previsões de demanda. 56 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: > Definir logística de aquisição. > Explicar o relacionamento entre empresa e fornecedor. > Identificar o comportamento do cliente perante o fornecedor. UNIDADE 4 57 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 4 LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO 4.1 INTRODUÇÃO Nestes tempos dinâmicos, o ambiente global pode trazer, em um mês, mais mu- danças e demandas do que aquelas experimentadas, anteriormente, durante alguns anos. O campo de fornecimento continuará a se expandir em complexidade e de- safios, e os profissionais de suprimento da atualidade devem, primeiro, entender os elementos estratégicos do negócio e, depois, gerenciar competitivamente o negócio como um profissional efetivo e líder da sua área. O olhar se volta para a logística de aquisição, as relações com os fornecedores, a qua- lidade da matéria-prima, o tempo de entrega e a confiabilidade. De fato, o relaciona- mento com o fornecedor se torna tão importante quanto a relação com os clientes, visto que influencia os custos de produção e, por sua vez, a lucratividade da empresa. 4.2 LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO A logística de aquisição é uma abordagem de gerenciamento técnico multifuncional para definir, projetar e desenvolver um sistema econômico que possa atender aos requisitos de um usuário. Tipicamente empregada pela engenharia de sistemas, a logística de aquisição (FIGURA 22) garante a disponibilidade dos recursos necessários para evoluir e verificar uma solução integrada. Toda empresa, independente do tama- nho, pode incorporar atividades de logística de aquisição a fim de garantir que esteja em melhor posição para negociar considerações de suporte com outros elementos de custo, cronograma e desempenho do sistema, para obter resultados ótimos e ba- lanceados. 58 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 21 - LOGÍSTICA DE AQUISIÇÃO: COMPRA DE TUBOS METÁLICOS Fonte: Shutterstock, 2018 A logística de aquisição inclui atividades técnicas e de gerenciamento que exigem recursos de suporte para atingir objetivos específicos e garante que o gerenciamento de peças, operações, manutenibilidade e fluxo de mercadorias e serviços sejam exe- cutados sem problemas. A compatibilidade com infraestruturas de suporte garante a portabilidade, a interoperabilidade e a escalabilidade do sistema de produção para um melhor desempenho. Os departamentos de compras perceberão custos redu- zidos para vários aspectos da fabricação, desde o desenvolvimento de interfaces de projeto até a preparação de planos de suporte e o fornecimento de componentes de suporte relacionados aos sistemas. 59 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO A logística de aquisição é uma parte da Cadeia de Suprimentos que visa ao projeto, desenvolvimento, fabricação e aceitação de material. Em consequência, inclui: padro- nização e interoperabilidade, contratação, garantia de qualidade, aquisição de peças, confiabilidade, normas de segurança para equipamentos, especificações e processos de produção, ensaios e testes (incluindo o fornecimento de instalações necessárias), co- dificação, documentação do equipamento, controle de configuração e modificações. 4.3 O RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR Criar um futuro expandido para o gerenciamento de suprimentos requer uma visão e um roteiro. As características de uma organização de fornecimento eficaz incluem: • uma declaração de visão bem definida, que é escrita e comunicada em toda a organização; • modelos de processos estratégicos para produtos, serviços, outsourcing, in- sourcing, acesso e tecnologias; • alinhamento de negócios sincronizado com as estratégias e iniciativas do res- tante da organização; • um entendimento altamente desenvolvido da necessidade de consciência global, cultura, geopolítica, demografia e geografia; • papéis assertivos para influenciar o valor agregado em toda a organização e retirá-lo dos fornecedores; • planejamento e suporte de mudanças contínuas, desenvolvimento de habili- dades consultivas e construção de talentos; • liderança com novas informações, inteligência e medições; • influência estendida e “venda” internamente e externamente. A abordagem com os fornecedores (FIGURA 23) precisa fazer parte do plano estraté- gico da organização, uma vez que quase todas as empresas, sejam orientadas para produtos ou serviços, dependem de fornecedores. Alguns empresários parecem ter dificuldades com os seus fornecedores, pois, por demandarem uma ordem ou ser- viço, acreditam que estão em uma posição dominante e podem explorá-la com exi- gências não razoáveis, incluindo vantagens pessoais. 60 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 22 - ABORDAGEM COM FORNECEDOR Fonte: Shutterstock, 2018 Vamos analisar brevemente todas as maneiras pelas quais os fornecedores podem impactar uma empresa: a) qualidade: os componentes do fornecedor podem afetar positiva ou negativamen- te a qualidade do produto. Maior qualidade aumenta a satisfação do cliente e dimi- nui os retornos, o que adiciona dinheiro aos seus resultados; b) oportunidade: as entregas pontuais são cruciais para a maneira como os clientes veem sua confiabilidade. Uma rápida reviravolta pode se tornar a chave para minimi- zar o inventário, o que, por sua vez, significa menos risco de obsolescência de estoque e menores necessidades de caixa; c) competitividade: os fornecedores podem dar para a empresa uma vantagem sobre a concorrência com base em seus preços, qualidade, confiabilidade, avanços tecnoló- gicos e conhecimento das tendências do setor; 61 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO d) inovação: os fornecedores podem fazer contribuições importantes para o desen- volvimento de novos produtos. Sempre é bom lembrar que os fornecedores vivem o produto da empresa mais do que a própria a empresa; e) finanças: se a empresa optou por ser um cliente atencioso, leal e correto quanto aos pagamentos, pode conseguir entrar em contato com os fornecedores para obter financiamento adicional quando atingir o modo de crescimento - ou se tiver uma cri- se de liquidez. Esse financiamento pode assumir a forma de dívida adiada, termos es- tendidos em novas compras, um empréstimo ou um investimento em sua empresa. Tudo isso melhora a posição de caixa da empresa. Um fornecedor pode ser muito valioso e importante para a empresa. E não há pro- blema a empresa ser um cliente exigente, apenas deve ser justa e indicar as suas necessidades de qualidade e tempo de forma clara. 4.3.1 CLIENTE VALORIZADO Como os fornecedores oferecem os bens e os serviços que podem ser essenciais para o funcionamento de uma empresa, os proprietários devem se concentrar no que eles trazem para uma operação, em vez do quanto eles custam. Estabelecer um relacio- namento com um fornecedor é muito parecido com o crescimento de uma base de clientes. Requer um histórico sólido de comportamento profissional combinado comum posicionamento estratégico. Veja alguns posicionamentos que a empresa (cliente) deve ter: a) pagar sempre a tempo: a empresa pode negociar os termos de pagamento favorá- veis antes de fazer um pedido, mas, depois que o pedido for feito, não deve renegar ou tentar alterar as regras contratuais. Caso a empresa tenha alguma dúvida em re- lação à possibilidade de não cumprir o prazo de pagamento, a melhor opção é rene- gociar, mostrando que é um cliente confiável; b) fornecer tempos de espera adequados: dar aos fornecedores o maior tempo possí- vel em seus pedidos, a menos que exista uma razão convincente e competitiva para não compartilhá-los. Ao desenvolver os seus prazos de entrega, é útil ter conhecimen- to dos métodos e das necessidades de produção dos seus fornecedores; 62 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO c) personalizar o relacionamento: visitar os escritórios dos fornecedores, incluindo-os em algumas das reuniões estratégicas da empresa; d) compartilhar informação: manter bons fornecedores conscientes do que está acontecendo na empresa em relação à mudanças no pessoal-chave, novos produtos, promoções especiais e outros. Em muitos casos, bons fornecedores podem ajudar a empresa a encontrar novos clientes; e) investir em tecnologia: a empresa deve investir em software de gerenciamento de fornecedores (FIGURA 3) e de pedidos de compras, para centralizar o acompanha- mento das informações. FIGURA 23 - TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO Fonte: Shutterstock, 2018 f) avaliar os riscos: sempre analisar os riscos de lidar com um fornecedor, especial- mente se a empresa tiver uma cadeia de suprimento complexa. Deve-se pedir refe- rências, exemplos de trabalhos anteriores, anos de atividade, áreas de especialização, como lidam com uma crise etc.; 63 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO g) nem todos os fornecedores são iguais, pense global: à medida que o mundo se torna cada vez mais conectado (FIGURA 4), nos deparamos com fornecedores ainda mais distantes, seja em todo o país ou em todo o mundo. Cada cidade, estado ou país tem regras, leis e terminologia diferentes, e a atitude em relação ao trabalho varia de cultura para cultura. FIGURA 24 - MUNDO CONECTADO Fonte: Shutterstock, 2018 4.4 O SUPPLIER RELATION MANAGEMENT (SRM) O gerenciamento de relacionamento com fornecedores, da sigla em inglês Supplier Relationship Management (SRM) (FIGURA 26), em termos mais simples, refere-se à interação e ao gerenciamento de fornecedores terceirizados que oferecem mercado- rias, materiais e serviços à sua empresa. Você escolhe fornecedores que são econômi- cos e fáceis de trabalhar para maximizar o valor do relacionamento. 64 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 25 - SUPPLIER RELATIONSHIP MANAGEMENT Fonte: Shutterstock, 2018 A definição de gerenciamento de relacionamento com fornecedores pode variar de organização para organização. No entanto, o objetivo típico do SRM é simplificar e melhorar os processos entre um comprador e os seus fornecedores, assim como o gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) se destina a simplificar e a melhorar os processos entre uma empresa e os seus clientes. O SRM subjacente tem o foco no desenvolvimento de uma relação mutuamente benéfica com os fornece- dores, especialmente aqueles considerados mais estratégicos para a marca, para pro- mover qualidade, eficiência, inovação e outros benefícios. O conceito de SRM foi introduzido em 1983 pelo consultor da McKinsey, Peter Kraljic, em um artigo da Harvard Business Review intitulado “A compra deve se tornar um gerenciamento de suprimentos”. Em vez de simplesmente monitorar os desenvol- vimentos atuais, o gerenciamento deve aprender a fazer as coisas acontecerem em benefício próprio. Isso exige nada menos que uma mudança total de perspectiva: da compra (uma função operacional) à gestão de suprimentos (uma função estratégica), escreveu Kraljic (1983). 