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Chikungunya Rodrigo Antonio Brandão Neto INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES A febre Chikungunya (CHIKF) é uma doença cau- sada por um arbovírus RNA, pertencente ao gêne- ro Alphavírus e da família Togaviridae. Endêmica no oeste africano, ela é transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. A CHIKF se tornou importante em nosso meio por causa da possibilidade de uma epidemia em nosso país devido ao rápido alastramento da doen- ça, com o primeiro caso de transmissão local no hemisfério ocidental em 2013, com o mesmo vetor da dengue. O vírus Chikungunya é originário da África Ocidental. Posteriormente alastrou-se pela África, Sudoeste Asiático e Índia, sendo o primeiro caso ocorrido fora do continente africano identificado na Tailândia em 1958. Na África, o vírus é mantido na natureza por um ciclo silvestre, que envolve pri- matas selvagens e mosquitos que habitam a floresta. Na Ásia, a transmissão ocorreu sobretudo por meio do Aedes aegypti e, em menor grau, por meio de um mosquito Aedes albopictus. EPIDEMIOLOGIA A doença foi documentada pela primeira vez sob a forma de um surto na Tanzânia. Após a identi- ficação inicial do vírus, surtos esporádicos conti- nuaram a ocorrer na África Central e Sul, mas pouca atividade foi relatada após meados da dé- cada de 1980. Em 2004, no entanto, um surto originado na costa do Quênia posteriormente se espalhou pela primeira vez fora da África continental para Cama- rões e a ilha de Reunião, no caso desta última en- volvendo cerca de um terço da população. A rápida propagação dessa epidemia foi atribuída a uma mutação que permitiu um aumento da infectivida- de para um segundo vetor, o mosquito A. albopictus. PONTOS IMPORTANTES � A febre Chikungunya tem o mesmo vetor da dengue e rapidamente está se alastrando pelo continente americano. � A maioria dos casos é sintomática e cursa com febre alta e poliartralgias simétricas e intensas. � O quadro pode durar semanas e meses com artralgia limitante. � As alterações laboratoriais são inespecíficas, como linfopenia e plaqueto- penia. � O período de incubação é de 3 a 7 dias após a picada do mosquito e a maioria dos pacientes é sintomática. � O padrão-ouro para o diagnóstico é a cultura viral ou isolamento do vírus por RT-PCR. � Presença de IgM na fase aguda ou aumento de quatro vezes em títulos de IgG podem confirmar o diagnóstico. � O tratamento é apenas com medidas de suporte; complicações hemorrágicas são muito raras, a mortalidade é baixa e ocorre principalmente em idosos. 2 MEDICINA DE EMERGÊNCIA: ABORDAGEM PRÁTICA Esse fenômeno possibilitou uma maior transmissão da doença, pois o A. albopictus, ou “tigre asiático”, apresenta maior infectividade em comparação com o A. aegypti. O A. albopictus tem ampla distribuição em regiões temperadas, o que tornou possível para o vírus espalhar-se, nos dois anos seguintes, para outras regiões, incluindo áreas da Europa. O vírus espalhou-se posteriormente para várias outras ilhas do Oceano Índico e outras partes do mundo. A epidemia também se alastrou, a partir das ilhas do Oceano Índico, para a Índia, onde gran- des surtos ocorreram em 2006. O surto na Índia continuou em 2010, resultando em milhões de ca- sos novos que aparecem nas áreas em que não ha- viam sido relatados antes casos autóctones. A doen- ça agora é relatada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em quase 40 países de várias regiões, incluindo o Sudeste Asiático. Em 2018 ocorreram mais de 26.000 casos pro- váveis de CHIKF no Brasil, o que representou uma importante queda em relação aos 200.000 casos prováveis de 2017, com a incidência caindo de 89,5 casos a cada 100.000 habitantes para 7,4 casos a cada 100.000 habitantes. FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia da doença ainda não é completa- mente conhecida, mas apresenta similaridades com a dengue. As células epiteliais e endoteliais, fibro- blastos e macrófagos são os tipos celulares mais suscetíveis às ações do vírus. A entrada do vírus nas células ocorre por endocitose; uma vez no compar- timento intracelular, o vírus exerce efeito citopáti- co, induzindo a apoptose. Não existe imunidade populacional contra a doença, mas uma vez adqui- rida a imunidade individual, esta é prolongada. Durante a infecção, ocorre uma reação infla- matória com grande produção de interferon do tipo 1, o que explica parte de suas manifestações. Nos primeiros dias de infecção também é descrito que humanos evoluem com viremia importante, o que facilita a transmissão, pois os mosquitos são facil- mente infectados ao picar humanos nessa fase. