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Patologia veterinária Patologias do sistema cardiovascular Anomalias congênitas do coração Os eventos complexos do desenvolvimento embriológico do coração e dos grandes vasos permitem oportunidades substanciais para o aparecimento de anomalias congênitas. A importância funcional dessas anomalias varia grandemente. Animais com os defeitos mais acentuados não sobreviverão no útero, e aqueles com as lesões mais leves podem não apresentar sinais clínicos por toda a vida. Animais com defeitos de intensidade intermediária são os que, mais provavelmente, serão levados ao veterinário em razão de sinais clínicos de insuficiência cardíaca de desenvolvimento gradual. Esses sinais incluem pouca tolerância ao exercício, cianose e crescimento tardio Persistência do ducto arterioso: O ducto arterioso é um canal vascular entre as artérias aorta e pulmonar que permite o sangue desviar-se dos pulmões durante a vida fetal. Normalmente, após o nascimento, esse canal é convertido num ligamento sólido, o ligamento arterioso, mas a comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar permanece nessa anomalia. Resultando na passagem de sangue do coração esquerdo para o direito, resultando em hipertensão pulmonar e hipertrofia do coração direito. Defeito do septo atrial: É uma falha no fechamento do forâmen oval, levando a passagem do sangue do átrio esquerdo para o direito, causando hipertrofia do lado direito do coração e excesso de sangue nos pulmões. Defeito do septo ventricular: É uma falha no desenvolvimento completo do septo ventricular, que permite a comunicação anormal entre os ventrículos, levando a passagem de sangue do ventrículo esquerdo para o direito. Tetralogia de Fallot: É quando há junção de quatro anomalias congênitas, como o defeito de septo ventricular, estenose pulmonar, dextroposição da aorta e a hipertrofia do miocárdio do ventrículo direito. Um animal que possui tetralogia de Fallot apresenta cianose, devido à dificuldade de o sangue chegar ao pulmão. Estenose da válvula pulmonar: Acontece quando há deposição de tecido conjuntivo na válvula pulmonar, causando espessamento, estenose e hipertrofia concêntrica dessa válvula. Estenose da válvula subaortica: É a deposição de tecido conjuntivo sob a válvula ventricular esquerda, levando a um espessamento, estenose e hipertrofia concêntrica da válvula. Persistência do arco aórtico direito: Esse defeito ocorre porque o arco aórtico se direciona para o lado direito ao invés de ser lado esquerdo, levando consigo, o ligamento arterioso. Por causa disso, o ligamento arterioso forma um anel sobre o esôfago e a traqueia. Isso acabará resultando em obstrução esofágica e dilatação da parte proximal do esôfago (megaesôfago), à medida que o animal se desenvolve e ingere alimento sólido. Ectopia do coração: É o desenvolvimento congênito do coração num local anormal, fora da cavidade torácica. Patologia do Pericárdio Agenesia do saco pericárdio: O animal nasce sem o saco pericárdio recobrindo o coração. Hidropericárdio: É a distensão do saco pericárdico por acúmulo de líquido aquoso, transparente ou amarelo-claro. Pode ser causado por aumento da pressão hidrostática, insuficiência cardíaca congestiva, diminuição da pressão oncótica, insuficiência renal ou hepática. Quando o hidropericardio aparece rápidamente, pode causar morte por tamponamento cardíaco, que é quando o coração fica impossibilitado de realizar a dilatação e o enchimento de sangue. Hemopericardio: É o acúmulo de sangue no saco pericárdico. A morte ocorre subitamente por tamponamento cardíaco. Pode ser causado por rupturas de aneurisma na aorta intrapericardica, ruptura doa átrios, neoplasias do coração, endocardite ulcerativa, perfuração do coração por fragmentos de ossos ou objetos e infarto do miocárdio. Atrofia cerosa da gordura: A gordura no pericárdio fica com aspecto gelatinoso e acinzentado. Microscopicamente, há atrofia de lipócitos e edema dos tecidos intersticiais. Animais sadios normalmente têm abundantes depósitos epicárdicos de gordura, brancos ou amarelados, em especial ao longo da junção atrioventricular. Atrofia serosa da gordura forma-se rapidamente pela mobilização da gordura em consequência de anorexia, inanição ou caquexia. Pericardite purulenta: Caracteriza-se pela presença/acumulo