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Amebíase e Giardíase

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Amebíase 
A amebíase é uma doença infecciosa causada 
pelo protozoário Entamoeba hystolytica. 
 
Manifestações clínicas: 
− Forma assintomática; 
− Forma intestinal (não invasiva) → dor 
abdominal e diarreia. 
− Forma intestinal invasiva → colite 
amebiana aguda, disenteria grave (fezes 
líquidas com muco e sangue), úlceras 
intestinais, abcessos. 
− Forma extra intestinal → peritonites 
(raro), fígado, pulmão, cérebro e pele. 
A entamoeba apresenta quatro estágios 
evolutivos: trofozoíto, pré-cisto, cisto e 
metacisto, sendo que o pré-cisto e metacisto 
são apenas fases intermediárias, e os cistos e 
trofozoítos constituem fases bem definidas do 
parasito. 
Na imagem abaixo pode-se observar a 
representação da Entamoeba na forma de 
trofozoíto, com núcleo único e pleomórfico. 
 
A forma de cisto, representada na imagem 
abaixo, pode conter de 1 a 4 núcleos e possuem 
vacúolos de glicogênio e corpos cromatóides. 
 
 
A transmissão se dá pela ingestão de 
alimentos e água contaminados com cistos 
maduros, além da transmissão pessoa-pessoa. 
Ciclo biológico 
A Entamoeba possui ciclo monoxênico e 
direto. 
 
 
A infecção se inicia com a ingestão dos cistos 
maduros, que resistem a acidez gástrica e 
chegam no intestino delgado, onde ocorre o 
desencistamento com a liberação do metacisto, 
através de uma pequena fenda na parede 
cística. Esses metacistos realizam várias 
divisões originando oito trofozoítos. 
 
A forma trofozoíto se adere e invade a mucosa 
intestinal do intestino grosso, podendo 
permanecer dessa maneira, em uma relação de 
comensalismo, se alimentando de detritos e 
bactérias, caracterizando os portadores 
assintomáticos. No entanto, os trofozoítos 
podem migrar para a submucosa intestinal, 
produzindo os sintomas intestinais e invadir a 
parede do intestino grosso por ulcerações, 
podem atingir outros órgãos, através da 
circulação sanguínea, produzindo a forma extra 
intestinal. 
 
É importante destacar que os trofozoítos 
podem se desprender da mucosa do intestino 
grosso, sofrer desidratação e transformar-se 
em pré-cistos. O pré-cisto é ligeiramente 
arredondado, com tamanho menor que o 
trofozoíto e após produzir uma membrana 
cística ele se transforma em um cisto 
mononucleado, que sofre sucessivas divisões 
nucleares até ser liberado nas fezes como cisto 
tetranucleado, podendo então ser observado 
em fezes sólidas ou pastosas do hospedeiro, 
completando o ciclo de vida do parasito. 
 
