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SESSAO 4 DRAMA TBL- THAIS

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Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
1. Descrever o ciclo biológico dos vetores e do agente 
etiológico das leishmanioses (LTA e LV). 
2. Caracterizar as leishmanioses quanto à: etiologia, 
epidemiologia, patogenia, diagnóstico e tratamento. 
3. Apresentar a situação epidemiológica da leishmaniose 
visceral e cutânea na Bahia. 
4. Identificar as estratégias de ação na prevenção e no 
combate às leishmanioses desenvolvidas pelo Ministério 
da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) e as 
dificuldades encontradas no controle das doenças 
(desequilíbrio ambiental, adaptação urbana, controle 
químico). 
 
Leishmaniose 
O termo leishmaniose se refere às doenças causadas por 
protozoário do gênero Leishmania. Ela é transmitida pela 
picada da fêmea do mosquito flebótomo (flebotomíneo). 
Conforme a região, vários animais e até o homem pode 
atuar como reservatório. As manifestações clínicas da 
leishmaniose variam de acordo com a patogenicidade do 
parasita (que difere entre espécies) e a resposta imune 
celular geneticamente determinada pelo hospedeiro 
humano, podendo variar de assintomáticas e autolimitadas 
à comprometimento da pele e mucosas.
 
 
Doença infecciosa, não contagiosa, crônica, de alta 
letalidade. Conhecida no Brasil como calazar, barriga 
d’água, esplenomegalia tropical. 
RESERVATÓRIO: Tem o cão como principal reservatório na 
área urbana e as raposas e os marsupiais como 
reservatórios no ambiente silvestre; 
AGENTE ETIOLÓGICO: Protozoários tripanossomatídeos do 
gênero Leishmania. Nas Américas, a Leishmania 
(Leishmania) infantum é a espécie mais comumente 
envolvida na transmissão da leishmaniose visceral (LV). 
PREDOMINIO NOTURNO. 
No Brasil, duas espécies de insetos flebotomíneos estão 
relacionadas com a transmissão da leishmaniose visceral 
que são: Lutzomyia cruzi e Lutzomyia longipalpis, este, 
principal espécie transmissora da Leishmania 
(Leishmania) chagasi. A L. longipalpis apresenta uma 
ampla distribuição geográfica e pode ser encontrada no 
interior dos domicílios e em abrigos de animais 
domésticos. 
CICLO BIOLÓGICO 
A transmissão do parasito ocorre quando as fêmeas 
infectadas se alimentam em vertebrados susceptiveis. 
Durante a alimentação, a saliva de Lutzomyia longipalpis é 
inoculada com as formas do parasito. 
No hospedeiro vertebrado, as formas amastigotas de L. 
chagasi são encontradas parasitando células do sistema 
mononuclear fagocitário (SMF), principalmente 
macrófagos. No homem, localizam-se em órgãos linfoides, 
medula óssea, baço, figado e linfonodos, que podem ser 
encontrados densamente parasitados. 
Dentro do fagossomo, no interior destas células, o parasito 
se diferencia em amastigota para a sua sobre fisiológica e 
inicia o processo de sucessivas divisões binárias; 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
Quando os macrófagos estão densamente parasitados, 
rompem-se liberando as amastigotas que irão parasitar 
novos macrófagos tornando o hospedeiro infectado. 
Durante a metaciclogênese, as formas promastigotas 
das leishmanias sofrem modificações bioquímicas em sua 
superfície, perdendo assim sua capacidade de adesão ao 
epitélio do intestino médio do flebótomo. Como 
resultado, as promastigotas metacíclicas destacam-se, 
migrando para a faringe e a cavidade bucal, de onde elas 
são transmitidas ao hospedeiro vertebrado, durante o 
próximo repasto sanguíneo. Quando as promastigotas são 
introduzidas na pele, encontram neste local algumas 
células do sistema imune e por um mecanismo ainda não 
totalmente esclarecido, o parasito adere-se à superfície 
dos macrófagos e células de Langerhans passando para o 
meio intracelular e se transforma na forma amastigota, 
característica do parasitismo nos mamíferos. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre dois 
e seis meses; no cão, varia de três meses a vários anos, com 
média de três a sete meses. 
SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE 
Crianças e idosos são mais suscetíveis; 
FISIOPATOLOGIA VISCERAL 
A infecção é adquirida quando uma fêmea de flebotomíneo 
inocula promastigotas em uma área exposta da pele, que 
pode formar um nódulo cutâneo, úlcera ou não ter nada 
(maioria dos casos). Os parasitas se convertem em 
promastigotas e se multiplicam no interior de fagócitos 
mononucleares e se disseminam através dos vasos 
linfáticos e do sistema vascular para outros fagócitos ao 
longo de todo o sistema reticuloendotelial. A maioria das 
infecções serão assintomáticas e autolimitadas, e a menor 
parte evolui para a leishmaniose visceral clássica (ou 
calazar). Alguns estudos acreditam que esta 
susceptibilidade é por uma associação genética entre a 
leishmania e o gene SLC11A1 (regula a atividade do 
macrófago); assim como o polimorfismo da IL-4. Sendo que 
o tipo de resposta imune montada contra o patógeno 
determina as consequências da infecção: Resposta Th1 
consegue conter o processo infeccioso de forma mais 
adequada, pois eles ativam os macrófagos através de 
citocinas como IL-12, IFN-gama e TNF-alfa, levando a 
destruição das formas amastigotas intracelulares. 
Entretanto, pacientes que secretam IL-10 tem uma 
resposta Th1 frustrada, evoluindo com uma multiplicação 