de pus no pericárdio. Observada principalmente em bovinos como complicação de reticuloperitonite traumática. Corpos estranhos como pregos ou pedaços de arame que se acumulam no retículo podem, ocasionalmente, perfurar o retículo, diafragma e saco pericárdico adjacente, causando infecção. Pode causar septicemia, ICC e tamponamento cardíaco. Patologias do endocárdio Mineralização do endocárdio: Caracteriza-se pela deposição de sais de cálcio no endocárdio, formando uma massa firme, branca e solida. Pode ser causada por intoxicação por vitamina D, insuficiência renal e por plantas calcinogenicas. Endocardiose valvular: É a deposição de tecido conjuntivo nas válvulas, causando espessamento e formação de nódulos nas margens das valvas, provocando estenose e ICC. Acontece principalmente em cães de pequeno porte, machos e idosos. Endocardite: É a inflamação do endocárdio, caracterizada pela deposição de uma massa aderente com o formato de couve-flor, formado por bactérias, células leucocitárias. É causada principalmente por infecções bacterianas extracardiacas. A endocardite pode causar destruição das válvulas, rupturas das cordas tendineas, infecções metastáticas, o desprendimento das massas no coração direito pode causar pneumonia embólica, no coração esquerdo pode ir para o cérebro de causar avc. Patologias do miocárdio Hipertrofia do miocárdio: Representa um aumento na massa muscular associado ao aumento de tamanho do coração. Hipertrofia é, geralmente, uma lesão secundária e resulta de resposta compensatória ao aumento da carga de trabalho. É usualmente reversível quando a causa é removida. No entanto, hipertrofia primária também ocorre, como em gatos e cães com miocardiopatia hipertrófica idiopática e, nesses casos, é irreversível. Na hipertrofia excêntrica, há aumento do lúmen e diminuição do musculo cardíaco. São produzidas por lesões com aumento do fluxo sanguíneo, tais como insuficiência valvular e defeitos septais. Na hipertrofia concêntrica, há redução do lúmen e o espessamento da parede cardíaca. Pode ser causada por aumento da pressão por meio de obstrução do fluxo de sangue por estenose, que impede o fluxo de sangue no pulmão e asma. Infarto do miocárdio: É a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela falta de irrigação sanguínea no coração. 90% das vezes é causada por trombos que se formam sobre a placa ateromatosa da parede da artéria. Necrose do miocárdio: Pode ter várias causas, incluindo deficiências nutricionais, substâncias químicas tóxicas e toxinas de plantas, isquemia, distúrbios metabólicos e alterações físicas. Dessa grande lista de causas, alguns dos exemplos mais frequentemente observados hoje em dia são a intoxicação por antibióticos ionóforos em ruminantes e eqüinos, a deficiência de vitamina E e selênio em animais jovens de todas as espécies, a intoxicação por antraciclina em cães e a intoxicação por gossipol em suínos. Na macroscopia, as áreas afetadas aparecem inicialmente pálidas e podem, com a progressão das lesões, tornar-se acentuadas, amarelas ou brancas, secas e calcárias devido à mineralização distrófica. A necrose do miocárdio pode causar choque cardiogênico, ICC crônica, hemopericardio, ruptura das cordas tendíneas e bloqueio atrioventricular. Miocardite: É a inflamação do miocárdio caracterizada por necrose dos miócitos, infiltração leucocitária e deposição de tecido conjuntivo. Pode ser causada por vírus, bactérias, protozoários. Apresenta áreas multifocais branco amareladas, infiltrado inflamatório crônico. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): É quando o coração não consegue manter o debito cardíaco adequado para atender as necessidades metabólicas do corpo. Pode ser causada por: Disfunção sistólica, que é quando o coraçãoé incapaz de se contrair e impulsionar sangue para o organismo. Disfunção diastólica, doenças congênitas do coração, arritmia, doenças valvulares, miocardites, resistência do fluxo de sangue pelos pulmões. ICC direita: A estenose das válvulas do coração direito diminui o retorno de sangue venoso, causando acumulo de sangue venoso nos órgãos e grande vasos, provocando congestão hepática e nos rins, e edema devido ao aumento da pressão hidrostática. A redução do fluxo sanguíneo pelo rim cria hipóxia renal e aumenta a liberação de renina pelo aparelho