Patogênese 
A invasão intestinal se inicia com a adesão das 
lectinas presentes na superfície dos trofozoítos 
aos enterócitos. Essa interação provoca a 
formação de amebaporos, que possibilitam a 
lise osmótica dos enterócitos pela entrada 
excessiva de água na célula. Além disso, as 
amebas secretam proteinases capazes de lesar 
o epitélio intestinal. 
Colite amebiana não disentérica 
− Manifesta-se por 2 a 4 evacuações/dia, 
diarreica ou não. 
− Raramente ocorre manifestação febril. 
− Alternância entre a manifestação clínica 
e períodos de funcionamento normal do 
intestino. 
Colite amebiana disentérica 
Na colite amebiana disentérica, a disenteria 
aparece frequentemente de modo agudo, com 
ocorrência de mais de 8 evacuações/dia, 
acompanhada de muco ou sangue. 
Além disso, o paciente pode apresentar cólicas 
intensas, tenesmo, náuseas, vômitos, calafrio e 
febre. 
Pode complicar com peritonite, hemorragia, 
apendicite e ameboma — massa 
granulomatosa. 
Amebíase extra intestinal 
Pode haver acometimento de diversos órgãos, 
como fígado, pele, pulmão, cérebro, baço e rim. 
Amebíase hepática 
Acomete o fígado, podendo causar abcesso 
hepático amebiano. O abcesso hepático pode 
complicar com ruptura, infecção e propagação 
para outros órgãos. 
Amebíase Cutânea 
Marcada com lesões na região perianal. 
Diagnóstico 
O diagnóstico clínico é difícil, tendo em vista 
que os sintomas são, na maioria dos casos, 
inespecíficos e comuns a diversos tipos de 
doenças intestinais. 
O diagnóstico laboratorial pode ser feito por 
exame parasitológico de fezes e/ou por exame 
imunológico. 
− Exame parasitológico de fezes → fezes 
liquefeitas e disentéricas com 
trofozoítos ou fezes formadas com os 
cistos. 
− Exame imunológico → pesquisa de ag 
por ELISA e imunofluorescência 
indireta. 
Tratamento 
Os fármacos para tratamento da amebíase são 
divididos em três grupos: 
− Amebicidas que atuam diretamente na 
luz intestinal; 
− Amebicidas tissulares; 
− Amebicidas que atuam tanto na luz 
intestinal quanto nos tecidos. 
Metronidazol → droga de escolha para 
tratamento de amebíase intestinal e hepática 
(500mg a 800mg, três vezes ao dia durante 7 a 
10 dias. 
 
Giardíase 
A giardíase é uma infecção do intestino 
delgado causada pelo parasita Giardia sp 
(lamblia, duodenalis ou intestinalis). 
A giárdia possui duas formas evolutivas: 
− Cistos → ovoides com parede cística de 
quitina e com 4 núcleos.
 
− Trofozoíto → forma piriforme com 
simetria bilateral e achatamento 
dorsoventral, além disso possui 2 
núcleos e 4 pares de flagelos 
posteriores. 
 
 
Ciclo biológico 
A contaminação ocorre por ingestão de 
alimentos, água ou fômites contaminados com 
cistos viáveis do parasito. Após a ingestão, 
ocorre o início do desencistamento no 
estômago, que termina no duodeno e jejuno. 
Com isso, ocorre a colonização do intestino 
delgado pelas formas trofozoítas. Na região 
do ceco ocorre o encistamento do parasita, 
sendo eliminado dessa maneira juntamente 
com as fezes. 
 
 
Patogênese 
A giárdia desencadeia resposta inflamatória 
com produção de IgA e IgE que ativa mastócitos 
e libera histamina provocando edema, aumento 
da motilidade e diarreia. 
Além disso, ocorre atrofia das microvilosidades, 
o que reduz a área de absorção da mucosa, 
resultando em diarreia, e infiltração de 
elementos inflamatórios com aumento da 
produção de muco. 
 
Manifestações clínicas 
− Assintomática; 
− Diarreia aguda, intermitente e 
autolimitada → dores abdominais 
(cólica) e diarreia fezes pastosas ou 
liquidas com muco e gordura); 
− Diarreia Crônica → má absorção 
intestinal e perda de peso; 
− Crianças → diarreia crônica, dor 
abdominal, anorexia e perda de peso. 
 
Diagnóstico 
Exame parasitológico de fezes → deve-se 
realizar exames repetidos (3 amostras) para 
detecção de cistos em fezes sólidas ou 
trofozoítos em fezes líquidas ou aspirado de 
duodeno. 
Imunológico → detecção de ag (ELISA, 
imunocromatografia). 
 
Profilaxia 
− Saneamento básico; 
− Higiene; 
− Tratamento dos doentes; 
− Tratamento dos portadores 
assintomáticos; 
− Vacinas — cães e gatos. 
Tratamento 
Tinidazol, metronidazol e nitazoxanida.

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