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O período de incubação após a picada do mosqui- to Aedes é de 3 a 7 dias (intervalo de 1 a 14 dias). Nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas, mas a proporção de indiví- duos sintomáticos é alta, variando de 60 a 97% em diferentes estudos. A doença de Chikungunya pode se manifestar nas formas aguda, subaguda ou crônica. Na fase aguda, um caso é suspeito quando um paciente apresenta início agudo de febre superior a 38,5ºC e artralgia significativa ou artrite não explicada por outras condições médicas ou um paciente que tenha residido ou visitado áreas endêmicas em um perío- do de até 2 semanas antes do início dos sintomas. A febre pode ser contínua ou intermitente e pode ser alta (acima de 40°C), com duração usual de 1 a 5 dias (pode variar de 1 a 10 dias); a defer- vescência não está associada com a piora dos sin- tomas, em contraste com infecções pelo vírus da dengue. As poliartralgias podem preceder a febre em até 90% dos casos; em outros casos, ocorrem logo após início do quadro febril, com a maioria das pessoas infectadas desenvolvendo poliartralgias significativas, envolvendo dez ou mais articulações, sendo simétricas em 60 a 80% dos casos. As articulações mais frequentemente envolvi- das são os punhos, cotovelos, dedos, joelhos e tornozelos, mas também podem afetar articulações proximais, sendo descritas em articulações das mãos e punhos em 50 a 80% dos casos. As artral- gias tendem a ser mais intensas no período matu- tino e são aliviadas por atividade física leve. Ede- ma articular secundário à tenossinovite pode ser visto em alguns casos. As artralgias são frequen- temente incapacitantes devido a dor, hipersensi- bilidade, edema, rigidez articular, dificuldade em deambular com caminhar lento, de base ampla, andar vacilante e inclinado para a frente, que pode persistir por meses e é uma manifestação caracte- rística que inclusive inspirou o nome da doença. Artralgias crônicas ocorrem em até 60% dos pa- cientes acometidos pelo CHIKF. Um exantema maculopapular transitório ocor- re normalmente de 2 a 5 dias após o início da febre em aproximadamente 40 a 75% dos casos, envol- vendo o tronco e extremidades, mas também po- dendo incluir as palmas das mãos, plantas dos pés e a face. Prurido significativo é descrito em cerca de 25% dos pacientes, ocorrendo em geral após 3 dias do início dos sintomas, persistindo até o sétimo dia de evolução. Outras lesões cutâneas identifi- CHIKUNGUNYA 3 cadas durante surtos recentes incluem lesões ve- sículo-bolhosas com descamação, úlceras aftosas e lesões vasculíticas. Linfadenopatia, por sua vez, ocorre em cerca de 10 a 40% dos casos e envolve principalmente linfonodos cervicais. São relatadas ainda manifestações hemorrágicas, incluindo hematêmese e melena; esses sintomas são mais raros que na dengue e alguns desses casos também exibiram títulos crescentes concomitantes de anticorpos para dengue, o que torna difícil atri- buir as manifestações ao vírus Chikungunya isola- damente. Outros sinais e sintomas pouco relatados incluem cefaleia, dor retro-orbital, náuseas, vômi- tos, síndrome meníngea, conjuntivite, uveíte, reti- nite e encefalopatia aguda. A fase aguda geralmente dura de 3 a 10 dias; a doença subaguda ocorre de 2 a 3 meses após a in- fecção e se caracteriza por reaparecimento da po- liartritedistal associada a rigidez matinal e, por vezes, tenossinovite importante e desenvolvimento de fenômenos vasculares transitórios, tais como o fenômeno de Raynaud. A maioria dos pacientes apresenta sintomas depressivos, fadiga geral e fraqueza. Em pacientes com sintomas persistentes, uma série mostrou que 90% dos pacientes afetados apresentaram crioglo- bulinemia. A forma crônica da doença caracteriza-se pela persistência das artralgias por mais de 3 meses. A doença raramente pode evoluir com artropatia des- trutiva similar a artrite psoriática. Os sintomas podem persistir por mais de 2 anos em até 80% dos pacientes, que apresentam sintomas 3 meses após a infecção. Alguns fatores são associados com