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AULA 2 
NEUROCIÊNCIA E 
COMPORTAMENTO 
HUMANO 
Prof. Reginaldo Daniel da Silveira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Sistema nervoso e cérebro: organização anatômica e funcional 
Ao longo da história da espécie humana, dissecar cadáveres, estudar 
cérebros de animais e relacionar lesões localizadas com funções específicas 
foram alguns dos registros que impulsionaram discussões sobre o funcionamento 
do sistema nervoso e do cérebro. Esta área, que alguns chamam de “computador 
central do corpo humano”, com um hemisfério intuitivo e outro racional, faz uso de 
uma vasta rede de comunicação conhecida como sistema nervoso, cuja função é 
nos fazer produzir pensamentos, ações e emoções. 
Ao ler conteúdos sobre neurociência, é usual nos depararmos com termos 
como sistema nervoso central, sistema nervoso periférico, neurônios, entre outros, 
nomes esses que, ao estudarmos mais aprofundadamente, nos chamam a 
atenção sobre onde se localizam e, sobretudo, quais suas funções. Decisões 
simples, como escolher a cor de uma camisa, e decisões mais complexas, como 
decidir entre trocar de emprego ou ficar na zona de conforto, envolvem 
percepções e sensações, das quais não nos damos conta. Isso ocorre porque, 
enquanto nos expomos ao ambiente, processamentos neurofisiológicos 
antecipam a interpretação de nossos sentidos. 
Ao estudar o sistema nervoso, a fim de conhecer melhor as células 
nervosas (que transportam estímulos e geram respostas em nosso organismo), 
avançamos não só no entendimento do que é cérebro, sistema nervoso e 
neurociência, mas também no entendimento dos processos do sistema nervoso, 
os quais nos fazem interpretar o mundo, e sermos quem somos. É o que veremos 
nesta etapa. 
TEMA 1 – BREVE HISTÓRIA DO SISTEMA NERVOSO 
Célia e Helena, a ruiva e a morena, do nosso conteúdo anterior, conversam 
em uma salinha da biblioteca universitária. 
“Tem muito material. Separei cinco livros e li dez páginas. E você?” 
“Separei quatro. Uma coisa que li aqui me lembrou de quando você me 
atirou a bolinha de papel na escada para o setor de ciências aplicadas.” 
“Como assim?” 
 
 
3 
“Quando meus olhos viram a bolinha no ar, jogaram informações para o 
sistema nervoso, e ele mandou impulsos nervosos para a medula espinhal, que 
mexeu meus músculos para pegar o papelzinho amassado. A bolinha, foi o 
estímulo; a visão, o receptor; e, meus músculos, o efeito.” 
“Helena é isso que dá estudar neurociência e ter um pai neurologista. Você 
está usando seu hemisfério cerebral esquerdo! Eu, hein?” 
Helena falou em impulsos nervosos e sistema nervoso (SN), os quais, 
ligados às células nervosas, conduzem os impulsos pelo corpo. Diante de 
estímulos, os neurônios transmitem dados entre si – as sinapses – que consistem, 
justamente, na troca de informações. Para isso acontecer, é preciso um lugar que 
abrigue mais de 80 bilhões de células: o SN. Por ser um centro de controle, ele se 
vale dos sentidos para detectar a bolinha de papel que Helena jogou, o carro que 
buzina na esquina e, enfim, o meio que nos rodeia e que nos leva a prestar 
atenção, admirar, lembrar e formar opiniões. A complexidade do SN revela-se 
desse modo: um órgão “opaco ao que está no seu interior, convoluto e cheio de 
saliências e reentrâncias que escondem umas às outras” (Lent, 2016, p. 20). 
O SN é um conjunto complexo de nervos e células nervosas que 
transmitem sinais para diferentes setores do corpo. Dizer que ele é uma espécie 
de “fiação elétrica” do corpo, não é nenhum exagero. Com o sistema endócrino 
(SE), ele controla todos os sistemas orgânicos do corpo. Cabe ao SN, contudo, 
comunicar sinais por meio de células e de espaços entre elas, diferentemente do 
SE, que faz isso pelas vias circulatórias. Outra diferença entre eles é que o SN 
usa sinais eletroquímicos, e não apenas químicos. 
A trajetória histórica dos estudos sobre o cérebro passou por reflexões 
sobre a trepanação e, depois, pela distribuição da mente para diferentes partes 
do corpo. Dois pensamentos vieram à tona: um colocou a mente no coração, e o 
outro, no cérebro. O encéfalo, como estrutura central, todavia, não era relacionado 
aos nervos. 
Após Aristóteles, Herófilo de Calcedônia (335-280 a.C.) e Erasístrato de 
Dhio (310-250 a.C.), respectivamente, são considerados pais da anatomia e da 
fisiologia; dissecaram cadáveres humanos e apresentaram o sistema nervoso 
(Tieppo, 2021). Ao reparar fibras do crânio e espinha saindo para o corpo, eles 
distinguiram os nervos motores dos sensitivos, e revelaram os ventrículos, 
figurativamente definidos como “buracos” no cérebro. Para os dois médicos 
gregos, espíritos fluíam dos ventrículos para os nervos (ocos) e músculos que 
 
