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Estrutura das demonstrações contábeis

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1.ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis são relatórios que as organizações elaboram para representar seu fluxo financeiro e contábil em determinado período, elas são de extrema importância e relevância, pois, evidenciam informações capazes de auxiliar na tomada de decisões. Através desses documentos é possível comparar a situação monetária e patrimonial da empresa em diferentes momentos. Além disso, como previsto na lei nº 6.404/76, a divulgação dessas demonstrações para o público de interesse, como sócios, acionistas e entidades governamentais por exemplo, é obrigatória, dessa forma é possível garantir maior transparência na gestão, mostrando a real situação da companhia. 
De acordo com o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON (NPC 27):
“As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados.” 
No entanto, para que essas informações sejam capazes de mostrar a realidade corporativa é necessário que estejam estruturadas corretamente. Considerando este quesito, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) atua com o intuito de adequar as normas internacionais de contabilidade para a realidade brasileira. O CPC 26 estabelece requisitos gerais, diretrizes para sua estrutura e os requisitos mínimos para seu conteúdo com o objetivo de assegurar a comparação das demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade ou com as demonstrações de outras entidades.
Segundo o item 10 do CPC 26, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui dois demonstrativos utilizados na elaboração deste trabalho, sendo eles: Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
BALANÇO PATRIMONIAL
Essa ferramenta descreve toa a situação patrimonial da empresa, assim como o nome sugere, procura estabelecer uma verificação do equilíbrio (um balanço) entre o que a empresa tem e o que ela “deve”. Serve para analisar o comportamento financeiro do negócio; compreender o trajeto dos recursos financeiros da empresa; ser utilizado como base para a elaboração do planejamento estratégico; ajudar na composição do planejamento tributário, identificando tributos pagos e meios de reduzi-los; tomar decisões financeiras mais assertivas; apresentar dados financeiros e contábeis a possíveis investidores.
“O Balanço Patrimonial evidencia quantitativa e qualitativamente, em determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma entidade. Em suas partes, o Patrimônio da empresa será desmembrado em Ativo, composto de bens e direitos e Passivo, composto pelas obrigações da empresa e o Patrimônio Líquido. É através do Balanço Patrimonial que se pode avaliar as origens e a distribuição dos recursos em um momento estático do exercício”. (Ribeiro, 2009).
Ele é estruturado da seguinte maneira: 
Ativo
Nesta parte ficam discriminados todos os bens e direitos que a empresa possui. Os bens são formados por tudo que a organização tem posse naquele momento, entre eles podem estar imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias e até mesmo softwares. De forma mais clara, ativo é aquilo que a empresa possui e que pode ser transformado em dinheiro. Dentro desse grupo temos dois subgrupos: 
· Ativo circulante: São os bens e recursos aplicados que podem ser convertidos em valor monetário em um curto período (menos de um ano);
· Ativo não circulante: Nele estão alocados todos os recursos de utilização na atividade da empresa, com característica que durante o período superior de 12 meses, não serão facilmente convertidos em dinheiro. 
Passivo 
Compreende o que a empresa “deve” a terceiros, isto é, suas obrigações e dívidas. Assim, fazem parte dos passivos de um negócio as despesas, dívidas e obrigações financeiras relacionadas ao pagamento de fornecedores, salários, impostos, tributos, empréstimos, entre muitas outras. Também é dividido em dois subgrupos:
· Passivo circulante: despesas, dívidas e obrigações financeiras cujo prazo de vencimento é inferior a um ano, por exemplo, as contas mensais e empréstimos de curto prazo;
· Passivo não circulante: No caso, os passivos não circulantes são aqueles cujos vencimentos estão dentro de um período superior a 12 meses.
Dentro dessa visão, o Ativo representa todas as aplicações de recursos dentro da empresa. Enquanto o Passivo representa todas as origens (fontes) de recursos que entraram na empresa. As origens de recursos evidenciadas no Passivo são de dois tipos: próprios e recursos de terceiros. (PADOVEZE, 2004, p. 35).
Patrimônio líquido 
O Patrimônio Líquido é composto pela soma de todos os recursos próprios da empresa. Para chegar a esse resultado são considerados os valores investidos pelos sócios, o capital social, reservas de lucros, prejuízos acumulados etc. Conhecer o Patrimônio Líquido ajuda a trabalhar com maior previsibilidade, também é essencial para saber se ela pode se manter, caso tenha que liquidar dívidas de vez. 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Este é um relatório contábil grande aliado do empreendedor, nele se utiliza as análises das receitas, dos custos e das despesas operacionais e não operacionais para evidenciar se essas operações estão gerando lucro ou prejuízo. Ela deve ser elaborada obedecendo ao princípio do Regime de Competência, de maneira que as receitas e as despesas sejam lançadas no período em que aconteceram. O seu objetivo é detalhar a formação do resultado líquido de uma empresa no período do seu exercício financeiro, normalmente de janeiro a dezembro. 
De acordo com a Lei 6.404 art.187, a DRE deve ser elaborada do seguinte modo:
· Da receita bruta das vendas e serviços, deve ser deduzida as devoluções, abatimentos, os descontos e os impostos sobre as vendas. O resultado será a Receita Líquida;
· Da Receita Líquida é subtraído o Custo de Produtos Vendidos (CPV), Custo de Mercadorias Vendidas ou o Custo de Serviços Prestados (CSP). Assim será obtido o Lucro Bruto;
· Do Lucro Bruto, deduzem-se todas as despesas da operação, sendo elas com as vendas, administrativas, financeiras etc. e acrescentam-se outras receitas obtidas. O resultado será o Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR);
· Do LAIR, é abatido o valor do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
· Por fim, chega-se ao resultado líquido, podendo ser lucro ou prejuízo.
Baseando-se nessas informações, a estrutura simplificada da DRE pode ser feita desta maneira: 
· (+) Receita com vendas;
· (-) Deduções e abatimentos;
· (=) Receita Líquida 
· (-) CPV, CMV, CSP;
· (=) Lucro Bruto 
· (-) Despesas administrativas;
· (-) Despesas com as vendas;
· (-) Despesas financeiras;
· (=) LAIR;
· (-) IRPJ e CSLL;
· (=) Resultado Líquido 
Esse modelo consiste em um resumo, no entanto, pode haver uma variedade de outras informações e desdobramentos que tornam a DRE bem mais complexas, dependendo do nível de detalhamento que a organização deseja alcançar.
IBRACON NPC nº 27 – demonstrações contábeis demonstrações contábeis - apresentação e divulgações (NPC 27)
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de Contabilidade Básica: uma introdução à prática
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Básica. 3ª. ed. São Paulo: Saraiva.1999
SANTOS, Cleiton. Demonstrações Contábeis: o que são e quais as 5 principai. Econsult, 2020. Disponível em: https://econsult.org.br/blog/demonstracoes-contabeis/
GUIMARÃES, Vinicius. Aprenda a fazer uma DRE em 4 passos simples. Escola de E-commerce, 2021. Disponível em: https://www.escoladeecommerce.com/artigos/ALVES, Rodrigo. Resumo do CPC 26. Estratégia, 2021. Disponível em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-cpc-26-para-iss-bh/

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