desenfreada do parasita, compondo o quadro clínico no 
calazar. O parasita parece ter diversos mecanismos 
adaptativos para impedir o combate efetivo do organismo 
do hospedeiro contra ele. A Leishmania reduz a ativação 
das células T CD4+, reduzindo a reação inflamatória contra 
a infecção. Além disso, para serem capazes de 
sobreviverem e se reproduzirem dentro dos macrófagos, as 
amastigotas impedem a produção de superóxido por parte 
do macrófago, bem como reduz a produção do óxido 
nítrico, importantes mecanismos de exposição à radicais 
livres para combate a microorganismos invasores. 
Existe resposta humoral detectada por meio de 
anticorpos circulantes, que parecem ter pouca importância 
como defesa. Apenas uma pequena parcela de indivíduos 
infectados desenvolve sinais e sintomas da doença 
 Todo indivíduo proveniente de área com ocorrência de 
transmissão, com febre e esplenomegalia, ou todo 
indivíduo de área sem ocorrência de transmissão, com 
febre e esplenomegalia, desde que descartados os 
diagnósticos diferenciais mais frequentes na região. 
Critério laboratorial 
 Teste rápido imunocromatográfico -AB LSH ECO; 
 Encontro do parasito no exame parasitológico direto ou 
cultura; PADRAO OURO 
 Imunofluorescência reativa com título de 1:80 ou mais, 
desde que excluídos outros diagnósticos diferenciais; 
 ELISA: não disponível na Rede pública Estadual. 
Critério clínico-epidemiológico: Paciente de área com 
transmissão de LV, com suspeita clínica sem confirmação 
laboratorial, mas com resposta favorável ao tratamento 
terapêutico. 
Caso descartado: Caso clinicamente suspeito com exames 
sorológicos e/ou parasitológicos negativos, sem resposta 
favorável ao teste terapêutico, ou caso que após 
investigação clínica/ laboratorial se confirma outro 
diagnóstico. 
Os casos humanos confirmados podem ainda ser 
classificados como: 
 Caso novo – confirmação da doença por um dos critérios 
acima descritos pela primeira vez em um indivíduo ou o 
recrudescimento da sintomatologia após 12 meses da cura 
clínica, desde que não haja evidência de imunodeficiência. 
 Recidiva – recrudescimento da sintomatologia, em até 
12 meses após cura clínica. 
 PERÍODO INICIAL - febre com duração inferior a quatro 
semanas, palidez e aumento do tamanho do baço e do 
fígado; 
 PERÍODO DE ESTADO – febre irregular, geralmente 
associada a emagrecimento progressivo, palidez e 
aumento do tamanho do baço e do fígado; 
 PERÍODO FINAL - febre contínua, desnutrição, edema 
dos membros inferiores, hemorragia, icterícia e barriga 
d’água. 
COMPLICAÇÕES 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
Destacam-se otite média aguda, piodermites e infecções 
dos tratos urinário e respiratório. Caso não haja 
tratamento com antimicrobianos, o paciente poderá 
desenvolver um quadro séptico, com evoluçãofatal. As 
hemorragias são geralmente secundárias à 
plaquetopenia, sendo a epistaxe e a gengivorragia as mais 
encontradas. A hemorragia digestiva e a icterícia, quando 
presentes, indicam gravidade do caso. 
 Indivíduo com exame sorológico reagente ou 
parasitológico positivo, sem manifestações clínicas. Esses 
casos não devem ser notificados e nem tratados; 
 No Brasil, os medicamentos utilizados para o tratamento 
da LV são o antimoniato de meglumina (ou antimoniato de 
N-metil glucamina) e a anfotericina B. A escolha 
terapêutica deverá considerar a faixa etária, a presença de 
gravidez e as comorbidades. 
O tratamento engloba terapêutica específica e medidas 
adicionais, como hidratação, administração de 
antitérmicos e antibióticos, hemoterapia e suporte 
nutricional. Exames laboratoriais e eletrocardiográficos 
deverão ser realizados durante o tratamento, a fim de 
acompanhar a evolução e identificar possível toxicidade 
medicamentosa. 
ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL: Tratamento de primeira 
escolha para gestantes contraindicações ou que 
manifestem toxicidade ou refratariedade relacionada ao 
uso dos antimoniais pentavalentes. 3mg/kg/dia, durante 
7 dias, ou 4mg/ kg/dia, durante 5 dias em infusão venosa, 
em uma dose diária. 
Pacientes com coinfecção leishmania/HIV devem utilizar: 
4mg/ kg/dia, durante 5 dias consecutivos, mais dose única 
semanal por até 5 semanas (dose total de 25 a 40 mg/ kg) 
dose diária. 
COMPLICAÇÕES DE ANTIMONATO DE MEGLUMINA 
 Idade < 1 ano ou > 50 anos; 
 Insuficiência renal, hepática, ou cardíaca; 
 Transplantados, cardíacos, renais ou hepáticos; 
  Intervalo QT corrigido maior que 450 ms; 
 Uso concomitante de medicamentos que alteram o 
intervalo QT; 
 Hipersensibilidade ao antimonial pentavalente ou a 
outros medicamentos utilizados para o tratamento da LV; 
 Infecção pelo HIV (tratamento); 
  Infecção pelo HIV (profilaxia secundária); 
 Comorbidades que comprometem a imunidade; 
 Uso de medicação que compromete a imunidade; 
 Falha terapêutica ao antimonial pentavalente ou a 
outros medicamentos utilizados para o tratamento da LV. 
 Gestantes 
  Escore de gravidade clínico ≥ 4 ou clínico-laboratorial ≥ 
61 
ANFOTERICINA B DESOXICOLATO 
- insuficiência renal; 
- hipersensibilidade aos componentes da formulação. 
ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 
- hipersensibilidade aos componentes da formulação. 
A anfotericina B lipossomal é recomendada em 
pacientes com insuficiência renal; 
 
