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Vulvovaginites e Cervicites

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Vulvovaginites e Cervicites 1
Vulvovaginites e Cervicites 
07/02/2023
Conteúdo Vaginal Normal 
Secreção vaginal normal
Branca
Transparente
Fluida 
Conteúdo
Transudato
Muco cervical
Células vaginais descamadas 
Leucócitos 
Micro-organismos 
Bactérias Aeróbias Gram +
Lactobacilos (doderlein)
S. agalactiae
S. epidermidis 
Bactérias aeróbias Gram -
E. coli 
Gacteérias Anaeróbias Gram + 
Gardenerella vaginalis
Enterococos
Bacterioides
Mycoplasma
Ureaplasma urealyticum
Fungos
Candida sp - 20 a 30% das mulheres saudáveis, sem sintomas 
Vulvovaginites e Cervicites 2
pH vaginal
4 a 4,5
Lactobacilos - Ácido lático 
Peróxido de hidrogênio 
Vulvovaginites 
Sintomas
Corrimento
pH vaginal 
Microscopia 
Vaginose Bacteriana 
Definição
Mudança da flora vaginal - Diminuição de lactobacilos e aumento de anaeróbios
Aminas voláteis 
Aumento do pH vaginal (> 4,5) 
Epidemiologia
Vulvovaginite + comum
30 a 50% das mulheres na menacme 
Não é IST 
Fisiopatologia
Diminuição dos lactobacilos → diminuição de peróxido de hidrogênio → Aumento de anaeróbios → 
aumento do pH vaginal e aminas voláteis 
Agentes etiológicos
Bactérias anaeróbicas: gardnerella vaginalis, mobiluncus, mycoplasma, ureaplasma
Gardnerella: bactéria cocobacilar anaeróbica
Quadro clínico 
50% assintomática - não há inflamação 
Corrimento vaginal: branco, fino, homogêneo
Odor de peixe - aminas voláteis - putrecina e cadaverina 
Sintomas + evidentes - pós coito/pós-menstruação (semen e sangue tem pH mais básico)
Vulvovaginites e Cervicites 3
Não causa disúria, dispareunia, prurido ou inflamação 
Exame físico
Vulva normal
Não há inflamação 
Corrimento branco acinzentado, fuído e 
homogêneo, bolhoso ou não) 
Diagnóstico 
Critérios de Amsel
Coloração de Gram (nugent)
Citologia
Critério de Amsel 
CAC 4,5
Corrimento branco, acinzentado, fluído, homogêno
A- Teste das Aminas + (whiff teste)
Clue Cells
pH >4,5
Diagnóstico com 3 dos 4 
Clue Cell ( ou clélula guia) 
Vulvovaginites e Cervicites 4
Tratamento
ATB para anaeróbios - Metronidazol
VO - 500 mg 12/12, 7 dias
Via vaginal - gel, 5 noites 
Metronidazol - Efeito Dissulfiram -like - não ingerir álcool 
2° opção - clindamicina - 300 mg, 12/12h, 7 dias 
Gestantes mesmo tratamento 
Parcerias não precisam ser tratadas
Candidíase 
Definição
Infecção vulva e bagina
Candida sp 
Epidemiologia
2° vulvovaginite + comum
75% das mulheres 1 episódio na vida
Não é IST
Agentes etiológicos
Albicans (90%)
Glabatra
Krusei
Vulvovaginites e Cervicites 5
Fisiopatologia
Infecção pela cândida
Lactobacilos Normais 
pH continua baixo 
Fatores de risco
Imunossupressão
Uso de ATB
Aumento da umidade local
Gestação 
Diabetes
Aumento de estrogênio (AHCO) 
Quadro clínico
Inflamação
Prurido vulvar
Queimação 
Corrimento branco, espesso, leite coalhado 
Dispaurenia de penetração
Disúria externa (sem outros sintomas urinários) 
Exame físico 
Vulva: hiperemia, edema, escoriações
Especular: corrimento branco, espesso, com grumos, paredes hiperemiadas, leite coalhado 
Diagnóstico 
Vulvovaginites e Cervicites 6
Microscopia - pseudo-hifas
pH 4-4,5 
Tratamento 
1° opção Miconazol creme vaginal, 7 noites, nistatina creme vaginal, 14 noites 
2° opção - Fluconazol 150 mg. dose única, Itraconazol 200, VO 12/12h, 1 dia 
Casos recorrentes: fluconazol D1,D4 e D7 + 1x por semana 6m , creme vaginal 14 noites + 2x por 
semana (6m) 
Gestante: somente cremes vaginais 
Parcerias não precisam ser tratadas
Corticoide tópico - alívio dos sintomas 
Tricomoníase
Epidemiologia
IST não viral mais prevalente 
Fator de risco: atividade sexual desprotegida
Agente etiológico
Trichomonas vaginais 
Protozoário flagelado 
Fisiopatologia
Trichomonas - infecta vagina, colo, uretra
Inflamação
Quadro clínico 
