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PATOLOGIA ESPECIAL CAMILA SANTIAGO PATOLOGIA ESPECIAL | MEDICINA PATOLOGIA 11: CARDIOPATIAS ISQUÊMICAS Cardiopatia isquêmica Termo genérico para um grupo de síndromes relacionadas a isquemia do miocárdio – desequilíbrio do suprimento, perfusão e demanda de O2 Isquemia (↓ O2, ↓ nutrientes, ↓ remoção de metabólitos) 90% ocasionada pela aterosclerose – cria obstrução IAM Área de necrose isquêmica de uma região do miocárdio causada por isquemia prolongada Qualquer idade e fatores ateroscleróticos Homens > mulheres Mulher fica protegida no período reprodutivo Infarto sem dor é comum em indivíduos diabéticos Patogenia Eventos: 1. Alteração súbita da placa (hemorragia no interior, erosão, ulceração e ruptura) 2. Conteúdo necrótico (adesão, ativação plaquetária e liberação de potentes agentes agregadores para formar o micro trombo) 3. Vasoespasmo (mediadores plaquetários) 4. Fator tecidual → cascata de coagulação → aumento do volume do trombo 5. Oclusão do lúmen do vaso Angina Pectoris Estável e instável Dor precordial com característica de opressão, cortante, causada por isquemia miocárdica de cura duração (minutos) Estável – mais comum; atividades físicas, estresse, emoções... condições que levam a sobrecarga cardíaca; causada por estenose fixa de artéria devido a ateroma Instável – dor durante repouso; precede o IAM; maioria dos pacientes existe aterosclerose coronariana e formação de trombos não oclusivos, as vezes associados a vaso espasmos Cardiopatia isquêmica crônica com IC Isquemia crônica do coração caracteriza-se por comprometimento difuso e insidioso do miocárdio por isquemia → angina/IAM → ICC PATOLOGIA ESPECIAL CAMILA SANTIAGO PATOLOGIA ESPECIAL | MEDICINA Morte súbita cardíaca Pode ocorrer como complicação de qualquer uma das síndromes coronarianas agudas O denominador comum a todas essas condições é o desenvolvimento de arritmia grave; particularmente fibrilação arterial Epidemiologia 18 milhões de vítimas fatais de infarto/ano Maiores causas de óbito em todas as regiões do Brasil Predisposição genética, habito de fumar, hipercolesterolemia, hiperlipidemia, HAS, diabetes... ansiedade, estresse, alimentação rica em gorduras animais e sedentarismo... ‘’epidemia da obesidade’’ Patogenia Estreitamento aterosclerótico progressivo e crônico das aa. coronárias epicárdicas Circulação colateral coronariana Patogenia 90% associada a aterosclerose Fatores que desestabilizam a placa Mecânicos: grau de obstrução da luz – turbulência do fluxo e impacto sobre a parede Químicos: enzimas, metaloproteases que degradam colágeno da capa fibrosa, facilitando a ruptura da placa Placas estáveis: colágeno organizado em capa fibrosa espessa, escassas células inflamatórias e núcleo lipídico necrótico de proporções menores Placas instáveis: atividade inflamatória intensa, especialmente em suas bordas laterais, com grande atividade proteolítica, núcleo lipídico e necrótico proeminente e capa fibrótica tênue Ruptura → expões material lipídico → altamente trombogênico Consequências da isquemia miocárdica Angina estável – sem ruptura da placa, aumento da demanda de O2 pelo miocárdio e incapacidade das artérias coronarianas estenosadas suprir esse musculo Angina instável – alteração súbita da morfologia da placa (agregação plaquetária, trombo mural, vasoconstrição) – pode ocasionar micro infartos distais IAM – oclusão trombótica total e morte do musculo PATOLOGIA ESPECIAL CAMILA SANTIAGO PATOLOGIA ESPECIAL | MEDICINA Morte súbita cardíaca – lesão aterosclerótica rota, provoca isquemia regional e leva à arritmia ventricular fatal Vasoespasmo coronariano Caracterizado por contração súbita das células musculares lisas de um segmento arterial com redução da luz → isquemia aguda do miocárdio (ruptura da placa ateromatosa) → trombose Endotélio produz NO, que, ao impedir a contração da camada média do vaso, atua como vasodilatador O ateroma aumenta a distancia entre o endotélio e a túnica muscular, o acesso do NO à camada média fica dificultado, favorecendo o vasoespasmo Angina pectoris Dor no peito caracterizada por ataques paroxísticos e recorrentes de desconforto torácico precordial ou subesternal; não provoca necrose celular (que define o infarto) Resposta do miocárdio Obstrução arterial → isquemia → disfunção do miocárdio → morte celular IM → cessa metabolismo aeróbico → fosfato de alta energia e acúmulos de produtos nocivos – ácido lático Isquemia - ↓ O2 → perda da contratilidade dentro de 60 segundos → morte dos miócitos → insuficiência cardíaca aguda Isquemia → alterações ultraestruturais dentro de poucos minutos Por aproximadamente 30 min após o inicio da isquemia mais grave, a lesão do miocárdio é potencialmente reversível Após esse período ocorre perda progressiva da viabilidade que se completa em 6 a 12 horas Dano permanente quando a perfusão do miocárdio está reduzida por um intervalo intenso (2 a 4 horas) Infarto transmural – maioria dos IAM, toda ou quase toda a espessura do ventrículo Infarto subendocárdico – área de necrose isquêmica limitada ao terço inferior interno da parede ventricular Zona sub endocárdica é a última região perfundida do miocárdio, extremamente vulnerável a redução do fluxo
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