 
 
Todo caso suspeito deve ser submetido à investigação 
clínica, epidemiológica e aos métodos auxiliares de 
diagnóstico. Caso seja confirmado, inicia-se o tratamento 
e acompanha o paciente mensalmente (para avaliação da 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
cura clínica). Os casos de LVH com maior risco de evoluir a 
óbito devem ser internados e tratados em hospitais de 
referência, e os leves ou intermediários devem ser 
assistidos no nível ambulatorial. Neste contexto, a 
detecção precoce e manejo clínico adequado, pode 
garantir a sobrevida do paciente. O acompanhamento é 
feito aos 3, 6 e 12 meses após o tratamento, curado se 
estável após. As provas sorológicas não são indicadas para 
seguimento do paciente, porque podem apresentar falso- 
positivos. 
 
Em casos entre 2008-2020. O agravo mostra-se com 
comportamento cíclico e tendência de redução de número 
de casos. 
Incidências maior 2014 (3,4 casos por 100 mil habitantes), 
2010 (3 casos por 100 mil habitantes), 2009 (2,6 casos por 
100 mil habitantes) e 2011 (2,6 casos por 100 mil 
habitantes). Em 2020, até 20/07/2020 foram registrados 56 
casos novos (4 casos por 100 mil). 
 Maior frequência nos meses de janeiro, fevereiro e 
março; 
 Macrorregião de maior índice Centro- norte; 
Centro-leste; Sudoeste;2008-2020; 
 Em 2018-2020 concentração de casos da região 
Centro-norte e seguido da Sudoeste; 
 Irecê, seguida de Feira de Santana; Santa Maria da 
Vitória. 
 Faixa etária de 1 a 4 anos; 35-49 anos. 
 Sexo masculino, raça parda; 
 Zona urbana; 
 Letalidade de 6% (2020-3 óbitos) 
A razão pelo maior percentual de acometimento em 
crianças é devido à imaturidade imunológica associada às 
condições de pobreza, além de indicar que o vetor está no 
peridomicílio ou intradomicílio. 
 Confirmados 85 casos de leishmania/HIV, sexo 
masculino maior, 35-49 anos. 
As leishmanioses podem modificar a progressão da 
doença pelo HIV e a imunodepressão causada pelo vírus 
facilita a progressão das leishmanioses. Desta forma, a 
coinfecção acelera o processo de tanto de adoecimento 
pelo HIV. 
Reduzir a letalidade e a morbidade por meio do diagnóstico 
e do tratamento precoce dos casos, bem como diminuir os 
riscos de transmissão mediante o controle da população de 
reservatórios e do agente transmissor. 
 Realizar o diagnóstico precoce e o tratamento 
adequado dos casos humanos; 
 Reduzir o contato do vetor com os hospedeiros 
suscetíveis; 
  Reduzir as fontes de infecção para o vetor; 
 Promover ações de educação em saúde e mobilização 
social. 
 Notificação compulsória nacional conforme Portaria nº 
204, de 17 de Fevereiro de 2016) e estadual (Portaria nº 
1.290 de 09 de novembro 2017). 
Para classificar as áreas de risco foi utilizado o natural 
break para estratificar as áreas de transmissão em 5 
categorias (baixa, média, alta, intensa e muito intensa). 
 