justaglomerular, resultando em estímulo da liberação de aldosterona do córtex adrenal. A ação da aldosterona pelo rim resulta em retenção de sódio e de água. Segue-se aumento no volume plasmático e acúmulo de líquido de edema. Há a liberação de eritropoietina, que pode causar trombose, a congestão do fígado causa degeneração e necrose do hepatócitos da região centro tubular. O fígado fica com aparência de noz-moscada. ICC esquerda: A estenose da válvula do coração esquerdo provoca acumulo de sangue nos pulmões, a congestão pulmonar, edema pulmonar causado pelo aumento da pressão hidrostática, efusão pleural, dispneia, intolerância ao exercício e hipertrofia do coração esquerdo. Parasitas do coração Cistos de sarcocystis: Os carnívoros que são os hospedeiros definitivos liberam nas fezes os oocistos que contaminam as pastagens. Quando os herbívoros consomem as pastagens contaminadas, os oocistos se alojam no musculo. Larva de Taenia: Quando os carnívoros consomem carne contaminada com os oocistos, ele se desenvolve no trato gastrointestinal e evolui para a Taenia. Dirofilaria immitis: A dirofilariose é uma doença parasitária, transmitida por mosquito infectado com Dirofilaria immitis, um verme que se aloja no coração e nas artérias pulmonares. Neoplasias do coração Robdomioma e rabdomiossarcoma: o rabdomioma é um nódulo benigno, enquanto o rabdosarcoma é maligno. Eles são neoplasias do miocardio, e se projetam para dentro do coração. Hemagioma e Hemagiossarcoma: A hemagioma é um nódulo benigno, enquanto o hemagiossarcoma é maligno. São neoplasias dos vasos e caracteriza-se como nódulos escuros cheio de sangue. Pode provocar a ruptura dos vasos acometidos. As neoplasias causam obstrução e estenoses, dificultando o fluxo sanguíneo, arritmias. Patologias dos vasos sanguíneos Aneurisma: É uma dilatação de um ponto enfraquecido da parede de uma artéria. Pode ser causado por parasitas, deficiências de cobre, arteriosclerose. A ruptura do aneurisma pode causar hemorragias, avc hemorrágico, trombose. Varizes: É a dilatação localizada das veias provocada pelo defeito nas válvulas. Flebectasia: É a dilatação generalizada das veias Linfedema: Obstrução dos vasos linfáticos, causando edema. Arteriosclerose: É uma doença relacionada à idade. Caracteriza-se pela deposição de tecido conjuntivo na túnica intima das artérias, resultando em perda da elasticidade ("enrijecimento das artérias") e estreitamento da luz Aterosclerose: Deposição de extensos depósitos (ateromas) de lipídio, tecido conjuntivo e cálcio na parede dos vasos, que terminam levando à diminuição da luz vascular. Patologias do sistema urinário Anomalias do desenvolvimento Agenesia e aplasia dos rins: Aplasia (agenesia) renal é a falha no desenvolvimento de um ou dos dois rins, de maneira que não há nenhum tecido renal reconhecível. Hipoplasia renal: É o desenvolvimento incompleto do rim, de maneira que, ao nascimento, há menos néfrons, lóbulos e cálices. A hipoplasia pode ser unilateral ou bilateral. Hipotrofia dos rins: É a atrofia dos rins devido à alguma causa, como cálculos por exemplo. Rins em ferradura (rins fusionados): É a fusão do polo cranial direito com o esquerdo ou a fusão dos polos caudais, ficando com a aparência de uma ferradura. Pode ser assintomático ou caso haja rotação dos ureteres, pode causar infecção, cálculos e hidronefrose. Ectopia dos rins: São os rins localizados fora da sua região anatômica. Cistos renais: são cistos esféricos preenchidos por líquidos, podendo ser únicos ou múltiplos (rins policísticos). É comum em gatos persas. Pode haver a substituição do parênquima renal pelos cistos, provocando insuficiência renal bi ou unilateral. Persistência do úraco: É a comunicação anormal entre o ápice da bexiga com o umbigo. Pode causar onfaloflebite, abcesso hepático, poliartrite e choque séptico quando as bactérias conseguem entrar pelo canal. Distúrbios circulatórios dos rins Hiperemia ativa: É o aumento do fluxo sanguíneo arterial nos rins, que fica com a coloração vermelho claro. Pode ser causada por nefrite aguda. Hiperemia passiva: É o acumulo de sangue venoso nos rins. Os rins ficam com a coloração vermelho escuro. Pode ser causado por obstrução de veias ou ICC direita. Hemorragia renal: Pode ser provocado por traumatismo, choque séptico provocados por leptospirose, salmonelose, vírus da