 
4 
faziam o corpo se mover. Não obstante, a visão equivocada sobre o ar, ou 
espíritos, a percepção dos ventrículos e o pensamento de que o corpo humano 
funcionava em um processo integrado complexo, representou um avanço para a 
neurociência. 
Após um período de proibição da dissecação de cadáveres estimulada pelo 
Cristianismo, passaram-se 400 anos até que Galeno de Pérgamo juntou, à 
concepção dos líquidos presentes na teoria humoral de Hipócrates, a teoria dos 
ventrículos, segundo a qual seria onde as funções mentais estariam localizadas. 
A partir de então, receberam impulso observações como a de que o cérebro se 
divide em substância branca e cinzenta. A revelação de que a parte 
esbranquiçada continuava nos nervos ao longo do corpo, informando à substância 
cinzenta (Lima et al., 2006), favoreceu a ideia de que o SN se compunha de duas 
partes, o que viria a ser comprovado cientificamente. 
Entre 1780 e 1790, o médico italiano Luigi Galvani defendeu existir uma 
forma intrínseca de eletricidade na condução nervosa e na contração muscular. 
Meio século depois, o cientista suíço-alemão Bois-Reymond, afirmou ser o 
encéfalo gerador de eletricidade ao demonstrar a movimentação dos músculos 
quando os nervos eram estimulados eletricamente. Essa nova perspectiva 
deixaria para trás a ideia do refrigerador mental (Tieppo, 2021). 
No tempo das discussões entre localizacionistas e holistas, ainda não havia 
um conceito acabada sobre os neurônios. Na década de 1870, entretanto, uma 
invenção do médico italiano Camilo Golgi, conhecida como coloração de Golgi, 
permitiu examinar neurônios isolados (Gazzaniga; Heatherton, 2010). Desse 
modo, no final do século XVIII, a anatomia do SN já era conhecida grosseiramente 
por meio das dissecações. Um mesmo padrão de saliências (giros) e sulcos 
(fissuras) estava presente na superfície cerebral de cada indivíduo, e um olhar ao 
cérebro dissecado possibilitou reconhecer as duas divisões que viriam a ser 
padronizadas: a central e a periférica. O encéfalo então passou a ser pensado 
como uma estrutura que funcionava por duas divisões do SN. Bear, Connors e 
Paradiso (2017), com relação a esse momento, chamam a atenção para os 
seguintes pontos: 
• Lesões no encéfalo podiam causar desorganização das sensações, 
movimentos e pensamentos, e levar o indivíduo à morte; 
• O encéfalo se comunicava com o corpo por meio dos nervos; 
 
