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Alimentação Complementar: De acordo com Ministério da Saúde (MS), a partir de 6 meses, além do leite materno, outros alimentos devem fazer parte das refeições da criança. A alimentação da família deve ser saudável para que a criança a partir do sexto mês também possa comê-la sem a necessidade de se preparar alimentos diferentes e separadamente para o bebê.
A base da alimentação da criança e de toda a família deve ser composta por alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos in natura são obtidos diretamente da natureza e não sofrem qualquer modificação, enquanto o os alimentos minimamente processados passam por poucas modificações, como limpeza, remoção de partes indesejáveis, divisão, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento sem que haja adição de substâncias de uso culinário como sal, açúcar e gorduras ou qualquer outra substância e aditivo alimentar.
Portanto, a introdução alimentar consiste na oferta de água, frutas, legumes, verduras, cereais, leguminosas, raízes e tubérculos, carnes e ovos, de forma complementar ao leite materno. Basicamente, após os seis meses, a criança deve receber três refeições ao dia, dois lanches com fruta e o almoço (arroz, feijão, carne, legumes e verduras). Após completar sete meses de vida, respeitando-se a evolução da criança, pode-se incluir o jantar.
Entre os 6 aos 12 meses de vida, a criança necessita se adaptar aos novos alimentos, cujos sabores, texturas e consistências são muito diferentes do leite materno. Com 12 meses a criança já deve receber, no mínimo, cinco refeições ao dia, conforme a alimentação da família.
Recomenda-se que a fruta seja oferecida in natura, ao invés de sucos que possuem elevada densidade energética e baixo teor de fibras. E as grandes refeições (almoço e jantar) devem conter um alimento de cada grupo (cereais ou tubérculos + leguminosas + legumes ou verduras + carne ou ovos).
Nos primeiros dias, não é preciso se preocupar com a quantidade de comida ingerida, visto que o mais importante é proporcionar a introdução lenta e gradual de novos alimentos, para que a criança experimente novos sabores e texturas e treine o processo de mastigação e deglutição.
Como consequência do desenvolvimento, aos poucos a criança vai demonstrar interesse pelos alimentos. É comum a criança querer tocar na comida e é importante lhe dar esta liberdade, para que ela explore o ambiente e tudo que a cerca, inclusive os alimentos, permitindo que sinta a textura e guie a quantidade de alimentos que deseja ingerir.
É importante acolher e orientar as famílias quanto aos sinais de fome e saciedade da criança e contraindicar o uso de recompensas e castigos para estimular o consumo alimentar.
Até o primeiro ano de vida, deve-se variar ao máximo a alimentação, para que a criança receba todos os nutrientes de que necessita e assim contribuir para a formação de hábitos alimentares saudáveis e ainda evitar a monotonia alimentar.
Deve-se evitar a oferta da refeição e a exposição a telas ao mesmo tempo (TV, tablets e celulares), pois a criança deve ter atenção plena ao alimento e assim estabelecer uma relação saudável com a alimentação, conhecendo os sabores, cheiros e texturas sem distrações.
Estratégias de Introdução Alimentar: 
Tradicional: A introdução alimentar tradicional inicia a alimentação com os alimentos raspados ou amassados com o garfo, sendo ofertado pela mãe ou responsável e a evolução da consistência é feita gradualmente.
O método tradicional inicia-se aos 6 meses com 2 papas doces (fruta amassada) e 1 papa principal, o almoço. Este deve contar com alimentos de todos os grupos alimentares, e os alimentos devem ser ofertados separados para que a criança sinta seus sabores e texturas. Aos 7 meses, introduz-se o jantar. Aos 8 meses, a criança já passa a receber alimentos em pedaços pequenos e, após completar 1 ano de idade, a criança deve ter uma alimentação na mesma consistência que a da família.
Os alimentos não podem ser oferecidos liquidificados ou peneirados, pois o risco de engasgo é maior. O leite materno continua sendo ofertado em livre demanda.
É comum o uso de utensílios e pratos nos métodos de introdução alimentar. A família deve ser orientada na escolha dos utensílios mais adequados para esta fase. Algumas orientações importantes são:
· Os utensílios devem ser de material resistente.
· A colher deve ser de um tamanho que caiba a boca da criança.
· Os líquidos devem ser ofertados em copos.
· As crianças maiores devem utilizar garfos com um tamanho adequado para idade.
BLW: O método Baby-Led-Weaning (BLW) significa “desmame guiado pelo bebê”. Neste método, os alimentos são ofertados ao bebê em pedaços, tiras ou bastões desde o início (Figura 7). Não utiliza colher nem nenhuma adaptação da consistência da comida, como amassar, raspar, triturar ou desfiar.
O método BLW encoraja os pais a confiarem na capacidade nata do bebê de se autoalimentar. Deve-se deixar o bebê realizar as refeições no seu tempo. Este método tem uma abordagem multissensorial, isto é, permite que a criança tenha maior contato com os alimentos. Dessa forma, a criança tem total autonomia no controle da fome e da quantidade que irá comer, permitindo maior controle da saciedade. O bebê também tem maior controle das funções orais, tais como morder, mastigar e engolir.