65 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Isso é essencial para entender o SRM. Os gerentes e gerentes seniores nunca devem esquecer, quer estejam comprando materiais físicos ou software, que os relaciona- mentos precisam ser estratégicos, precisam ser focados no crescimento. Mais tarde, em 1998, no estudo intitulado “Uma investigação empírica do desenvol- vimento de fornecedores: processos reativos e estratégicos”, o pesquisador Daniel R. Krause destacou duas abordagens para o processo de gerenciamento de fornecedo- res - reativa e estratégica: a) abordagem reativa: as empresas começam a gerenciar o relacionamento com fornecedores apenas quando ocorrem situações desagradáveis e tentam descobrir como melhorar o desempenho de fornecedores não confiáveis. Essa abordagem con- some bastante tempo e recursos, o que poderia ser melhor gasto em processos de negócios mais importantes; b) abordagem estratégica: a gestão de relacionamento com fornecedores começa antes mesmo da assinatura de um acordo, a fim de garantir a vantagem competitiva da empresa no longo prazo. Essa é uma abordagem voltada para o futuro, que pode levar a um relacionamento bem-sucedido, mesmo nos estágios iniciais. A abordagem estratégica do gerenciamento de relacionamento com fornecedores sempre foi essencial para empresas de sucesso que dependem de fornecedores ter- ceirizados, independentemente do setor. Por exemplo, ao tornar os relacionamentos de longo prazo com os seus fornecedores uma parte integrante da sua estratégia da cadeia de suprimentos, a Apple desenvolveu uma merecida reputação como líder global da cadeia de suprimentos e garantiu que ela pudesse ser entregue em gran- des quantidades ao lançar novos produtos. 4.4.1 TIPOS DE FORNECEDORES Os fornecedores podem se apresentar da seguinte forma: a) atacadistas e distribuidores: os atacadistas compram grandes quantidades de mer- cadorias a granel e depois as revendem em quantidades menores por um preço uni- tário mais alto, como pode ser observado na figura 6. Eles geralmente oferecem os preços mais baixos porque estão vendendo em grandes quantidades e relutam em trabalhar com pedidos menores; 66 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 26 - ATACADO: GRANDES QUANTIDADES DE PRODUTOS Fonte: Shutterstock, 2018 b) fabricantes e fornecedores: esses são fornecedores que podem manipular as mer- cadorias de várias empresas diferentes. Os preços podem ser mais altos do que os dos atacadistas, mas eles lidam com pedidos pequenos de uma ampla gama de fabri- cantes em um período de tempo relativamente curto; c) fontes de importação: os importadores nacionais podem trabalhar como atacadis- tas domésticos e vender mercadorias estrangeiras para empresas. Os fornecedores podem realmente ter um enorme impacto nos processos de uma empresa. Eles desempenham um papel central na geração de receita e isso nunca deve ser ignorado. Trabalhar com fornecedores confiáveis e de alta qualidade pode ajudar um negócio a crescer em escala. Fornecedores não confiáveis podem criar gargalos em seu fluxo de trabalho e ter um impacto negativo em clientes e consumi- dores maior do que você provavelmente imagina. 67 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 4.4.2 O SISTEMASRM Existe um consenso geral de que um sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores ou Supplier Relationship Management (SRM) é o caminho a ser se- guido, ou seja, as empresas terão que, necessariamente, implantar o SRM, isso porque: • o SRM é a disciplina de negócios associada ao gerenciamento de interações- -chave, desempenho e processos de negócios relacionados à equipe de for- necedores de uma organização e aos fornecedores e parceiros estratégicos. Executado de forma eficaz, o SRM oferece benefícios colaborativos para todas as partes; • o investimento em Sistemas de Gestão de Relacionamento com Fornecedores está aumentando significativamente, em grande parte devido ao reconheci- mento de que a gestão pró-ativa e estruturada de relacionamentos com for- necedores tem gerado valor financeiro e mitigado o risco da empresa; • os provedores de sistemas se concentraram menos no gerenciamento finan- ceiro e mais no SRM como parte de um conjunto de ofertas de Gerenciamen- to de Gastos, Fornecimento, Contratos e Desempenho; • os provedores estão competindo pela liderança no espaço de tecnologia SRM, bem como nas áreas “emergentes” de Colaboração Empresarial de Gerencia- mento de Informações do Fornecedor (SIM), Risco, Sustentabilidade e Abaste- cimento Social. O tempo todo o mercado está se movendo em direção a uma abordagem mais holística para abranger cada uma das áreas acima. Sendo assim, quais as etapas que uma empresa deve seguir ao considerar um siste- ma de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores? a) definir o SRM conforme se aplica ao negócio da empresa, incluindo metas, escopo de aplicação e identificação das partes interessadas; b) garantir que as partes interessadas internas, em todas as funções voltadas ao forne- cedor, compreendam o caso de negócio e os critérios de seleção associados ao inves- timento em um sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores; c) garantir que a empresa tenha a governança, as habilidades, os processos e os re- cursos necessários para aproveitar efetivamente um sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores; 68 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO d) comunicar claramente o compromisso multifuncional necessário para introduzir/ implantar com sucesso um sistema, idealmente para incluir o patrocínio em nível de CEO; e) alinhar a seleção do sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornece- dores com uma estratégia completa de Gerenciamento de Fornecedores, por exem- plo, alinhar ao ERP/gerenciamento de fornecedores financeiros, Risco, Despesas, Su- primentos etc.. Após os passos a serem seguidos, é importante destacar quais os fatores-chave a se- rem considerados: a) domínio e foco no domínio: se o fornecedor apresenta forte domínio de especia- lização e compromisso de continuar investindo em SRM ou em um subconjunto de várias soluções tecnológicas; b) potencial para se engajar com fornecedores em estágios iniciais: organizações de médio e grande porte estão se beneficiando comercialmente de ajudar a moldar o desenvolvimento e o roteiro dos provedores mais inovadores; c) definir os requisitos de serviços/profissionais gerenciados: por exemplo, treinamen- to e comunicação do fornecedor por local/geografia/unidade de negócios. Por sua vez, considere o custo total de introdução do sistema, incluindo suporte interno ou externo antes e após a implantação; d) método de introdução/implantação: por exemplo, autônomo ou integrado com um ou vários sistemas/requisitos multilíngues; e) interoperabilidade: considere a capacidade dos fornecedores de oferecer ou inte- grar com tecnologias complementares de Gerenciamento de Fornecedores, particu- larmente as áreas estreitamente alinhadas do SIM e do SEM; f) referenciabilidade: como a adoção da tecnologia SRM está em um estágio “emer- gente”, não espere múltiplas referências, particularmente para algumas das funcio- nalidades mais recentes oferecidas. Cuidado com as vendas futuras - determine o que está disponível agora, solicite detalhes sobre o roteiro e um histórico compro- vado de fornecimento de itens “roteiros” comprometidos com os clientes existentes; 69 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO g) finalmente: considerando os princípios inerentes ao SRM, o provedor deve demons- trar fortes habilidades de gerenciamento de relacionamento comercial. Os principais fornecedores de software de gerenciamento de relacionamento com fornecedores incluem o SAP Supplier Relationship Management, o Totvs e o Oracle PeopleSoft. Há ainda outros sistemas SRM menos conhecidos, alguns até mesmo caseiros, ou seja, foram desenvolvidos não por uma empresa especializada, mas por um profissional de informática. As opções de software SRM oferecem combinações específicas de recursos e funcio- nalidades. Uma visão útil das categorias funcionais do software é: • inteligência de compras, como gerenciamento de risco de fornecedores; • gerenciamento do ciclo de vida do produto, como gestão de estratégia de portfólio; • sourcing, como desenvolvimento de estratégia; • gestão de dados de fornecedores, como validação de solicitações de fornece- dores; • gerenciamento de desempenho do fornecedor, como configuração de revisão de desempenho; • gestão de contratos, como a criação de contratos com fornecedores; • gerenciamento de catálogo, como recursos do usuário; • aquisição operacional, como o processamento de pedidos de compra; • recursos externos, como solicitação de especificações; • última atualização em maio de 2018. 70 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO CONCLUSÃO Nesta unidade, podemos concluir que os fornecedores apresentam papel estratégico na cadeia de suprimentos. A compra de matéria-prima com preços altos ocasiona a produção de produtos a um custo alto, o que pode inviabilizar a venda do produto final, principalmente quando a empresa busca a competitividade por meio do preço. Vimos que a logística de aquisição inclui atividades técnicas e de gerenciamento que exigem recursos de suporte para atingir objetivos específicos e garante que o geren- ciamento de peças, operações, manutenibilidade e fluxo de mercadorias e serviços sejam executados sem problemas. É ainda uma parte da Cadeia de Suprimentos que visa ao projeto, desenvolvimento, fabricação e aceitação de material. Aprendemos também que o gerenciamento de relacionamento com fornecedores, da sigla em inglês Supplier Relationship Management, em termos mais simples, re- fere-se à interação e ao gerenciamento de fornecedores terceirizados que fornecem mercadorias, materiais e serviços à sua empresa. Existe um consenso geral de que um sistema de Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores ou Supplier Relationship Management (SRM) é o caminho a ser seguido, ou seja, as empresas terão que, necessariamente, implantar o SRM. Observamos que as empresas precisam estabelecer relacionamentos duradouros com os fornecedores, mas devem, constantemente, fazer avaliações desses fornece- dores. E estudamos ainda como os clientes (empresas) devem se portar perante aos fornecedores, garantindo, principalmente, o pagamento nas datas estipuladas no ato da negociação. Por fim, concluímos que os fornecedores podem realmente ter um enorme impacto nos processos de uma empresa. Eles desempenham um papel central na geração da receita e isso nunca deve ser ignorado. Trabalhar com fornecedores confiáveis e de alta qualidade pode ajudar um negócio a crescer em escala. Fornecedores não con- fiáveis podem criar gargalos em seu fluxode trabalho e ter um impacto negativo em clientes e consumidores maior do que você provavelmente imagina. 71 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: > Defina tecnologia de informação. > Explique a tecnologia de informação na cadeia de suprimentos. > Identifique as tecnologias de informação utilizadas na gestão da cadeia de suprimentos. UNIDADE 5 72 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 5 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS A crescente globalização levou as organizações a buscarem novas soluções para se manterem competitivas. Desta forma, para que as mesmas possam permanecer no mercado, é necessária uma infraestrutura moderna formada pela combinação de três fatores: uma rede básica de transporte de qualidade que oferece diversas alter- nativas; uma rede de telecomunicações que garante a integridade e a transmissão de dados e informações em tempo real; tecnologias de informação, indispensáveis para a compreensão e o tratamento de dados. Entretanto, para o desenvolvimento dessa infraestrutura avançada, é necessário dispor de um ambiente institucional, fiscal e regulatório capaz de potencializar a coordenação e a sincronização entre os diversos agentes e segmentos da cadeia de valor. 