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SESSAO 5 DRAMA TBL- THAIS

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SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
 
TELENCÉFALO 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais 
e a lâmina terminal situada na porção anterior do 3º 
ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são unidos por 
uma larga faixa de fibras cornissurais o corpo caloso. Os 
hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos 
laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III 
ventrículo pelos forames interventriculares. 
Cada hemisfério possui três polos: frontal, occipital e 
temporal; e três faces: face dorsolateral, convexa; face 
medial, plana; e face inferior ou base do cérebro. 
 
Sulco lateral –: é o Sulco que separa o lobo frontal do 
lobo temporal. Dirige-se para a face dorsolateral do 
cérebro, onde termina dividindo-se em três ramos: 
ascendente, anterior e posterior. Os ramos ascendente 
e anterior são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo 
posterior é muito mais longo, dirige-se para trás e para 
cima, terminando no lobo parietal. 
 
Sulco central - É um sulco profundo e contínuo, que 
percorre obliquamente a face dorsolateral do 
hemisfério, separando os lobos frontal e parietal. É 
ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-
central. e outro posterior, giro pós-central. 
O giro pré-central relaciona-se com motricidade, e o 
pós-central com sensibilidade. 
 
Temos os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. 
E a insula, situada profundamente no sulco lateral e que 
não tem, por conseguinte, relação imediata com os ossos 
do crânio.
 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
lobo occipital está relacionado com a visão. 
Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo 
occipital é o sulco parietoccipital. 
 
 
 
LOBO FRONTAL – SULCOS 
O lobo frontal é representado pela área da “fala” e 
“motora”. 
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco 
central. 
Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do 
sulco pré-central e dirige-se anteriormente no lobo 
frontal. Sulco Frontal Inferior: sai do sulco pré-central 
e dirige para frente e para baixo. 
 
LOBO FRONTAL – GIROS 
Giro Pré-central: Área principal do cérebro (córtex 
motor). Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco 
frontal superior. 
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal 
superior e inferior. 
Giro Frontal Inferior: O giro frontal inferior do hemisfério 
esquerdo é o centro cortical da palavra falada. 
 
LOBO TEMPORAL - SULCOS 
O lobo Temporal é representado pela área da “audição” 
e “olfato”. 
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo 
temporal e dirige-se para trás. 
Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal 
superior. 
 
LOBO TEMPORAL - GIROS 
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral 
e o sulco temporal superior. Centro cortical da audição. 
Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos 
temporal superior e o temporal inferior. 
Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco 
temporal inferior e se limita com o sulco occípito-
temporal. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
LOBO PARIETAL - SULCOS 
O Lobo Parietal é responsável pela área do paladar 
(gustatório) e somestésica (sensibilidade). 
Sulco Pós-central: É paralelo ao sulco central. 
Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular 
ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) e 
estende-se para trás para terminar no lobo occipital. 
 
LOBO PARIETAL - GIROS 
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o 
sulco pós-central. Áreas sensitivas do córtex, a área 
somestésica. Lóbulo Parietal Superior: localiza-se 
superiormente ao sulco intra-parietal. 
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao 
sulco intraparietal. 
 
LOBO OCCIPTAL – SULCOS E GIROS 
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente 
pequena da face dorsolateral do cérebro, onde 
apresenta pequenos sulcos e giros inconstantes e 
irregulares. 
LOBO DA ÍNSULA - SULCOS 
O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do 
sulco lateral. 
Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção 
superior da ínsula, e dirige-se no sentido anteroinferior. 
Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos. 
Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda 
superior. 
 
LOBO DA ÍNSULA - GIROS 
Giros Longos da Ínsula: estão localizados 
posteriormente ao sulco central da ínsula. 
Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente 
ao sulco central da ínsula. 
 