 
5 
• O encéfalo apresentava partes diferentes identificáveis e que, 
provavelmente, executavam diferentes funções; 
• O encéfalo operava como uma máquina, seguindo as leis da natureza. 
Esses dados nos indicam que o cérebro controla o que pensamos, 
sentimos, lembramos, falamos e nos movemos, além de também ser responsável 
por ações inconscientes, como os batimentos cardíacos e a digestão de 
alimentos. Fazemos tudo isso pelo SN, que, embora tenha subdivisões que 
mantêm, cada uma, suas características estruturais e funcionais, pertencem a um 
sistema único e altamente integrado. A seguir, conheceremos melhor as divisões 
central e periférica. 
TEMA 2 – CÉREBRO 
“O nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos 
os segredos, inclusive, o da felicidade”. Essa frase de CharlesChaplin pode ser, 
para alguns, ingênua; para outros, revela o grande poder dessa estrutura. 
Centro de controle do corpo humano, o cérebro administra o que fazemos. 
Se pensamos sobre uma decisão na empresa, se sonhamos com coisas que 
aconteceram no dia a dia, se corremos no parque, ou, se simplesmente tiramos 
uma soneca, ele está envolvido. Isso acontece porque ele recebe e envia 
informações, e nos mantém em comunicação constante com o mundo. 
Constituindo-se na maior parte do encéfalo – 80% de sua massa total –, o 
cérebro se divide em dois hemisférios: o esquerdo, considerado responsável pelo 
lado racional, ligado à linguagem; e, o direito, responsável pela porção intuitiva, 
criativa e emocional. Lesões no hemisfério esquerdo podem ocasionar perda da 
linguagem e, no lado direito, déficits de produção e reconhecimento emocional 
(Tieppo, 2021). 
A análise que Célia, uma de nossas personagens, fez sobre o ato de pegar 
a bolinha de papel relacionada à chamada de um livro na biblioteca, mereceu de 
Helena a afirmação de que ela estava usando o hemisfério esquerdo do cérebro, 
ou seja, sua porção racional. Mais tarde, Helena faria diversos elogios a quadros 
pintados por Candido Portinari e a um recital de música de câmara. Não seria 
errado se sua amiga dissesse que ela estaria usando o hemisfério direito do 
cérebro – responsável pelo lado artístico. O fato é que, dentro de nós, há um 
gerenciador de ações, escolhas e emoções. 
 
 
6 
Eagleman (2017) explica que, normalmente, os dois hemisférios se 
conectam pelo corpo caloso (feixe de substância branca), que permite que as 
metades direita e esquerda se coordenem e trabalhem de modo harmônico. O 
autor traz um exemplo acerca da sensação de frio, no qual as duas mãos 
cooperam: a bainha do casaco é segurada por uma delas, e o zíper é puxado pela 
outra. Quando o corpo caloso é seccionado, pode ocorrer a síndrome da mão 
alheia, ou síndrome da mão alienígena, uma desordem neurológica na qual a mão, 
por exemplo, passa a agir de modo involuntário, como puxar o zíper para cima 
com uma mão e, para baixo, com a outra. 
O cérebro comumente é descrito como a “massa cinzenta”, apesar de, em 
funcionamento, mostrar-se esbranquiçado e brilhante. Podemos dizer que essa 
estrutura é, de certo modo, sede do SN, pois por ela passam sensações, 
percepções, pensamentos, a consciência e o gerenciamento das emoções; de 
forma mais categórica, pelo cérebro passa a nossa vida, ou a interpretação que 
temos dela. 
Figura 1 – Hemisférios cerebrais esquerdo e direito 
 
Créditos: JIR Moronta/Shutterstock. 
 