5.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS As Tecnologias de Informação (TI) são utilizadas nos processos de armazenamento, restauração, transformação, disseminação e integração de dados e informações em uma organização, melhorando a eficiência e a eficácia dos processos como um todo. Com isso, podemos considerar que as empresas com melhor desempenho corpo- rativo são aquelas que usam mais ostensivamente as ferramentas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), especialmente as mais avançadas do mercado. A TI aplicada à logística possibilita um melhor controle do fluxo de informações das cadeias envolvidas, agindo em conjunto e dando sustentação aos sistemas de infor- mação logística. Nesse sentido, segundo Fleury et al. (2000): Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que conectam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e sof- tware para medir, monitorar e gerenciar operações logísticas. Essas operações ocorrem tanto dentro de uma empresa específica, quanto como ao longo de toda a cadeia de suprimentos (FLEURY et al., 2000). 73 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Utilizar as informações e alavancar recursos disponíveis para coordenar ações, prio- rizando fluxos de informação, é um dos fatores de sucesso para a integração da tec- nologia de informação com outras competências em uma Plataforma Logística. No entanto, apesar das novas tecnologias se mostrarem bastante promissoras e auxilia- rem nessa integração, ainda são relativamente poucos os exemplos de transformação bem-sucedida das práticas das cadeias de suprimentos para maior integração. No mercado altamente competitivo da atualidade, é imperativo que as empresas inovem em maneiras de melhorar a sua cadeia de suprimentos e otimizar a produ- tividade. Com o auxílio de tecnologias modernas, é possível uma melhor visibilidade da cadeia de suprimentos, o que permitirá um maior controle sobre os negócios e garantirá que os mesmos estejam à frente da concorrência. A tecnologia pode ajudar a simplificar o gerenciamento da cadeia de suprimentos, permitindo que a empresa opere com mais eficiência, por meio de mais visibilidade e controle sobre o inventá- rio, o que reduz custos operacionais. Além disso, por meio de uma cadeia de supri- mentos mais estável e eficiente, é possível aumentar consideravelmente a satisfação e a retenção do cliente. Atualmente, as empresas buscam de forma contínua maneiras de introduzir tecno- logias de processamento de pedidos destinadas à melhorar as ineficiências. Quando a base dos clientes de uma empresa se estende por todo o mundo, não é incomum encontrar discrepâncias no alinhamento das novas tecnologias com as operações de negócios dos clientes. O desafio está na conversão dos clientes em tecnologias de uso, como o Eletronic Data Interchange (EDI) ou Intercâmbio Eletrônico de Dados (FIGURA 1), para melhor apoiar as capacidades de trabalhar junto aos mesmos, além de melhorar as próprias operações. Colaborar com as opções para melhor atender aos clientes significa um serviço mais rápido e confiável e estabelece uma situação “‘ganha-ganha”. No entan- to, nem todos os clientes estão financeiramente equipados ou têm acesso para me- lhorar ou implementar essas tecnologias. 74 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 27 - EDI Fonte: Shutterstock, 2018 ATENÇÃO PARA SABER Como manter os clientes atualizados com os procedimen- tos de processamento de pedidos recém-implementados sem comprometer os processos de negócios atuais com esses clientes? Esse é o caso da 3M. A empresa opera em 65 países, empregando mais de 80.000 pessoas. Esforços colaborativos de eficiência são fundamentais para uma execução tranquila das operações e satisfação do cliente. Com os seus clientes com escopo global, os pedidos de vendas chegam em um ritmo constante e diário. Embora eles queiram implementar medidas adicionais para melhorar o atual processamento de pedidos de entrada, muitos dos seus clientes enfrentam as barreiras de financiamen- to e acesso aos recursos para implementar o EDI. Como fabricantes, o processamento de pedidos de vendas é uma área em que a eficiência e a exatidão medem alta importância. Ao melhorar os seus processos de entrada de pedidos de vendas, a 3M seria capaz de melhorar a produtividade e, em 75 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO última análise, atender melhor os seus clientes. A 3M procurou uma solução que me- lhorasse o seu processamento de pedidos de vendas de entrada sem interromper os processos de negócios já existentes dos seus clientes onde a implementação de EDI não é possível. Com a automação do pedido de vendas, os pedidos enviados para a 3M, seja por fax ou por e-mail, são perfeitamente transformados em pedidos de vendas e em pedidos de EDI, eliminando completamente o erro e a entrada manual. Assim, a 3M se bene- ficiou da incorporação da automação de pedidos de vendas em seus processos de negócios, a saber: produtividade, melhor atendimento ao cliente, eficiência de custos e rápido retorno sobre o investimento. 5.1.1 TIPOS DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO A tecnologia impulsiona de todas as maneiras a operação de uma empresa onde a capacidade produtiva evolui constantemente por meio de novos equipamentos, materiais, qualificação de funcionários, entre outros. Isso, por sua vez, gera eficiência, tomada de decisões e melhora no nível de atendimento ao cliente. Abaixo, reunimos uma lista de funções tecnológicas comuns no espaço de atendimento de pedidos e o que deve ser considerado dentro de cada região quando pensamos em uma cadeia de suprimentos: • order management System (omS) ou Sistema de Gerenciamento de pe- didos: o Sistema de Gerenciamento de Pedidos coordena o pedido e o rela- cionamento com o cliente. Cada empresa precisa de um sistema de registro que consolide os pedidos de várias fontes em um único local. O OMS apoia ofertas e promoções de produtos, processamento de pagamentos,continui- dade, gerenciamento de relacionamento com o cliente e atua como o centro das atividades de atendimento ao cliente. Os melhores sistemas de geren- ciamento de pedidos também fornecem as análises necessárias para admi- nistrar os seus negócios. E esses sistemas geralmente são uma solução muito melhor para gerenciar pedidos diretos do consumidor em comparação com um pacote de contabilidade, um ERP ou um back-end de plataforma de car- rinho de compras; 76 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 28 - ORDER MANAGEMENT SYSTEM (OMS) Fonte: Shutterstock, 2018 • Warehouse management System (WmS): o WMS orquestra todas as ativida- des associadas ao processo de armazenamento e distribuição. Um WMS ge- rencia o estoque, incluindo o lote e a data de vencimento; o fluxo do produto (“primeiro a entrar, primeiro a sair”, por exemplo); os fluxos de trabalho eficien- tes para maximizar eficiências; funções pick and pack e muito mais. Existem pacotes WMS leves/básicos, voltados para operações pequenas e simples, e, em seguida, há sistemas de classe corporativa, que são ricos em recursos e suportam processos complexos e de alto volume. Normalmente, um provedor de atendimento empregará um sistema sofisticado que suporte as necessida- des de muitos clientes; FIGURA 29 - WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM (WMS) Fonte: Shutterstock, 2018 77 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO • Logic Based Shipping (LBS): os LBS são prestadores de atendimento sofisti- cados, com tecnologia baseada em lógica que reduz os custos de envio, de- terminando a transportadora e o método de envio ideais para atingir a meta do cliente, em um nível de pacote por pacote. Por exemplo, esses sistemas podem ser programados para simplesmente escolher o serviço de menor cus- to para um endereço de cliente ou a lógica complexa pode ser empregada para tornar essas seleções mais inteligentes. Alguns serviços podem ser me- nos caros, mas têm desempenho ruim em determinados destinos. O tempo em trânsito pode ser um fator na tomada de decisão. Se o objetivo é levar um pacote a um consumidor em dois dias, um sistema baseado em lógica pode analisar o tempo em trânsito, via Terra, antes de selecionar automaticamente um serviço aéreo de dois dias, gerando economias significativas; • electronic data interchange (edi): o Intercâmbio Eletrônico de Dados é um método para transferir dados entre organizações. O mundo do varejo adotou o EDI como o método preferido de transações de ordens de compra, notificação de remessa e até faturamento. No entanto, cada varejista tem a flexibilidade de definir os seus próprios requisitos nos campos de dados. Isso leva ao au- mento da complexidade, pois cada varejista pode usar os campos de dados de maneira diferente, exigindo integrações muito específicas para cada parceiro comercial. Os Centros de Atendimento que são enviados aos varejistas devem ter recursos de EDI. Alguns oferecem soluções end-to-end, que não só lidarão com o requisito de distribuição, mas também fornecerão ao profissional de marketing a tecnologia para lidar também com a sua parte; • contact center System (ccS): se o provedor estiver desempenhando funções de atendimento ao cliente, precisará de um sistema que facilite essas ativida- des. Os CCS devem rotear chamadas, gerenciar agentes, exibir scripts e cole- tar dados. Muitos também podem oferecer suporte aos serviços por e-mail e webchat, além da assistência por telefone. Sistemas não sofisticados levam a tempos de chamadas mais longos, o que aumenta o custo para o profissional de marketing e, ao mesmo tempo, diminui a satisfação do cliente. 