 
CORPO CALOSO 
é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado 
por um grande número de fibras mielínicas que cruzam e 
penetram de cada lado no centro branco medular do 
cérebro. Apresenta as seguintes partes: 
 Esplênio do corpo caloso. 
 Rostro do corpo caloso. 
 Tronco do corpo caloso. 
 Joelho do corpo caloso. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
 
FÓRNIX 
Corpo do fórnix: porção intermédia em que as duas 
metades se unem. 
Colunas do fórnix (anterior): extremidades que se 
afastam. Ramos do fórnix (posterior): 
Corpo Mamilar: termino das colunas. 
 
O sistema é de extrema importância pois controla 
comportamentos ligados a nossa sobrevivência. O 
sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções. 
 
LOBO FRONTAL E PARIETAL – SULCOS 
Sulco do Corpo Caloso: contorna o tronco e o esplênio 
do corpo caloso. 
Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do 
corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. 
Sulco Paracentral: que delimita, com o sulco do cíngulo 
e o sulco marginal, o lóbulo paracentral. 
 
LOBO FRONTAL E PARIETAL – GIROS 
Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso. É percorrido 
por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo. 
Lóbulo Paracentral: Na parte anterior e posterior deste 
lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas 
relacionadas com a perna e o pé. 
Pré-cúneos: está localizado ao sulco parieto-occipital, no 
lobo parietal. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
LOBO OCCIPTAL – SULCOS 
Sulco calcarino: nos lábios do sulco calcarino localiza-se 
o centro cortical da visão. 
Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo 
occipital do lobo parietal. 
 
LOBO OCCIPTAL – GIROS 
Cúneos: localiza-se entre o sulco parietooccipital e o sulco 
calcarino. É um giro complexo de forma triangular. 
Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-cúneos. 
Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do 
sulco calcarino. 
 
 
 
LOBO TEMPORAL – SULCOS 
Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros 
occipito-temporal lateral e occipito-temporal medial. 
Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se 
dirige para frente. O sulco colateral pode ser contínuo 
com o sulco rinal. 
Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do 
corpo caloso e se dirige para o pólo temporal. 
 
LOBO TEMPORAL – GIROS 
Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região 
lateral da face inferior do cérebro. 
Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do 
cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do 
cíngulo. 
Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do 
cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico 
(comportamento emocional). 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
LOBO FRONTAL – SULCOS E GIROS 
Sulco olfatório: profundo e de direção ântero-posterior. 
Giro reto: que localiza-se medialmente ao sulco olfatório. 
O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por 
sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros 
orbitários. 
 
 
VENTRÍCULOS LATERAIS 
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas 
de epêndima e contendo líquido cerebroespinhal, os 
ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam 
com o III ventrículo pelo respectivo forame 
interventricular. 
Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade 
fechada que apresenta uma parte central e três cornos 
que correspondem aos três pólos do hemisfério 
cerebral. 
 
 
MORFOLOGIA DAS PAREDES VENTRICULARES 
Os elementos que fazem proeminência nas paredesdos 
ventrículos laterais são o corno anterior, a parte central 
e os cornos posterior e inferior. 
Com exceção do corno inferior, todas as partes do 
ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso. 
Cada hemisfério possui uma camada superficial de 
substância cinzenta, o córtex cerebral. que reveste um 
centro de substância branca, o centro branco medular do 
cérebro (centro sinovial) - No interior da substância 
branca existem massas de substância cinzenta, os núcleos 
da base do cérebro. 
1. Córtex (subs. cinzenta) 
2. Centro Branco Medular do Cérebro 
3. Núcleos da base do cérebro 
CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO 
É formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois 
grupos de fibras; de projeção e de associação. As 
primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; 
as segundas unem áreas corticais situadas em pontos 
diferentes do cérebro. 
Constituem as três comissuras telencefálicas: corpo 
caloso, comissura anterior, comissura do fórnix. 
As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o 
fórnix e a cápsula interna. O fómix une o córtex do 
hipocampo ao corpo mamilar e contribui pouco para a 
fonnação do centro branco medular. 
O peso do encéfalo de um animal depende de seu peso 
corporal e da complexidade de seu encéfalo, expressa 
pelo chamado coeficiente de encefalização (K). No 
brasileiro adulto normal, o peso do encéfalo do homem 
está em tomo de 1.300 gramas, e o da mulher, em tomo 
de 1.200 gramas. 
DIENCÉFALO 
 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que 
corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da 
cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar 
que só é vista na porção mais inferior de cérebro. 
3º VENTRÍCULO 
É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica 
com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os 
ventrículos laterais pelos respectivos forames 
interventriculares. 
Os ventrículos são cavidades revestidas pelas células 
gliais ependimárias oriundas do neuroepitélio 
embrionário. Portanto, são remanescentes da luz do tubo 
neural a medida que o SNC se desenvolve. 
 
