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1 FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA 2 Rosiene de Fátima Corrêa Ruiz Castro Mestra em Modelagem Matemática e Computacional pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) (2009). É especialista em Geometria pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (2005) e em Ensino de Matemática pela Faculdade Futura (2019). Possui graduação em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG) (2002). É professora do ensino superior da Universidade Estadual de Minas Gerais(UEMG), lecionando nas engenharias e nos cursos de licenciatura em Matemática e Pedagogia e no ensino fundamental da rede Municipal de Belo Horizonte. Colaboradora do Currículo Referência de Minas Gerais (2018). Em 2018 foi formadora regional do Programa Nacional de Educação na Idade Certa (PNAIC). Pesquisadora em novas metodologias para o Ensino de Matemática, as competências computacionais no currículo, formação de professores e no estudo de pavimentações no plano e suas aplicações. FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA II 1ª edição Ipatinga – MG 2021 3 FACULDADE ÚNICA EDITORIAL Diretor Geral: Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva Bruna Luiza Mendes Leite Carla Jordânia G. de Souza Guilherme Prado Salles Rubens Henrique L. de Oliveira Design: Brayan Lazarino Santos Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Luiza Filgueiras Taisser Gustavo de Soares Duarte © 2021, Faculdade Única. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita do Editor. Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA Rua Salermo, 299 Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 www.faculdadeunica.com.br http://www.faculdadeunica.com.br/ 4 Menu de Ícones Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: São sugestões de links para vídeos, documentos científico (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo abordado. Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações importantes nas quais você deve ter um maior grau de atenção! São exercícios de fixação do conteúdo abordado em cada unidade do livro. São para o esclarecimento do significado de determinados termos/palavras mostradas ao longo do livro. Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-o a suas ações, seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano. 5 SUMÁRIO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO ................................................................... 8 1.1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 8 1.2 ARCOS E ÂNGULOS ................................................................................................ 8 1.2.1 Unidades de medidas de arco .................................................................... 9 1.3 CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO ............................................................................... 10 1.3.1 Arcos côngruos .............................................................................................. 11 1.4 RELAÇÕES MÉTRICAS DO TRIÂNGULO RETÂNGULO ........................................... 12 1.5 TEOREMA DE PITÁGORAS ..................................................................................... 12 1.5.1 Outras Relações Métricas do Triângulo Retângulo ................................ 16 1.6 TRIGONOMETRIA NOS TRIÂNGULOS ................................................................... 17 1.6.1 Razões Trigonométricas de um Ângulo Agudo ....................................... 18 1.6.2 Identidades Trigonométricas....................................................................... 18 1.6.3 Relação Trigonométrica Fundamental ..................................................... 19 1.6.4 Tabela Trigonométrica ................................................................................. 20 1.7 SENO E COSSENO DE ÂNGULOS ......................................................................... 22 1.7.1 Cálculo do seno, cosseno e da tangente na calculadora científica 22 1.8 LEI DOS COSSENOS .............................................................................................. 23 1.9 LEI DOS SENOS ...................................................................................................... 24 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 25 FUNÇÃO .................................................................................................. 28 2.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 28 2.1.1 Representação de uma Função ............................................................... 29 2.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO ................................................... 30 2.2.1 Domínio e Imagem ....................................................................................... 31 2.3 FUNÇÃO POLINOMIAL DO PRIMEIRO GRAU ....................................................... 39 2.4 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU ................................................................... 44 2.5 FUNÇÃO POTÊNCIA ............................................................................................. 48 2.6 FUNÇÃO EXPONENCIAL ...................................................................................... 49 2.7 FUNÇÕES LOGARÍTMICAS.................................................................................... 53 2.7.1 Função logarítmica....................................................................................... 57 2.8 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ............................................................................. 57 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 60 SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E PROGRESSÕES .......................................... 63 3.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 63 3.2 SEQUÊNCIA NUMÉRICA........................................................................................ 63 3.3 PROGRESSÃO ARITMÉTICA .................................................................................. 67 3.4 INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA ............................................................................... 70 3.5 SOMA DOS TERMOS DE UMA P.A ........................................................................ 71 3.6 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG) ....................................................................... 72 3.7 INTERPOLAÇÃO GEOMÉTRICA ............................................................................ 75 3.8 SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G INFINITA ......................................................... 78 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 79 ANÁLISE COMBINATÓRIA ....................................................................... 82 4.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 82 4.2 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DE CONTAGEM ........................................................ 83 4.3 FATORIAL ............................................................................................................... 84 4.4 ARRANJO .............................................................................................................. 85 4.5 ARRANJO COM REPETIÇÃO ................................................................................ 87 4.6 PERMUTAÇÃO ....................................................................................................... 87 4.7 PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO ......................................................................... 89 UNIDADE 01 UNIDADE 02 UNIDADE 03 UNIDADE 04 6 4.8 COMBINAÇÃO SIMPLES ...................................................................................... 90 4.9 COMBINAÇÕES COMPLEMENTARES ................................................................... 91 4.10 COMBINAÇÕES COMPLETAS ............................................................................... 91 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 94 BINÔMIO DE NEWTON ............................................................................ 97 5.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 97 5.2 NÚMEROS BINOMIAIS ........................................................................................... 97 5.3 SOMATÓRIO .......................................................................................................... 98 5.4 PROPRIEDADES DO TRIÂNGULO DE PASCAL....................................................... 98 5.5 RELAÇÃO DE STIFFEL ........................................................................................... 101 5.6 BINÔMIO DE NEWTON ........................................................................................ 102 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 106 PROBABILIDADE .................................................................................... 109 6.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 109 6.2 EVENTOS .............................................................................................................. 111 6.2.1 Tipos de Eventos ......................................................................................... 112 6.3 COMBINAÇÕES DE EVENTOS............................................................................. 