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Revisão – TEAP II – V1 Avaliação Psicologia Infantil: A avaliação psicológica de crianças e adolescentes é uma prática profissional articulada para poder fornecer uma perspectiva integrada com vistas ao tratamento dos indivíduos que se encontram nessa fase do desenvolvimento e promover uma rede de suporte aos familiares. Dentre as principais solicitações, tem-se o mapeamento dos principais domínios (forças e fraquezas) cognitivos, comportamentais e emocionais; a prevenção e identificação precoce de déficits; a identificação de superdotação/altas habilidades; o diagnóstico diferencial; o auxílio no tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento; a construção de intervenções terapêuticas; a instrumentalização de diferentes profissionais; e principalmente, a compreensão de todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem daquele indivíduo. Etapas da avaliação psicológica infanto-juvenil: Entrevista clínica e anamnese: Por se tratar de crianças e adolescentes a entrevista clinica e a anamnese deve ser feita com os pais ou responsáveis do individuo. E é nesse primeiro momento que alguns pontos podem ser abordados durante a primeira entrevista com os pais/responsáveis: Identificação: dados gerais do cliente e dos pais: nome completo data de nascimento, sexo, escolaridade, endereço e telefones, irmãos, se faz o uso de algum medicamento. Dados dos pais como: estado civil, formação, idade e profissão. Demanda: profissional e motivo do encaminhamento, queixa principal, histórico da queixa. Concepção: gestação, pré-natal, tipo de parto (normal ou Cesária), idade gestacional, altura/peso, complicações, amamentação, alimentação e alergias, sono, motricidade (sentar, engatinhar, andar), falar, menarca, tiques ou manias, interação social, hábitos e lazer, uso e abuso de drogas Histórico de adoecimento: relato do processo de adoecimento, diagnostico e cirurgias da criança/adolescente, medicamentos, exames, acompanhamento com outros profissionais, histórico familiar de doenças, condições médicas, alcoolismo ou outras drogas. Características marcantes: personalidade, humor habitual, relacionamento interpessoal, relação com os pais e irmãos, atitudes e posturas no cotidiano, expectativas de futuro. Vida escolar: ingresso na escola, alfabetização, desempenho acadêmico, repetências e transferências escolares, queixas comuns dos professores, rotina, atividades diárias e de lazer, nível de funcionamento pré-mórbido e atual Testes Cognitivos: Mapa comportamental: Preenchido pelos pais, semanalmente, preenchido no mínimo por 3 semanas Bloco de monitoramento da semana: Preenchido pela própria criança, Indicado para crianças de 2 a 8 anos Tríade Cognitiva: Visão do self (como me percebo); Visão do outro no contexto familiar (como percebo meus familiares); Visão do outro no contexto social (como percebo amigos, colegas, professores). Técnicas: Caderno terapêutico infantil (Qual animal seria (meu pai, mãe, eu...); Expectativa e Realidade (o que meus amigos pensam de mim; Quem eu sou...); Jogo: Como sou? Como me vejo?) RPD – Registro de pensamentos disfuncionais: Na infância e adolescência adaptamos este recurso tendo como ponto de partida as emoções e não os pensamentos em si. Aplicativo ou diário emocional: Para identificar as emoções ao longo da semana WISC IV – Escala Wechsler de Inteligênda para Crianças - 4° Edição (WISC-IV). Esta escala é um instrumento de aplicação individual que tem como objetivo avaliar a capacidade intelectual das crianças e o processo de resolução de problemas. É utilizada para a faixa etária de 6 anos e O meses a 16 anos e 11 meses e composta por 15 subtestes sendo 10 principais e cinco suplementares, dispondo de quatro índices que poderão ser investigado (índice de compreensão verbal; Índice de organização perceptual; Índice de Memória Operacional; Índice de velocidade de processamento e ainda fornece o teste de quociente de inteligência (Q.I) total) Testes Projetivos: Rorschach: Os psicólogos usam o Teste de Rorschach para examinar as características da personalidade e o funcionamento emocional do indivíduo. Esse teste é frequentemente empregado para detectar padrões de pensamento subjacentes, estruturas de personalidade e diferenciar as disposições psicóticas e não psicóticas no pensamento de uma pessoa. Desenho livre da família e desenho livre: O teste consiste em pedir para a criança que faça um desenho, observando esse desenho analisa-se algumas características em sua personalidade, avalia-se suas capacidades cognitivas e talvez motoras juntamente com a forma em que a criança vê sua família e como são suas relações em seu entorno, é uma maneira simples de avaliar a qualidade dos vínculos familiares. Teste de Apercepção Temática (TAT): É outro teste projetivo utilizado em crianças e adolescentes. Este teste consiste em apresentar uma série de imagens onde a quantidade delas vai depender do profissional e pedir ao