 
TÁLAMO 
São duas massas volumosas de substância cinzenta, de 
forma ovoide, dispostas uma de cada lado na porção 
laterodorsal do diencéfalo. A extremidade anterior de 
cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo 
anterior do tálamo, que participa na delimitação do 
forame interventricular. A extremidade posterior 
consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma 
grande eminência o pulvinar, que se projeta sobre os 
corpos geniculados lateral e medial. 
O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o 
lateral da via óptica. 
 
O tálamo é uma área muito importante do cérebro, 
relacionada sobretudo com a sensibilidade, Motricidade, 
comportamento Emocional, Ativação do Córtex, 
Memoria; 
HIPOTÁLAMO 
Porção pequena do diencéfalo (4g), situada abaixo do 
tálamo, constituído por substancias cinzenta e com 
funções importantes relacionadas à atividade visceral. Se 
dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco 
hipotalâmico, que separa o tálamo. 
Formações anatômicas visíveis na face inferior do 
cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o 
infundíbulo e os corpos mamilares. 
Conexões do hipotálamo: Sistema Límbico - Área pré-
frontal - Conexões viscerais - Hipófise (eferentes) - 
Sensoriais (mamilos, orgãos genitais…) 
O hipotálamo é uma das áreas mais importantes do 
cérebro, regula o sistema nervoso autônomo e as 
glândulas endócrinas e é o principal responsável pela 
constância do meio interno (homeostase ). 
Funções do hipotálamo - Controle do sistema nervoso 
autônomo - Regulação da temperatura corporal; - 
Regulação do comportamento emocional; - Regulação do 
Equilíbrio Hidrossalino e da Pressão Arterial - Regulação 
da ingestão de água; - Regulação da diurese; Regulação 
do sono e da vigília; - Regulação da ingestão de alimentos; 
- Regulação do sistema endócrino; - Geração e regulação 
de ritmos circadianos. 
 
EPITÁLAMO 
Seu elemento mais evidente é a glândula pineal. ou 
epffise, glândula endócrina ímpar e mediana de forma 
pirifonne, que repousa sobre o teto mesencefálico. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
As funções da glândula pineal e de seu hormônio, a 
melatonina; vigília-sono; regulação da glicemia; ação 
antioxidante. 
SUBTÁLAMO 
O subtálamo compreende a zona de transição entre o 
diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. É de difícil 
visualização nas peças de rotina, pois não se relaciona 
com as paredes do Hl ventrículo, podendo mais 
facilmente ser observado em cortes frontais do cérebro. 
O subtálamo tem função motora. 
 