 
Todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja 
ocorrendo surto, com manifestações clinicas compatíveis 
com a doença (febre irregular, apatia, emagrecimento, 
descamação furfuracea e úlceras na pele, em geral no 
focinho, orelhas e extremidades, conjuntivite, paresia do 
trem posterior, fezes sanguinolentas e crescimento 
exagerado das unhas). 
• Critério laboratorial: manifestações clinicas compatíveis 
e que apresente teste sorológico reagente e/ou exame 
parasitológico positivo. 
• Critério clínico epidemiológico: todo cão proveniente de 
áreas endêmicas ou onde esteja ocorrendo surto e que 
apresente quadro clinico compatível de leishmaniose 
visceral canina (LVC) sem a confirmação do diagnostico 
laboratorial. 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
CÃO INFECTADO 
Todo cão assintomático com sorologia reagente e/ou 
parasitológico positivo em município com transmissão 
confirmada, ou procedente de área endêmica. 
A doença no cão e de evolução lenta e inicio insidioso. A 
leishmaniose visceral canina é uma doença sistêmica 
severa cujo sinais e sintomas dependem da resposta 
imunológica do animal infectado. O quadro clinico dos cães 
infectados apresenta um espectro de características 
clinicas que varia do aparente estado sadio a um severo 
estagio final. Inicialmente, os parasitos estão presentes 
no local da picada. Posteriormente, ocorre a infecção de 
vísceras e eventualmente tornam -se distribuídos através 
da derme. A queda de pêlos causada pela infecção expõe 
grandes áreas da pele extensamente parasitada. 
 
Em áreas urbanas o Canis familiaris é a principal fonte 
de infecção da Leishmaniose visceral. Mais prevalente nos 
cães; 
o teste imunocromatográfico rápido (TRDPP) e o ELISA. 
O TRDPP é recomendado para a triagem de cães e o ELISA 
é o teste confirmatório dos cães sororreagentes ao teste 
TRDPP (infecção canina). 
 
 Realizar alerta ao serviço e à classe médica veterinária, 
quanto ao risco da transmissão da leishmaniose visceral 
canina – LVC e estimular a classe veterinária do setor 
privado a comunicar casos caninos ao serviço; 
 Divulgar à população sobre a ocorrência da LVC na 
região e alertar sobre os sinais clínicos e os serviços para o 
diagnostico, bem como as medidas preventivas para 
eliminação dos prováveis criadouros do vetor; 
 Para o poder público, desencadear e implementar as 
ações de limpeza urbana em terrenos, praças públicas, 
jardins, logradouros entre outros, destinando de maneira 
adequada a matéria orgânica recolhida. 
 Na suspeita clínica de cão, delimitar a área para 
investigação do foco. Define-se como área para 
investigação,aquela que, a partir do primeiro caso canino 
(suspeito ou confirmado), estiver circunscrita em um raio 
de no mínimo 100 cães a serem examinados. 
 
A clínica do cão com leishmaniose Visceral avançou no 
sentido de disponibilização de tratamento, vacina(s) anti-
leishmaniose e coleiras impregnadas com Deltametrina 
4%. No entanto, para cães sororreagentes (TRDPP e ELISA) 
ainda é recomendada a realização de eutanásia, a qual 
deve seguir as diretrizes do Código De ética do médico 
veterinário, a resolução 1.000/2012 (CFM) e a RDC nº 33 de 
2011. 
A vigilância entomológica realiza ações de 
levantamento, investigação e monitoramento de vetores: 
 