78 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 5.1.2 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS Soluções de processamento de pedidos de TI efetivamente configuradas beneficiam clientes e fornecedores. A tecnologia permite um processamento de pedidos mais rápido e preciso, além de disponibilizar informações de rastreamento sobre o pro- gresso dos pedidos conforme necessário. Os funcionários registram os vários estágios de atendimento de pedidos em bancos de dados e podem acessar registros dos clientes para obter informações sobre pagamentos ou problemas. Substituir o papel por soluções de tecnologia digital pode resultar em maior transparência, menores custos e maior satisfação do cliente. Veja as etapas do processamento de pedidos: a. captura: o primeiro passo no processamento de pedidos é registrar o pedido. Com a tecnologia de processamento de pedidos, os clientes realizam essa fun- ção on-line ou os funcionários inserem os pedidos em dispositivos móveis ou em terminais de computador. De qualquer forma, o software de processamento de pedidos registra os detalhes do pedido, incluindo o tipo de material, os en- dereços de faturamento e entrega do cliente, os preços e quaisquer instruções adicionais do cliente. O software pode enviar uma confirmação do pedido ao cliente, com todos os detalhes e fornecendo uma data de envio estimada. Inter- namente, o software envia o valor do pedido para o departamento de contabili- dade, para registrar como um valor de pedidos recebidos; b. preenchimento do pedido: uma vez que o pedido seja feito internamente, os funcionários precisam passar as requisições correspondentes para os departa- mentos de produção, fornecedores ou serviços. Para produtos e serviços padrão, o software já pode ter a fonte programada e o funcionário precisa apenas fazer uma requisição para a quantidade correta e solicitar uma data de fornecimento. Para pedidos personalizados, um funcionário especializado pode ter que mon- tar o pedido de várias fontes. O software executa as instruções, envia ou imprime as requisições e atribui custos correspondentes ao pedido; c. remessa: o software usado para o processamento de pedidos pode identificar a melhor maneira de enviar o material, estimar o horário de chegada, rastrear as remessas e confirmar se o cliente recebeu o pedido. Durante a remessa, o remetente pode inserir o progresso em dispositivos móveis para permitir que o fornecedor e o cliente vejam onde o material está localizado e quando ele pode chegar ao seu destino. Quando o cliente recebe a remessa, o remetente pode pedir uma assinatura em um terminal móvel. A tecnologia de processamento de pedidos geralmente disponibiliza todos os dados de envio e confirmação de entrega on-line; 79 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO d. forma de pagamento: para pedidos do consumidor, o fornecedor geralmente solicita pagamento com o pedido ou antes do envio. Para pedidos empresa- riais, o software de processamento de pedidos controla o crédito do cliente e os fornecedores geralmente permitem o pagamento após o recebimento do material solicitado. Em ambos os casos, o sistema aplica o pagamento à fatura e identifica quaisquer discrepâncias. Para pedidos cujo pagamento é devido após o recebimento do material, ele gera faturas. Se o fornecedor não receber o pagamento, o software gera lembretes e reduz a classificação de crédito interna do cliente, se aplicável; e. serviço: a maioria dos fornecedores tem políticas de devolução e, se o material chegar danificado, ele deve aceitar uma devolução. A tecnologia de processa- mento de pedidos facilita esses retornos e rastreia os motivos. Ele gera formu- lários para o cliente indicando como devolver o material e como registrar as ra- zões do retorno. Internamente, registra os créditose os custos correspondentes e envia os resultados para o departamento de contabilidade. Em alguns casos, a empresa pode devolver o material aos seus fornecedores ou pode investigar as razões do retorno e tomar ações corretivas. Os funcionários inserem essas ações no software de processamento de pedidos e podem acessar as informações se o cliente tiver mais problemas. Uma área que continua a se desenvolver em face dos avanços tecnológicos é a gestão da cadeia de suprimentos. A logística da cadeia de suprimentos é essencial para mui- tas empresas - pode afetar desde a qualidade dos seus produtos até a velocidade da entrega aos seus clientes. Como a cadeia de suprimentos pode ter vários pontos de impacto em sua empresa, pode ser benéfico aproveitar os avanços tecnológicos para obter o máximo da sua estratégia da cadeia de suprimentos. 5.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS DIGITAL Como a cadeia de suprimentos envolve a fabricação e a entrega de peças e produ- tos reais e tangíveis, o termo “cadeia de suprimentos digital” (FIGURA 30) parece ser contraintuitivo. Mas a tecnologia da cadeia de suprimentos digital é uma das expansões tecnológicas mais promissoras no mundo do gerenciamento da cadeia de suprimentos. 80 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO FIGURA 30 - CADEIA DE SUPRIMENTOS DIGITAL Fonte: Shutterstock, 2018 Alguns gerentes da cadeia de fornecimento dirão que, caso uma empresa use a transferência eletrônica de dados ou mantenha registros digitais, já estará na era do gerenciamento da cadeia de suprimentos digital. No entanto, à medida que pen- samos no avanço da tecnologia, no software cada vez mais inteligente e na análise avançada, podemos ver que a cadeia de suprimentos digital se refere a uma imagem muito maior do potencial. Muitos desses recursos digitais oferecem uma maneira de rastrear e analisar a logística em tempo real: • a tecnologia armazenada e implantada na nuvem facilita para que todas as partes envolvidas na cadeia de suprimentos e no método de logística possam ver as informações; • dados do tráfego em tempo real que podem afetar o envio e o recebimento de componentes de peças para fabricação do produto ou recebimento de produtos pelo usuário final; • Internet of Things (Internet das Coisas), capacidade e software de rastreamento que facilita a compreensão do trânsito e o manuseio dos produtos e materiais; • tecnologia Smart Road, que pode gerar tráfego e dados meteorológicos e pla- nejar novas rotas ou alertar automaticamente o pessoal-chave sobre atrasos. 81 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Alguns gestores já especulam que a entrega sem motorista e os depósitos robóticos são o próximo passo na cadeia de suprimentos digital. Como exemplo da cadeia de suprimentos digital em ação, a Amazon usa a sua tecnologia de logística digital para se comunicar com os seus clientes - a empresa lida diariamente com enormes quan- tidades de logística e informações da cadeia de suprimentos, desde as contas dos clientes distribuidores até os depósitos aos clientes finais, e uma das suas atualiza- ções modernas é alertar os clientes, por meio do seu aplicativo, de que o pacote não está apenas a caminho, mas também na rota dos motoristas da entrega. Esse tipo de informação em tempo real é um ativo para o atendimento ao cliente e um aumento nas eficiências. Os avanços tecnológicos da cadeia de suprimentos digital provavelmente conduzirão grande parte do modelo global de gerenciamento da cadeia de suprimentos nos próximos anos. Você acha que é uma tecnologia valiosa para aumentar o sucesso da cadeia de suprimentos? Existem outras tecnologias em que você investiria para au- mentar a qualidade ou a eficiência da cadeia de suprimentos? Nos dias de hoje, a tecnologia está em toda parte. Está se tornando difícil imaginar uma parte da nossa vida que não foi integrada para tornar o nosso dia a dia um pouco mais fácil. Isso não só é verdade em nossos esforços pessoais, com indivíduos adotando várias formas de tecnologia para atender às suas próprias necessidades e desejos, mas também dentro das empresas. Corporações inteiras seriam perdidas sem a integração da tecnologia para conduzir as suas operações diárias. Com esse crescente fluxo de informações, a tecnologia está transformando a logística e a cadeia de suprimentos. Os consumidores adoram o tipo de negócio que valoriza a transparência, pois eles podem ver imediatamente o status das suas compras a partir do segundo depois de serem feitas. Eles recebem uma notificação assim que o pedido é recebido e enviado, além de po- derem ver o rastreamento da compra em cada etapa do caminho. Mesmo antes de fazer um pedido, a tecnologia permitiu que eles lessem extensas revisões do produto que estão prestes a comprar, bem como da empresa em que estão comprando. Isso criou um novo precedente para o padrão do serviço ao cliente e manufatura, o que significa que os fornecedores de logística e cadeia de suprimentos tiveram que se adaptar muito para permanecerem competitivos. 82 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Com isso dito, essas indústrias se beneficiaram enormemente das possibilidades que essa mudança traz e por isso esse é um momento tão empolgante para fazer parte dela. Abaixo listamos cinco maneiras pelas quais a tecnologia está transformando a logística e a cadeia de suprimentos: a. capacidade de integrar múltiplas plataformas: para manter a transparência em uma organização e, portanto, manter uma boa reputação, a comunicação deve ser do mais alto padrão. Como a Internet, o e-mail e outras tecnologias se torna- ram uma segunda natureza, as expectativas dos consumidores cresceram expo- nencialmente. As empresas em logística e gerenciamento da cadeia de supri- mentos devem permanecer competitivas em todas as frentes, de forma aberta e honesta, comunicando-se com todas as partes interessadas em todos os momen- tos. Tradicionalmente, os fornecedores de gerenciamento da cadeia de suprimen- tos precisavam confiar em métodos de comunicação desatualizados, como, por exemplo, mensagens impressas. No entanto, a tecnologia criou várias platafor- mas que conseguiram facilitar a mudança para sistemas de informação, como o Sistema Enterprise Resource Planning (ERP). Os limites anteriormente existentes que proibiam a comunicação rápida e o cumprimento de pedidos tornaram-se obsoletos, permitindo uma integração mais eficaz e eficiente entre as partes; b. maior segurança: com os avanços da tecnologia vêm avanços na privacidade, permitindo que as empresas forneçam garantias quanto às informações que lhes são dadas. Fornecedores de Logística e Supply Chain podem implementar grandes medidas e práticas de segurança na vanguarda das suas operações. A confidencialidade é importante ao tentar forjar relações comerciais, bem como a capacidade de rastrear e gerenciar a rota de pedidos em movimento. A tecnologia não apenas torna isso possível, mas também extremamente sim- ples e fácil. Esse tipo de interconexão incentiva o monitoramento avançado da segurança por ambas as partes, sem comprometer a velocidade e a precisão das práticas de negócios; c. custos reduzidos: um dos maiores benefícios da implementação de tecnologia nas práticas de negócios é o dinheiro que ela pode economizar em custos ope- racionais. Um computador ou uma máquina agora pode executar tarefas que eram tradicionalmente concluídas por um trabalhador. Por exemplo, com o au- xílio do software moderno, os gerentes da cadeia de suprimentos podem sim- plificar bastanteo processo de envio e devolução. Programas especificamente projetados permitem a consolidação em todos os aspectos da sua cadeia de su- 83 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO primentos em um só lugar. O software permite o armazenamento e o inventário de dados organizados digitalmente, possibilitando que você gerencie, monitore e rastreie as informações do envio, junto com uma fatura eletrônica. Isso não apenas reduz o risco de erros, mas também traz benefícios significativos em efi- ciência e controle de qualidade, economizando grandes quantias de dinheiro; d. facilidade de escalabilidade: como o uso da tecnologia pode ajudar a liderar os fornecedores de gerenciamento de suprimentos em seu próprio mercado, ele também pode ser usado para ajudar no caso de rápida escalabilidade. Com o aumento da demanda por produtos, surge um aumento na necessidade de logística. A tecnologia pode ajudar muito em cada pedido adicional e na inevi- tável sobrecarga de processamento que vem com ela. Os recursos infinitos que a tecnologia fornece podem permitir que um provedor estenda os seus termos em minutos. Com isso, também vem a capacidade de gerar análises direciona- das, permitindo que as empresas isolem as principais eficiências e ineficiências dentro das operações e possibilitando que os proprietários das empresas apri- morem os aspectos positivos e negativos dos seus sistemas; e. remoção de limites geográficos: ao longo do tempo, as barreiras geográficas já existiam nos setores de logística e cadeia de suprimentos. No entanto, os avan- ços tecnológicos removeram os limites físicos dessa perspectiva, permitindo maiores quantidades de transparência na distribuição do armazém. Trabalhar com fabricantes de todo o mundo incentivou a produção de uma vasta gama de bens e serviços. As empresas podem adquirir materiais de qualquer lugar do mundo, pois a comunicação mais fácil e os tempos de transporte mais rápidos podem garantir um maior acesso aos materiais antes impossíveis. 