50% assintomáticas
Corrimento amarelo, esverdeado
odor fétido 
Queimação vulvo- vaginal
Queixas urinárias
Dispareunia
Sinusorragia 
Exame físico
Vulvovaginites e Cervicites 7
Corrimento Amarelo, esverdeado, bolhoso com dor
Colo em morango - colpite 
Diagnóstico
pH > 4,5 
Testes das aminas (whiff test +) 
Não confundir com vaginose bacteriana 
Microscopia - protozoário flagelado 
Tratamento 
ATB sistêmico - Não vale creme
Metronidazol Via oral - dose única 2g ou 500 mg 12/12h, 7 dias 
Gestantes - tratamento igual 
Parcerias sexuais- avaliados e tratados 
Vaginite descamativa
Vaginite purulenta crônica que ocorre na ausência de processo inflamatório cervical ou do trato 
genital superior, ou seja, não é decorrente de DIP ou cervicite 
Epidemiologia 
+ comum no climatério
Etiologia desconhecida
Culturas vaginais: presença de estreptococcos beta-hemolíticos 
Diagnóstico
Conteúdo vaginal purulento
Vulvovaginites e Cervicites 8
pH vaginal alcalino 
Microscopia: processo descamativo intenso, células profundas (basais e parabasais), flora com 
ausencia de lactobacilos (substituição da flora normal por cocos gram +) e aumento de leucócitos 
polimorfonucleares 
Tratamento
Clindamicina crema vaginal - 7 dias
Associar o uso de estrogênio tópico vaginal 
Vaginose citolítica
Corrimento caracterizado por aumento excessivo de lactobacilos, citólise importante e escassez de 
leucócitos 
Fisiopatologia
Situações que elevam as chances de aumento de lactobacilos
Gestação 
Fase lútea do ciclo menstrual
DM
Quadro clínico
Semelhante a da candidíase vulvovaginal
Prurido
Corrimento aumentado
Disúria
Dispareunia 
Diagnóstico
pH entre 3,5 e 4,5
Microscopia aumento de lactobacilos, citólise (núcleos desnudos), raros leucócitos, ausência de 
microrganismos não pertencentes a flora vaginal normal 
Tratamento 
Alcalinizar a vagina (aumento do Ph vaginal)
duchas vaginais com bicarbonato de sódio diluiído em água
Vaginite Atrófica 
Ocorre por deficiência de estrogênio 
Vulvovaginites e Cervicites 9
Epidemiologia
Pòs- menopausa
Quimioterapia/ radioterapia
Pós-parto 
Quadro clínico
prurido vulvar
Ardência/ irritação vulvar
Dispareunia de penetraçaõ
Disúria
ITU de repetição 
Exame físico
Vulva: ressecamento dos grandes e pequenos lábios, estenose do introito vaginal, perda da 
elasticidade da pele, hiperemia local
Pode haver eversão de mucosa uretral 
Especular: paredes vaginais com epitélio vaginal pálido, liso e brilhante, petéquias na parede 
Diagnóstico
`pH aumentado > 5
Aumento de células parabasais e de leucócitos polimorfo, ausencia de microrganismos patogênicos 
Tratamento
reposição hormonal local com estrogênio tópico
Estriol vaginal 
Cervicite 
Inflamação da mucosa endocervical (epitélio colunar/ glandular do colo uterino) 
Agentes etiológicos
Chamydua trachomatis
Neisseria gonorrhoeae 
Vulvovaginites e Cervicites 10
Cervicite e DIP
1 caso de DIP para cada 8 a 10 casos de pacientes com cervicite 
Fatores de risco 
IST
Atividade sexual desprotegida
Adolescentes e mulheres jovens 
Quadro clínico
70% assintomáticos 
Corrimento vaginal
Dispareunia
Sangramento intramenstrual
Exame físico
Secreção mucupurulenta e cervical 
Dor a mobilização do colo
Colo friável - sangramento ao toque 
Diagnóstico
Biologia molecular (NAAT)
Cervicite gonocócica pode ser diagnosticada pela cultura do gonococo em meio seletivo (thayer- 
NAr-tin modificado) 
Vulvovaginites e Cervicites 11
Complicações
Doença inflamatória pélvica
gestação ectópica
Infertilidade
Dor pélvica crônica 
Na gestação
TPP
Prematuridade
RPM
Endometrite puerperal
Conjuntivite gonococcica do RN 
Tratamento 
Cervicite gonococcica - Ceftriaxone 500 mg IM dose única + azitromicina 1 g VO dose única 
Clamidia - Azitromicina 1g Vo dose única ou doxixiclina 100 mg VO 12/12h por 7 dias

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