no período de 2008 a 2016, o Lu. longipalpis demonstrou 
ampla dispersão no território baiano. 
O controle químico com inseticidas de ação residual não 
é medida efetiva para a prevenção e controle da LV. Faz-
se necessário a integração das ações entre as vigilâncias e 
articulação inter e intra-setorial e multidisciplinar: 
vigilância ambiental; vigilância sanitária; setor de limpeza 
pública (coleta periódica de resíduo) e melhoria das 
condições de moradia. 
Os municípios silenciosos devem focar as suas ações na 
vigilância entomológica e vigilância de reservatórios 
domésticos, por meio da realização anual de 
levantamentos entomológicos e inquéritos sorológicos 
amostrais da população canina, além de ações de 
saneamento ambiental e de educação em saúde. 
Em municípios com registro de primeiro caso ou em 
situação de surto, realização de investigação 
entomológica para direcionamento do controle químico 
vetorial, atividades de saneamento ambiental, inquérito 
censitário canino anual no local de transmissão e 
eutanásia dos cães sororreagentes. 
Nos municípios de transmissão esporádica, além das 
ações recomendadas para os municípios silenciosos, 
recomenda-se a eutanásia dos cães sororreagentes. 
Os municípios de transmissão moderada e intensa devem, 
priorizar o inquérito censitário, investir em educação 
permanente aos profissionais de forma multidisciplinar e 
educação em saúde para a população, realizar o 
monitoramento entomológico e o controle químico 
vetorial, por meio de dois ciclos anuais de aplicação de 
inseticidas de ação residual, que atualmente é a 
alfacypermetrina a 20%. 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
Nas áreas de transmissão intensa, bem como nas áreas 
cobertas pela Estratégia de Saúde da Família é 
recomendada a realização de busca ativa de casos 
suspeitos e encaminhamento atendimento médico. 
Doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras 
na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários 
do gênero Leishmania, de transmissão vetorial. 
 É considerada pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) como uma das seis mais importantes doenças 
infecciosas, pelo seu alto coeficiente de detecção e a 
capacidade de produzir deformidades. 
manifesta-se classicamente sob duas formas: 
leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa, que podem 
apresentar diversas manifestações clínicas. a úlcera típica 
da forma cutânea é geralmente indolor, com formato 
arredondado ou ovalado com bordas bem delimitadas e 
elevadas, fundo avermelhado e granulações grosseiras. já 
a forma mucosa caracteriza-se pela presença de lesões 
destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias 
respiratórias superiores. 
 No Brasil, a LT é uma das afecções dermatológicas que 
merece mais atenção, devido à sua magnitude, assim como 
pelo risco de ocorrência de deformidades que pode 
produzir no ser humano, e também pelo envolvimento 
psicológico, com reflexos no campo social e econômico, 
uma vez que, na maioria dos casos, pode ser considerada 
uma doença ocupacional. 
CICLO BIOLÓGICO 
Durante o processo de alimentação do flebotomíneo é que 
ocorre a transmissão de parasito. Na tentativa da ingestão 
do sangue, as formas promastigotas são introduzidas no 
local da picada; 
Estes flagelados são interiorizados pelos macrófagos 
teciduais; 
Rapidamente as formas promastigotas se transformam 
em amastigotas que são encontradas 24 horas após a 
fagocitose; 
Dentro do vacúolo fagocitário dos macrófagos, as 
amastigotas estão adaptadas ao novo meio fisiológico e 
resistem a ação destruidora dos lisossomas, multiplicando-
se por divisão binaria até ocupar todo o citoplasma; 
Esgotando-se sua resistência, a membrana do macrófago 
se rompe liberando as amastigotas no tecido, sendo 
novamente fagocitadas, iniciando no local uma reação 
inflamatória. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Sete espécies de leishmanias. Sendo seis do subgênero 
Viannia e uma do subgênero Leishmania. As mais 
importantes são: 
Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) 
guyanensis e L.(V.) braziliensis. 
A Leishmania é um protozoário pertencente à família 
Trypanosomatidae, parasito intracelular obrigatório das 
células do sistema fagocítico mononuclear, com duas 
formas principais: uma flagelada ou promastigota, 
encontrada no tubo digestivo do inseto vetor, e outra 
aflagelada ou amastigota, observada nos tecidos dos 
hospedeiros vertebrados. 
 
 
VETORES 
É transmitida ao homem (e a outros mamíferos) por insetos 
vetores ou transmissores, denominados flebotomíneos, 
do gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente como 
mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. No Brasil, 
as principais espécies envolvidas na transmissão da LT são 
L. whitmani, L. intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. 
flaviscutellata, e L. migonei.
 