ARBOVIROSES 
As arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti 
constituem-se como um dos principais problemas de 
saúde pública no mundo. Virus transmitidos por 
artrópodes; 
 A dengue é a arbovirose urbana de maior relevância 
nas Américas, e possui como agente etiológico o vírus 
dengue (DENV), que possui com quatro sorotipos. (DENV-
1,DENV-2, DENV-3 e DENV-4); 
A chikungunya é causada pelo vírus chikungunya 
(CHIKV), um arbovírus artritogênico, que apresenta 
genoma de RNA de fita simples. O CHIKV é transmitido 
pela picada de mosquitos do gênero Aedes: A. aegypti e 
A. albopictus. No BRASIL somente temos o A. AEGYTI! 
O vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus cujo genoma é 
formado RNA de fita simples de sentido positivo, cujos 
modos de transmissão, além do vetorial, incluem 
transfusão de sangue e transplante de órgãos, além da 
transmissão sexual. 
As principais manifestações neurológicas em 
pacientes infectados incluem casos de encefalite, 
meningoencefalite, mielite e síndrome de Guillain-Barré 
(SGB); 
 
 
 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
Os vírus dengue e Zika são vírus de RNA do gênero 
Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae, que inclui 
também o vírus da febre amarela; 
O vírus chikungunya (CHIKV) pertence ao gênero 
Alphavirus, da família Togaviridae, e possui quatro 
genótipos: Oeste Africano, Leste-Centro-Sul Africano 
(ECSA), Asiático e Oceano Índico (IOL). No Brasil, até o 
momento foram detectadas as linhagens asiática e ECSA. 
Quanto ao ZIKV, até o momento são conhecidas e 
descritas duas linhagens do vírus: uma africana e outra 
asiática; 
VETORES 
Os insetos vetores de dengue, chikungunya e Zika no 
Brasil são mosquitos da família Culicidae, pertencentes 
ao gênero Aedes, do subgênero Stegomyia. A espécie 
Aedes aegypti é a única comprovadamente responsável 
pela transmissão dessas arboviroses no Brasil. 
O Aedes albopictus é o vetor da dengue na Ásia. 
MODO DE TRANSMISSÃO 
Via vetorial, vertical e transfusional; 
A principal forma é a vetorial, pela picada de fêmeas de 
Aedes aegypti infectadas, no ciclo humano-vetor-
humano. 
Para o DENV, CHIK e ZIKV, existem registros de 
transmissão vertical em humanos (gestante-feto); 
o ZIKV pode ser transmitido por via sexual de uma 
pessoa infectada (sintomática ou não) para seus 
parceiros, durante meses após a infecção inicial; 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE 
período de incubação intrínseco (PII) – que ocorre no ser 
humano – e outro extrínseco, que acontece no vetor; se 
diferenciam, de acordo com o vírus envolvido na 
transmissão e, no caso do período de incubação 
extrínseco (PIE), também em função da temperatura 
ambiente; 
DENV: o período de incubação intrínseco pode variar de 
quatro a dez dias; Após esse período, inicia-se o período 
de viremia no homem, que geralmente se inicia um dia 
antes do aparecimento da febre e se estende até o quinto 
dia da doença. 
CHIKV: variar de 1 a 12 dias; O período de viremia no 
homem pode perdurar por até dez dias e, geralmente, 
inicia-se dois dias antes do aparecimento dos sintomas. 
ZIKV: é de dois a sete dias, em média. Estima-se que o 
período de viremia no homem se estende até o quinto 
dia do início dos sintomas. 
 