112 6.4 PROBABILIDADE COM REUNIÃO E INTERSECÇÃO ............................................ 116 6.5 PROBABILIDADE CONDICIONAL ....................................................................... 117 6.6 EVENTOS INDEPENDENTES .................................................................................. 118 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 121 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................. 124 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 125 UNIDADE 05 UNIDADE 06 7 CONFIRA NO LIVRO Nessa unidade vamos tratar dos assuntos relacionados ao círculo trigonométrico e as relações métricas do triângulo retângulo, bem como suas aplicações. Esta unidade possibilitará ao estudante uma análise das funções polinomiais, exponencial, logarítmica e trigonométrica, bem como um estudo gráfico e algébrico e manuseio dessas funções tão necessárias a resolução de problemas. Sequências Numéricas Nessa unidade vamos estudar os padrões numéricos, as progressões aritméticas e a geométrica suas propriedades e aplicações. Análise Combinatória É a parte da matemática que trata dos problemas de contagem, nessa unidade vamos aprender métodos para contar o número de elementos de um conjunto e suas combinações. Binômio de Newton Nessa unidade será apresentado o cálculo para o desenvolvimento de um binômio. Além disso, estabelecer a relação entre o triângulo de Pascal e os coeficientes do binômio na sua forma expandida Probabilidade Nesta parte vamos iniciar a Estatística Inferencial e o cálculo da probabilidade de ocorrência de um fenômeno, muito importante para análise dos resultados de uma pesquisa. 8 CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO 1.1 INTRODUÇÃO Nesta unidade, estudaremos as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo, que são resultados obtidos da semelhança entre triângulos. Com base nessas relações, vamos deduzir uma das fórmulas mais famosas da Matemática, o teorema de Pitágoras. Esta é uma parte da Matemática com aplicação nas diversas áreas do trabalho e na resolução de problemas que se apresentam nas atividades do mundo, como nas Engenharias, na Arquitetura, nas Artes Plásticas, na Medicina e nas diversas tecnologias. Para além, é um dos temas mais conhecidos e manipulados por pessoas comuns, tais como: costureiros, ferreiros, tecelões, marceneiros, pedreiros entre outros profissionais e dos apreciadores do conhecimento matemático. Neste módulo, conheceremos essas relações e suas aplicações. 1.2 ARCOS E ÂNGULOS Seja o arco AB de uma circunferência de centro O. Por definição, a medida do arco AB é a mesma do ângulo central A�̂�𝐵. Figura 1: Medida do arco AB Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) UNIDADE 01 9 1.2.1 Unidades de medidas de arco As mais usuais são: Grau (º): é o ângulo formado por uma das partes em que uma circunferência fica dividida por 360, ou seja 1° = 1 360 . Radiano (rad): é o ângulo formado por um comprimento de raio igual ao da circunferência. Figura 2: Arco em Radianos Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Comprimento da circunferência é, então, 360° = 2𝜋𝑟𝑎𝑑, logo: 180° = 𝜋𝑟𝑎𝑑 e 𝜋 ≅ 3,14. Quando não se escreve a unidade do ângulo ou arco, por predefinição, a unidade de medida é o radiano. Exemplo 1: Converter: 30° em radianos; basta fazer uma regra de três e aplicar a a) propriedade fundamental da proporção (1): 30 180 = 𝑥 𝜋𝑟𝑎𝑑 ⇒ 𝑥 = 30 ∙ 𝜋𝑟𝑎𝑑 180 = 𝜋𝑟𝑎𝑑 6 (1) 10 b) Converter 7𝜋 15 em graus (2): 7𝜋 15 𝑟𝑎𝑑 𝜋𝑟𝑎𝑑 = 𝑥 180 ⇒ 𝑥 = 7𝜋𝑟𝑎𝑑 15 ∙ 180 𝜋𝑟𝑎𝑑 = 84° (2) 1.3 CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO Dado um círculo de raio unitário e centro 𝑂, e um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais 𝑥�̂�𝑦, coincidindo o centro da circunferência com a origem do sistema de coordenadas definimos o círculo trigonométrico cujo sentido positivo é anti-horário e toma a forma: A circunferência fica dividida em 4 regiões denominadas de quadrantes e numeradas a partir da parte positiva do eixo 𝑥, conforme a figura 4. Os quadrantes do círculo trigonométrico apresentam as seguintes extremidades em radianos ou o equivalente em graus: Figura 5: Extremidade dos Quadrantes Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Figura 3: Círculo trigonométrico Figura 4: Quadrantes Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 11 Um arco de medida 𝛼 será limitado por pontos que denotamos de extremidades do arco. Um dos pontos pode ser obtido percorrendo a circunferência a partir da origem, no sentido anti-horário, se 𝛼 for positivo, e no sentido horário se 𝛼 for negativo, de acordo com as figuras. Observe na figura abaixo os arcos com extremidades nos pontos 𝑃1 e 𝑃2. É comum o uso da letra grega minúscula para nomear um arco/ângulo. Observe que a extremidade do arco de 120° ou 2𝜋 3 𝑟𝑎𝑑 é 𝑃1 e 𝑃2 é a extremidade do arco 45° ou 𝜋 4 𝑟𝑎𝑑. 1.3.1 Arcos côngruos São arcos que tem a mesma extremidade e diferem apenas pelo número de voltas inteiras, por exemplo: Os arcos 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são côngruos se: 𝛼 = 70°, 𝛽 = 430° e 𝛾 = 790°; 𝛽 = 360° + 70° uma volta mais 70°; 𝛾 = 2 ∙ 360° + 70° que corresponde a duas voltas mais 70°; Denomina-se primeira determinação positiva de um arco à medida 𝛼 do arco côngruo a ele, tal que 0 ≤ 𝛼 < 360° ou 0 ≤ 𝛼 < 2𝜋𝑟𝑎𝑑. Exemplo 2: Calcule a 1ª determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos ao arco de 1910°. Solução: Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Figura 6: Sentido do Arco Figura 7: Arco Positivo e Negativo Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 12 1910 ÷ 360 = 5 𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 110. Isto quer dizer que foram dadas 5 voltas completas e um arco de volta igual a 110°. Logo a 1ª determinação positiva é 110°. A expressão geral é dada por: 𝛼 = 110° + 𝑘 ∙ 360°, 𝑘 ∈ ℤ. A medida de um ângulo 𝛼 pode ser obtida pela equação (3): 𝛼 = ℓ 𝑟 (3) Em que ℓ: comprimento do arco e 𝑟: raio da circunferência. Sabendo que o comprimento da circunferência é dado pela relação e corresponde a uma volta de 360° ou 2𝜋 𝑟𝑎𝑑 (4): 𝐶𝐶 = 2𝜋𝑟 (4) Como cada arco trigonométrico tem como extremidade um único ponto na circunferência, é comum indicar o arco por esse ponto, então, a cada número real 𝑥 associamos um único ponto na circunferência e esse ponto é a imagem de 𝑥 no círculo trigonométrico. 1.4 RELAÇÕES MÉTRICAS DO TRIÂNGULO RETÂNGULO O triângulo retângulo esteve presente nas mais diversas culturas e desde a antiguidade podemos observar os mosaicos dos egípcios, o uso como medidas pelos babilônios para cálculos astronômicos e, entre outras civilizações, tem-se registro do triângulo retângulo no papiro de Rhind de aproximadamente, 1700 anos A.C.. O triângulo retângulo possui um ângulo reto, ou seja, um ângulo de medida igual a (90º) e por esse motivo recebe o nome de triângulo retângulo. Seus lados têm nomes especiais, o lado oposto ao ângulo de 90°, o maior lado do triângulo, é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são chamados de catetos. O famoso teorema de Pitágoras relaciona as medidas dos lados do triângulo retângulo. 1.5 TEOREMA DE PITÁGORAS Um pouco de História.... Pitágoras foi um filósofo e geômetra grego, nascido na ilha de Samos, por volta do ano 580 a.C. Fundador da famosa escola pitagórica, que era um centro de estudo de Filosofia, Matemática, Astronomia e Música. Esse grupo intitulado os pitagóricos tinha um comportamento misterioso e secreto e deram relevantes 13 contribuições para as ciências e a música. Atribui-se aos Pitagóricos a descoberta dos números irracionais, o surgimento da raiz quadrada e a escala de tons musicais e a Pitágoras a descoberta da relação entre as medidas dos lados de um de um triângulo retângulo, o famoso teorema de Pitágoras, possivelmente, é o resultado matemático mais conhecido do mundo, com aplicação nos diversos ramos do conhecimento, como na Geometria, na Trigonometria, na Física, na Engenharia, na Arquitetura, nas Artes Plásticas e em muitas outras áreas. Ainda tem-se apresentado como uns dos teoremas mais demonstrados da história por pessoas comuns utilizando caminhos diferentes. Esse teorema costuma ser enunciado da seguinte maneira: Em um triângulo retângulo o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos (5) ℎ2 = 𝑎2 + 𝑏2 (5) Considere o triângulo retângulo cuja medida dos catetos é 𝑎 e 𝑏 e a medida da hipotenusa é ℎ. Pense uma demonstração para o teorema de Pitágoras! Figura 8: Elementos do triângulo Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Figura 9: Teorema de Pitágoras Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) https://bit.ly/3BloU46 https://bit.ly/3BjkURA 14 Exemplo 3: Considere um quadrado ABCD cujo lado mede ℓ e a diagonal com medida 𝑑. Determine a relação entre a diagonal 𝑑 e o lado ℓ. Solução: considerando o triângulo retângulo ABC e aplicando o teorema de Pitágoras, obtemos (6): 𝑑2 = ℓ2 + ℓ2 𝑑2 = 2ℓ2 ⇒ 𝑑 = √2ℓ2(6) 𝑑 = ℓ√2 Vimos que o teorema de Pitágoras calcula a diagonal de um quadrado de lado ℓ. E vários outros elementos da geometria plana e espacial. Qual a relação que expressa a altura de um triângulo equilátero de lado l? E como ficaria a altura de um cone reto, cuja a base é uma circunferência de raio r e o segmento de reta que tem extremidades o vértice do cone e um ponto da circunferência da base é a geratriz, representada por g. Figura 10: Quadrado ABCD Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 15 Exemplo 4: Dois ciclistas A e B partem em sentidos diferentes: o primeiro para o norte e o segundo para o leste, o ciclista A com velocidade constante de 30 Km/h e o ciclista B com velocidade constante de 40 Km/h. Qual será a distância entre eles após 6 horas? Solução: Velocidade do ciclista A (7): 𝑽𝑨 = 𝟑𝟎 𝒌𝒎/𝒉 𝑽𝑩 = 𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉(𝟕) 𝒕 = 𝟔 𝒉 Vamos supor que tenhamos um terceiro ciclista 𝐶 que após 6 horas encontre o ciclista A e caminha na direção do ciclista B, quando este atinge 6 horas também, então obtemos a velocidade do ciclista 𝐶 pelo teorema de Pitágoras, de acordo com o esquema (8). 