5.3 OUTRAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO UTILIZADAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS A tecnologia da informação é um segmento crucial de qualquer empresa ou orga- nização. Veja abaixo mais alguns exemplos de tecnologias e sistemas de informação utilizados na cadeia de suprimentos como suporte para as atividades logísticas: • enterprise resource planning (erp) ou planejamento dos recursos da em- presa: o ERP (FIGURA 31) refere-se ao software que ajuda as empresas a ge- renciar e automatizar muitas tarefas de backoffice. Quando usado no geren- 84 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO ciamento da cadeia de suprimentos, o software ERP ajuda as empresas a ver facilmente como os seus materiais e estoques estão sendo usados. Também pode automatizar os materiais de compra quando os níveis do estoque caem abaixo de um certo ponto, de modo que a produção dos novos produtos não seja interrompida devido à falta de materiais. FIGURA 31 - SISTEMA ERP Fonte: Shutterstock, 2018 O software ERP pode fazer pedidos automaticamente com os fornecedores de uma empresa quando os produtos caem para um determinado nível. Por exemplo, se o estoque do sabão em barra da loja cair abaixo de dez, o software ERP fará automati- camente um pedido com o vendedor do sabão. Como a loja de departamento tem milhares e milhares de itens para acompanhar, podemos verificar como o software ERP realmente ajuda a empresa a controlar os seus itens. O software ERP também garante que as prateleiras das lojas nunca estejam vazias; • radio-Frequency identification (rFid) ou identificação por radiofrequência: a tecnologia RFID (FIGURA 6) usa campos eletromagnéticos para identificar e rastrear tags sem fio. Esse tipo de tecnologia é ótimo para manter o contro- le dos seus suprimentos e estoques, pois os itens podem ser digitalizados às centenas. Você não terá que digitalizar ou contar manualmente cada produto individualmente. Isso pode economizar muito tempo para as empresas. 85 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO FIGURA 32 - RADIO-FREQUENCY IDENTIFICATION (RFID) Fonte: Shutterstock, 2018 As etiquetas RFID também podem armazenar dados eletrônicos. Além de acom- panhar os seus itens, você também pode adicionar informações, como dados sobre propriedade. As etiquetas RFID podem ser digitalizadas, não importa onde estejam localizadas no produto. Um exemplo de tags RFID em uso são os chips que as pes- soas colocam em seus animais de estimação para localizá-los mais facilmente caso fiquem perdidos. Uma loja de departamentos pode usar etiquetas RFID em roupas e talvez em itens muito caros. Como as etiquetas RFID podem ser digitalizadas sem fio, o processo pode acontecer à medida que as pessoas passam por um sensor. Assim, quando as lojas usam etiquetas RFID, se alguém sair da loja sem pagar, pode acionar um alarme para alertar a loja de que alguém não pagou por um item; • transporte informatizado e rastreamento: com o auxílio de tecnologias mo- dernas e software baseado na Internet, uma empresa pode simplificar o pro- cesso do fornecimento e reduzir drasticamente os erros do envio. Com soft- wares especializados, os gestores consolidam todos os aspectos da cadeia de suprimentos em um só lugar. O software permite que o gestor organize digi- talmente os dados do inventário, monitore e gerencie as informações do envio e rastreamento e crie faturas eletrônicas com facilidade. Por meio do uso de tecnologias de gerenciamento da cadeia de suprimentos, é possível reduzir o tempo gasto no envio, recebimento, rastreamento e compilação dos dados dos pedidos, o que economizará tempo e dinheiro para a empresa. Através dos sistemas que gerenciam as atividades do transporte, a empresa não só melhorará a eficiência operacional da cadeia de suprimentos, mas também 86 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO aumentará consideravelmente a experiência do cliente, fornecendo aos con- sumidores a capacidade de rastrear continuamente o status dos seus pedidos. Por meio do rastreamento digitalizado, é possível reduzir significativamente os erros do envio e responder mais rapidamente às suas falhas; • mídias sociais para agilizar a cadeia de suprimentos: a mídia social é uma tecnologia popular que varreu o mundo. Com milhões de usuários do Twitter e mais de um bilhão de usuários do Facebook, não é de admirar que muitas empresas estejam se voltando para as mídias sociais a fim de ganhar visibili- dade. De fato, mais de 70% de todas as empresas da Fortune 500 confiam nas mídias sociais como parte da sua estratégia de marketing e gerenciamento da cadeia de suprimentos. Por meio das mídias sociais, a empresa pode criar uma comunicação mais aberta com os clientes, aumentar a visibilidade, me- lhorar a demanda dos produtos, utilizar estratégias de marketing eficazes e econômicas, reduzir os seus custos operacionais e aprimorar a produtividade. A mídia social pode ser usada para interagir com os clientes, responder dúvi- das, relatar acidentes ou condições climáticas que possam impedir os horários de entrega e criar atualizações automáticas sobre o inventário. SaiBa maiS Facebook e Twitter são essencialmente o crème de la crème das redes sociais. Esses canais de nível sênior superaram sites como o Google+ e o Pinterest por décadas e a sua versatilida- de os torna perfeitos para se conectar com um público amplo. Embora ambas as plataformas tenham os seus altos e baixos ultimamente,elas continuam sendo a escolha mais popular para muitos profissionais de marketing, e por boas razões. O Twitter e o Facebook são inovadores e prontos para serem adaptados às necessida- des dos clientes. O Facebook é facilmente a rede de mídia social mais ativa, especial- mente quando você considera que é dono do WhatsApp e do Instagram. Esse canal exclusivo atrai várias gerações, que parecem seduzidas pela ideia de se conectar com a família, manter o controle sobre os amigos e garantir que também tenham acesso às suas marcas favoritas. No Facebook, um dos mercados que mais cresce é o dos 87 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO idosos, já o Instagram atrai mais os clientes jovens. Apesar da sua base de usuários mensal relativamente pequena, o Twitter tem outra vantagem para o acesso do pú- blico. Essa plataforma não é apenas popular entre o consumidor médio; jornalistas, políticos e celebridades a usam com regularidade também. Isso significa que o Twit- ter é frequentemente o lugar para encontrar notícias sobre tendências. Por fim, destacamos que, para melhorar como um negócio, é essencial adaptar-se continuamente às tecnologias emergentes a fim de se manter à frente da concorrên- cia. Ao integrar as tecnologias modernas no plano de negócios, uma empresa pode melhorar muito a produtividade, reduzindo custos e aumentando a satisfação e a re- tenção dos clientes, que provavelmente deixarão uma empresa que rotineiramente tenha atrasos no envio, erros de envio ou produtos em falta. Melhorar a cadeia de su- primentos pode minimizar o risco e aumentar a sua idoneidade aos olhos do público. 88 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO CONCLUSÃO Nesta unidade, concluímos que a Tecnologia de Informação (TI) aplicada à logística possibilita um melhor controle do fluxo de informações das cadeias envolvidas, agin- do em conjunto e dando sustentação aos sistemas de informação logística. Vimos que, atualmente, as empresas buscam de forma contínua maneiras de introduzir tecnologias de processamento de pedidos destinadas à melhorar as ineficiências. Quando a base dos clientes de uma empresa se estende por todo o mundo, não é incomum encontrar discrepâncias no alinhamento das novas tecnologias com as operações de negócios dos clientes. Percebemos também que a tecnologia impul- siona de todas as maneiras a operação de uma empresa onde a capacidade produti- va evolui constantemente por meio dos novos equipamentos, materiais, qualificação dos funcionários, entre outros. Isso, por sua vez, gera eficiência, tomada de decisões e melhora no nível do atendimento ao cliente. Vimos que o Sistema de Gerenciamento de Pedidos coordena o pedido e o relacio- namento com o cliente. Cada empresa precisa de um sistema de registro que con- solide os pedidos de várias fontes em um único local. Estudamos que o Intercâmbio Eletrônico de Dados é um método para transferir dados entre organizações. O mun- do do varejo adotou o EDI como o método preferido das transações de ordens de compra, notificação de remessa e até faturamento. No entanto, cada varejista tem a flexibilidade de definir os seus próprios requisitos nos campos de dados. Percebemos que as soluções de processamento de pedidos de TI efetivamente confi- guradas beneficiam clientes e fornecedores. A tecnologia permite um processamento de pedidos mais rápido e preciso, além de disponibilizar informações de rastreamen- to sobre o progresso dos pedidos conforme necessário. Os funcionários registram os vários estágios do atendimento de pedidos em bancos de dados e podem acessar registros dos clientes para obter informações sobre pagamentos ou problemas. Subs- tituir o papel por soluções de tecnologia digital pode resultar em maior transparên- cia, menores custos e maior satisfação do cliente. Como a cadeia de suprimentos envolve a fabricação e a entrega de peças e produtos reais e tangíveis, o termo “cadeia de suprimentos digital” parece ser contraintuitivo. Mas a tecnologia da cadeia de su- primentos digital é uma das expansões tecnológicas mais promissoras no mundo do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Por fim, concluímos que a tecnologia da informação é um segmento crucial de qual- quer empresa ou organização logística e contribui para a melhoria dos resultados operacionais e financeiros. 