A introdução é realizada com a oferta gradual de alimentos in natura ou cozidos em pedaços que a criança consiga segurar e levar à boca sozinha.
Aos 6 meses, inicia-se com 2 refeições de fruta em pedaços e 1 refeição principal; aos 7 meses se introduz o jantar. A partir dos 9 aos 11 meses, a criança já consegue fazer o movimento de pinça com os dedos, é o momento então de introduzir alimentos em pedaços menores.
· É importante que o bebê esteja sempre sentado durante as refeições. Crianças que não conseguem sentar não estão aptas para a aplicação deste método de introdução alimentar. Já sentar-se sem apoio e levar objetos à boca são indícios de que a introdução BLW pode ser realizada de forma segura.
Nutrição Pré Escolar: A fase pré-escolar , entre 2 e 6 anos de idade, é caracterizada por um declínio no ritmo de crescimento, acompanhado pela redução da velocidade de ganho de peso, com consequente decréscimo no apetite e menor necessidade de nutrientes.
Nesta fase, as crianças costumam limitar a aceitação de alimentos variados, diminuem o consumo de vegetais e carne e aumentam a ingestão de doces e guloseimas. Também é notória a facilidade com que se distraem nas refeições, prolongando o tempo para realizá-las.
O padrão alimentar da criança sofre influência direta dos hábitos alimentares dos pais ou cuidadores. A formação das preferências alimentares da criança pode, então, decorrer da observação e dos alimentos escolhidos pelos familiares ou por outras pessoas com quem a criança convive.
As alterações do comportamento alimentar não significam que a criança esteja se alimentando de maneira insuficiente. O parâmetro para avaliar se a alimentação está suprindo suas necessidades energéticas é o ganho de peso e o crescimento adequados, mesmo que a consumo habitual não pareça correto. Este acompanhamento é realizado pelas curvas de crescimento da OMS por sexo e faixa etária.
Nutrição Escolar: A fase escolar, entre 7 e 9 anos de idade, é caracterizada por um crescimento lento e constante, desproporcional entre os membros inferiores e a região do tronco. É conhecido como período latente ou quiescente. Nesta fase, as crianças tendem a comer em horários irregulares, mas aumentam a ingestão calórica.
Em relação à composição corporal, os meninos apresentam maior massa magra que as meninas, mas após os 7 anos de idade ocorre o aumento de tecido adiposo em ambos os sexos como preparo para o estirão de crescimento da puberdade. Este fenômeno é chamado de repleção energética, na qual as crianças apresentam maior velocidade de ganho de peso como forma de acumular energia para ser usada na próxima fase de rápido crescimento estatural.
A criança passa ser mais independente, decidindo por simesma suas preferências e aversões. Este comportamento vai influenciar os hábitos alimentares e o estilo de vida da criança. Verifica-se um maior consumo de proteínas de origem animal, alimentos ricos em gordura, açúcar refinado e sal. É nesta fase também que se inicia o comportamento sedentário.
Um hábito comum na fase escolar é a omissão do café da manhã, o que pode prejudicar o desempenho na escola devido à queda na atenção e na habilidade de concentração decorrente da menor oferta de energia e nutrientes no início do dia.
Os avanços da vida moderna aumentaram a frequência de refeições fora de casa e o consumo de alimentos prontos e lanches do tipo fast-food, contribuindo para um maior consumo de preparações gordurosas, bebidas açucaradas e guloseimas.
· A escola também desempenha papel fundamental no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis. O Programa Merenda Escolar é umas das estratégias do Ministério da Saúde para promover saúde e reforçar bons hábitos alimentares.
Verificando o Aprendizado
1. (UFF, 2009) É indicação de uma alimentação saudável, segundo o Ministério da Saúde, para crianças menores de 2 anos:
R: A alimentação complementar, quando iniciada, deve ser espessa desde o início, aumentando a consistência gradualmente até chegar à alimentação da família.
· Segundo o MS, a alimentação complementar deve ser iniciada de forma consistente desde o início para evitar engasgos no bebê e a consistência deve progredir até ficar igual à alimentação da família quando a criança completar 1 ano de vida.
2. (Enade, 2007) Com relação à ocorrência de inapetência na fase pré-escolar, analise as asserções a seguir:
Na fase pré-escolar, é frequente a ocorrência da inapetência, que pode ser classificada como orgânica ou comportamental, sem que seja descartada sua ocorrência simultânea, porque é comum que o pré-escolar se alimente preferencialmente de alimentos, tais como batata e legumes, na forma de sopas liquidificadas, o que dificulta o estímulo do paladar.
R: A primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
· Na fase pré-escolar, é comum a criança passar a apresentar seletividade alimentar, apresentando uma dieta mais monótona. A seletividade é causada pela desaceleração do crescimento que ocorre nesta fase, mas também pode ocorrer por conta de hábitos alimentares inadequados como falta de regularidade das refeições, baixa oferta de frutas, legumes e verduras e consumo elevado de alimentos ultraprocessados. Nesta fase, a criança já se alimenta com alimentos na mesma consistência da família e muitas vezes o hábito da família também passa a ser o hábito da criança.

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