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Alimentos concentrados mais utilizados na alimentação animal

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Alimentos concentrados mais utilizados na alimentação animal.
O milho e a soja são os alimentos concentrados mais utilizados na alimentação animal. O milho é considerado um alimento padrão da dieta energética utilizada na alimentação animal, sendo ofertado na forma de quirera ou fubá. Para bovinos leiteiros, a indicação média é de 3 kg por unidade animal. O milho possui alta digestibilidade, pouca quantidade de fibra, teor médio de cálcio de 0,025%, fósforo 0,25%, 8,0 a 13,0% de ácido graxo palmítico, 55,0 a 62,0% de ácido linoleico, 24,0 a 32,0% de ácido oleico, NDT maior que 85,0% com altos níveis de ENN e energia.
A soja em forma de farelo oferece 45% de proteína bruta em sua composição, valores inferiores a 7% de FB, altas quantidades de metionina e lisina, 44% de ácido linoleico, 18% de ácido oleico e 16% de ácido palmítico. 
Apesar do milho e do farelo de soja serem bastante utilizados na produção animal, possuem um preço elevado, aumentando os custos da produção. Uma alternativa é o uso de alimentos que possam substituir esses ingredientes sem que haja redução na produção.
O uso de coprodutos é uma prática capaz de reduzir os custos dos alimentos na produção pecuária, pois permite substituir parcialmente componentes de dietas tradicionais, como o farelo de soja, um alimento proteico, e o milho, um concentrado energético, por exemplo. As tortas de oleaginosas são subprodutos resultantes do processo de extração de óleo de grãos e são ricas em lípideos e proteinas. A substituição parcial da soja e do milho por tortas de oleaginosas pode ser uma boa estratégia, pois reduz a necessidade de concentrados e garante a inclusão de gordura na dieta, atendendo a demanda do animal e diminui a quantidade de metano entérico produzido.
A casca de soja é um coproduto proveniente da extração do óleo de soja e não passa por tratamento térmico. É um suplemento 80% energético quando comparada com o grão de milho, mas com quantidade de fibra superior. Possui boa palatabilidade e digestibilidade (90%), e tem 2% de lignina e 74% de FDN. Pode substituir de 20 a 30% do concentrado energético da dieta.
A torta de algodão é um alimento proteico, obtido através da remoção do óleo do grão após ser macerado. Para vacas produtoras de leite é recomendado níveis de até 20% na dieta. 
A torta de girassol é um coproduto proveniente da prensagem a frio do grão, que possui alto teor de fibra, podendo substituir o farelo de soja em até 50%. 
A torta de amendoim possui alto potencial proteico e energético, e de teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) e digestibilidade in vitro da matéria seca. A substituição da torta de amendoim ao farelo de soja para vacas em período de lactação aumenta o teor de ácidos graxos poli-insaturados e reduz o teor dos ácidos graxos saturados. 
A torta de mamona é uma boa alternativa para compor à dieta de ruminantes, tendo em sua composição 39 a 43% de PB, 4% de EE e 18 a 20% de FB. 
Outros tipos de tortas de sementes oleaginosas podem ser alternativas na alimentação de ruminantes, como a torta de gergelin e a torta de coco. 
Além do uso de coprodutos de oleaginosos, existem outros coprodutos empregados na alimentação animal, como os resíduos agroindustriais de frutas, da agroindústria de farinha, da indústria de cerveja, os resíduos de indústria do álcool, entre outros.

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