89 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: > Defina logística enxuta. > Explique o conceito lean. > Explique o Seis Sigma. UNIDADE 6 90 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 6 LOGÍSTICA ENXUTA Em um ambiente de fabricação e distribuição em constante mudança, é necessário estabelecer processos logísticos robustos, enxutos e adaptáveis. Uma abordagem para alcançar isso são otimizações baseadas na filosofia enxuta. Evitar o desper- dício, alcançar o fluxo e a orientação para o cliente pode aumentar consideravel- mente o potencial, reduzir o tempo de estoque e ciclo e economizar recursos em logística também. O desperdício no sentido tradicional ainda pode ser encontrado na maioria das em- presas, mesmo em diferentes funções. A introdução dos princípios lean (enxutos) na produção muitas vezes desencadeia a decisão de iniciar um projeto de logística en- xuta e definir novos requisitos em logística. A abordagem de logística enxuta possibilita a quebra de estruturas antigas, uma vez que processos logísticos enxutos e padronizados são implementados na organização e os custos logísticos são reduzidos de forma sustentável. A abordagem confiável de gerenciamento enxuto exige uma visão integrada da logística e da produção, na qual os processos de fabricação podem, então, ser otimizados de ponta a ponta. Logo, os processos logísticos inovadores são projetados de acordo com as necessidades do cliente nas fábricas, bem como nos armazéns ou nas docas cruzadas. A logística enxuta atinge processos otimizados em termos de custo, quantificáveis e escalonáveis. A experiência mostra que os custos da cadeia de suprimentos, muitas vezes, podem ser reduzidos na faixa percentual de dois dígitos. Além disso, projetos de logística enxuta podem levar aos seguintes resultados: reduções no espaço da ca- deia de suprimentos; estoques mais baixos; eliminação de paralisações e atrasos na logística e produção; redução do tempo de processamento; aumento da disponibili- dade do produto; menos pessoal de logística e equipamentos necessários. 6.1 LOGÍSTICA ENXUTA O gerenciamento da cadeia de suprimento foi projetado para remover o desperdí- cio dos resíduos na produção como excesso de estoque, tempo e custo. Cadeias de suprimentos são destinadas a puxar, não empurrar, o estoque por meio de fluxos de 91 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO produção e movimentação de materiais. Atacadistas, fabricantes, varejistas, distribui- dores, fornecedores e todas as partes envolvidas na cadeia de suprimentos sentem a pressão para reduzir e equilibrar custo, tempo e estoque, para serem enxutos. Nesse sentindo, lean logistics ou logística enxuta tem muitos desafios, como o do tempo adicional necessário para que as remessas movam porta a porta pela longa distância e pela quantidade de partes envolvidas em cada remessa: fornecedores; ca- minhoneiros; agentes de carga; terminais; despachantes aduaneiros;ferrovias; trans- portadoras marítimas/aéreas; e muito mais. Trazer uma estrutura enxuta para uma cadeia de suprimentos extensiva é complexo, muitas vezes, as partes estão trabalhan- do juntas e em desacordo com cada transação de ordem de compra/envio. O desperdício pode ser difícil de reconhecer; é visto e aceito como o negócio da em- presa é conduzido, sendo considerado, em algumas vezes, como parte do “processo” em curso. FIGURA 33 - DESPERDÍCIO: DIFÍCIL DE SER VISTO Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. Nesse sentido, existem ferramentas para que uma empresa se torne enxuta. Cada uma tem diferenças quanto à facilidade de uso, tempo para implementar, benefícios e riscos. Vamos conhecer algumas dessas ferramentas! 1. 5S ou cinco sensos: referem-se às cinco dimensões da otimização do local de trabalho: seiri (sort); seiton (ajuste em ordem); seiso (shine, limpeza); seiketsu (standardize); e shitsuke (sustain). O programa 5S define as etapas usadas para tornar todos os espaços de trabalho eficientes e produtivos, ajudar as pessoas a compartilhar estações de trabalho, reduzir o tempo procurando as ferramentas necessárias e melhorar o ambiente de trabalho. 92 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO 2. configuração rápida: a configuração ou troca rápida tem aplicação no depósi- to para ajustar o layout de produtos sazonais, novos produtos e alterações nos produtos que estão em movimento rápido e geralmente são escolhidos e nos itens complementares que os acompanham. A redução do tempo pode envol- ver manutenção (incluindo 5S), configuração de áreas menores para centros de distribuição e tecnologia (como sistemas de gerenciamento de armazém e iden- tificação por radiofrequência ou RFID, do inglês Radio-Frequency IDentification). 3. padronização: padronizar envolve processos de trabalho eficientes que são repe- tidamente seguidos para definir quem, o que, como, onde e quando. Essa ferra- menta ajuda as empresas a sincronizarem o tempo necessário para puxar e enviar todos os pedidos (takt time) e o tempo real para fazer isso (tempo de ciclo). Pode ser a base para o treinamento de funcionários. O uso dessa ferramenta pode va- riar de armazéns, emissão de ordens de compra e outras atividades de escritório. 4. Kanban: o uso do Kanban apresenta uma maneira nova e exclusiva de visualizar o “armazenamento” e o posicionamento do estoque na cadeia de suprimentos. Ele apresenta uma maneira de coordenar processos de várias etapas para vários produtos. Com o Kanban, pequenos estoques são colocados em locais dedi- cados para o controle da cadeia de suprimentos. Essa abordagem vai contra a maneira tradicional de grandes centros de distribuição entregar caminhões de produtos a lojas ou clientes. Em vez disso, “miniarmazéns” são usados para posicionar o estoque mais próximo do cliente final e aumentar a rapidez de entrega e giro de estoque. O ponto de venda e outras tecnologias podem ser o sinal de retirada para acionar o desenho e o reabastecimento dos Kanbans. Os itens colocados nos Kanbans da cadeia de suprimentos podem ser limitados a inventários de alto valor, como itens A, e depois usar o armazém regular para os itens B e C. Uma variação do Kanban é com as cadeias de suprimento de impor- tação e diferenciando itens A versus B versus C e usando métodos de trânsito de operadora e modo mais rápido para itens selecionados. Isso reduz o tempo e o inventário com tamanhos de lote menores para esses itens selecionados. Todos os inventários não são tratados da mesma forma dos fornecedores nem no que diz respeito ao armazenamento. 5. célula de trabalho: uma célula de trabalho é uma unidade maior que uma operação individual, mas menor que um departamento. É independente de equipamentos e recursos. A aplicação potencial é com a combinação de mul- tioperações em uma área central, onde o armazém faz atividades adicionais, como montagem de kits ou montagem. 93 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO 6. Seis Sigma: esta é uma ferramenta avançada e ligada à qualidade. O foco é a variação e controle, está impedindo erros. A medição estatística é fundamental. É usado em toda a cadeia de suprimentos, não apenas em atividades ou locais selecionados. O Seis Sigma leva o gerenciamento da cadeia de suprimentos enxuta ao seu nível final. Não existe uma ferramenta única para a logística enxuta. Várias ferramentas podem ser usadas em diferentes áreas e em diferentes sequências para agregar valor e redu- zir o desperdício. À medida que o ambiente competitivo muda a forma como as empresas fazem ne- gócios, as empresas estão adotando iniciativas lean e Six Sigma para apoiar reduções de custos e melhorias de qualidade. Embora esses programas tenham sido inicial- mente iniciativas separadas na maioria das organizações, as empresas da atualidade veem que o lean e o Seis Sigma não competem entre si, mas que os dois se comple- mentam e preveem o desenvolvimento de atividades de melhoria contínua. atenÇÃo para SaBer: mas o que isso tem a ver com a logística? A resposta rápida é “tudo”. Uma vez que nos baseamos nos princípios do lean e do Seis Sigma, o gestor perceberá que a logística, o lean e o Seis Sigma formam uma união natural que alavanca os pontos fortes e fracos da empresa para criar um mode- lo cultural e operacional que ajudará o gestor a resolver questões antigas, melhoran- do as operações em todos os níveis e reduzindo os custos operacionais. o que é o lean Os conceitos de lean logistic estão profundamente enraizados na produção enxuta (Figura 2) do Toyota Production System, por exemplo. Jim Womack resume os prin- cípios-chave do Sistema Toyota de Produção como lean manufacturing em seu livro “Lean thinking”. Em sua forma mais pura, lean é sobre a eliminação de resíduos e o 94 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO aumento de velocidade e fluxo. Embora isso possa ser uma simplificação excessiva, o objetivo final do lean é eliminar o desperdício de todos os processos, e no topo da lista de resíduos conhecidos está a eliminação do estoque. FIGURA 34 - LEAN MANUFACTURING: INDÚSTRIA AUTOMOTIVA Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. Na busca pela definição mais adequada de “lean”, o plano de fundo de uma empresa desempenha um papel importante. O uso da palavra “lean” pode se concentrar em princípios, conceitos ou um tipo de ideologia que pode ser aplicado às atividades e diretrizes de gestão de uma organização. Pode ser entendida ainda como uma ma- neira de criar mais valor para os clientes usando menos recursos, ou seja, o processo de maximizar o valor do cliente e minimizar o desperdício. Já o Lean Six Sigma é uma metodologia muito popular que utiliza os conceitos de lo- gística enxuta e Seis Sigma em conjunto para melhorar o desempenho. Usando uma abordagem sistemática, as empresas são capazes de identificar e eliminar o desper- dício de várias maneiras. Talvez mais comumente, as empresas trabalham para redu- zir a variação de como as coisas são produzidas. Isso é feito identificando as melhores práticas e tomando as providências para garan- tir que elas sejam seguidas em todos os momentos. Em muitos casos, as empresas farão as coisas de maneira diferente em cada turno ou até mesmo por cada funcio- nário. Isso resultará em uma quantidade significativa de tempo e esforço desperdiça- dos. Em vez de permitir que isso continue, os empregadores podem se beneficiar do tempo necessário para identificar a melhor maneira possível de concluir uma tarefa e, então, exigir que todos façam da mesma maneira. 95 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Além de reduzir a variação e aumentar a eficiência, fornecerá à empresa muitos ou- tros benefícios. Quando as coisas são feitas uniformemente, há menos risco de aci- dentes ou ferimentos. Também ajuda a aumentar a previsibilidade de um processo, o que é importante para o planejamento. 6.1.1 PRINCÍPIOS LEAN Ao implementar a logística enxuta, é importante entender os princípios lean que aju- darão a guiar uma empresa pelo processo. Esses princípios precisarão ser compreen- didos e seguidos em todas as etapas da fabricação, a fim de eliminar o desperdício e funcionar de maneira eficiente. 1. determinar o que cria valor: saber o que os clientes querem ajuda a determinar o que é valioso. Se os clientes não pagarem o especificado pelo produto, pode- mos entender que não foi criado ou percebido o valor pelo cliente. 2. identificar todas as etapas da cadeia de processos: dividir o processo de manu- fatura em etapas individuais é uma parte importante da identificação e elimina- ção do desperdício. Também pode ser útil na tomada de medidas (controle de qualidade, implantação de sistemas de informação, treinamentos) para melho- rar o processo de produção. 3. melhorar o fluxo do processo: melhorar o fluxo ajuda a garantir que as coisas se- jam feitas na ordem certa, no momento certo e no caminho certo. Ao organizar o fluxo do processo adequadamente, a logística enxuta pode oferecer muitos benefícios para qualquer ambiente (visualização de gargalos, por exemplo). 4. confiar na atração dos clientes: em vez de criar produtos e esperar que os clien- tes os comprem, permita que os clientes “demandem” os produtos conforme forem necessários. Isso reduz o desperdício e o risco na produção. 