risco para desenvolvimento de doença prolongada, como: � Idade maior que 45 anos. � Distúrbios articulares. � Doenças preexistentes. A morte pela infecção é rara, ocorrendo em me- nos de 1% dos casos, e sendo mais comum em pa- cientes com mais de 65 anos de idade e com comor- bidades como diabetes, doenças cardiovasculares e outras. Os pacientes nesses casos podem desenvolver insuficiência respiratória, colapso hemodinâmico, miocardite, meningoencefalite e hepatite aguda. Em gestantes, as infecções pelo vírus não têm pior prognóstico. Infecções durante a gestação não parecem resultar na transmissão do vírus para o feto, mas em até 40% dos casos pode ocorrer trans- missão vertical se a gestante é virêmica no mo- mento do parto, o que causa para o feto compli- cações neonatais, incluindo a doença neurológica, hemorragias e doença do miocárdio. A Tabela 1 demonstra a frequência das principais manifesta- ções da Chikungunya. EXAMES COMPLEMENTARES As alterações laboratoriais associadas com a infec- ção pelo vírus Chikungunya são principalmente linfopenia e plaquetopenia que ocorrem em 40 a 75% dos casos, mas, ao contrário da dengue, neu- tropenia não costuma ocorrer. Elevações de enzimas hepáticas, usualmente menores que três vezes o limite superior da norma- lidade, também são frequentes e inespecíficas. O diagnóstico laboratorial é realizado pelo iso- lamento do vírus por RT-PCR, ou pela sorologia. O isolamento do vírus é o padrão-ouro para o diag- nóstico. Pode ser realizado a partir de amostras de soro de pacientes com infecção por até 8 dias. O RT-PCR é atualmente o método mais sensí- vel e rápido para detectar a doença de Chikungunya e, portanto, mais comumente utilizado para o diag- nóstico e confirmação da infecção. O RT-PCR pode detectar o vírus a partir de amostras colhidas na primeira semana de infecção. O RT-PCR em tempo real tem alta sensibilidade e seus resultados podem estar disponíveis a partir de 1 a 2 dias. O diagnóstico sorológico deve ser considera- do, principalmente se o RT-PCR for negativo; o exame deve ser realizado imediatamente após o início dos sintomas e uma segunda amostra deve ser colhida após 10 a 14 dias do início da doença. O diagnóstico sorológico pode ser feito pela de- Z TABELA 1 Manifestações clínicas de Chikun- gunya Manifestação Frequência Febre 76-100% Poliartralgia 71-100% Cefaleia 50-70% Exantema 28-77% Estomatite 25% Úlceras orais 15% Hiperpigmentação 20% Dermatite esfoliativa 5-10% 4 MEDICINA DE EMERGÊNCIA: ABORDAGEM PRÁTICA monstração de um aumento de quatro vezes nos títulos de anticorpos IgG específicos em soros de fase aguda e convalescentes. Alternativamente, a demonstração de anticorpos IgM (MAC-ELISA) específicos para Chikungunya na fase aguda pode ser útil. Se confirmação adicional for necessária, ela pode ser feita por meio de ensaios de neutralização e de inibição da hemaglutinação. O diagnóstico depende da combinação de acha- dos clínicos e laboratoriais. A Tabela 2 resume esses critérios diagnósticos. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Inclui outras doenças infecciosas, principalmente a dengue. A leptospirose e a malária também são associadas a quadro febril, mialgias e têm antece- dente epidemiológico por vezes semelhante, além de alterações de enzimas hepáticas semelhantes. Quadros de febre hemorrágica também são um diagnóstico diferencial, mas essas manifestações na febre Chikungunya são raras e autolimitadas. A Tabela 3 discute os principais diagnósticos di- ferenciais. TRATAMENTO Não existe terapia antiviral específica disponível para Chikungunya e o prognóstico na maioria dos casos é bom. Recomenda-se repouso no leito nos primei- ros dias e sintomáticos para dor e febre. O paraceta- mol é a droga de escolha com a utilização de outros analgésicos, se necessário incluindo opioides. O ácido acetilsalicílico deve ser evitado devido aos efeitos colaterais gastrointestinais e síndrome de Reye. Anti-inflamatórios não esteroidais ou corticosteroi- des podem ter benefício no alívio da dor, mas deve- -se ponderar seus riscos em relação aos benefícios Z TABELA 2 Critérios diagnósticos para febre Chikungunya Diagnóstico Critério Caso suspeito Febre de instalação abrupta, com calafrios e artralgias, que persiste por semanas a meses Caso provável Caso suspeito e: � Viagem para local com epidemia � Exclusão de malária, dengue