participante que conte uma história sobre cada uma delas. A partir das histórias contadas, o psicólogo pode obter informações importantes sobre as emoções, os medos e as ansiedades da criança ou adolescente, além de identificar possíveis distúrbios emocionais ou problemas comportamentais Teste de Apercepção Infantil (CAT): É uma versão adaptada do Teste de Apercepção Temática, projetada especificamente para crianças. Este teste é utilizado para entender as emoções, os medos e as ansiedades da criança, além de detectar possíveis distúrbios emocionais ou problemas comportamentais Casa- Arvore- Pessoa (HTP): O teste HTP (House-Tree-Person) é uma técnica projetiva de avaliação psicológica que visa avaliar a personalidade, as emoções e os pensamentos de um indivíduo. O teste consiste em pedir que o indivíduo desenhe três figuras: uma casa, uma árvore e uma pessoa. A interpretação dos desenhos é baseada em princípios psicanalíticos, que buscam identificar elementos do inconsciente do indivíduo. Através da análise dos desenhos, o psicólogo pode obter informações sobre a autoimagem, os conflitos internos, os traumas e as necessidades emocionais do indivíduo. Hora do jogo diagnostica: Constitui um recurso ou instrumento técnico que auxilia no processo psicodiagnósticos em crianças. Atividade lúdica: Trata-se de um instrumentalizar as possibilidades para conceituar a realidade da criança. Diferença entre jogo diagnóstica e hora do jogo terapêutica: Hora do jogo diagnóstica: engloba um processo que tem começo, desenvolvimento e fim em si mesma. Hora do jogo terapêutica: é um elo a mais em um amplo continuam no qual novos aspectos e modificações estruturais vão surgindo pela intervenção do terapeuta Atividade lúdica: Mediação das fantasias feita pelos brinquedos (Deixar a criança contar através do brincar) A hora diagnóstica propicia um vínculo transferencial breve, cujo objetivo é o conhecimento e a compreensão da criança Personificação (Entrar dentro do personagem junto com a criança) É brincando com a criança que descobrimos o que acontece com a criança Capacidade de assumir e atribuir papéis de forma dramática. Ocorre de diferente forma em cada período evolutivo; Como elemento comum a todos os períodos evolutivos normais, possibilita à elaboração de situações traumáticas, a aprendizagem de papéis sociais, a compreensão do papel do outro e o ajuste de sua conduta em função disso, favorecendo o processo de socialização e de individuação. Possibilita avaliar o equ8ilíbrio existente entre o ego, o superego e o id. Motricidade Permite ver a adequação da motricidade da criança em relação à etapa evolutiva que atravessa; Em cada etapa há pautas previsíveis que respondem ao desenvolvimento neurológico, psicológico e ambientais que devem ser observadas. A observação de elementos motores favorecema detecção de danos neurológicos que podem ocorrer em conjunto com fatores psicológicos e/ou ambientais. -Como está a motricidade dessa criança? Ela consegue segurar o lápis? Usar uma tesoura? Se não ela precisa ser estimulada Como eu faço a hora do jogo lúdica Sala de jogos e materiais: A sala do jogo será um quarto não muito pequeno com mobiliário escasso para dar liberdade de movimento a criança, com paredes e pisos, preferencialmente, laváveis. Deve dar possibilidade do uso de água pela criança; Com relação aos brinquedos deve-se considerar: Erikson: seleciona os brinquedos em função das respostas específicas que provocam; Pela funcionalidade do brinquedo: diferentes tamanhos, texturas e formas; Ex. para facilitar o jogo agressivo: revolveres, espadas de borracha e sacos de areia.para estimular a área comunicativa: telefones, lápis de cor, etc. Escola Kleiniana: não há critério unificado e utiliza-se material não estruturado: madeiras de diversos tamanhos, tintas, barbante, ,lã. Pedaços de pano, tesoura sem ponta, fitas elásticas... Papel do psicólogo: Papel passivo, como observador e ativo na medida em que sua atenção flutuante permite-lhe compreender e formular hipóteses; Participar da atividade, caso o entrevistado solicite; Fazer uma sinalização explicitando aspectos dissociados manifestos, sem portanto realizar interpretações que apontam o conteúdo latente. Estabelecendo limites, quando necessário; A função específica consiste em: observar, compreender e cooperar com a criança Diferenciar avaliação psicologica infantil da do idoso OBS: Idoso demenciado, entrevistar o cuidador Caso Clinico (Especificar o que tem que fazer) Observação clinica Entrevista/ Anamnese Testes: Cognitivos ou Projetivos Analise dos resultados Elaboração laudos Devolutiva (OBS: A devolutiva se for de crianças apenas pros pais, se for adolescente pra ele e pros pais) Laudo: (O que precisa ter no laudo) Identificação Demanda/ Queixa (Historia de vida do paciente) Procedimentos (o que aplicamos no paciente: Anamnese, testes, etc...) Conclusão (hipótese diagnostica, critérios e encaminhamentos)
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