𝐕𝐂 𝟐 = 𝐕𝐀 𝟐 + 𝐕𝐁 𝟐 𝐕𝐂 𝟐 = 𝟑𝟎𝟐 + 𝟒𝟎𝟐 𝐕𝐂 𝟐 = 𝟗𝟎𝟎 + 𝟏𝟔𝟎𝟎(8) 𝐕𝐂 𝟐 = 𝟐𝟓𝟎𝟎 𝐕𝐂 = √𝟐𝟓𝟎𝟎 𝐕𝐂 = 𝟓𝟎 𝐤𝐦/𝐡 Para o cálculo da distância utiliza-se: 𝑑 = 𝑣. 𝑡 , então temos (9): 𝐝𝐂 = 𝟓𝟎. 𝟔 𝐝𝐂 = 𝟑𝟎𝟎 𝐤𝐦 (𝟗) 16 Uma outra maneira de resolver o problema é calcular as distâncias dos ciclistas e em seguida aplicar o teorema de Pitágoras, lembrando que, além do teorema de Pitágoras, existem outras equações métricas entre os elementos de um triângulo retângulo, veremos na sequência. 1.5.1 Outras Relações Métricas do Triângulo Retângulo Considere o triângulo retângulo de vértices ABC, o ângulo de vértice 𝐴 medindo 90° e ℎ a altura relativa a hipotenusa 𝐶𝐵̅̅ ̅̅ . Ainda, considere os segmentos 𝑚 e 𝑛 como sendo a projeção dos catetos 𝑏 e 𝑐, respectivamente, sobre a hipotenusa de medida 𝑎. Figura 11: Projeções dos catetos e altura do triângulo retângulo Fonte : Elaborado pelo Autor (2021) As quatros relações podem ser demonstradas a partir da semelhança de triângulos, sabendo que em todo triângulo retângulo, a altura relativa à hipotenusa divide o triângulo dado em dois outros triângulos retângulos, semelhantes entre si e semelhantes ao triângulo retângulo original, dessa maneira definimos (10): 𝒃𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒎 𝒄𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒏 (10) 𝒉𝟐 = 𝒎 ∙ 𝒏 𝒃 ∙ 𝒄 = 𝒂 ∙ 𝒉 https://bit.ly/3BoBeAE 17 1.6 TRIGONOMETRIA NOS TRIÂNGULOS O termo trigonometria está associado ao triângulo e suas medidas, palavra de origem grega em que: tri = três, gono = ângulos/lados e metria = medidas. A medida trigonométrica surgiu 300 a.C entre os gregos para resolver problemas de astronomia. Por volta do ano de 150 d.C há registros do seu uso nos mapas de Ptolemaios onde a trigonometria aparece para o cálculo de latitude e longitude. Em seguida há registros da utilização das relações trigonométrica nos estudos astrológicos na Índia, mas foi desenvolvida mesmo pelos Islâmicos, no ano de 800 aplicada na cartografia e na astronomia e com os Portugueses é aplicada nas navegações com um forte valor econômico e se constituiu numa ferramenta muito importante para a evolução da Matemática e para resolução de problemas como a determinação de alturas e distâncias, por exemplo: o cálculo da altura do espigão, um edifício que fica no bairro caiçara em BH, ou ainda, a largura da lagoa da Pampulha, o nivelamento da calçada com a inclinação da rua entre outras aplicações do cotidiano. Exemplo 5: Determine as medidas dos catetos, a hipotenusa e a altura 𝐻. 𝑩𝑪 = 𝒁: Hipotenusa (11) 𝒁 = 𝟏, 𝟖 + 𝟑, 𝟐 = 𝟓𝒄𝒎 (11) 𝒙:cateto (12) 𝒃𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒎 𝒙𝟐 = 𝟓 ∙ 𝟏, 𝟖 𝒙𝟐 = 𝟗(12) 𝒙 = √𝟗 𝒙 = 𝟑 𝒄𝒎 𝒚:cateto (13) 𝒄𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒏 𝒚𝟐 = 𝟓 ∙ 𝟑, 𝟐 𝒚𝟐 = 𝟏𝟔(13) 𝒚 = √𝟏𝟔 𝒚 = 𝟒 𝒄𝒎 𝑯: altura (14) 𝑯𝟐 = 𝒎 ∙ 𝒏 𝑯𝟐 = 𝟏, 𝟖 ∙ 𝟑, 𝟐 𝑯𝟐 = 𝟓, 𝟕𝟔(14) 𝑯 = √𝟓, 𝟕𝟔 𝑯 = 𝟐, 𝟒 𝒄𝒎 18 1.6.1 Razões Trigonométricas de um Ângulo Agudo Considere o círculo trigonométrico abaixo, o ângulo de medida 𝜃 e raio 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ , definimos os elementos: ΔOAB: triângulo retângulo em B. 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ : raio/hipotenusa 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ : cateto oposto 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ : cateto adjacente A projeção do raio 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ sobre o eixo das abcissas (x) define 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ , então a razão entre 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ e 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ é igual ao seno de 𝜃. A projeção do raio 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ sobre o eixo das ordenadas (y) define 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ , então a razão entre 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ e 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ é igual ao cosseno de 𝜃. E a razão entre 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ e 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ determina a tangente de 𝜃. Podemos escrever (15): 𝒔𝒆𝒏 𝜽 = 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂 𝒄𝒐𝒔 𝜽 = 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂 𝑻𝒈 𝜽 = 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 (15) 1.6.2 Identidades Trigonométricas Uma identidade é uma igualdade, que é sempre verdadeira, independente Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Figura 14: Razões Trigonométricas 19 dos valores atribuídos a variável. Ainda podemos definir, utilizando a semelhança de triângulo as razões Secante: o inverso do cosseno: 𝐬𝐞𝐜 𝜽 = 𝟏 𝐜𝐨𝐬 𝜽 Cossecante: o inverso do seno: 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝜽 = 𝟏 𝐬𝐞𝐧 𝜽 1.6.3 Relação Trigonométrica Fundamental Considerando o ciclo trigonométrico da figura e definindo o arco 𝜃 = 𝑥. Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo formado, temos (16): (𝒔𝒆𝒏𝒙)𝟐 + (𝒄𝒐𝒔𝒙)𝟐 = 𝟏𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙 + 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝒙 = 𝟏 (16) Essa é a relação denominada relação fundamental, válida para todos valores de 𝑥. Derivam da relação trigonométrica fundamental (17;18): 𝒕𝒂𝒏𝟐𝒙 + 𝟏 = 𝐬𝐞𝐜𝟐 𝒙 (17) 𝒄𝒐𝒕𝒈𝟐𝒙 + 𝟏 = 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒄𝟐𝒙 (18) A primeira identidade é obtida dividindo a relação fundamental por cos2 𝑥. A segunda identidade é obtida dividindo a relação fundamental por sen2 𝑥. Exemplo 6: a) Simplifique a expressão 𝑠𝑒𝑛𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠2𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 Solução: Usando a relação fundamental trigonométrica, temos (19): 𝐬𝐞𝐧𝐱 ∙ 𝐜𝐨𝐬𝟐𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝐱 https://bit.ly/2TrE5ro https://bit.ly/3xSfA5H 20 𝐬𝐞𝐧𝐱 ∙ (𝟏 − 𝐬𝐞𝐧𝟐𝐱) − 𝐬𝐞𝐧𝐱 𝐬𝐮𝐛𝐬𝐭𝐢𝐭𝐮𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐬𝟐𝐱 = (𝟏 − 𝐬𝐞𝐧𝟐𝐱) (19) 𝐬𝐞𝐧𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝟑𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝐱 𝐚𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐢𝐯𝐚 −𝐬𝐞𝐧𝟑𝐱 ∎ b) Mostre que 𝑠𝑒𝑐𝑥 − 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 ∙ 𝑡𝑔𝑥 Solução : Desenvolvendo o lado esquerdo temos (20): 𝟏 𝒄𝒐𝒔𝒙 − 𝒄𝒐𝒔𝒙 = 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒙 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒙 ∙ 𝒕𝒈𝒙 (𝟐𝟎) c) Dado 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 3 4 , com 0 < 𝑥 < 𝜋 2 , calcule 𝑐𝑜𝑠𝑥. Solução: Usando a relação fundamental trigonométrica, temos (21): ( 𝟑 𝟒 ) 𝟐 + 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝒙 = 𝟏 ⇒ 𝟗 𝟏𝟔 + 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝒙 = 𝟏 ⇒ 𝐜𝐨𝐬 𝒙 = ∓ √𝟕 𝟒 (𝟐𝟏) Como 0 < 𝑥 < 𝜋 2 , temos que o arco pertence ao 1º quadrante, onde o 𝑐𝑜𝑠𝑥 é positivo, logo cos 𝑥 = √7 4 1.6.4 Tabela Trigonométrica Para cada ângulo do triângulo retângulo associamos um único valor para o seno, o cosseno e a tangente. A tabela a seguir mostra esses valores para alguns arcos notáveis. Esses valores podem ser obtidos por meio de uma tabela ou pelo uso de uma calculadora científica. Tabela 1: Valores dos Arcos Notáveis 0° = 0 30°= 𝝅 𝟔 45°= 𝝅 𝟒 60°= 𝝅 𝟑 90°= 𝝅 𝟐 180°= 𝝅 270°= 𝟑𝝅 𝟐 360°=2 𝝅 Sen 0 1 2 √2 2 √3 2 1 0 -1 0 Cos 1 √3 2 √2 2 1 2 0 -1 0 1 Tg 0 √3 3 1 √3 ∄ 0 ∄ 0 Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 21 Exemplo 7: (UFG-adaptada) Uma pessoa deseja subir uma rampa de comprimento 𝑑 que forma um ângulo 𝛼 com a horizontal. Após subir a rampa, esta pessoa estará ℎ metros acima da posição em que se encontrava inicialmente. a) Represente a situação por meio de um desenho. b) Qual é a relação existente entre os valores de d, h e 𝛼? c) Considerando 𝛼 = 30° e ℎ = 3 𝑚, qual é o valor de d? Solução: d) Esboço do problema A relação que existe são as relações trigonométricas, seno, cosseno e tangente. Uma das maneiras de obter d é aplicando o seno (22). 