petição penal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
PATRÍCIA GOULART DE BRAGANÇA E JUNQUEIRA, Nacionalidade, blogueira e digital influencer, Estado Civil, portador da Carteira de Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado à Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx),vem, respeitosamente, perante à presença de Vossa Excelência, através de seu advogado infra-assinada, com escritório profissional (endereço), que esta subscreve, com fulcro nos artigos 30, 41 e 44 do Código de Processo Penal, artigo 145 do Código Penal e do Boletim de Ocorrência nºxxx incluso, oferecer a presente
QUEIXA CRIME
Contra KAMYLLA PROENÇA DE ALBUQUERQUE (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador da Carteira de Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado à Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), pelos motivos que a seguir passa a expor.
I- DA NATUREZA DA CAUSA
No dia 19 de janeiro de 2017 a querelada, em sua residência, através de seu computador pessoal, acessou as redes sociais da vítima com o único intuito de lhe ofender.
Assim sendo a mesma publicou a seguinte mensagem:
“URGENTE! Ontem à noite, ao solicitar uma selfie, sem qualquer motivo, de forma covarde fui agredida fisicamente com um tapa no rosto por Patrícia Goulart de Bragança e Junqueira, também conhecida como Patty, quando esta entrava na portaria do prédio em que mora. Me ajudem a divulgar. Tal fato não pode ficar impune”
Acontece que tal afirmação é totalmente leviana e foi disponibilizada para que todos os seguidores e qualquer pessoa pudesse ter acesso.
Nesse momento a querelante se encontrava concentrada para um desfile que aconteceria logo mais e diante do acontecido e vendo tamanha repercussão a querelante teve uma queda de pressão arterial e precisou ser amparada por modelos que também participariam do desfile.
Diante disso a mesma resolveu desistir de desfilar, pois não sabia o que poderia acontecer diante de tamanha repercussão que tal fato leviano havia causado.
A querelante é pessoa pública, muito conhecida do mundo do entretenimento e que tem muitos fãs espalhados pelo pais, e usa de sua imagem como seu meio de trabalho, tais acusações lhe causaram grande transtorno, percas, abalos psicológicos.
 
II. DA CARACTERIZAÇÃO DA CALÚNIA
A Calúnia consiste em imputar falsamente à alguém a autoria de fato definido como crime e a pena prevista é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa, conforme texto disposto no artigo 138 do Código Penal.
“Art. 138: Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
A querelada cometeu o crime tipificado no artigo 138 do Código Penal por meio que facilitou a propagação da calunia, em questões de segundos esse já era o assunto mais comentado do pais.
Sendo assim a querelada incorreu ao aumento de pena previsto no artigo 141, inciso lll do Código Penal.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
O elemento subjetivo específico do crime de calúnia, qual seja a vontade de atingir a honra objetiva da vítima, atribuindo falsamente e publicamente fato definido como crime, manifesta-se claro ao ter a Querelada acusada a Querelante de ter cometido o crime de Lesão Corporal, tipificado no artigo 129 do Código Penal Brasileiro perante milhares de conhecidos e estranhos, por meio de redes sociais, o que não condiz com a verdade. Com efeito, a Querelada praticou o crime de Calúnia e deverá ser punida.
III. DO PEDIDO
Ante o exposto REQUER:
a)        A designação de audiência de conciliação, nos termos do art. 520, do CPP.
b)        A citação da querelada.
c)        O regular processamento da queixa, com a oitiva das testemunhas arroladas;
d)        A procedência do pedido inicial para se condenar a querelada nas penas previstas nos art. 138 c/c art. 141, III do CP.
e)        A fixação do valor mínimo de indenização, nos termos do art. 387, IV, do CPP.
f)         Requerimento de todas as provas em direito admitidas e apresentação do rol de testemunhas: arrolar as testemunhas Júlia Baptista e Laura Guedes.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo/SP /18 de julho de 2017
Advogado/OAB