RESERVATÓRIOS 
Várias espécies de animais silvestres, sinantrópicos e 
domésticos (canídeos, felídeos e equídeos). Cães, Gatos e 
Cavalos. Roedores e demais. 
MODO DE TRANSMISSAO 
Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Não há 
transmissão de pessoa a pessoa. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
No ser humano, em média de dois a três meses, podendo 
apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais 
longos (dois anos). 
FISIOPATOLOGIA 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
 
O exame histopatológico revela inflamação crônica e 
aguda, com alterações granulomatosas. Células 
mononucleares do sangue periférico de individuas com 
leishmaniose cutânea típica produzem interferon-y em 
resposta a antígenos de Leishmania in vitro, e os pacientes 
apresentam reação de hipersensibilidade do tipo tardio. Na 
lesão, parece haver um equilíbrio entre uma imunidade 
celular protetora e uma exacerbadora da doença. Por fim, 
as células T com resposta Th 1 (ação pró-inflamatória) 
predominam e ocorre a cura da lesão, deixando uma 
cicatriz atrófica no local. As diferentes apresentações 
cutâneas parecem apresentar relação com o 
desenvolvimento de uma resposta imunológica adequada. 
Aparentemente, pacientes com resposta imunológica 
inadequada (predominantemente Th2), apresentam maior 
risco de apresentar a forma cutânea disseminada da 
doença. 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
CUTÂNEA: Lesões indolores, com formato arredondado, 
com base eritematosa, infiltrada e de consistência firme, 
bordas bem delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e 
com granulações grosseiras. 
MUCOSA: presença de lesões destrutivas localizadas na 
mucosa, nas vias aéreas superiores. Quando atingem o 
nariz podem ocorrer entupimentos, sangramentos, coriza, 
aparecimento de crostas e feridas. 
Na garganta os sintomas: dor ao engolir, rouquidão e 
tosse. 
Presença de lesões de pele ulceradas ou não com três 
semanas ou mais de evolução com histórico de residência 
ou exposição a área de transmissão. 
1 - Localizada: A lesão tipo úlcera, com tendência a cura 
espontânea podendo ser única ou múltipla (até 20 lesões). 
A forma localizada pode ser acompanhada de 
linfadenopatia regional e de linfangite nodular; 
2 - Disseminada: Lesão relativamente rara que pode ser 
observada em até 2% dos casos. Múltiplas lesões 
papulares e de aparência acneiforme que acometem 
vários segmentos corporais, envolvendo com frequência a 
face e o tronco. O número de lesões pode alcançar 
centenas. 
3 - Difusa: Forma clínica rara, porém grave. Inicia-se com 
lesão únicae evolui de forma lenta formando placas e 
múltiplas lesões nodulares não ulceradas recobrindo 
grandes extensões cutâneas. 
 4 - Recidiva cútis: caracteriza-se por ativação da lesão nas 
bordas, após cicatrização da lesão, mantendo-se o fundo 
com aspecto cicatricial. A resposta terapêutica costuma ser 
inferior a da lesão primaria. 
Individuo com presença de lesão de mucosa de vias aéreas 
superiores, principalmente nasal, residente ou exposto a 
área de transmissão. 
 a) Forma mucosa tardia: forma mais comum. Pode surgir 
até vários anos após a cicatrização da forma cutânea. 
Lesões cutâneas múltiplas ou de longa duração, à curas 
espontâneas ou aos tratamentos insuficientes; 
b) Forma mucosa de origem indeterminada: quando a LM 
apresenta-se clinicamente isolada, não sendo possível 
detectar nenhuma outra evidência de lesão cutânea 
prévia. Tais formas estariam provavelmente associadas às 
infecções subclínicas ou lesões pequenas, não ulceradas, 
de evolução rápida e que teriam passado despercebidas 
sem deixar cicatrizes perceptíveis; 
c) Forma mucosa concomitante: ocorre ao mesmo tempo 
em que apresenta lesão cutânea ativa; 
 d) Forma mucosa contígua: propagação direta de lesão 
cutânea, próxima a orifícios naturais, como a mucosa das 
vias aerodigestivas. A lesão cutânea poderá encontrar-se 
em atividade ou cicatrizada na ocasião do diagnóstico; 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
e) Forma mucosa primária: ocorre eventualmente pela 
picada do vetor na mucosa ou semimucosa de lábios e 
genitais. 
Critério clinico– laboratorial Residência, procedência ou 
deslocamento para área com confirmação de transmissão 
e encontro do parasito nos exames parasitológicos 
diretos; Intradermorreação de Montenegro (IDRM) 
positiva. (Teste não disponível na rede estadual); 
Critério clínico-epidemiológico: Todo caso com suspeita 
clinica, sem acesso a métodos de diagnostico laboratorial 
e com residência ou exposição à áreas que tiveram 
confirmação de transmissão. Nas formas mucosas, 
considerar a presença de cicatrizes cutâneas como critério 
complementar para confirmação do diagnóstico. 
Muitas manifestações clínicas podem ser confundidas com 
a LTA, destacando-se, entre elas: 
Leishmaniose Cutânea: Realizar diagnóstico diferencial 
para sífilis, hanseníase, tuberculose, Histoplasmose, 
esporotricose, sarcoidose, psoríase, lúpus eritematoso 
discoide, úlceras de estase venosa, dentre outros. 
Leishmaniose mucosa: O diagnóstico diferencial é feito 
para paracoccidioidomicose, carcinoma sífilis terciária, 
renite, sinusite, granulamatose de wegner, dentre outros. 
SE FAZ O DIFERENCIAL POR METODO 
MOLECULAR,IMUNOLÓGICO, HISTOPATOLÓGICO. 
Indivíduo com exame sorológico reagente ou 
parasitológico positivo, sem manifestações clínicas. Deve 
ser notificado ! 
Notificação compulsória nacional conforme Portaria nº 
204, de 17 de Fevereiro de 2016) e estadual (Portaria nº 
1.290 de 09 de novembro 2017). Os casos devem ser 
encerrados no SINAN em um período de 180 dias. 
 