peste suína, venenos cumarinicos. Infarto renal: É a necrose isquêmica do rim, podendo ocorrer na região cortical, medular ou cortico-medular. Pode ser causado por tromboembolismo ou êmbolos vegetativos. Nefrose ou Necrose tubular: É a degeneração e necrose do epitélio tubular renal. Pode ser causada por isquemia provocado por hemorragias, CID, desidratação, ou por intoxicação exógena ou endógena. A nefrose tubular causa oliguria, anuria, uremia ou insuficiência renal. Nefrose toxica exógena: pode ser causado por antibióticos aminoglicosideos, sulfonamidas, pois formam cristais, causando rupturas das membranas das células renais, principalmente em casos de desidratação; antifúngicos, metais pesados como o chumbo, mercúrio, ascenicom cadmo e plantas toxicas como a amaranthus spinosus. Nefrose toxica endógena: Hemólise da hemoglobina, babesiose, anaplasma, intoxicação por cobre. Nefrose mioglobinuria: Concentrações séricas elevadas de hemoglobina e mioglobina passam para o filtrado glomerular e acumulam-se nos túbulos renais. O córtex renal de animais com hemoglobinúria ou mioglobinúria acentuadas estão difusamente corados de venlhelho-marrom ou azul-enegrecido. Pode ser causada por rabdomiolise e miopatia de captura em animais silvestres. Pielonefrite: refere-se à inflamação purulenta da pelve e do parênquima renal. Usualmente se origina por extensão de infecção bacteriana do trato urinário inferior que ascende pelos ureteres até os rins e estabelece infecções na pelve e na medula interna ou uropatia obstrutiva. A pielonefrite ocorre mais frequentemente em fêmeas do que em machos e os animais apresentam pus na urina e urina turva. O animal pode perder os rins e causar septicemia. Hidronefrose: Refere-se à dilatação da pelve renal devido à obstrução do fluxo eferente da urina e é associada a aumento da pressão na pelve, dilatação da pelve e atrofia progressiva do parênquima renal. Obstrução levando à hidronefrose pode ser ocasionalmente o resultado de malformações congênitas do ureter, da junção vesicoureteral ou da uretra, mas as causas mais comuns de hidronefrose são obstrução uretral por cálculos do trato urinário, inflamação crônica ou neoplasias do ureter ou da bexiga. Pode causar insuficiência renal. Glomerulonefrites imunomediadas: Anticorpos ligam-se à membrana basal glomemlar, resultando em dano ao glomérulo pela fixação do complemento e infiltração leucocitária subsequente. Glomerulonefrite por imunocomplexos: Ocorre associada a infecções persistentes ou outras doenças que caracteristicamente apresentam antigenemia prolongada. Em animais domésticos, glomerulonefrite por imunocomplexos ocorre mais comumente em cães e gatos e é associada a infecções virais específicas como pelo vírus da leucemia felina ou vírus da peritonite infecciosa felina, a infecções bacterianas como piometria, ao parasitismo crônico como na dirofilaríase, a doenças auto-imunes como o lúpus eritematoso sistêmico ou a neoplasia. A glomerulonefrite por imunocomplexos é iniciada pela formação de imunocomplexos antígeno-anticorpo, que são depositados nos capilares glomerulares,estimulando a fixação do complemento que são quimiotácticos para neutrófilos. Esses neutrófilos danificam a membrana basal através da liberação de enzimas hidrolíticas. Neoplasias dos rins São raros, acometem cerca de 1% dos animais, e entre as neoplasias, 90% são malignas. Adenocarcinoma renal: Ocorrem mais frequentemente em cães velhos. É infiltrativo, causa metástases. Parasitas dos rins Stephanurus dentatus: Parasita a gordura, o ureter e a pelve renal dos suínos. Causam inflamação e abscessos. Dicotophyma renale: É um verme gigante que parasita o rim. Causa a destruição do parênquima renal. Capilária sp.: parasitam a bexiga de cães e gatos. Podem causar cistite, presença de sangue na urina e dificuldade para urinar. Urolitíase (Cálculos urinários): São cálculos que se formam nas vias urinarias, pela supersaturação, precipitação e cristalização dos sais orgânicos, inorgânicos ou outros materiais como cistina e xantina. Os cálculos podem ser encontrados na pelve renal, no ureter ou em qualquer porção do trato urinário inferior. Dependendo da sua composição, os cálculos podem ter superfícies lisas ou rugosas. Podem ser brancos, amarelos ou marrons. A urolitíase causa obstrução urinária ou lesão traumática