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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO SÍNDROMES HEMORRÁGICAS DO PRIMEIRO TRIMESTRE - Abortamento - DTG - Ectópica ABORTAMENTO: - Interrupção da gestação antes das 22 semanas ou menor que 500g ou 25cm se IG não conhecida - Pode ser precoce ou tardio - Espontâneo ou provocado - Ocorre em 10% das gestações diagnosticadas - Antes da implantação 50% - O abortamento é dos mais graves problemas de saúde da mulher grávida e um dos principais problemas de saúde pública, com mais incidência em países em desenvolvimento. Estima-se que 31% de todas as gestações e até 10% das gestações clinicamente reconhecidas terminam em abortamento espontâneo, e nesse cenário é reconhecido que 80% das perdas gestacionais ocorrem no primeiro trimestre de gestação - Aumenta após 35 anos e quadruplica após 45 anos ETIOLOGIAS: - Mais comuns: Cromossomopatias PRINCIPAL CAUSA Mais frequentes trissomias, monossomia do X Desordens Anatômicas Malformações uterinas – septos; Insfuficiência Istmo Cervical; sinéquias Doenças edócrinas insuficiência lútea, doenças da tireóidea (principalmente hipotireoidismo), DM insulinodependente principalmente se estiver mal controlada no período da concepção; SOP Infecções rubéola; CMV; parvovirose; HIV; sífilis Distúrbios imunológicos SAF (trombofilia autoimune, que pode causa abortamento de repetição, óbito fetal, pré-eclâmpsia, trombose arterial e venosa) Algumas doenças maternas Idade materna FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO ABORTAMENTO: Idade materna > 40 anos Antecedente de aborto espontâneo Tabagismo Consumo de álcool e drogas Uso de anti-inflamatórios não hormonais Cafeína Extremos de peso (IMC <18,5 ou >25) Anormalidades cromossômicas Anormalidades uterinas (septo uterino) Fatores endócrinos (hipotireoidismo e DM) Fatores imunológicos abortamento de repetição Infecções rubéola, toxo, parvovirose, CMV, HIV, sífilis e listeríose Sem causa aparente Uso de DIU Medicações misoprostol, retinoides, metotrexato CLASSIFICAÇÃO QUANTO À IG DE OCORRÊNCIA: PRECOCE até 12 semanas TARDIO entre 12-20 semanas QUANTO À PERIODICIDADE: ABORTAMENTO HABITUAL 3 ou + episódios consecutivos de abortamento NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 ABORTAMENTO ESPORÁDICO não preenche os requisitos do abortamento habitual CONDUTAS: AMEAÇA OU ABORTAMENTO EVITÁVEL: - Sangramento e dor discretos, beta-hCG positivo, útero compatível com IG, colo uterino fechado, ao USG BCE presente - O colo uterino e o USG define o diagnóstico a maioria das vezes - Conduta: Não ter relações sexuais até cessar sangramento Progesterona micronizada Repouso apenas para apoio psicológico GESTAÇÃO ANEMBRIONADA - Ausência de embrião em saco gestacional íntegro Curetagem (esvaziamento uterino) é uma gravidez que não irá evoluir Acima de 10 semanas sempre se faz cureta ABORTAMENTO INEVITÁVEL - Sangramento intenso, cólicas, beta-hCG positivo, útero compatível com IG, colo uterino aberto, ao USG BCE (batimento cardíaco embrionário) presente - Conduta Pode deixar evoluir espontaneamente até 8 sem de IG OU fazer esvaziamento uterino Depende da instabilidade da paciente Imunoglobulina anti-Rh (mãe RH -) ABORTAMENTO COMPLETO - Sangramento discreto, dor ausente, beta-hCG negativo ou em queda, útero menor que IG, colo uterino fechado, ao USG o útero está vazio - O abortamento já se concluiu - Conduta: Imunoglobulina anti-Rh ABORTAMENTO INCOMPLETO - Sangramento variável, cólicas, beta-hCG negativo ou em queda, útero menor que IG, colo uterino aberto ou fechado, ao USG presença de restos ovulares - Conduta: Esvaziamento uterino Imunoglobulina anti-Rh ABORTAMENTO INFECTADO OU SÉPTICO - Sangramento fétido, dor