 
7 
Psicólogos cognitivos costumam citar a frase de Epiteto, filósofo grego 
estoico que viveu como escravo em Roma: “as pessoas ficam perturbadas não 
pelas coisas, mas pela imagem que formam delas”. Para além de uma reflexão 
cognitivo-comportamental, o cérebro nos mostra que somos influenciados por 
luzes, sons, sabores, cheiros e sensações táteis e, ao fazer isso, ele aciona uma 
quantidade impressionante de conexões entre células nervosas. 
Se perguntássemos a Célia, Helena e a outras pessoas que estudam 
neurociência, ouviríamos dizer que o cérebro é a “glória suprema” do SN, 
afirmação feita por Weiten (2010) ao salientar que esse órgão, com cerca de 1,5 
quilo, que pode ser carregado em uma das mãos, contém bilhões de células 
interagindo e integrando informações do exterior e interior do corpo. Tal 
complexidade cria um potencial surpreendente de ações e reações. Se alguém 
lhe pedir a senha de sua conta bancária, é claro que você não a fornecerá, pois 
seu cérebro acionaria o estado de prontidão: Por que entregar sua senha a 
terceiros? O cérebro, que ajuda a guardar a senha na memória, possibilita também 
falar, pensar, planejar, criar e sonhar. 
A parte que compõe os dois hemisférios é denominada grande cérebro; o 
cerebelo é o pequeno cérebro, dividido em dois hemisférios cerebelares, com uma 
região denominada vérmis, e outra superficial, chamada córtex cerebelar. Em uma 
porção mais interna, está a substância branca, onde se encontram núcleos do 
cerebelo (núcleos centrais). Do ponto de vista funcional, o cerebelo é receptor de 
informações sobre a posição de articulações, comprimento dos músculos, 
estímulos auditivos e visuais. Lent (2016) destaca que, atualmente, há evidências 
de que o cerebelo oferece funções mais complexas do que apenas o controle da 
motricidade, incluindo funções sensoriais, emocionais e cognitivas. 
Diferentemente dos hemisférios cerebrais, seu lado esquerdo é relacionado ao 
lado esquerdo do corpo, e o lado direito é ligado aos movimentos do lado direito. 
Outras áreas do cérebro abrangem os lobos, que respondem por funções 
como cognição, movimentos voluntários e linguagem (nos frontais), processos 
visuais (nos occipitais), informações sensoriais (nos parietais), e audição, 
interpretação de sons e memória (nos temporais) (Cherry, 2022). Conhecemos 
também: os gânglios de base – estruturas subcorticais ligadas à iniciação de 
movimentos planejados; a área de Broca – envolvida com a fala; a medula oblonga 
– a região de comunicação entre cérebro e medula; o hipotálamo – o setor de 
regulação da temperatura, emoções, comportamento sexual e motivação; o 
 
 
8 
tálamo – que recebe as informações sensoriais antes de chegarem ao córtex; e, 
a área que processa informações emocionais e associa fatos a emoções: a 
amígdala (Gazzaniga; Heatherton, 2005). 
TEMA 3 – ASPECTOS ANATÔMICOS DO SISTEMA NERVOSO 
Célia e Helena, frequentam há pouco tempo a biblioteca da universidade. 
Para localizar setores como o acervo de empréstimos especiais, o setor 
cartográfico, o setor multimeios, ou setor de periódicos, elas não precisam saber 
onde o sol nasce, ou se põe, mas se valem de pontos de referência que operam 
de modo similar ao dos pontos cardeais: na entrada são feitas a devolução e 
retirada de livros; no fundo, fica a sala de eventos; à direita está o acervo para 
empréstimo e, à esquerda, o acervo para consulta local. 
Procurar setores do SN não é como procurar setores de uma biblioteca, 
mas o modo de procura é equivalente. Bear, Connors e Paradiso (2017) relatam 
que as partes do SN de um rato, cujos dados estruturais são típicos dos 
mamíferos: na parte superior está o encéfalo; apontada para baixo, em direção à 
cauda, segue a medula espinhal; na direção de um dos lados (costas), está a parte 
dorsal e, na direção oposta (barriga), está a parte ventral. Assim como a biblioteca 
frequentada por Célia e Helena, há, no SN, duas áreas grandes e iguais em suas 
dimensões: o lado direito do encéfalo e da medula espinha é a imagem especular; 
o lado esquerdo dessas estruturas é a chamada simetria bilateral. 
Figura 2 – Cortes no cérebro 
 
Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock. 
 
 
9 
Para visualizar o interior do encéfalo, é necessário seccioná-lo em duas 
metades; a direita e a esquerda correspondem ao plano mediano, e os cortes 
paralelos a ele são o plano sagital. Outros dois planos anatômicos são o 
horizontal, paralelo ao solo, entre os olhos e as orelhas (correspondente aos 
planos dorsal e ventral); e, o plano coronal, que é a divisão perpendicular ao solo 
e ao plano sagital. 
Estruturalmente, o SN é constituído por duas partes: o sistema nervoso 
central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). 
Figura 3 – Sistema nervoso 
 
Créditos: Pikovit/Shutterstock. 
 