𝐬𝐞𝐧 𝛉 = 𝐦𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐜𝐚𝐭𝐞𝐭𝐨 𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐦𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐩𝐨𝐭𝐞𝐧𝐮𝐬𝐚 ⇒ 𝐬𝐞𝐧 𝟑𝟎° = 𝐡 𝐝 ⇒ 𝐬𝐞𝐧 𝟑𝟎° = 𝟑 𝐝 ⇒ 𝟏 𝟐 = 𝟑 𝐝 ⇒ 𝐝 = 𝟔 𝐦 (𝟐𝟐) Exemplo 8: Um barco parte de um ponto A para atravessar o rio. A direção do seu deslocamento forma um ângulo de 120° com o mesmo rio. Sendo a largura do rio 60 m, qual a distância percorrida pelo barco no sentido da correnteza? Solução: Nos ajuda pensar quando realizamos um esboço do problema, observe estamos interessados na distância 𝑦, que representa o cateto adjacente em relação ao ângulo de 60°, então utilizando a tangente, temos (23): Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Figura 15: exemplo7 22 𝑡𝑔 𝜃 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 ⇒ 𝑡𝑔 60° = 60 𝑦 ⇒ √3 = 60 𝑦 ⇒ 𝑦 = 60 √3 ⇒ 𝑦 = 20√3 𝑚(23) 1.7 SENO E COSSENO DE ÂNGULOS Estudamos as razões trigonométricas de um ângulo agudo, mas como seria para um ângulo obtuso? Se 𝜃 é a medida de um ângulo obtuso, isto é, 90° < 𝜃 < 180° então a medida do ângulo agudo suplementar é 180° − 𝜃. Então podemos mostrar que: I. O seno de um ângulo obtuso é igual ao seno do ângulo agudo suplementar (24): 𝒔𝒆𝒏 𝜽 = 𝒔𝒆𝒏(𝟏𝟖𝟎° − 𝜽) (24) II. O cosseno de um ângulo obtuso é igual ao oposto do cosseno do ângulo agudo suplementar (25): 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐 𝜽 = −𝒄𝒐𝒔(𝟏𝟖𝟎° − 𝜽)(𝟐𝟓) 1.7.1 Cálculo do seno, cosseno e da tangente na calculadora científica Nos dias de hoje com os avanços tecnológicos as calculadoras científicas são de fácil acesso, encontradas no celulares e online, possibilitando os cálculos do seno, cosseno e da tangente. Figura 16: exemplo 8 Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 23 Para determinar o seno, cosseno, tangente ou mesmo as medidas das inversas trigonométricas, primeiramente selecionamos a medida da unidade do arco, para isso basta escolher uma das opções que será fornecida ao apertar a tecla Mode obtendo: 1 DEG 2 RAD 3 GRADO Se o ângulo for dado em graus você devera selecionar a opção 1 (DEG), caso a medida do ângulo seja radianos, escolha a opção 2 (Rad), digitando o número 2, por exemplo o cos60° = 0,5. Primeiramente a sigla DEG deverá estar ativa, em seguida selecione a função cosseno digita 60 e aperte o igual. Caso a medida do ângulo seja radianos, selecione a opção Rad, em seguida a tecla cos e digite 𝜋 3 em seguida a função igual, no visor aparece a expressão cos 𝜋 3 = 0,5 1.8 LEI DOS COSSENOS A lei dos cossenos é uma relação matemática para o cálculo das medidas dos lados e dos ângulos de um triangulo qualquer, inspirada no teorema de Pitágoras, de fato a lei dos cossenos é frequentemente chamada de “teorema de Pitágoras generalizada”, pois contém o teorema clássico como um caso especial. A lei dos cossenos é ferramenta necessária para resolver os casos de semelhança de triângulo LAL(lado-ângulo-lado) e LLL(lado-lado-lado). Considere o Δ𝐴𝐵𝐶 qualquer, com as medidas dos lados e dos ângulos de acordo com a figura, definimos (26;27;28): Figura 17: Lei dos Cosseno Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 𝒂𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒃 ∙ 𝒄 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑨 (26) 𝒃 = 𝒂𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ 𝒄 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑩 (27) 24 𝒄𝟐 = 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ 𝒃 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑪 (28) Em um triangulo qualquer, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados, menos duas vezes o produto das medidas desses lados pelo cosseno do ângulo formado por eles. 1.9 LEI DOS SENOS Já sabemos que com a trigonometria podemos encontrar as partes do triângulo, lembrando que um triângulo tem seis partes: três lados e três ângulos, uma vez que a congruência é estabelecida e para isso basta fixar três partes correspondentes. Para que isso corra faz-se necessário dois ângulos e um lado de um triângulo para determinar sua forma e seu tamanho. A lei dos senos estabelece que a razão do seno de um ângulo em relação ao comprimento do seu lado oposto é a mesma para todos os três ângulos de um triângulo qualquer, dessa maneira temos que: Em um triangulo qualquer A, B e C com as medidas dos lados opostos a, b e c, respectivamente definimos (29): 𝐬𝐞𝐧𝐀 𝐚 = 𝐬𝐞𝐧𝐁 𝐛 = 𝐬𝐞𝐧𝐂 𝐜 (29) Essa igualdade estabelece proporções em que dados três elementos de um triângulo qualquer pode-se obter o quarto elemento. https://bit.ly/3BnsF9i 25 FIXANDO O CONTEÚDO 1. Qual das alternativas abaixo, representa o seno do maior ângulo de um triângulo cujos lados medem 4, 6 e 8 metros. a) √15 4 b) 1 4 c) 1 2 d) √10 4 e) √3 2 2. Se o ângulo 𝜃 pertence ao intervalo [0, 𝜋 2 ] e satisfaz a equação 𝑠𝑒𝑛4𝜃 − cos4 𝜃 = 1 4 , então o valor da tangente de 𝜃 é dada pelo item? a) √ 3 5 b) √ 5 3 c) √ 3 7 d) √ 7 3 e) √ 5 7 3. Sabendo que cos 𝛼 = √3 2 e que o 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = − 1 2 , podemos afirmar corretamente que cos (0 + 𝜋 2 ) + 𝑠𝑒𝑛 (0 + 𝜋 2 ) é igual a: 1 a) 0 b) − √3 2 − 1 2 c) √3 2 + 1 2 d) √3 2 − 1 2 e) − √3 2 + 1 2 26 4. (EEAR- 2019) Analisando a figura, pode-se afirmar corretamente que o valor de 𝑥 é: a) 16 − √2 b) 6√2 − 4 c) 6(2 − √2) d) 12 − 2√2 e) 4√2 − √2 5. Um avião voa em velocidade e altitude constantes, segundo uma reta que o levará a passar diretamente sobre uma estação de radar no solo. No instante em que o avião está a 18.000 metros acima dela, um observador nela postado, com auxílio de aparelhos, percebe que o ângulo de elevação do avião é de 30° e que está aumentado a razão de 0,5° por segundo. Qual será o deslocamento horizontal desse avião, passado meio minuto. Considere √3 ≅ 1,71. a) 36.000 m b) 31.177 m c) 25.456 m d) 13.140 e) 6588 6. No triângulo a seguir temos dois ângulos, um medindo 45°, outro medindo 105°, é um dos lados medindo 90 metros. Com base nesses valores determine a medida de 𝑥. 27 a) 100√2 b) 200√2 c) 90√2 d) 25 e) 100 7. Em uma fazenda, uma estrada reta que liga duas porteiras A e B, outra estrada reta liga B a uma porteira C, sendo 𝐶𝐵̅̅ ̅̅ = 5 𝑘𝑚 , 𝐵𝐴̅̅ ̅̅ = 10√3 𝑘𝑚 e 𝐴�̂�𝐶 = 150° . Calcule a distância entre os pontos 𝐴 e 𝐶 em 𝑘𝑚. a) 5√19 b) 5√7 c) 9√3 d) 25 e) 10 8. Seja 𝑀 = 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥+sec 𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥+1 , com 𝑥 ≠ 𝑘𝜋 2 , 𝑘 ∈ ℤ. Utilizando-se as identidades trigonométricas, pode-se considerar 𝑀 é igual a: a) 𝑠𝑒𝑛 𝑥 b) cos 𝑥 c) cos 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 d) cossec 𝑥 e) sec 𝑥 28 FUNÇÃO 2.1 INTRODUÇÃO A matemática e suas aplicações estão repletas de relações entre grandezas com as quais as variáveis quantitativas estão relacionadas. O estudo de funções é a base para o cálculo diferencial e Integral com a aplicação nos fenômenos físicos, químicos e biológicos. Uma maneira intuitiva de compreender o conceito de função é no cálculo da área de um quadrado. Pense em um quadrado com a medida do lado 𝑥 metros, a área, representada por 𝐴 equivale ao produto do comprimento pela largura, então podemos escrever 𝐴 = 𝑥2. Observe nessa relação que a área depende da medida do lado, e que para cada valor de 𝑥 associamos um único valor para a área 𝐴. Podemos concluir que a associação entre a área e a medida do lado de um quadrado estabelece uma relação denominada função, formada por pares ordenados (𝑥, 𝐴). Definição: uma função de um conjunto 𝐴 em um conjunto 𝐵 , não vazios, é uma lei que associa a todo elemento de 𝐴 um único elemento em 𝐵. Escrevemos função definida de 𝑨 em 𝑩 e representamos por: 𝒇: 𝑨 → 𝑩 Toda função é uma relação binária de 𝐴 em 𝐵, portanto toda função é um conjunto de pares ordenados. Existe uma lei 𝑦 = 𝑓(𝑥) aberta que, dado o elemento 𝑥 ∈ 𝐴 determina-se o elemento 𝑦 ∈ 𝐵, tal que (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓, então escrevemos 𝑓 = {(𝑥, 𝑦)|𝑥 ∈ 𝐴, 𝑦 ∈ 𝐵 𝑒 𝑦 = 𝑓(𝑥)} UNIDADE 02 29 Dados os conjuntos 𝐴 e 𝐵, a função 𝑓 tem a lei de correspondência 𝑦 = 𝑓(𝑥). Denominamos o conjunto 𝐴 de domínio da função e o conjunto 𝐵 , de todos os valores produzidos por meio da lei de associação, chamamos de conjunto imagem. Às vezes, a função está definida de um conjunto 𝐴 para um conjunto 𝐶, de modo que esse conjunto 𝐶, não seja o conjunto imagem, e sim um conjunto que contém a imagem que é denominado de contradomínio, ou seja, o conjunto imagem é um subconjunto do conjunto contradomínio. 2.1.1 Representação de uma Função Uma função pode ser representada por meio de: I. Uma expressão algébrica, uma lei de formação que associa o elemento 𝑥 ao elemento 𝑦, como por exemplo: 𝑦 = 2𝑥 + 1 II. Por um diagrama de flechas que partem do 1° conjunto(domínio) e chegam ao 2° conjunto (imagem). III. Por meio de um gráfico. Utilizando a notação de diagrama, veremos quais as condições para que uma relação 𝑓 de 𝐴 em 𝐵 seja uma função: Figura 18: Representação de uma Função por diagrama Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 30 I. É necessário que todo elemento 𝑥 ∈ 𝐴 participe de pelo menos um par ordenado (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓, com 𝑦 ∈ 𝐵, isso significa, que todo elemento de 𝐴 deve servir como ponto de partida da flecha. II. É necessário que todo elemento 𝑥 ∈ 𝐴 participe de apenas um único par ordenado (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓, isto é, cada elemento de 𝐴 deve servir como ponto de partida de uma única flecha. Para que uma relação seja uma função ela tem que satisfazer, necessariamente as condições descritas acima. 2.