e outras causas de febre com artralgias Caso confirmado Pelo menos 1 dos seguintes: � Isolamento de vírus em cultura � RNA do vírus detectado por RT-PCR � Ac IgM positivo na fase aguda ou convalescença � Ac IgG com aumento de 4x em seus títulos em 3-4 semanas Ac: anticorpo. Z TABELA 3 Diagnóstico diferencial da Chikun- gunya Diagnóstico Característica Dengue Também transmitida pelo mosquito Aedes, evolui com quadro hemorrágico mais grave e frequente Febre do Nilo Ocorre principalmente em imunossuprimidos: ocorrência na Ásia, África e algumas partes da Europa Ebola Viagens para África, manifestações hemorrágicas Hantavírus Pode evoluir com síndromes hemorrágicas ou cardiopulmona- res. Ocorre principalmente na Ásia Rubéola Contato com paciente com rubéola, rash cutâneo Malária Viagens para África ou outros locais epidêmicos, febre cíclica Febre Lassa Ocorre na África ocidental, pode cursar com febre hemorrágica Parvovírus Cursa com eritema, principalmente em bochechas; além das artralgias, podem ocorrer aplasia de série vermelha e outras citopenias Hepatites virais Dores articulares mais limitadas, raramente cursam com hemorra- gia, exceto no contexto de hepatite fulminante Caxumba Autolimitada, quadro doloroso menos intenso, pode evoluir com orquite e parotidite Leptospirose Antecedente de contato com água de enchentes específicos para o paciente. Alguns autores recomen- dam o uso de cloroquina devido à sua capacidade de diminuir a inflamação em pacientes crônicos, mas não existe evidência de benefício real. CHIKUNGUNYA 5 Grupos de risco: � Gestantes � Maiores de 65 anos � Menores de 2 anos � Pacientes com comorbidades Avaliar sinais de gravidade, critérios de internação e grupos de risco Caso suspeito Paciente com febre < 7 dias acompanhada de artralgia de início súbito Sinais de gravidade e critérios de internação: � Acometimento neurológico � Sinais de choque � Dispneia � Dor torácica � Vômitos persistentes � Neonatos � Descompensação de doença de base � Sangramento de mucosas Conduta: Avaliação de dor Hidratação oral Notificação Orientar retorno em caso de persistência da febre > 5 dias ou aparecimento de sinais de gravidade Exames: Específico: conforme orientação da vigilância epidemiológica Inespecífico: hemograma completo a critério médico Acompanhamento ambulatorial Paciente sem sinais de gravidade e sem critério de internação Conduta: Avaliação de dor Hidratação oral Notificação Tratar complicações graves de acordo com a situação clínica Critérios de alta: ausência de sinais de gravidade, aceitação de hidratação oral, avaliação laboratorial Exames: Específico: obrigatório (PCR ou sorologia) Inespecífico: hemograma completo, função hepática, transaminases, função renal e eletrólitos Acompanhamento em internação Paciente comsinais de gravidade ou com critério de internação Conduta: Avaliação de dor Hidratação oral Notificação Orientar retorno diário até o desaparecimento da febre Exames: Específico: conforme orientação da vigilância epidemiológica Inespecífico: hemograma completo a critério médico Acompanhamento ambulatorial com retorno diário Paciente do grupo de risco Z FIGURA 1 Avaliação e manejo inicial na Chikungunya. 6 MEDICINA DE EMERGÊNCIA: ABORDAGEM PRÁTICA PREVENÇÃO Não existe vacina disponível e a melhor prevenção é a proteção contra as picadas de mosquito. INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR, TERAPIA INTENSIVA E SEGUIMENTO Os pacientes com manifestações hemorrágicas ne- cessitam de internação hospitalar, devendo ser considerada internação em UTI, mas elas são feliz- mente raras. Após controle da dor e descartados outros diag- nósticos diferenciais significativos, os pacientes podem receber alta hospitalar. Os pacientes que apresentam artralgia crônica devem ser seguidos ambulatorialmente após a alta hospitalar. LITERATURA RECOMENDADA 1. Charrel RN, de Lamballerie X, Raoult D. Chikungunya outbreaks – the globalization of vectorborne diseases. N Engl J Med. 2007;356:769. 2. Chevillon C, Briant L, Renaud F, Devaux C. The Chikun- gunya threat: an ecological and evolutionary perspecti- ve. Trends Microbiol. 2008;16:80. 3. Gibney KB, Fischer M, Prince HE, et al. Chikungunya fever in the United States: a fifteen year review of cases. Clin Infect Dis. 2011;52:e121. 4. Mavalankar D, Shastri P, Raman P. 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