 
10 
3.1 Anatomia do sistema nervoso central 
O SNC é formado por encéfalo (cérebro, cerebelo) e tronco encefálico. Ele 
possui meninges que são como envoltórios, que protegem de impactos e levam 
nutrientes, além de distribuírem células de defesa – são chamadas de pia-máter, 
aracnoide-máter e dura-máter. A dura-máter – a mais externa – apresenta-se 
como um tecido conjuntivo denso, com duas porções, uma externa, em contato 
com os ossos, e outra interna. A aracnoide é uma membrana serosa, mediante as 
outras meninges;sua estrutura parece a de uma teia de aranha. Entre ela e a pia-
máter existe um líquido denominado cefalorraquidiano, ou cerebrospinal. A pia-
máter é mais interna, e é vascularizada. Seu contato com o SNC é direto, 
acompanhando as ondulações do cérebro. 
Localizado dentro do crânio e da coluna espinhal, o cérebro é um dos 
órgãos do encéfalo que compõem o sistema nervoso central. Está localizado no 
interior do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral). O cérebro é 
composto pelo telencéfalo, com seus dois hemisférios cerebrais unidos pelo corpo 
caloso, e o diencéfalo, a parte caudal que ocupa a região central do cérebro. Sobre 
o diencéfalo estão as seguintes partes: o tálamo, localizado na porção mais central 
do encéfalo; e, o hipotálamo, localizado abaixo do tálamo. 
O tronco encefálico situa-se na parte mais caudal do encéfalo, e é 
composto de: 
• Mesencéfalo – Segmento mais curto do tronco encefálico localizado na face 
posterior do crânio; 
• Ponte – Localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo; 
• Bulbo – Porção mais inferior do tronco cerebral, apresenta-se em forma de 
um tronco de cone. 
A medula espinhal, por sua vez, localiza-se ao longo do canal vertebral, 
estendendo-se desde o bulbo, até a vértebra lombar. 
3.2 Anatomia do sistema nervoso periférico (SNP) 
O SNP distribui-se em nervos e gânglios responsáveis por interligar partes 
do corpo ao SNC. Ele se divide em dois tipos: somático e autônomo. 
Os nervos do sistema nervoso somático (SNS) partem da medula espinhal, 
de onde se formam gânglios nervosos paralelos à medula, distante dos órgãos 
por eles inervados. 
 
 
11 
O sistema nervoso autônomo (SNA) é formado por nervos que se ligam ao 
coração, aos vasos sanguíneos, aos músculos lisos e às glândulas (Weiten, 
2010). Ele se subdivide em sistema nervoso autônomo simpático (SNAs) e 
sistema nervoso autônomo parassimpático (SNAp). O SNAs se localiza na região 
torácica e lombar da medula; o SNAp, por sua vez, ocupa a região do tronco 
encefálico e a região sacral da medula. 
TEMA 4 – ASPECTOS FUNCIONAIS DO SISTEMA NERVOSO 
Quando nossas personagens Célia e Helena caminharam até a biblioteca, 
refletiram sobre o que deveriam pesquisar, riram ao falar de situações envolvendo 
colegas da faculdade e falaram sobre coisas que gostariam de fazer no final de 
semana. Anatomistas e fisiologistas nos mostram que o SNC controla 
pensamentos, movimentos, emoções e desejos, além de trabalhar sobre nossa 
respiração, frequência cardíaca, temperatura, entre outros. 
No setor de ciências aplicadas, Célia foi abraçada por Nestor, um rapaz por 
quem está interessada, e sentiu um calor lhe percorrer o corpo, além de seu 
coração ter se acelerado. Ela não parou para pensar sobre isso, mas no jantar em 
que precisou retirar rapidamente a mão da sopeira quente para não se queimar, 
seu coração também bateu mais forte por instantes. Nessas duas ocasiões, não 
era ela quem controlava o batimento cardíaco. Os responsáveis por essa reação 
são os neurônios, que se movem pelo seu corpo pelo SNP. 
Sabemos que um único neurônio em contato com outro neurônio dá 
passagem a sinais elétricos, e usamos isso para estender nossa compreensão de 
modelos que explicam o funcionamento do sistema nervoso. Ainda estamos longe 
de decifrar como tudo acontece, no entanto. Do que está ao nosso alcance, 
podemos afirmar que o cérebro é o órgão mais importante do SN, pois ele controla 
movimentos, recebe e interpreta estímulos sensitivos, além de coordenar ações 
que exigem raciocínio, memória e imaginação. 
4.1 Funções do sistema nervoso central 
Ler, escrever, falar, calcular, escrever poesia, criar, lembrar o que passou 
e projetar o futuro são funções do telencéfalo. Para Lent (2016), a parte mais 
importante do telencéfalo é o córtex cerebral, não apenas pelo seu volume, mas 
pela complexidade de suas funções. É ele que interpreta as informações 
 