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO Toda função estabelece um relação biunívoca entre os conjuntos definindo pares ordenados (𝑥, 𝑦), em que 𝑥 representa os elementos do domínio e 𝑦 representa os elementos da imagem e (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓. Esses pares ordenados representam pontos no plano cartesiano. A união desses pontos definem o gráfico da função. Para verificar se uma expressão algébrica é uma função é necessário escrever a lei na forma 𝑦 = 𝑓(𝑥) e verificar que não haja ambiguidade quanto ao resultado de 𝑦, como por exemplo em 𝑦2 = 𝑥2, para explicitarmos 𝑦, produzimos uma ambiguidade: 𝑦 = ± 𝑥. Outra maneira de verificar se uma relação é uma função graficamente, basta traçar retas paralelas ao eixo 𝑦 (teste das retas verticais) e observar se essas retas encontram sempre o gráfico da função em um único ponto, em caso afirmativo o gráfico representa uma função. https://youtu.be/HPhsJ_BXVgQ?t=4 31 2.2.1 Domínio e Imagem As funções que apresentam maior interesse na Matemática são as funções numéricas, isto é, aquelas em que o domínio 𝐴 e o contradomínio 𝐶, são subconjuntos de ℝ. Podemos observar que uma função 𝑓 fica completamente definida quando são dados o seu domínio 𝐷𝑓, o contradomínio 𝐶𝐷 e a lei de correspondência 𝑦 = 𝑓(𝑥). A menos que tenhamos um modelo que necessita de um domínio restrito, como é o caso do exemplo do quadrado no início da unidade, em que a variável 𝑥, assume somente valores positivos, pois representa a medida do lado do quadrado. Assumiremos que o domínio da função definida por uma expressão algébrica é um subconjunto dos números reais, de acordo com as principais restrições: I. Raiz de índice par e radicando negativo; II. Zero no denominador III. Raiz de índice par e radicando negativo no denominador; Exemplo 10: 1) Encontre o domínio da função (30): 𝒇(𝒙) = √𝒙 + 𝟐 (30) Solução: A expressão dentro do radical não pode ser negativa, ou seja 𝑥 + 2 ≥ 0, então 𝑥 ≥ −2. 2) O domínio de 𝑓 é o intervalo [−2, +∞) ou escrevemos: 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≥ −2}(31) 𝒈(𝒙) = √𝟐𝒙 𝒙−𝟏 (31) 32 Solução: A expressão dentro do radical não pode ser negativa, ou seja, 2𝑥 ≥ 0, então 𝑥 ≥ 0. Ainda, o denominador de uma função não pode ser zero, portanto, 𝑥 ≠ 1. 3) Logo, o domínio de 𝑔 é o intervalo [0, +∞) , excluindo o número 1, o qual podemos escrever: [0, 1[ ∪ ]1, +∞) ou escrevemos: 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 > 0 𝑜𝑢 𝑥 ≠ 1} (32) 𝒉(𝒙) = 𝒙 √𝒙−𝟑 (32) Solução: A expressão dentro do radical não pode ser negativa, além disso a raiz está no denominador, ou seja, o denominador tem que ser diferente de zero, logo 𝑥 − 3 > 0, então 𝑥 > 3. O domínio de 𝑓 é o intervalo ]3, +∞) ou escrevemos (33): 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟑} (33) Funções Iguais Sejam as funções 𝑓: 𝐴 → 𝐵 e 𝑔: 𝐶 → 𝐷. Duas funções são iguais se, e somente se, apresentarem: 1) Domínios iguais; 2) Contradomínio iguais; 3) 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) para todo 𝑥 do domínio. Funções Crescente, Decrescente e Constante Outro conceito de função que é fácil de entender graficamente ou por meio de uma tabela é a propriedade de ser crescente decrescente ou constante em um intervalo do domínio. 33 Figura 19: Função Crescente, Decrescente e Constante Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Tabela 2: Representação de valores das funções acima Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Definições: Uma função 𝑓 é crescente sobre um intervalo se, para dois valores quaisquer 𝑥1 e 𝑥2 pertencentes ao domínio, com 𝑥1 < 𝑥2 tivermos 𝑦1 < 𝑦2 sendo 𝑦1 e 𝑦2 as imagens correspondentes a 𝑥1 e 𝑥2. Uma função 𝑓 é decrescente sobre um intervalo se, para dois valores quaisquer 𝑥1 e 𝑥2 pertencentes ao domínio, com 𝑥1 < 𝑥2 tivermos 𝑦1 > 𝑦2 sendo 𝑦1 e 𝑦2 as imagens correspondentes a 𝑥1 e 𝑥2. Uma função 𝑓 é constante sobre um intervalo se, para dois valores quaisquer 𝑥1 e 𝑥2, distintos, pertencentes ao domínio, com 𝑥1 < 𝑥2 tivermos uma variação nula para 𝑦1 e 𝑦2, ou seja, valores distintos do domínio tem imagens iguais. Simetria A simetria pode ser caracterizada graficamente, algebricamente ou 34 numericamente. Existem três tipos particulares; 1) Simetria com relação ao eixo vertical – Eixo 𝒀 Considere a função 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 Graficamente o desenho é o mesmo quando olhamos do lado esquerdo e direito do eixo 𝑦. Numericamente a tabela toma o aspecto: Figura 20: Simetria em Y Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Numa análise algébrica podemos observar que para todos os valores 𝑥 do domínio de 𝑓 temos que 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥), funções que assumem essa propriedade são chamadas de funções pares. 2) Simetria com relação ao eixo horizontal – Eixo 𝑿 Graficamente o desenho é o mesmo quando olhamos acima ou abaixo do eixo 𝑥, ou seja, o gráfico fica divido em relação ao eixo 𝑥, que é a reunião dos pontos médios dos segmentos paralelos ao eixo y com extremidades na curva. Numericamente a tabela toma os aspectos: 35 Figura 21: Simetria em X Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Numa análise algébrica podemos observar que gráficos com este tipo de simetria não são de funções, mas podemos dizer que (𝑥, −𝑦) está sobre o gráfico quando (𝑥, 𝑦) também está. Simetria em relação a origem O gráfico toma o mesmo aspecto quando olhamos tanto o seu lado esquerdo para baixo como seu lado direito para cima. Algebricamente os valores 𝑥 do domínio de 𝑓, assume 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥), funções desse tipo são denominadas de funções ímpares. Numericamente a tabela toma os aspectos. Figura 22: Simetria em Relação a Origem Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) A simetria em relação ao eixo X formam curvas que não satisfazem as condições de uma função. Você saberia por quê? Como poderíamos restringir a curva para torna-la uma função? 36 Funções Limitadas O conceito de função limitada é facilmente observado, tanto algebricamente como graficamente, como podemos observar nas figuras abaixo: Uma função 𝑓 é limitada inferiormente se existe algum número 𝑏 que seja menor ou igual a todo número da imagem de 𝑓. Qualquer que seja o número 𝑏, este é chamado de limite inferior de 𝑓. Uma função 𝑓 é limitada superiormente se existe algum número 𝑐 que seja maior ou igual a todo número da imagem de 𝑓. Qualquer que seja o número 𝑐, este é chamado de limite superior de 𝑓. Agora, dizemos que uma função é limitada se ela é limitada das duas formas, inferior e superiormente e ainda a função pode ser limitada para um intervalo do domínio. Figura 23: Funções Limitadas Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Extremos Locais e Absoluto Um outro conceito muito importante para compreendermos o comportamento de uma função são os pontos de máximo e mínimo locais. Esses pontos são mais fácil de se ver graficamente do que descrever algebricamente. Um máximo local de uma função 𝑓 é o valor de 𝑓(𝑐) que é maior ou igual a todos os valores da imagem de 𝑓 sobre algum intervalo aberto contendo 𝑐. Agora, se 𝑓(𝑐) é maior ou igual a todos os valores da imagem de 𝑓, então 𝑓(𝑐) é o valor máximo absoluto de 𝑓. Já o mínimo local de uma função 𝑓 é o valor de 𝑓(𝑐) que é menor ou igual a 37 todos os valores da imagem de 𝑓 sobre algum intervalo aberto contendo 𝑐. Agora, se 𝑓(𝑐) é menor ou igual a todos os valores da imagem de 𝑓, então 𝑓(𝑐) é o valor mínimo absoluto de 𝑓. Figura 24: Extremos Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Assíntotas - Horizontal e Vertical A reta 𝑦 = 𝑏 é uma assíntota horizontal do gráfico de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) se 𝑓(𝑥) se aproxima do limite 𝑏 quando 𝑥 tende a mais infinito (+∞) ou a menos infinito (−∞), na notação de limite, temos (34): 𝐥𝐢𝐦 𝒙→−∞ 𝒇(𝒙) = 𝒃 ou 𝐥𝐢𝐦 𝒙→+∞ 𝒇(𝒙) = 𝒃 (34) A reta 𝑥 = 𝑎 é uma assíntota vertical do gráfico de uma de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) se 𝑓(𝑥) tende a mais infinito (+∞) ou a menos infinito (−∞), quando 𝑥 se aproxima de 𝑎 tanto pela esquerda como pela direita, na notação de limite, temos https://bit.ly/3wSOObY 38 (35): 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂− 𝒇(𝒙) = ±∞ ou 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂+ 𝒇(𝒙) = ±∞ (35) Podemos observar no gráfico da função abaixo uma assíntota vertical em 𝑥 = −1, o quociente não está definido para esse valor. Nesse mesmo gráfico, temos também uma assíntota horizontal em 𝑦 = 0, pois quando 𝑥 → +∞, o quociente é zero. Figura 25: Assíntotas Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) As retas 𝑥 = −1 e 𝑦 = 0, são as duas asiintotas vertical e horizontal da função. Função Sobrejetiva Quando contradomínio de uma função é igual a sua imagem dizemos que a função é sobrejetiva. Função Injetiva Uma função 𝑓 é injetiva se dados dois pontos 𝑥1 e 𝑥2 do domínio com 𝑥1 ≠ 𝑥2 tem-se 𝑓(𝑥1) ≠ 𝑓(𝑥2). Função Bijetiva Dizemos que uma função é bijetiva quando ela é ao mesmo tempo injetiva e 39 sobrejetiva, ou seja, as duas condições são satisfeitas (35): 𝑰𝒎𝒇 = 𝑪𝑫 𝒙𝟏 ≠ 𝒙𝟐 ⇒ 𝒇(𝒙𝟏) ≠ 𝒇(𝒙𝟐) (35) Função Inversa Diz-se que uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é inversível se a cada elemento 𝑦 do contradomínio B estiver associado a um único elemento 𝑥 do domínio 𝐴, tal que 𝑦 = 𝑓(𝑥). Podemos, então, pensar em uma função 𝑔: 𝐵 → 𝐴 , que a cada 𝑦 em 𝐴 associe um único elemento 𝑥 em 𝐵, que é associado a 𝑦 em 𝑓, ou seja (36): 𝒙 = 𝒈(𝒚) ⇔ 𝒚 = 𝒇(𝒙) (36) A função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é injetora, logo admite inversa denotada por (37): 𝒇−𝟏: 𝑩 → 𝑨 tal que 𝒇−𝟏 = 𝒙 ⇔ 𝒇(𝒙) = 𝒚 (𝟑𝟕) Exemplo 11: Verifique se a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2, com 𝐷𝑓 = ℝ e 𝐶𝐷 = ℝ é inversível (37;38). Solução: Podemos ver que a cada 𝑦 ∈ ℝ está associado a um único elemento 𝒙 = 𝒚 − 𝟐 ∈ ℝ, tal que 𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒚 − 𝟐) = 𝒚 (37) Ainda para 𝒙𝟏, 𝒙𝟐 ∈ ℝ, com 𝒙𝟏 ≠ 𝒙𝟐 tem-se 𝒙𝟏 + 𝟐 ≠ 𝒙𝟐 + 𝟐 e portanto 𝒇(𝒙𝟏) ≠ 𝒇(𝒙𝟐) e 𝒇 −𝟏(𝒚) = 𝒙 − 𝟐. ∎ (38) 2.3 FUNÇÃO POLINOMIAL DO PRIMEIRO GRAU As funções polinomiais estão entre as mais familiares de todas as funções. Definição de uma Função Polinomial Seja 𝑛 um número inteiro não negativo e sejam 𝑎0, 𝑎1, 𝑎2,..., 𝑎𝑛−1, 𝑎𝑛 , números reais com 𝑎𝑛 ≠ 0. A função dada por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑛𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1𝑥 1 + 𝑎0 é uma 40 função polinomial de grau 𝑛. A função zero dada por 𝑓(𝑥) = 0 é uma função polinomial, ela não tem grau nem coeficiente principal. Já a função constante assume a forma 𝑓(𝑥) = 𝑎, em que 𝑎 ∈ ℝ, isso significa que todo elemento 𝑥 do domínio está associado ao mesmo elemento 𝑦 da imagem. O gráfico da função constante é uma reta paralela ao eixo dos 𝑥 passando pelo ponto (0, 𝑎). Funções polinomiais são definidas e contínuas sobre todos os números reais, para seu estudo é importante reconhecer se a função é polinomial e qual o tipo. A função zero e todas as funções constantes são polinomiais. Algumas outras funções familiares são também polinomiais, como apresentado a seguir: Funções polinomiais de grau indefinido ou de grau baixo, com 𝑎, 𝑏 e 𝑐 números reais. Tabela 3: Algumas Funções Polinomiais NOME FORMA GRAU Função Zero 𝑓(𝑥) = 0 Indefinido Função Constante 𝑓(𝑥) = 𝑎, (𝑎 ≠ 0) 0 Função do 1° grau 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 1 Função do 2° grau 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 2 Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Função do Polinomial do 1º Grau e seus Gráficos Uma função polinomial do primeiro grau, também chamada de função afim é uma função polinomial de grau 1, e assume a forma (38): 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, onde 𝒂 e 𝒃 são constantes reais e 𝒂 ≠ 𝟎 (38) O número 𝑎 recebe o nome de coeficiente angular e representa a taxa de variação da função do 1º grau. O número 𝑏 é o coeficiente linear, graficamente é o intercepto da reta com o eixo 𝑌. São exemplos de função polinomial de 1º grau. 𝒇(𝒙) = −𝟑𝒙 + 𝟐; 𝒇(𝒙) = 𝟐 𝟑 𝒙 − 𝟏; 𝒇(𝒙) = 𝟏𝟎𝒙 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝟑 A equação geral da reta que passa pelo ponto (𝑥1, 𝑦1) e tem coeficiente angular 𝑎 é dada por (39): 41 𝒚 − 𝒚𝟏 = 𝒂(𝒙 − 𝒙𝟏) 𝒂 = 𝒚−𝒚𝟏 𝒚−𝒚𝟏 (39) O coeficiente angular é a taxa de variação da função polinomial de 1º grau Uma função 𝑓 de ℝ em ℝ recebe o nome de função identidade quando a cada elemento 𝑥 ∈ ℝ associa-se o próprio 𝑥, isto é: 𝑓(𝑥) = 𝑥 ∴ 𝑦 = 𝑥 O gráfico da função identidade coincide com as bissetrizes do 1º e 3º quadrantes (quadrantes ímpares). Figura 26 : Função Identidade Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Uma função 𝑓 de ℝ em ℝ recebe o nome de função linear quando a cada elemento 𝑥 ∈ ℝ associa-se o elemento 𝑎𝑥 ∈ ℝ, em que 𝑎 ≠ 0 é um número real dado, a consequência disso é que o ponto (0, 0) pertence a toda função linear, que assume a forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥. 42 Figura 27: Função Linear Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem. Gráfico da Função polinomial de 1º grau O gráfico cartesiano da função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0 é uma reta que para ser definida são necessários dois pontos da função, podemos utilizar os interceptos com os eixos 𝑋 e 𝑌, que são os pontos (− 𝑏 𝑎 , 0) e (0, 𝑏). O conjunto domínio da função polinomial de 1º grau 𝑓: ℝ → ℝ, dada por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0, é o conjunto dos números reais e representamos por: 𝐷𝑓 = ℝ. O conjunto imagem da função polinomial de 1º grau 𝑓: ℝ → ℝ, dada por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0, é o conjunto dos números reais e representamos por: 𝐼𝑚 = ℝ. Raiz da Função Polinomial do 1° grau ou Zero da Função É o valor de 𝑥 para o qual 𝑦 = 0 , ou seja, é resolver a equação polinomial do 1º grau, que consiste em isolar a variável 𝑥, aplicando as operações que conserva a equivalência. A função do 1º grau apresenta uma única solução (40). 43 𝒇(𝒙) = 𝒚 ∴ 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃 ∴ 𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 ∴ 𝒂𝒙 = −𝒃 ∴ 𝒙 = − 𝒃 𝒂 (40) Logo 𝑥 = − 𝑏 𝑎 é a raiz ou o zero da função polinomial de 1º grau. Graficamente o zero da função do 1º grau é o intercepto da reta com o eixo 𝑋. A função polinomial de 1 º grau 𝑓: ℝ → ℝ, dada por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0, é crescente se a taxa de variação é positiva, ou seja, 𝑎 > 0, e é decrescente se a taxa de variação é negativa, ou seja, 𝑎 < 0. Exemplo 11: Para a função 𝑓(𝑥) = −3𝑥 + 2 esboce o gráfico, encontre a raiz e especifique se a função é crescente ou decrescente. Solução: 1) Raiz: 𝑥 = − 𝑏 𝑎 ∴ 𝑥 = 2 3 2) Como 𝑎 < 0, a função é decrescente, veja na 3) tabela que a medida que x aumenta y diminui. 4) O ponto de interseção da reta e o eixo y é (0, 2). A reta intercepta o eixo 𝑌 no valor de 𝑏 (coeficiente linear Sinal de uma função polinomial de 1º grau Estudar o sinal de uma função 𝑓: ℝ → ℝ, dada por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0, é 44 responder a pergunta: Para quais valores de 𝑥 tem-se: { 𝑓(𝑥) > 0 𝑓(𝑥) = 0 𝑓(𝑥) < 0 Considerando que − 𝑏 𝑎 é o zero da função do 1º grau, ou seja, o valor de 𝑥 para 𝑦 = 0, temos que (41; 42) 𝒂 > 0 (41) 𝒂 < 0 (42) 𝑓(𝑥) > 0 ⇔ 𝑥 > − 𝑏 𝑎 𝑓(𝑥) > 0 ⇔ 𝑥 < − 𝑏 𝑎 𝑓(𝑥) < 0 ⇔ 𝑥 < − 𝑏 𝑎 𝑓(𝑥) < 0 ⇔ 𝑥 > − 𝑏 𝑎 Exemplo 13: Estude o sinal da função 𝑓(𝑥) = −3𝑥 + 2 (43) Solução: 𝒇(𝒙) = 𝟎 ⇒ −𝟑𝒙 + 𝟐 = 𝟎 ⇒ 𝒙 = 𝟐 𝟑 . 𝒂 = −𝟑 ⇒ 𝒂 < 𝟎 ; (43) Para 𝑓(𝑥) > 0 tem-se 𝑥 < 2 3 e quando 𝑓(𝑥) < 0 tem-se 𝑥 > 2 3 . 2.4 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU Uma função polinomial do 2º grau, também chamada de função quadrática é uma função que assume a forma: 45 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, onde 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são constantes reais e 𝒂 ≠ 𝟎. São exemplos de função polinomial de 2º grau (44) 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 − 𝟑; 𝒇(𝒙) = 𝟒𝒙𝟐; 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟗; 𝒇(𝒙) = −𝟐𝒙𝟐 + 𝟕𝒙 (44) O gráfico da função polinomial de 2º grau é uma parábola que assume os aspectos: Se 𝑎 > 0, concavidade da parábola está voltada para cima, e admite valor mínimo, que é o menor valor de 𝑦 na função. Se 𝑎 < 0, concavidade da parábola está voltada para baixo, e função admite valor máximo, que é o maior valor de 𝑦 na função. Qualquer função do segundo grau 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, com 𝒂 ≠ 𝟎 pode ser escrita na forma canônica (45): 𝒇(𝒙) = 𝒂 [(𝒙 + 𝒃 𝟐𝒂 ) 𝟐 − ∆ 𝟒𝒂𝟐 ] (45) A forma canônica permite um estudo analítico mais detalhado da função polinomial do 2º grau. As raízes da função do 2º grau ou Zeros Os zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, são os valores de 𝑥 reais tais que 𝑓(𝑥) = 0 e, portanto, as soluções da equação polinomial do 2º grau. Para determinar as raízes da função polinomial do 2º grau fazemos 𝑓(𝑥) = 0 , na forma canônica, explicitamos a variável 𝑥, obtendo a fórmula de Bhaskara que permite resolver qualquer equação polinomial do 2º grau (46). 𝑓(𝑥) = 𝑎 [(𝑥 + 𝑏 2𝑎 ) 2 − ∆ 4𝑎2 ] ⇔ 𝑎 [(𝑥 + 𝑏 2𝑎 ) 2 − ∆ 4𝑎2 ] = 0 ⇔ (𝑥 + 𝑏 2𝑎 ) 2 − ∆ 4𝑎2 = 0 ⇔ (𝑥 + 𝑏 2𝑎 ) 2 = ∆ 4𝑎2 ⇔ 𝑥 + 𝑏 2𝑎 = ±√ ∆ 4𝑎2 ⇔ 𝒙 = −𝒃 ± √∆ 𝟐𝒂 (𝟒𝟔) Fórmula de Bhaskara O símbolo ∆, delta, representa o discriminante da equação polinomial do 2º, 46 isto é, 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 , e ∆= 𝑏2 − 4𝑎𝑐. As raízes ficam condicionada ao fato de √∆ ser real, definindo três situações: 1) ∆ > 0, a equação apresenta duas raízes distintas, que são (47): 𝒙′ = −𝒃−√∆ 𝟐𝒂 e 𝒙" = −𝒃+√∆ 𝟐𝒂 (47) 2) ∆ = 0, a equação apresenta duas raízes iguais (48): 𝒙′ = 𝒙" = −𝒃 𝟐𝒂 (48) 3) ∆ < 0 a equação não apresenta raízes reais, pois √∆ ∉ ℝ, apresenta raízes complexas. A interpretação gráfica das raízes da função polinomial do 2º grau são os valores de x dos pontos onde a parábola corta o eixo 𝑋, ou seja, as raízes são os interceptos da parábola com o eixo 𝑋. Eixo de Simetria A reta de simetria para uma parábola é o seu eixo de simetria perpendicular ao eixo 𝑋, o ponto sobre a parábola que cruza seu eixo de simetria é o vértice da parábola, que pelo fato do gráfico da função polinomial ser sempre uma parábola com concavidade para cima ou para baixo, seu vértice é sempre o ponto mais baixo ou o ponto mais alto da parábola é determinado por (49): 𝑉(− 𝑏 2𝑎 , − ∆ 4𝑎 ) (49) Como consequência definimos o Máximo e o Mínimo da função polinomial do 2º grau: Se 𝑎 < 0, a função polinomial do 2º, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 admite valor máximo, e esse valor é a ordenada do vértice (𝑦𝑣). Se 𝑎 > 0, a função polinomial do 2º, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 admite valor mínimo, e esse valor é a ordenada do vértice (𝑦𝑣). O conjunto domínio da função polinomial de 2º grau 𝑓: ℝ → ℝ, dada por 47 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, é o conjunto dos números reais e representamos por: 𝐷𝑓 = ℝ. O conjunto imagem da função polinomial de 2º grau 𝑓: ℝ → ℝ, dada por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, é o conjunto definido por (50; 51): 1) 𝑎 > 0 ⇒ 𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ| y ≥ − ∆ 4𝑎 } (50) 2) 𝑎 < 0 ⇒ 𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ| y ≤ − ∆ 4𝑎 } (51) Para fazermos o esboço do gráfico da função polinomial de 2º grau, são necessários as informações: 1) Encontrar as raízes 𝒙 = −𝒃±√∆ 𝟐𝒂 ; 2) Encontrar o vértice 𝑉(− 𝑏 2𝑎 , − ∆ 4𝑎 ) ; 3) Determinar o intercepto da parábola com o eixo 𝑌, o ponto (0, 𝑐); 4) Determinar o eixo de simetria 𝑥 = −𝑏 2𝑎 . Exemplo 13: a) Faça o esboço do gráfico da função 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟑. Solução: Seguindo os passos acima, calculamos (52): Raízes: ∆ = 𝟒, 𝒙′ = 𝟏 ou 𝒙" = 𝟑. Vértice: 𝑽(𝟐, −𝟏) Intersecção entre a parábola e o eixo 𝒀: (𝟎, 𝟑) Eixo de simetria: 𝒙 = 𝟐. 