 
 
 
De acordo com brasil (2021), o tratamento da 
leishmaniose tegumentar (LT) deve ser indicado de acordo 
com a forma clínica, com o apoio do diagnóstico 
laboratorial e obedecendo aos critérios estabelecidos para 
cada situação. Para o início do tratamento, é necessária a 
confirmação do diagnóstico por critério clínico-
laboratorial ou, quando este não for possível, por critério 
clínico-epidemiológico. 
 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
 
De acordo com o LV, DIFERE apenas em: Pacientes com 
coinfecção leishmania/Hiv devem fazer os seguintes 
esquemas de tratamento com anfotericina b lipossomal: 
Forma Cutânea: 20 mg a 40 mg/kg 
Forma Cutânea disseminada: 35 mg a 40 mg/kg; 
Forma mucosa: Dose total 30 mg a 40 mg/kg 
Anfotericina B Desoxicolato: 1mg/kg/dia diariamente ou 
em dias alternados (dose máxima diária de 50mg). Deve 
ser administrada até atingir as seguintes doses totais: 
  Forma cutânea: 1 a 1,5g 
 Forma mucosa: 2,5 a 3g 
 Pentoxifilina: 400 mg, 3 vezes ao dia, durante 30 dias. 
Associado ao uso de antimoniato de meglumina. (uso 
exclusivo para leishmaniose mucosa). Nota Informativa 
Nº5/2016 - CGDT/SVS/MS. 
Pentamidina: 
Forma localizada: 4 mg/kg/dia em três doses, com 
intervalo de 72 horas (quando IM) ou de 48 horas (quando 
EV). Dose máxima diária: 300 mg. 
Foram difusa: 4 mg/kg/dia em dias alternados; por dez 
doses. 
Miltefosina: na dose de 2,5 mg/kg/dia, dose máxima de 
150 mg/dia (3 comprimidos) por via oral, durante 28 dias 
(Fluxo a ser estabelecido pelo ministério) 
 
Antes durante e após o tratamento deve-se monitorar 
função renal, pancreática, realizar eletrocardiograma e 
glicemia, antes, durante e no final do tratamento. Caso 
ocorra alguma reação adversa, o tratamento deve ser 
interrompido, até a estabilização do paciente e ocorrência 
deve ser notificada. A leishmaniose tegumentar pode ser 
tratada a nível de atenção primária a saúde. Porém, 
pacientes com formas clínicas graves devem ser tratados, 
preferencialmente, em regime hospitalar. 
 
 O paciente deve retornar mensalmente a consulta 
durante três meses consecutivos após o término do 
esquema terapêutico para ser avaliada a cura clinica, com 
exceção dos pacientes coinfectados com o vírus HIV, que 
deverão ser acompanhados por seis meses. Uma vez 
curado, o paciente deverá ser acompanhado de dois em 
dois meses ate completar 12 meses apos o tratamento. 
Reduzir a morbidade da LT, as deformidades e os óbitos 
em pacientes com a doença. 
 