 
12 
sensoriais, gerando percepções de que somos capazes, além de planejar, de 
programar e enviar à medula comandos para a motricidade. 
O diencéfalo, por meio do tálamo, tem funções relacionadas à motricidade, 
ao comportamento emocional, à ativação cortical e à sensibilidade. No 
hipotálamo, a função relaciona-se ao controle do SNA e do sistema endócrino, 
fome, sede, temperatura, sono e vigília (Oliveira; Campos Neto, 2015). 
O cerebelo está funcionalmente relacionado ao tônus muscular. Eagleman 
(2017) postula que, no ato de aprender uma nova habilidade, o cerebelo ordena o 
fluxo necessário de movimentos para precisão e controle do tempo. 
Nos primeiros dias de aprendizagem de uma nova habilidade motora, o 
cerebelo tem um papel particularmente importante, ordenando o fluxo necessário 
de movimentos para a precisão e o controle perfeito do tempo. 
O tronco encefálico é um receptor de informações sensitivas de estruturas 
cranianas e um controlador dos músculos da cabeça, dispondo de circuitos 
nervosos que transmitem informações da medula para outras regiões do encéfalo 
(Oliveira; Campos Neto, 2015). Para esses autores, elementos do tronco 
encefálico, como o mesencéfalo, respondem por estímulos da visão, audição e 
movimentos dos olhos e do corpo; a ponte, tem a função de transmitir informações 
da medula e do bulbo ao córtex, e o bulbo conduz os impulsos nervosos do 
cérebro para a medula, e vice-versa. 
Outro componente do SNC, a medula espinhal tem como função transmitir 
os impulsos nervosos do cérebro para todo o corpo. 
4.2 Funções do sistema nervoso periférico 
O SNP está funcionalmente comprometido com a condução de estímulos 
detectados em outras estruturas, ou externamente, para processá-los no SNC. 
Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 111) postulam que, depois que o SNC recebe 
as informações, ele as organiza, avalia e “orienta o SNP para realizar 
comportamentos ou fazer ajustes corporais específicos”. 
Para entendermos o funcionamento do SNP, atentemos para o abraço que 
Célia recebeu do rapaz com quem pensa em namorar: (1) os nervos sensitivos da 
pele enviaram a informação ao encéfalo pela medula espinhal; (2) os neurônios a 
transmitiram pelos gânglios basais; por meio dos gânglios basais, os neurônios 
disparam uma quantidade de dopamina em direção ao lóbulo frontal; (3) o lóbulo 
frontal recebe a sensação agradável em forma de motivação e, com a dopamina 
 
 
13 
ativada, Célia sente-se recompensada, e o lóbulo frontal executa uma resposta; 
e, (4) os músculos fazem Célia abraçar carinhosamente o rapaz. 
O SNA inerva todo o corpo humano, agindo sobre sistemas fisiológicos em 
função de demandas energéticas de atividade conforme a situação em que o 
indivíduo se encontra. Entre as alterações fisiológicas em situações de perigo 
estão o aumento das frequências cardíaca e respiratória, e sudorese (Loureiro, 
2018). 
No SNS, axônios motores somáticos se originam de neurônios motores 
para comandar a contração muscular; no SNA, axônios sensoriais autônomos 
carreiam informação sobre funções viscerais fora do controle voluntário do 
indivíduo (Bear; Connors; Paradiso, 2017). 
O SNAs pode ser considerado como um sistema de excitação diante de 
determinadas situações, e está relacionado à produção de adrenalina e 
noradrenalina. Já o SNAp atua em oposição ao SNAs, levando o organismo ao 
estado de calma e relaxamento; para isso, ele se vale do neurotransmissor 
acetilcolina. 
Voltando ao encontro de Célia com o rapaz por quem se sentia atraída, 
podemos crer que seu coração tenha aumentado os batimentos, assim como sua 
respiração; deve ter havido transpiração, e é até possível que suas pupilas tenham 
se dilatado, o que denota sinais de excitação provocados pela adrenalina ligada à 
divisão simpática. 
TEMA 5 – ELEMENTOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO 
Assim que as duas amigas saíram do setor de ciências aplicadas da 
biblioteca, Célia deu um pequeno safanão no ombro esquerdo. 
“O que houve, amiga?” 
“Umamosca varejeira!” 
“Célia, você é uma pessoa nervosa.” 
“Só por isso, Helena? Você é tão nervosa quanto eu.” 
“Não entendi, você é uma das pessoas mais calmas que conheço.” 
“Não estou mentindo, Helena. Somos nervosas não por nosso estado 
emocional, mas por que, da cabeça aos pés, somos constituídas de nervos. Se 
fôssemos pintar nossos nervos de amarelo, seriamos criaturas amarelas!” 
“Legal! Calmas ou não, somos nervosas, e isso penso que são os nervos, 
as fibras e um montão de células nervosas. Vamos dar uma passadinha na sala 
 