𝑫𝒇 = ℝ 𝒂 > 𝟎 ⇒ 𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ ℝ| 𝐲 ≥ −𝟏} Valor Mínimo: 𝒚𝒗 = −𝟏 (52) 48 2.5 FUNÇÃO POTÊNCIA Função potência formam uma importante família de funções pela sua própria estrutura e aplicabilidade, além de fazer parte de outras funções. Definição Qualquer função que pode ser escrita na forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥𝑛, onde 𝑎 e 𝑛 são constantes reais diferentes de zero, é uma função potência. A constante 𝑛 é o expoente e 𝑎 é a constante de proporção, dizemos então que 𝑓 é proporcional a enésima potência de 𝑥. Muitas das relações da geometria e da ciência são exemplos de função potência, tais como: o comprimento da circunferência (𝐶 = 2𝜋𝑟), força da gravidade (𝐹 = 𝑘 𝑑2 ), o volume de uma esfera (𝑉 = 4 3 𝜋𝑟3), a lei de Boyle (𝑉 = 𝑘 𝑝 ), entre muitos outros modelos de função potência que são expressos por uma proporção. As funções potência com expoente positivo são exemplos de variação direta, já as funções potência com expoente negativo são exemplos de variação inversa. Vejamos alguns exemplos de função potência (53): 𝒇(𝒙) = 𝟏 𝒙𝟐 ; 𝒈(𝒙) = √𝒙 𝟑 𝒉(𝒙) = 𝟏 𝟐 𝒙𝟒 𝒑(𝒙) = 𝒙𝟓 (53) Analisando a função 𝑔(𝑥) = √𝑥 3 , temos: Reescrevendo a função 𝑔(𝑥) = 𝑥 1 3, então o expoente é 1 3 , a constante de proporção é 1, ou seja, o coeficiente da variável 𝑥. 49 A função 𝑔(𝑥) é contínua com 𝐷𝑓 = ℝ e 𝐼𝑚 = ℝ, é crescente para todo 𝑥, é uma função ímpar ou seja, simétrica em relação a origem, não é limitada, não tem extremos e não tem assíntotas, como podemos verificar no gráfico. Figura 31: Função Potência Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) O gráfico representa uma função potência, 𝑔(𝑥) = √𝑥 3 , reparem que quaisquer dois valores simétricos do domínio de uma função ímpar resultam em imagens também simétricas ou opostas. As funções potências de expoente ímpar são funções simétricas em relação a origem. 2.6 FUNÇÃO EXPONENCIAL Dado um número real 𝑎, tal que 0 < 𝑎 ≠ 1, chamamos de função exponencial de base 𝑎 a função 𝑓 de ℝ em ℝ que associa a cada 𝑥 real o número 𝑎𝑥 e representamos por (54): 𝒇: ℝ → ℝ 𝒇(𝒙) = 𝒌𝒂𝒙; com 𝒌 ∈ ℝ (54) As funções exponenciais estão definidas e são contínuas para todos os números reais, são exemplos de função exponencial(55): 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙 𝒇(𝒙) = 𝟏 𝟐 𝒙 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙+𝟏 𝒇(𝒙) = 𝟒−𝒙 𝒇(𝒙) = 𝟓 ∙ 𝟐𝒙 (55) Propriedades 1ª) Na função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, temos que para 𝑥 = 0 o 𝑦 = 1, com 50 𝑓(𝑥) = 𝑦, isto define que o par ordenado (0, 1) pertence a função para todo 𝑎 ∈ ℝ+ ∗ − {1}, geometricamente o gráfico da função exponencial corta o eixo 𝑌, no ponto de ordenada 1. 2ª) Para qualquer função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑘𝑎𝑥 e qualquer número real 𝑥, 𝒇(𝒙 + 𝟏) = 𝒂 ∙ 𝒇(𝒙) Se 𝑘 > 0 e 𝑎 > 1, então a função 𝑓 é crescente e é uma função de crescimento exponencial, a base 𝑎 é o seu fator de crescimento. Se 𝑘 > 0 e 𝑎 < 1, então a função 𝑓 é decrescente e é uma função de decaimento exponencial, a base 𝑎 é o seu fator de crescimento. Gráfico Com relação ao gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, podemos dizer: I. A curva representativa está toda acima do eixo 𝑥, pois 𝑦 = 𝑎𝑥 > 0 para todo 𝑥 ∈ ℝ. II. Intercepta o eixo 𝑌 no ponto de ordenada 1. III. Se 𝑎 > 1 a função é crescente e se 0 < 𝑎 < 1 , então a função é decrescente. IV. A função exponencial é injetora. V. Os gráficos toma um dos aspectos. Figura 32: Gráfico da Função Exponencial Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 51 Funções exponenciais são funções que modelam vários fenômenos da ciências, engenharia, medicina, tais como, decaimento radioativo, capitalizações, crescimento logístico, crescimento populacional, entre outros. As funções exponenciais do tipo 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, assumem: 𝐷𝑓 = ℝ , 𝐼𝑚 =]0, +∞), são contínuas, não são simétricas, limitada inferiormente, não tem extremos locais, assíntota horizontal em 𝑦 = 0, é crescente para 𝑎 > 1 e decrescente para 0 < 𝑎 < 1. A função exponencial natural 𝑓(𝑥) = 𝑒𝑥, tem base o número irracional 𝑒, que tem valor 𝑒 = 2,718281 …, também chamado de número de Euler, que foi quem introduziu a notação da função exponencial natural com a propriedade especial de simplificar os cálculos matemáticos, qualquer função exponencial pode ser expressa em termos da base natural 𝑒. Como 𝑒 > 1, a função assume as características de uma função exponencial crescente. Função de crescimento logístico Uma função de crescimento logístico mostra seu comportamento a uma taxa crescente e não limitada superiormente. A limitação acaba existindo por razões de capacidade inerentes ao fenômeno, com isso, devido as situações reais, a função de crescimento é limitada tanto inferior como superiormente por assíntotas horizontais. Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑘 constantes positivas, com 𝑎 < 1. Uma função de crescimento logístico em 𝑥 é uma função da forma (56): 𝒇(𝒙) = 𝒄 𝟏+𝒌𝒂𝒙 ou 𝒇(𝒙) = 𝒄 𝟏+𝒌𝒆−𝒃𝒙 , sendo 𝒄 o limite de crescimento (56) Se 𝑎 > 1 ou 𝑏 < 0, então os modelos serão de funções de decaimento logístico. Já as funções de crescimento logístico têm comportamento nos extremos do domínio real, dado por (57): 𝐥𝐢𝐦 𝒙→−∞ 𝒇(𝒙) = 𝟎 e 𝐥𝐢𝐦 𝒙→∞ 𝒇(𝒙) = 𝒄, onde 𝒄 é o limite de crescimento (57) Função de crescimento Populacional Suponha que uma população se altere a uma taxa percentual constante 𝑟, onde 𝑟 é a taxa percentual da alteração, seguindo o padrão: 52 Tabela 4: Modelos de Crescimento Populacional Tempos em anos População 0 População inicial 𝑃(0) = 𝑃𝑂 1 𝑃(1) = 𝑃𝑂(1 + 𝑟) 2 𝑃(2) = 𝑃𝑂(1 + 𝑟) 2 ⋮ T 𝑃(𝑡) = 𝑃𝑂(1 + 𝑟) 𝑡 Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Se 𝑟 > 0, então 𝑃(𝑡) é uma função de crescimento exponencial, com fator de crescimento 1 + 𝑟. Se 𝑟 < 0, então a base 1 + 𝑟 < 1, 𝑃(𝑡) é uma função de decaimento exponencial, com fator de decaimento exponencial 1 + 𝑟. Os Modelos de crescimento e decaimento exponencial são usados para populações, por exemplo, de animais, bactérias e átomos radioativos. Esses modelos se aplicam em qualquer situação na qual o crescimento ou decaimento é proporcional ao tamanho atual da quantidade de interesse. Decaimento Radioativo As funções de decaimento exponencial modelam a quantidade de uma substancia radioativa presente em uma amostra. O número de átomos de um elemento especifico que se altera de um estado radioativo para um estado não radioativo é uma fração fixada por unidade de tempo. O processo é chamado de decaimento radioativo e o tempo que ele leva para que a metade da amostra mude de estado é chamada de meia-vida da substância radioativa. Exemplo 14: a) Se, inicialmente, existem 1000 bactérias no meio, e a cada hora a população dobra, ao fim de quantas horas a população chegará em 3.500.000 bactérias (58). 53 Solução: 𝑷𝒐 = 𝟏𝟎𝟎𝟎, 𝒕 = 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐; 𝑷(𝒕) = 𝟑. 𝟓𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 , 𝑷(𝒕) = 𝑷𝒐 ∙ 𝟐 𝒕 𝑷(𝒕) = 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟐𝒕 ⇒ 𝟑. 𝟓𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∙ 𝟐𝒕 ⇒ 𝟑𝟓𝟎𝟎 = 𝟐𝒕 ⇒ 𝒕 = 𝒍𝒏𝟑𝟓𝟎𝟎 𝒍𝒏𝟐 ⇒ 𝒕 = 𝟏𝟏 𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒆 𝟒𝟔 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔 (58) b) Suponha que a meia vida de uma substancia radioativa é de 30 dias e que existem 6 gramas presentes inicialmente. Qual é o tempo para que essa substância chegue a 1 grama (59). Solução: Como 𝑡 é o tempo em dias, o tempo de meia vida será 𝑡 30 , 𝑄(𝑡) = 1𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 𝑸(𝒕) = 𝟔 ∙ ( 𝟏 𝟐 ) 𝒕 𝟑𝟎 ⇒ 𝟏 = 𝟔 ∙ ( 𝟏 𝟐 ) 𝒕 𝟑𝟎 ⇒ 𝒕 = 𝟑𝟎 𝐥𝐧( 𝟏 𝟔 ) 𝐥𝐧( 𝟏 𝟐 ) ⇒ 𝒕 = 𝟑𝟎∙(−𝟏,𝟕𝟗𝟏𝟕𝟓𝟗𝟒𝟔𝟗) −𝟎,𝟔𝟗𝟑𝟏𝟒𝟕𝟏𝟖𝟎 ⇒ 𝒕 = 𝟕𝟕, 𝟓𝟓 𝒅𝒊𝒂𝒔 (59) c) Um capital de R$ 12.000 aplicado a uma taxa de 15% ao ano durante 3 anos. Qual seria o montante ao final dessa aplicação (60)? Solução: 𝑪𝒐 = 𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎, 𝒊 = 𝟎, 𝟏𝟓, 𝒕 = 𝟑 𝒂𝒏𝒐𝒔; 𝑴(𝟑) =? , 𝑴(𝒕) = 𝑪𝒐 ∙ (𝟏 + 𝒊) 𝒕 𝑴(𝒕) = 𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎 ∙ (𝟏, 𝟏𝟓)𝟑 ⇒ 𝑴(𝒕) = 𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎 ∙ (𝟏, 𝟓𝟐𝟎𝟖𝟕𝟓) ⇒ 𝑴(𝟑) = 𝟏𝟖. 𝟐𝟓𝟎, 𝟓𝟎 (60) 2.7 FUNÇÕES LOGARÍTMICAS A função exponencial é um exemplo de função que admite inversa. Uma função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 admite inversa, representada por: 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 e denominada de função logarítmica na base 𝑎, se 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 com 0 < 𝑎 ≠ 1, então 𝑓−1(𝑥) = log𝑎 𝑥, em que 𝑓 −1 denota função inversa. Observe graficamente a transformação que a inversa define. 