 Telar portas e janelas; 
 Manter o domicilio e locais de criação de animais limpos 
e arejados e, se possível, telados; 
  Manter-se afastado da zona de mata (500 metros); 
  Evitar exposição no entardecer e amanhecer, horário de 
atividade do vetor; 
  Se tiver que se expor à de mata, utilizar repelentes, 
sapato fechado, calça e camisa de manga compridas. 
INFORMAÇÕES EPIDEMIOLOGICAS NA BAHIA 
A região Norte apresenta o maior coeficiente, seguida 
das regiões Centro-Oeste, e Nordeste; 
A Bahia possui um dos principais circuitos espaciais de 
produção da doença no Brasil, com importância 
epidemiológica no Brasil, o circuito da região cacaueira. 
os anos com maiores incidências são : 2010;2012;2017. 
 a macrorregião do Sul concentrou maior nº de casos, 
seguidos da Leste. 
redução em Feira de Santana, e Cruz das almas; 
-Zona rural; sexo masculino; raça parda;20-34 anos. 
- LT Americana são 3 padroes de transmissão: silvestre, 
ocupacional e lazer. Ou seja está relacionada a ambientes 
de matas fechadas, ambientes geograficamente 
modificados pela ação humana (desmatamentos), além de 
casas próximas a área de matas; 
-pessoas que estudaram 1 a 4ª serie incompletos, 5 a 8ª 
serie incompletos e ensino fundamental incompleto; 
 A forma clinica predominante é a CUTANEA; A 
Leishmaniose mucosa (LM) é considerada uma forma grave 
Sessão 4- Drama 
Thais M. Souto 
da LT e, geralmente, ocorre meses, anos depois, ou 
concomitante à forma clínica cutânea; 
Predomínio do critério clinico-laboratorial; 
Ressalta-se que em 2016, o principal teste envolvido no 
diagnóstico da LT , foi suspenso devido a interrupção da 
produção do antígeno de Montenegro em território 
nacional. O exame disponibilizado atualmente é a 
pesquisa de formas amastigotas na lesão (parasitológico 
direto). 
 
Municípios classificados como silenciosos ou sem 
transmissão: municípios sem registro de ocorrência de 
casos humanos autóctones de LT nos últimos três anos. 
Municípios classificados como vulneráveis: a cada cinco 
anos, realizar estudos entomológicos, ou quando ocorrer 
modificação ambiental ou evento que ofereça risco de 
transmissão à população. 
Municípios não vulneráveis: municípios sem transmissão 
ou silenciosos que não preenchem os critérios de 
vulnerabilidade. 
Municípios receptivos: municípios vulneráveis ou não 
vulneráveis com registro da presença do vetor. 
Municípios não receptivos: municípios vulneráveis ou não 
vulneráveis sem o registro da presença do vetor.Para 
caracterizar um município como não receptivo, é 
necessário que tenha sido realizado o levantamento 
entomológico recente. 
Municípios com transmissão: municípios com histórico de 
registro de casos humanos autóctones de LT, contínuos ou 
não, nos últimos três anos. 
Em municípios classificados como baixo risco de 
transmissão: municípios sem transmissão ou silenciosos 
que não preenchem os critérios de vulnerabilidade. 
Ocorrência de surtos: presença de casos de LT em uma 
área sem transmissão/silenciosa ou aumento de casos em 
relação ao número esperado em áreas com transmissão; 
 
Em algumas situações é possível evitar a picada dos 
flebotomíneos através de proteção individual, com a 
utilização de repelentes e utilização de mosquiteiros de 
malha fina. Em áreas de colonização recente, próximas de 
florestas, recomenda-se a construção das casas a uma 
distância mínima de 500m da mata. A solução ideal para o 
controle da leishmaniose tegumentar particularmente no 
Brasil, é a produção de uma vacina. 
ROTEIRO DA INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
-Identificação do paciente 
-Coleta de dados clínicos e epidemiológicos 
-Caracterização do local provável de infecção (LPI) 
-Definição de fluxo e periodicidade do sistema de 
informação 
-Análise e divulgação dos dados 
-Evolução do caso 
-Encerramento do caso 
 
CICLO BIOLOGICO DO VETOR 
Flebotomíneos: insetos transmissores 
O parasito L. chagasi é transmitido pela picada de fêmeas 
de flebotomíneos infectadas, em especial, das 
espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. Também 
conhecidos como ‘mosquito-palha’, ‘tatuquira’, 
‘cangalhinha’ e birigui, os insetos são pequenos e 
apresentam coloração amarelada. 
 
O ciclo biológico do Lutzomya longipalpis se processa no 
ambiente terrestre e compreende quatro fases de 
desenvolvimento: ovo, larva - com quatro estádios, pupa e 
adulto. Após a cópula, as fêmeas colocam seus ovos sobre 
um substrato úmido no solo e rico em matéria orgânica. Os 
ovos eclodem geralmente de 7 a 10 dias após a postura. As 
larvas alimentam-se vorazmente e desenvolvem-se em 
média entre 20 a 30 dias. Após esse período as larvas de 
quarto estádio transformam-se em pupas, que 
normalmente, permanecem imóveis e fixas ao substrato, 
não se alimentam e têm respiração aérea. O período pupal 
em condições favoráveis tem duração em média de uma a 
duas semanas.

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