 
14 
de eventos? Tem duas coisas que eu queria ver: o Guerra e Paz, aquele painel 
famoso do Candido Portinari, e um recital na Mostra de Música de Câmara. Se a 
gente for agora, dá tempo de ver as duas coisas. Estou louca pra saber quem é o 
músico que vai se apresentar hoje.” 
Por que temos tantos elementos celulares no sistema nervoso? Essa seria 
uma boa pergunta. Se você decidisse respondê-la, talvez se aventurasse a dizer 
que é para poder transportar uma quantidade imensa de informações para todas 
as partes do corpo. Mas se existem tantos nervos e fibras assim, o que lhe dá 
suporte para funcionar é o SN, com uma tropa volumosa de células nervosas que 
se relacionam com os nervos; os nervos são projeções reais do neurônios, 
constituindo-se de feixes fechados, como se fossem uma cabo de axônios e fibras 
nervosas presentes no SN. Os neurônios, por sua vez, são células envolvidas na 
transmissão de informação por meio de sinais elétricos e químicos. 
Se nos atentarmos para a substância branca, veremos que ela é composta 
de fibras e, a cinzenta, é formada por células. Fibra e célula são partes do mesmo 
elemento: o neurônio, que transmite impulsos eletroquímicos. 
5.1 Neurônios 
Weiten (2010, p. 63) define de modo objetivo os neurônios como “células 
individuais do sistema nervoso, que recebem, integram e transmitem informação”. 
Se essas pequenas células esféricas, estreladas ou piramidais nos ajudam a 
pensar, rir, ou chorar, então, como brinca Tieppo (2021), estudar os nervos e não 
conhecer o neurônio é algo pior do que ir a Paris e não conhecer a Torre Eiffel. 
Desse modo, não podemos entender o cérebro e o sistema nervoso sem saber 
como os neurônios funcionam. 
O que sabemos é que eles são os elos básicos que possibilitam a 
comunicação no SN. Weiten (2010) explica que a maior parte dos neurônios se 
comunica entre si, mas uma minoria recebe sinais diretamente do estímulo, ou 
seja, os sinais que vêm de fora e que são captados pelos órgãos sensoriais. Outra 
parte deles transmite mensagens do sistema nervoso diretamente aos músculos, 
tornando possível o movimento corporal 
 
 
 
 
15 
Figura 4 – Neurônio 
 
Créditos: ranjith ravindran/Shutterstock. 
5.1.2 Estrutura do neurônio 
São três as estruturas essenciais do neurônio: dendrito, axônio e corpo 
celular. De acordo com Weiten (2010, p. 63-64), dendrito é a parte do neurônio 
especializada em receber informação; axônio é uma fibra longa e fina, que 
transmite sinais do corpo celular a outros neurônios, ou a músculos ou glândulas; 
quanto ao corpo celular, essa é a parte do neurônio na qual estão o núcleo e o 
citoplasma que cobre o núcleo. 
5.1.3 Tipos de neurônio 
Há três tipos básicos de neurônios: sensoriais, motores e interneurônios. 
De acordo com Gazzaniga e Heatherton (2005), neurônios sensoriais são os que 
recebem a informação do mundo físico e a repassam ao cérebro, quase sempre 
pela medula espinal; os neurônios motores agem na musculatura na contração ou 
relaxamento, produzindo movimento; e, os interneurônios, comunicam-se em 
circuitos locais, ou de curta distância. 
Além de serem tipificados por suas funções, os neurônios podem ser 
classificados de acordo com a morfologia em neurônios multipolares, bipolares ou 
 