à mucosa da bexiga. Essas alterações manifestam-se por micção difícil e dolorosa (estrangúria, disúria) e/ou hematúria. Os cálculos formam-se devido à precipitação de sais na urina, usualmente em associação a uma matriz orgânica (proteína). Vários fatores predispõem o trato urinário inferior à formação de cálculos. O pH da urina é importante para o desenvolvimento dos cálculos, pois alguns sais precipitam mais facilmente em pH ácido (oxalatos) e outros mais facilmente num pH alcalino (estruvita e carbonato). Infecções bacterianas predispõem à urolitíase (particularmente cálculos de estruvita em cães) porque colônias bacterianas, epitélio esfoliado ou leucócitos podem servir como ninho ao redor do qual ocorre a precipitação dos componentes minerais. Fatores nutricionais e dietéticos têm sido associados à formação de cálculos urinários. Dietas ricas em fosfato, como produtos de milho ou sorgo, predispõem à formação de urólitos de estruvita em ovinos. Em gatos, ração comercial seca rica em magnésio é outro fator predisponente da síndrome urológica felina. A ingestão de plantas que acumulam oxalatos predispõe à urolitíase por oxalatos. A deficiência de vitamina A pode predispor à urolitíase. A desidratação, como a que ocorre quando a ingestão de água é limitada, pode precipitar ou agravar a formação de cálculo através da indução de um estado de supersaturação de minerais numa urina concentrada. Defeitos hereditários que resultam em excreção de xantina (xantinúria) ou cistina (cistinúria) podem causar cálculos urinários do composto apropriado. Cálculos de uratos formam-se mais comumente em cães Dálmatas devido à sua alta excreção de ácido Úrico na urina. Os cálculos urinários podem se dissolver espontaneamente, forçado pela urina e eliminado ou causar obstruções, hidronefrose, pielonefrite, ruptura ou insuficiência renal. Insuficiência renal: É quando os rins são incapazes de exercer suas funções excretoras, reguladoras e endócrinas normais, resultando no acumulo de substancias no sangue que deveriam ser excretados. A função renal pode ser reduzida por fatores pré-renais, como fluxo renal reduzido, colapso circulatório, obstrução do suprimento vascular aos rins, choque ou hipovolemia grave. A função renal pode ser reduzida por doença renal ou por causas pós-renais, como obstrução ao fluxo eferente pelo trato urinário inferior. A redução da função renal resulta em retenção dos constituintes do plasma que normalmente são removidos pelos rins. A insuficiência renal pode resultar em acúmulo intravascular de outros resíduos metabólicos, como guanidinas, ácidos fenólicos e alcoóis de grande peso molecular (por exemplo, mioinositol), em edução do pH do sangue (acidose metabólica), em alteração na concentração iônica do plasma, particularmente de potássio, cálcio e fosfato e em hipertensão. O resultado da insuficiência renal é uma intoxicação denominada uremia. A uremia é uma síndrome associada a sinais clínicos e lesões multissistêmicos. A morte de animais com insuficiência renal ocorre, geralmente, em consequência da cardiotoxicidade em consequência do potássio elevado no soro, da acidose metabólica e de edema pulmonar No sistema cardiovascular, as toxinas uremicas podem causar trombose, peritonite e o aumento do postassio pode provocar fibrilação do coração. No sistema respiratório, as toxinas podem causar aumento da permeabilidade vascular no pulmão, provocando edema pulmonar e pneumonia. No trato gastrointestinal, essas toxinas podem causar estomatites, vomito, gastroenterites ulcerativa hemorrágica. A insuficiência renal pode causar hiperparatierodismo secundário por maio da diminuição da vitamina D, cálcio, e o acumulo de fosfato que causam alterações na relação cálcio-fosforo, diminuindo o cálcio e ativando a paratireoide, que libera paratormônio, provocando reabsorção de cálcio dos ossos, causando hipercalcemia, calcificação patológica e osteotrofia fibrosa. A infuficiencia renal causa hipertensão arterial, devido ao acumulo de líquidos; Acidose devido ao baixo PH do sangue provocado pelo hidrogênio que deveria ser excretado; O animal urina com frequência e fica com muita sede, pois rins perdem a capacidade de concentrar a urina; Os rins perdem a capacidade de produzir eritropoietina, causando anemia.
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