abdominal, beta-hCG negativo, útero amolecido, doloroso, colo uterino aberto, ao USG presença de restos ovulares + febre - Conduta: Esvaziamento uterino ATB preferência por gentamicina + clindamicina Imunoglobulina anti-RH ABORTAMENTO RETIDO - Sangramento e dor ausentes, beta-hCG negativo ou em queda, útero menor que IG, colo uterino fechado, ao USG embrião sem BCF - Conduta: Repetir USG (confirmatório) em 15 dias pode ser muito precoce para ver o BCF Esvaziamento uterino Imunoglobulina anti-RH ABORTAMENTO HABITUAL: Individualizado 3 ou + abortos anteriores GESTAÇÃO ECTÓPICA: - Implantação do blastocisto fora da cavidade endometrial - 1,3 – 2% das espontâneas - 2 – 5% das inseminações - Podem ser: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 Tubária 95-98% das gestações ectópicas as gestações ístmicas e ampulares representam aproximadamente 95-99% das gestações tubárias Ovariana Cervical Cicatriz de cesárea Abdominal - Nenhuma delas são viáveis FATORES DE RISCO: - Alteram a anatomia da tuba GE prévia, DIP, endometriose, cirurgia tubária prévia - Alteram o peristaltismo da tuba tabaco, contracepção hormonal de emergência, pílula de progesterona - Uso de DIU MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA GESTAÇÃO TUBÁRIA: - Sintomas clássicos Dor abdominal Amenorreia Sangramento vaginal CONDUTA 1º exame físico 2º BHCG + se > 1500 deve haver saco gestacional no USG 3º usg tv até 14 semanas 4º se gestação tópica encaminhao ao pré- natal 4º Tubária íntegra expectante se < que 5cm Tubária rota se instabilidade laparotomia com salpingectomia DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (DTG): - Proliferação anormal do tecido trofoblástico placentário - 1 a cada 200-400 gestações (0,25 – 0,5% das gestações) - Destas 20% das MC e 1-5% das MP evoluem para neoplasia trofoblástica - Benigna (Mola hidatiforme): FORMA MAIS COMUM Mola completa Mola incompleta - Maligna (neoplasia trofoblástica gestacional): Mola invasora 70-90% dos casos é uma sequela da mola hidatiforme Coriocarcinoma Tumor trofoblástico do sítio placentário - Mola completa extremos (PP 40 anos) - Mola parcial variável NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 MP 69 XXY/XXX/XYY FATORES DE RISCO: Idade > 40 anos Mola hidatiforme anterior Inseminação artificial Tabagismo Abortamento prévio CURSO DA DOENÇA: Sangramento de repetição Hiperemese Pré eclampsia abaixo de 20 semanas Sangramento com saída de vesículas (semelhantes a “cachos de uva” ou “hidátides”) Aumento do volume uterino não compatível com IG útero amolecido, maior que IG CONDUTAS: VACUOASPIRAÇÃO procedimento de escolha Menor risco de perfuração AMIU e Curetagem métodos alternativas HISTERECTOMIA TOTAL PROFILÁTICA reservado para pacientes com prole completa > 40 anos, fatores de risco de progressão, hemorragia incoercível. Lembrar de preservar os ovários!!! CONTROLE PÓS MOLAR: - Beta hcg semanalmente até zerar (3 negativas) significa que tirou todo o tecido trofoblástico, depois faz 1 dosagem quinzenal, depois faz mensalmente até 6 meses do 1º resultado negativo - Acompanhamento clínico - Acompanhamento ultrassonográfico - Rx de tórax para verificar complicações e metástases - Fazer anticoncepção não pode engravidar para que a subida do beta hcg por uma nova gravidez não atrapalhe o controle pós molar QUANDO PENSAR EM MALIGNIZAÇÃO? - Surgimento de metástases (vagina, pulmão) - USG com imagem intramiometrial - RI e PI das aa. Uterinas baixo - Avaliação da vitalidade até 14 semanas: BCF - Avaliação da vitalidade 28 semanas Mobilidade Doppler das artérias Líquido amniótico BCF Perfil biofísico fetal critérios de tônus,ciclos respiratórios Cardiotocografia
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