 
16 
pseudounipolares. Os neurônios multipolares estão localizados no encéfalo, 
possuindo um ou mais prolongamentos, e ocorrem com maior frequência; os 
neurônios bipolares possuem apenas um axônio e um dendrito, e são encontrados 
na mucosa olfatória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular; e, os neurônios 
pseudounipolares possuem um corpo celular e somente um prolongamento, que 
se divide em dois. Eles podem ser encontrados nos gânglios espinais. 
5.2 Células da glia 
Ao assistirem à execução da Quinta Sinfonia, de Beethoven, por um quarteto 
de cordas no salão de eventos da biblioteca, Helena sentiu os olhos molhados de 
emoção; Célia também ficou tocada pela música, que lhe lembrou do filme 
Fantasia, de Walt Disney, que vira na infância. 
Encantadas, as duas estudantes olharam bem para os músicos – dois 
rapazes e duas moças –, e seus instrumentos musicais, e refletiram sobre talento, 
magia e êxtase. Aquele talvez não fosse o momento para pensar nos neurônios 
que antes estiveram a pesquisar, mas se misturassem os dois hemisférios 
cerebrais, unindo razão e emoção, notariam que, assim como os músicos, os 
neurônios, personagens principais de nossos enlevos mentais, precisam de alguém 
na retaguarda. O quarteto musical era a grande atração do recital; foi por eles que 
a Quinta Sinfonia de Beethoven, naquela apresentação na biblioteca, ganhou mais 
relevância. Todavia, havia ali um suporte nos bastidores: técnicos e operadores de 
som, luz e montagem, equipe de limpeza, seguranças, assessores de imprensa, 
enfim, uma grande equipe para garantir que tudo funcionasse bem. Com os 
neurônios, o show também é assim. 
Quando começaram a ser estudadas, há cerca de 150 anos, as células da 
glia não tinham a importância que hoje lhes é dada. De figurantes e passivas, elas 
passaram a ser vistas de uma nova forma. Notadamente, há duas décadas, com 
as mudanças havidas na neurociência, elas passaram por uma mudança de 
paradigma relacionada a sua função e ao seu papel na fisiologia e patologia neural 
(Gomes; Tortelli; Diniz, 2013). Sem a equipe de apoio, ou os músicos do recital, a 
apresentação não aconteceria; da mesma forma que, sem as células da glia, o SN 
não funcionaria. 
Durante sua viagem, os neurônios são alimentados e guiados por células 
gliais que, agindo como suas zeladoras, formam um envoltório ao longo 
do qual os neurônios migram – uma treliça de apoio, direção, proteção e 
nutrição. Depois que os neurônios chegam ao seu lugar de destino, as 
 
 
17 
células gliais são mantidas, embora mudem de formato e propriedades 
moleculares a fim de desempenharem funções diferentes (Ratey, 2002) 
De modo objetivo, podemos dizer que as células gliais “são células 
especializadas do cérebro que protegem os neurônios, fornecendo-lhes nutrientes 
e oxigênio, removendo dejetos e, de modo geral, sustentando-os” (Eagleman, 
2017). Em função da dimensão celular, classificam-se em: macroglia, que são os 
numerosos prolongamentos no espaço interneural (astrócitos), e prolongamentos 
que emergem do soma, mas não tão numerosos (oligodendrócitos); e, micróglia, 
que são os corpos celulares pequenos e com poucos prolongamentos. 
Para complementar, é oportuno destacar que outros corpos celulares dão 
apoio ao sistema nervoso, como as artérias, formadas por fibras musculares, que 
conduzem o sangue do coração a diversos órgãos; as veias, que são vasos 
condutores de sangue de forma centrípeta, em relação ao coração; e, os capilares, 
que são vasos nos quais ocorre a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos 
adjacentes. 
 
 
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
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de novos conceitos no dia a dia escolar e terapêutico. Rev. psicopedag., São 
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GAZZANIGA, M. S.; HEATHERTON, T. F. Ciência psicológica: mente, cérebro 
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funções de hoje e as que ainda virão. Estudos Avançados, 2013, v. 27, n. 
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RATEY, J. J. O cérebro: uma guia para o usuário – como aumentar a saúde, 
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TIEPPO, C. Uma viagem pelo cérebro: a via rápida para entender neurociência. 
São Paulo: Conectomus, 2021. 
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