5. esforçar pela perfeição: sempre procure maneiras de melhorar o processo. Isso pode ser feito por meio de melhorias no maquinário, políticas aprimoradas ou qualquer outra coisa. Se esforçar constantemente para a perfeição é uma parte importante da logística enxuta 96 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Esses princípios ajudarão a empresa a não apenas implementar adequadamente a logística enxuta, mas também a continuar a usá-la no futuro para obter melhorias contínuas. O impacto do lean em uma empresa é significativo, pois o seu objetivo é eliminar o desperdício (estoque), o que diminuirá o trabalho nos estoques de proces- so, os tempos de ciclo e processo e, em última análise, aumentará a velocidade e o fluxo da cadeia de suprimentos. O objetivo da aplicação lean em uma empresa como um todo é o desenvolvimento a longo prazo. Várias ferramentas lean devem ser empregadas simultaneamente para serem efetivas e precisam ser aprimoradas continuamente. É vantajoso para uma organização usar a maioria ou todas as ferramentas, em vez de praticar apenas uma ou duas. Abaixo estão listadas algumas das ferramentas lean que as organizações podem usar para alcançar melhorias: • mapeamento do fluxo de valor; • melhoria contínua – Kaizen; • manutenção produtiva total; • 5S; • mapeamento de processos; • desenvolvimento de fornecedores. O praticante de lean não se concentra em fatores de custo individuais, como trans- porte ou armazenamento, mas se concentra em “custo total de propriedade”. Com os custos de manutenção de estoques representando 15-40% do custo total de lo- gística para muitos setores, tomar decisões com base no custo total tem implicações relevantes para o responsável pela logística. Infelizmente, muitas organizações nunca adotam totalmente os conceitos de custo total, já que decisões erradas são tomadas continuamente com base em indicadores de custo tradicionalmente visíveis, como transporte, armazenamento e práticas de abastecimento malfadadas. o que é Six Sigma O Six (Seis) Sigma é uma metodologia de gerenciamento que tenta entender e eli- minar os efeitos negativos da variação em nossos processos. Com base em uma in- fraestrutura de profissionais treinados, o Seis Sigma oferece um modelo de solução 97 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO de problemas armado com voz dos utilitários do cliente e ferramentas estatísticas de controle de processos. O processo Definir-Medir-Analisar-Melhorar-Controlar (DMAIC) é um mapa ou abordagem passo a passo, para entender e melhorar os desafios orga- nizacionais, a fim de reduzir a variação nos processos e tentar alcançar a “qualidade Seis Sigma”. No coração do Seis Sigma, está o princípio da redução de variação. Essencialmente, a teoria é que, se pudermos entender e reduzir a variação em nossos processos, pode- remos implementar iniciativas de melhoria que centralizarão o processo e garantirão a exatidão e a confiabilidade em torno das expectativas do cliente. Por exemplo, se o ciclo de entrega do pedido de compra necessário para o seu fornecedor na China for de 60 dias, e você tiver uma média de 60 dias, poderá pensar que está tudo bem. No entanto, sua média de 60 dias pode refletir o fato de que alguns pedidos chegam em 45 dias e outros são entregues em 75 dias. É essa variação que resulta em transporte acelerado, fora de estoques e todos os males do resultado de não confiança, o pior dos quais é a acumulação de estoque. O conceito de redução de variação é primordial para o gestor logístico. Como dito, a logística é sobre o gerenciamento de estoque e sua administração é uma questão de gerenciar a variação, um direcionador tanto na quantidade de estoque transportado quanto no potencial de ruptura de estoque. Dados os tipos básicos de inventário, a variação desempenha um papel vital na forma como os estoques são gerenciados em todos os níveis. Por exemplo, o estoque de segurança é necessário para proteger os processos pro- dutivos contra incógnitas ou incertezas, ou seja, são mantidos devido à variação da qualidade do fornecedor, confiabilidade do transporte, capacidade do processo de operações internas e padrões de demanda do cliente, quebra inesperada de equipa- mentos, falta de funcionários, entre outros. Se a variação do fornecedor para o cliente puder ser compreendida e controlada, as empresas poderão reduzir drasticamente a dependência da segurança e dos estoques reguladores. Implícito nisso está o apa- rente vício que as empresas parecem ter que inventariar. Portanto, logística lean Seis Sigma pode ser definida como a eliminação de estoques desnecessários através de esforços disciplinados para entender e reduzir a variação, enquanto aumenta a velocidade e o fluxo na cadeia de suprimentos. Se colocarmos isso na cadeia de fornecimento global, o impacto pode ser significativo para varejis- 98 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO tas, atacadistas, distribuidores, fabricantes e fornecedores. Os prestadores de serviços de logística também precisam entender isso e seu impacto na redução do desperdí- cio e no controle da variação dos processos de produção. 6.1.2 LOGÍSTICA ENXUTA: OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A logística enxuta (Figura 35) descreve o design de sistemas logísticos em que o ob- jetivo principal é evitar recursos desperdiçados. Outro aspecto relevante da aborda- gem lean é aumentar a flexibilidade dos sistemas de logística e processos de forne- cimento. O foco é sempre alcançar um resultado geral ótimo nos sistemas logísticos. Para isso, o conhecimento do campo da produção enxuta é aplicado aos processos logísticos, entre outras coisas. FIGURA 35 - LOGÍSTICA ENXUTA: CONTROLE DE ESTOQUES Fonte: SHUTTERSTOCK,2018. Para dar um exemplo, caminhos curtos e diretos nos processos de suprimentos e na logística interna são um aspecto importante na otimização dos sistemas logísticos, assim como evitar o manuseio múltiplo. A alta utilização da capacidade de transpor- te representa outro alicerce da abordagem de logística enxuta. Muitas abordagens de melhores práticas da logística enxuta servem como base para um projeto de pro- cesso otimizado. 99 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO A logística enxuta é comumente usada em muitas indústrias diferentes na atualida- de. Eles são baseados no conceito original de manufatura enxuta, que começou na indústria manufatureira japonesa. Embora haja momentos em que a logística enxuta e lean são termos usados de forma intercambiável, nem sempre é esse o caso. Logísti- ca é uma implementação detalhada e/ou organização de uma operação de natureza complexa. Então, em vez de ser uma estratégia enxuta genérica, que pode ser quase tudo que é feito para eliminar o desperdício, a logística enxuta vai se referir a tarefas mais complexas. Isso pode ser um processo de fabricação, armazenagem, remessa ou qualquer ou- tra coisa. Os conceitos por trás da logística enxuta são usados de muitas maneiras em muitos setores diferentes. Quando feito corretamente, eles ajudarão a eliminar o desperdício, melhorar a segurança e aumentar a lucratividade da empresa que está seguindo os principais princípios logísticos. A logística enxuta pode ser útil para reduzir ou eliminar o desperdício em praticamente qualquer ambiente imaginável. Os conceitos são amplos o suficiente para serem mo- dificados ou adaptados a todos os tipos de indústrias. A seguir, estão alguns dos dife- rentes tipos de atividades (trabalho) que aproveitam as vantagens da Logística Enxuta. 1. Fabricação: a indústria de manufatura é onde a logística enxuta começou. Esta ainda é, de longe, a indústria mais popular em que as estratégias enxutas são usadas. 2. Trabalhos de escritório: os ambientes de escritório podem se beneficiar enorme- mente das metodologias enxutas. Existem muitos recursos informativos sobre como implementar o lean em praticamente qualquer ambiente de escritório. 3. Auto mecânica: mecânicos e garagens costumam ter uma quantidade significa- tiva de resíduos, o que pode torná-los ineficientes. Aproveitar a logística enxuta pode reduzir significativamente o desperdício. 4. Design de produto: esta é uma indústria que muitas pessoas ignoram quando se trata de conceitos enxutos, mas também pode se beneficiar dos processos inteligentes. 5. Hospitais: estão adotando uma logística enxuta em um ritmo muito rápido, de- vido ao fato de que a redução de erros pode literalmente ajudar a salvar vidas. Além disso, uma das maneiras de reduzir o desperdício é manter as coisas lim- pas, o que é de suma importância em um hospital. 100 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO Cada um desses tipos de trabalho tem exemplos comprovados de como o lean pode beneficiá-los. Quando as empresas estão procurando começar a usar a logística en- xuta, podem recorrer a exemplos existentes de onde ela foi benéfica e aprenderem com elas para facilitar a implementação. A implementação de uma cadeia de suprimentos enxuta é uma das melhores ma- neiras de reduzir o desperdício e o custo total das operações. Ao exigir que uma empresa reduza os recursos necessários para concluir um trabalho, é possível cor- tar custos e aumentar a produtividade. Em uma cadeia de suprimentos, existem muitos recursos que podem ser analisados para ver onde os resíduos podem existir. Algumas das áreas mais comuns incluem a listadas a seguir. 1. inventário: as empresas que seguem estratégias logísticas enxutas precisam manter o estoque no mínimo o tempo todo. Ter apenas o suficiente para aten- der às demandas dos clientes reduzirá o excesso de despesas relacionadas ao armazenamento dos itens, bem como o risco de serem danificados. 2. armazenamento: os produtos de armazenamento são sempre um desperdício, mesmo que por vezes seja inevitável. Um armazém é tipicamente uma parada extra na cadeia de suprimentos enxuta, que introduz custos e riscos maiores ao processo de fabricação e vendas. 3. caminhões: sempre que um produto é carregado em um caminhão, ele está criando movimento, que é uma forma de desperdício. Minimizar o número de caminhões que um produto tem de seguir ajudará a reduzir esse movimento excessivo e agilizar o processo de transporte. 4. 5 o tempo que os produtos estão “na estrada” é outra forma de desperdício que deve ser minimizada. Algum tempo de viagem é necessário, mas sempre que pode ser reduzido, deveria ser. A combinação de vários produtos em remessas únicas também pode ajudar a reduzir o desperdício. 5. pessoas: há muitas pessoas envolvidas no processo de embalagem, carrega- mento e envio. Ao usar uma cadeia de suprimento enxuta, algumas dessas pes- soas podem ser realocadas para tarefas mais produtivas, que não produzam resíduos. 101 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO A logística enxuta deve ser encarada como um investimento a longo prazo para me- lhorar a qualidade, reduzir o desperdício e beneficiar o resultado final de uma empre- sa. Alguns esforços produzirão resultados imediatos, mas muitos outros podem levar anos até que os benefícios sejam plenamente realizados. Avaliando continuamente como as coisas são feitas ao longo do processo em questão e identificando maneiras de fazer melhorias, uma empresa pode encontrar muitas maneiras de criar um local de trabalho mais seguro, mais eficiente e melhor para todos os envolvidos. 