54 Figura 33: Função Inversa Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Transformação entre a forma logarítmica e a forma exponencial Algebricamente o conjunto domínio da função exponencial passa a ser o conjunto imagem da função logarítmica e o conjunto imagem da exponencial fica sendo o domínio da função logarítmica. Funções que apresentam essa característica são funções que admitem inversa e tem a propriedade de funções bijetoras. Se 𝒙 > 𝟎 e 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏, então 𝒚 = 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒙 se e somente se 𝒂 𝒚 = 𝒙. Daí definimos o cálculo logarítmico, exemplos (61): 𝐥𝐨𝐠𝟏𝟎 𝟏𝟎𝟎 = 𝒙 ⇔ 𝟏𝟎 𝒙 = 𝟏𝟎𝟎 ⇔ 𝟏𝟎𝒙 = 𝟏𝟎𝟐, então 𝒙 = 𝟐. 𝐥𝐨𝐠𝟏 𝟐 𝟒 = 𝒙 ⇔ 𝟏 𝟐 𝒙 = 𝟒 ⇔ 𝟐−𝒙 = 𝟐𝟐, então 𝒙 = −𝟐 (61) Para resolver as expressões logarítmicas devemos recorrer as propriedades de potenciação. Propriedades Básicas Considere 𝑦 = log𝑎 𝑥, com 𝑥 > 0 e 0 < 𝑎 ≠ 1 e 𝑦 um número real, 1) log𝑎 1 = 0, pois 𝑎 0 = 1 2) log𝑎 𝑎 = 1, pois 𝑎 1 = 𝑎 55 3) log𝑎 𝑎 𝑦 = 𝑦, pois 𝑎𝑦 = 𝑎𝑦 4) 𝑎log𝑎 𝑥 = 𝑥, pois log𝑎 𝑥 = log𝑎 𝑥 Logaritmos com base 10 Quando a base do logaritmo é 10, não precisamos escrever o número de denotamos a função logarítmica por 𝑓(𝑥) = log 𝑥. Logaritmos com base 𝒆: Logaritmos com base 𝑒 são chamados de logaritmos naturais, utilizamos a notação 𝑙𝑛 para designar o logaritmo na base 𝑒, sendo assim a função logarítmica natural é dada por 𝑓(𝑥) = ln 𝑥. Propriedades dos logarítmicos Sejam 𝑎, 𝑏 e 𝑐 números reais positivos com 𝑎 ≠ 1 e 𝑛 um número real qualquer, temos: 1) Regra do Produto: log𝑎 𝑏𝑐 = log𝑎 𝑏 + log𝑎 𝑐. 2) Regra do Quociente: log𝑎 𝑏 𝑐 = log𝑎 𝑏 − log𝑎 𝑐. 3) Regra da potência: log𝑎 𝑏 𝑛 = 𝑛 ∙ log𝑎 𝑏. Mudança de Base As vezes torna-se necessário fazer uma mudança da base do logaritmo para manipular as expressões, escrevendo o logaritmo em uma base conveniente, sendo 𝑎, 𝑏 e 𝑥 números reais positivo com 𝑎 ≠ 1 e 𝑏 ≠ 1, escrevendo o logaritmo na base 𝑏 (62): 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒙 = 𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒙 𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒂 (62) Definição da função logarítmica Definição: Dado um número real 𝑎 com 0 < 𝑎 ≠ 1, chamamos função logarítmica de base 𝑎 a função 𝑓 de ℝ+ ∗ em ℝ que associa a cada 𝑥 real o número 56 log𝑎 𝑥 e representamos por (63): 𝒇: ℝ+ ∗ → ℝ 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒙; com 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 (63) As funções logarítmicas estão definidas e são contínuas para todos os números reais. São exemplos de função logarítmica (64): 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠𝟑 𝒙 b) 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠𝟏 𝟓 (𝒙 + 𝟏) c) 𝒉(𝒙) = 𝐥𝐧 𝟐𝒙 d) 𝒑(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒙 (𝟔𝟒) Propriedades 1ª) Se 0 < 𝑎 ≠ 1 então as funções 𝑓 de ℝ+ ∗ em ℝ definida por 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 e uma outra função 𝑔 definida por 𝑔(𝑥) = 𝑎𝑥 são inversas uma da outra. 2ª) Para qualquer função logarítmica 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 e um número real 𝑥 positivo e diferente de zero, temos: A função logarítmica é crescente se, e somente se, 𝒂 > 𝟏 e a função logarítmica é decrescente se, e somente se 𝟎 < 𝒂 < 𝟏. Gráfico: com relação ao gráfico da função 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥, podemos dizer: I. A curva representativa está toda a direita do eixo 𝑌, pois pela condição de existência o logaritmando tem que ser maior que zero (𝑥 > 0). II. Intercepta o eixo 𝑋 no ponto de abscissa 1. III. Se 𝑎 > 1 a função é crescente e se a função é decrescente 0 < 𝑎 < 1. IV. Os gráficos das funções 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 e 𝑔(𝑥) = 𝑎 𝑥 são simétricos em relação a reta 𝑦 = 𝑥. V. Os gráficos toma um dos aspectos. 57 Figura 34: Exemplos Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 2.7.1 Função logarítmica Domínio e Imagem As funções logarítmicas, 0 < 𝑎 ≠ 1 e 𝑥 > 0 assumem: 𝐷𝑓 =]0, +∞) e 𝐼𝑚 = ℝ, são contínuas, não são simétricas, não é limitada nem superiormente nem inferiormente, não tem extremos locais, não tem assíntotas horizontais e a assíntota vertical é em 𝑥 = 0, é crescente para 𝑎 > 1 e decrescente para 0 < 𝑎 < 1. 2.8 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Função seno A função seno é contínua, o domínio são todos os reais, a imagem é o intervalo ] -1, 1 [, é periódica de período 2𝜋, isso significa que o comportamento da https://bit.ly/3wVliSK https://bit.ly/3kAo4uk 58 função é repetitivo para cada intervalo de comprimento 2𝜋. É alternadamente crescente e decrescente, é uma função ímpar (simétrica em relação a origem), é limitada. Admite máximo absoluto em 1 e mínimo absoluto em -1. O gráfico da função recebe o nome de senóide. Tem sinal positivo nos quadrantes I e II e negativo nos quadrantes III e IV. Figura 36: Gráfico da Função Seno Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Função Cosseno A função cosseno é contínua, o domínio são todos os números reais, a imagem é o intervalo ] -1, 1 [, é periódica de período 2𝜋, isso significa que o comportamento da função é repetitivo para cada intervalo de comprimento 2𝜋. É alternadamente crescente e decrescente, é uma função par (simétrica com relação ao eixo 𝑌), é limitada. Admite máximo absoluto em 1 e mínimo absoluto em -1. O gráfico da função recebe o nome de cossenóide. Tem sinal positivo nos quadrantes I e IV e negativo nos quadrantes II e III. Figura 37: Gráfico da Função Cosseno Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 59 Função Tangente A função tangente é contínua sobre seu domínio definido sobre todos os números reais com exceção dos múltiplos ímpares de 𝑘 𝜋 2 , a imagem é o conjunto dos reais, é periódica de período 𝜋, isso significa que o comportamento da função repete para cada intervalo de comprimento 𝜋. É crescente em cada intervalo do domínio, é uma função ímpar (simétrica com relação a origem), não é limitada superiormente nem inferiormente. Tem assíntotas verticais da forma 𝑥 = 𝑘 𝜋 2 para todo 𝑘 ímpar. O gráfico da função recebe o nome de tangentoide. Tem sinal positivo nos quadrantes I e III e negativo nos quadrantes II e IV. Figura 38: Gráfico da Função Tangente Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) As funções trigonométricas representam modelos que envolvem fenômenos periódicos, tais como a oscilação de molas em um sistema massa mola ou modelos de corrente alternada distribuído nas residências antes de interferências até nos aparelhos de som como analisador de espectro. 60 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (Prefeitura de Landri Sales – Auditor Fiscal- 2020) O domínio da função 𝑓(𝑥) = √ 𝑥2−5𝑥+6 𝑥−3 é dado por: a) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 < 2} b) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 2 < 𝑥 ≤ 3} c) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≥ 2 𝑒 𝑥 ≠ 3} d) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≤ 2} e) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 > 2} 2. Para as funções 𝑓(𝑥) = 𝑚𝑥 + 𝑏, com 𝑓(−2) = 3 e 𝑓(4) = 1, os valores de 𝑚 e 𝑏, respectivamente, são: a) 3 𝑒 4 b) −3 𝑒 11 3 c) −1 𝑒 − 1 3 d) 1 3 𝑒 1 e) 1 3 𝑒 7 3 3. Uma imobiliária possui 1.600 unidades de imóveis para alugar das quais 800 estão alugadas por R$ 300,00 por mês. Uma pesquisa de mercado indica que, para cada diminuição de R$ 5,00 no valor do aluguel mensal, 20 novos contratos são fechados pela imobiliária. A receita mensal máxima em reais para um aluguel de R$ 250,00 é a) 25.000,00. b) 22.500,00. c) 225.000,00. d) 245.000,00. e) 250.000,00. 4. Qual é o valor por onde o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 1)3 + 5 intercepta o eixo das ordenadas. 61 a) 1. b) 2. c) 3. d) 5. e) 7. 5. A meia vida de uma substância radioativa é igual a 65 dias. Inicialmente há 3,5 gramas. A alternativa que representa a quantidade remanescente como função do tempo é: a) 𝑓(𝑡) = 7 2 ∙ ( 1 2 ) 𝑡 65 b) 𝑓(𝑡) = 7 ∙ ( 1 2 ) 𝑡 65 c) 𝑓(𝑡) = 7 2 ∙ ( 1 2 ) − 𝑡 65 d) 𝑓(𝑡) = 7 ∙ ( 1 2 ) − 𝑡 65 e) 𝑓(𝑡) = 7 2 ∙ ( 1 65 ) 𝑡 2 6. Dada a função 𝑓(𝑥) = log2(𝑥 + 2), qual é a alternativa que não representa a função: a) O gráfico da função 𝑓(𝑥) = log2(𝑥 + 2) é uma translação para a esquerda de duas unidades. b) A inversa da função 𝑓(𝑥) = log2( 𝑥 + 2) é a função 𝑔(𝑥) = 2 𝑥 − 2. c) O ponto de coordenadas (2, 2) é um dos pontos de interseção da função 𝑓(𝑥) = log2 𝑥 + 2 e sua inversa. d) O domínio de 𝑓(𝑥) = log2(𝑥 + 2) está definindo para todos os reais positivos exceto o zero. e) A função (𝑥) = log2(𝑥 + 2) tem assíntota vertical em 𝑥 = −2. 7. Um investimento de R$ 8700,00 ocorre a uma taxa de juros de 3% ao mês. Qual deve ser o prazo da aplicação com arredondamento para o inteiro mais próximo, para que esse investimento atinja o valor de R$ 11.000,00? 62 a) 7meses. b) 8 meses. c) 11 meses. d) 70 meses. e) 80 meses. 8. Com relação a função 𝑦 = 3 cos ( 𝑥 2 ) no intervalo [−2𝜋, 2𝜋] podemos afirmar: a) As raízes assume os valores {± 𝜋 2 , ± 3𝜋 2 }, b) O Máximo absoluto é 3. c) A função é contínua e ímpar. d) A função é periódica e crescente no intervalo de ] 0, 2𝜋 [. e) Tem assíntotas horizontais em 𝑦 = 3 e 𝑦 = −3. 63 SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E PROGRESSÕES 3.1 INTRODUÇÃO Nessa secção vamos tratar das sequências numéricas, padrões numéricos presente em diversos fenômenos naturais, nas engenharias, nas finanças, nas olimpíadas, nas estações do ano, na administração de medicamentos entre muitas outras situações da vida. A natureza do homem é perceber, compreender e observar esses padrões para transformá-los em tecnologia. As primeiras sequências observadas pelo homem,
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