6.2 PRINCÍPIOS DA LOGÍSTICA ENXUTA Logística é um termo usado em todo o mundo para descrever o armazenamento, distribuição e transporte de produtos, desde o fabricante até o consumidor. Lean se refere à redução do desperdício de qualquer forma em qualquer setor. Para o setor de logística, é o desperdício de materiais e produtos, o processamento de pedidos e o tempo dos funcionários, bem como a perda de vendas em toda a cadeia de supri- mentos. É uma filosofia de melhoria de processos e serviços de fabricação baseada na eliminação de desperdícios e atividades que não agregam valor ao produto final ou serviço oferecido ao cliente. Nesse sentindo, podemos definir os princípios da lo- gística enxuta como: 1. definir e identificar o valor a partir da perspectiva do cliente, a fim de eliminar o desperdício (ou seja, tudo o que adiciona custos ao produto sem agregar valor); 2. tornar os processos de negócios visíveis com um mapa de fluxo de informações e recursos. Por meio de indicadores lean, identificam-se oportunidades de me- lhoria e eliminação de desperdícios; 3. criar “fluxo” no processo de negócios para que as informações e recursos fluam mais rapidamente e os problemas possam ser visualizados; 4. adotar um sistema de produção Pull (just in time) para manter pequenas quan- tidades de estoque e evitar superprodução; 5. aplicar Kaizen para melhoria contínua. Tendo visto os princípios básicos de lean, vamos estudar como estes se aplicam à logística, criando o que veio a ser cha- mado de lean logistics. 102 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO E quais são os objetivos da filosofia lean logistics? 1. Distribuir o material necessário, quando necessário, na quantidade certa e con- venientemente apresentado olhando para trás da cadeia de suprimentos; 2. procurar a eficácia nadistribuição de produtos que aguardam a cadeia de su- primentos; 3. eliminar o desperdício em cada elo da cadeia para melhorar a eficácia das ope- rações; 4. reduzir os prazos de entrega em cada link da cadeia para alcançar os clientes primeiro. A abordagem ideal é projetar a cadeia de suprimentos perfeita e adequar a opera- ção da sua empresa a ela. O gerenciamento da cadeia de suprimento destina-se a reduzir o excesso de estoque na cadeia de suprimentos, e esta deve ser orientada pela demanda, ou seja, deve ser pensada com base na abordagem de clientes pu- xando estoque, não com fabricação ou fornecedores empurrando estoques. O exces- so de estoque reflete o tempo adicional com a operação da cadeia de suprimentos. Assim, a cadeia de suprimentos perfeita seria enxuta com a remoção de tempo e estoque desnecessários. O gerenciamento da cadeia de suprimentos, especialmente o desenvolvimento e a implementação do lean, apresenta desafios que devem ser reconhecidos. Estes são adicionais aos problemas “usuais” da empresa com o lean, como a falta de know-how de implementação, a resistência à mudança, a falta de uma crise para criar urgência, obter recursos e compromisso e retroceder. Às vezes, esses desafios não são abor- dados ou apreciados com a logística enxuta. Logo, o gerenciamento da cadeia de suprimentos lean não é sobre “consertar” o que outra pessoa está fazendo de errado. Trata-se de identificar e eliminar o desperdício conforme medido no tempo, estoque e custo em toda a cadeia de suprimentos. Isso requer esforço e melhoria contínuos. Tamanhos menores de lote, maior flexibilidade, entregas mais rápidas aumentaram ainda mais como uma exigência e forma de fazer negócios. As empresas estão ava- liando a expansão da logística enxuta - onde as ferramentas de lean são usadas em segmentos da empresa, como armazenagem - e tornando-se enxutas em toda a sua cadeia de suprimentos. Mas os benefícios podem ser significativos ao ganhar partici- 103 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO pação de mercado, reduzir o capital atrelado ao estoque, aumentar a lucratividade, melhorar o atendimento ao cliente, aumentar a capacidade e tirar tempo de toda a maneira de fazer as coisas da empresa. Frequentemente, há processos complementares ou de suporte com o gerenciamen- to da cadeia de suprimentos enxuta. Os processos adicionais podem incluir: a tercei- rização para gerenciar o desempenho do fornecedor para itens críticos e importan- tes; cliente estratégico para obter o ponto de vista necessário dos principais clientes; planejamento de vendas e operações para combinar o fornecimento estratégico e o cliente com o gerenciamento tático diário da cadeia de suprimentos. 104 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO CONCLUSÃO Nesta unidade, concluímos que a abordagem de logística enxuta possibilita a quebra de estruturas antigas, uma vez que processos logísticos enxutos e padronizados são implementados na organização e os custos logísticos são reduzidos de forma susten- tável. Vimos que à medida que o ambiente competitivo muda a forma como as em- presas fazem negócios, elas estão adotando iniciativas lean e Six Sigma para apoiar reduções de custos e melhorias de qualidade. O Lean Six Sigma, por sua vez, é uma metodologia muito popular, que utiliza os conceitos de logística enxuta e Seis Sigma em conjunto para melhorar o desempenho. Usando uma abordagem sistemática, as empresas são capazes de identificar e eliminar o desperdício de várias maneiras. Concluímos ainda que o objetivo da aplicação lean em uma empresa como um todo é o desenvolvimento a longo prazo. Várias ferramentas lean devem ser empregadas simultaneamente para serem efetivas, também precisam ser aprimoradas continua- mente. É vantajoso para uma organização usar a maioria ou todas as ferramentas, em vez de praticar apenas uma ou duas. Abaixo estão listadas algumas das ferramentas lean que as organizações podem usar para alcançar melhorias: mapeamento do flu- xo de valo; melhoria contínua – Kaizen; manutenção produtiva total; 5S; mapeamento de processos; desenvolvimento de fornecedores. Vimos ainda que o Six (Seis) Sigma é uma metodologia de gerenciamento que tenta entender e eliminar os efeitos negativos da variação em nossos processos. Com base em uma infraestrutura de profissionais treinados, o Seis Sigma oferece um modelo de solução de problemas armado com voz dos utilitários do cliente e ferramentas estatísticas de controle de processos. Concluímos, portanto, que a logística enxuta é comumente usada em muitas indústrias diferentes na atualidade. Eles são baseados no conceito original de manufatura enxuta, que começou na indústria manufaturei- ra japonesa. Embora haja momentos em que a logística enxuta e lean são termos usados de forma intercambiável, nem sempre é esse o caso. Logística é uma im- plementação detalhada e/ou organização de uma operação de natureza complexa. Ela deve ser encarada como um investimento a longo prazo para melhorar a qualida- de, reduzir o desperdício e beneficiar o resultado final de uma empresa. 105 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS SUMÁRIO Logo, a abordagem ideal é projetar a cadeia de suprimentos perfeita e adequar a operação da sua empresa a ela. O gerenciamento da cadeia de suprimento destina- -se a reduzir o excesso de estoque na cadeia de suprimentos e esta deve ser orientada pela demanda, ou seja, deve ser pensada com base na abordagem de clientes puxan- do estoque, não com fabricação ou fornecedores empurrando estoques. 106 Gerenciamento da cadeia de SuprimentoS FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de Suprimentos/logística empresa- rial. Porto Alegre: Bookman, 2006. CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. (Org). Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2014. SIMÕES, G. C. F.; RIBEIRO, P. C. C. Gestão da cadeia de Suprimentos integrada à tec- nologia da informação. São Paulo: Cengage Learning; Rio de Janeiro: Editora Senac Rio de Janeiro, 2013. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresa- rial. Porto Alegre: Bookman, 2006. CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. (Org.). Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2014. SIMÕES, G. C. F.; RIBEIRO, P. C. C. Gestão da cadeia de suprimentos integrada à tec- nologia da informação. São Paulo: Cengage Learning; Rio de Janeiro: Senac Rio de Janeiro, 2013. EAD.MULTIVIX.EDU.BR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE: SAÚDE • EDUCAÇÃO • DIREITO • GESTÃO E NEGÓCIOS 1 Introdução 1.1 Cadeia de Suprimentos 1.1.1 A evolução do conceito da Cadeia de Suprimentos 1.1.2 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Conclusão 2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 2.1 Introdução 2.2 2. Gestão da Cadeia de Suprimentos 2.2.1 Logística versus Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 2.2.2 Benefícios do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 2.2.3 O papel do software de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 2.2.4 A importância do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 2.2.4.1 Princípios do SCM Conclusão 3 Demanda 3.1 Introdução 3.2 Demanda 3.2.1 Função de demanda 3.2.2 Padrão de demanda 3.2.2.1 Gestão da demanda Conclusão 4 Logística de Aquisição 4.1 Introdução 4.2 Logística de Aquisição 4.3 O Relacionamento com o Fornecedor 4.3.1 Cliente Valorizado 4.4 O Supplier Relation Management (SRM) 4.4.1 Tipos de Fornecedores 4.4.2O Sistema SRM Conclusão 5 Tecnologia de Informação na Cadeia de Suprimentos 5.1 Tecnologia de Informação na Cadeia de Suprimentos 5.1.1 Tipos de Tecnologia de Informação 5.1.2 Processamento de Pedidos 5.2 Cadeia de Suprimentos Digital 5.3 Outras Tecnologias de Informação utilizadas na Cadeia de Suprimentos Conclusão 6 Logística enxuta 6.1 Logística enxuta 6.1.1 Princípios lean 6.1.2 Logística enxuta: otimização da cadeia de suprimentos 6.2 Princípios da logística enxuta Conclusão Referências FIGURA 1 - Modelo de Cadeia de Suprimentos FIGURA 2 - Cadeia de Suprimentos FIGURA 3 - Figura 3 – Logística e Cadeia de Suprimentos FIGURA 4 - Cadeia de Suprimentos: rede de organizações FIGURA 5 - Modelo de Palete FIGURA 6 - Modelo de Contêiner FIGURA 7 - Distribuição física (Porto) FIGURA 8 - Supply Chain Management – SCM FIGURA 9 - Cadeia de Suprimentos – rede global FIGURA 10 - Processo de compra FIGURA 11 - Processo de fabricação FIGURA 12 - Processo de distribuição FIGURA 13 - Atendimento FIGURA 14 - Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística FIGURA 15 - Cadeia de suprimentos simples FIGURA 16 - Curva de demanda individual FIGURA 17 - Curva de demanda: alteração no preço FIGURA 18 - Curva de demanda: preço constante FIGURA 19 - Demanda sazonal FIGURA 20 - Demanda: tendência FIGURA 21 - Logística de Aquisição: compra de tubos metálicos FIGURA 22 - Abordagem com Fornecedor FIGURA 23 - Tecnologia de Informação FIGURA 24 - Mundo Conectado FIGURA 25 - Supplier Relationship Management FIGURA 26 - Atacado: grandes quantidades de produtos FIGURA 27 - EDI FIGURA 28 - Order Management System (OMS) FIGURA 29 - Warehouse Management System (WMS) FIGURA 30 - Cadeia de Suprimentos Digital FIGURA 31 - Sistema ERP FIGURA 32 - Radio-Frequency IDentification (RFID) FIGURA 33 - Desperdício: difícil de ser visto FIGURA 34 - Lean manufacturing: indústria automotiva FIGURA 35 - Logística enxuta: controle de estoques