 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAISM. SOUTO 
PATOGENIA E RESPOSTA IMUNE 
Após a inoculação dos vírus da dengue, por meio da 
picada do mosquito, eles são fagocitados pelas células 
dendríticas (células de Langherhans) residentes no local, 
transportados aos linfonodos regionais, onde realizam a 
sua primeira replicação. Essa multiplicação inicial resulta 
em uma viremia que dissemina esse patógeno por todo o 
organismo, livre no plasma ou no interior de monócitos. 
Os vírus da dengue têm tropismo por células 
fagocitárias, as quais são reconhecidas como importantes 
sítios para sua replicação. 
Acredita-se que a resposta imune do hospedeiro à 
infecção pelos vírus da dengue possa atuar de duas 
maneiras diferentes. 
A primeira previne a infecção e propicia a recuperação 
nas infecções, envolvendo inicialmente a resposta imune 
inata e sequencialmente, a resposta imune celular e 
humoral. 
A segunda relaciona-se à imunopatologia da 
manifestação hemorrágica da dengue. 
A infecção primária (primoinfecção) pelos vírus da 
dengue é controlada inicialmente pela resposta imune 
inata e celular. Esses vírus estimulam a produção de 
anticorpos IgM que se tornam detectáveis, em média, a 
partir do quarto dia após o início dos sintomas, atingindo 
os níveis mais elevados por volta do sétimo ou oitavo 
dias e declinando lentamente, a ponto de não serem 
mais detectáveis após alguns meses. 
. Os anticorpos da classe IgG, que são observados em 
níveis baixos a partir da primeira semana do início dos 
sintomas elevam-se gradualmente atingindo altos 
valores em duas a três semanas e mantêm-se detectáveis 
por vários anos, conferindo imunidade contra o sorotipo 
infectante, provavelmente por toda a vida. 
As infecções por dengue, em indivíduos que já tiveram 
contato com outros sorotipos do vírus, ou mesmo outros 
flavivírus (como os vacinados contra a febre amarela), 
podem alterar o perfil da resposta imune, que passa a ser 
do tipo anamnéstico ou de infecção secundária 
(reinfecção), com baixa produção de IgM, e resposta 
precoce intensa de IgG. 
A resposta imune humoral é fundamental para a 
prevenção e a cura das infecções pelos vírus da dengue. 
A proteína E, parte do envelope viral, é o alvo dominante 
dos anticorpos protetores contra a dengue. Esses 
anticorpos podem promover a lise de células infectadas 
ou inibir a ligação dos vírus aos receptores celulares com 
consequente neutralização viral. 
A proteina NS1 também é um importante alvo de 
anticorpos antidengue. 
A resposta imune celular contra o vírus é direcionada 
para múltiplas proteínas virais, entre elas, C, prM, E, NS1, 
NS3, NS4B e NS5, porém a proteína NS3 parece ser a 
mais imunogênica, em relação à imunidade celular, com 
uma maior preponderância de epítopos de células T 
identificados. 
As células T CD4+ e CD8+ reativas ao vírus da dengue 
produzem predominantemente altos níveis de IFN-γ, 
TNF-α, TNF-β e quimiocinas, incluindo MIP-1β, após 
interação com células apresentadoras de antígenos 
infectadas com o vírus, e também são eficientes na lise 
das células infectadas in vitro. 
Nos quadros de dengue, os sintomas gerais de febre e 
mal-estar relacionam-se à presença, em níveis elevados, 
de citocinas séricas, como TNF-α, IL-6, IFN-γ etc. As 
mialgias relacionam-se, em parte, à multiplicação viral no 
próprio tecido muscular, inclusive o tecido oculomotor é 
acometido, produzindo cefaleia retrorbitária; 
PATOGENIA NA DENGUE HEMORRAGICA 
A presença de antígenos de dengue, expressos na 
membrana macrofágica, induz fenômenos de eliminação 
imune por linfócitos T CD4+ e CD8+ citotóxicos. Os 
macrófagos, ativados pelos linfócitos e agredidos ou 
lisados pelas células citotóxicas, liberam tromboplastina, 
que inicia os fenômenos da coagulação e, também, 
liberam proteases ativadoras do complemento, 
causadoras da lise celular e do choque. O fator de necrose 
tumoral a (TNF-α), de origem macrofágica e linfocitária, 
foi observado em níveis elevados, em casos graves de 
DHF/DSS. O TNF-α afeta células inflamatórias e 
endoteliais, podendo contribuir para a trombocitopenia e 
induz a IL-8, estimulando a liberação de histamina pelos 
basófilos e aumentando a permeabilidade vascular. A IL-
6 foi observada em níveis elevados, em alguns casos 
graves de DHF/DSS, e foi relacionada com a hipertermia 
apresentada pelos pacientes; 
 
 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
DENGUE 
A dengue é a mais importante das “arboviroses”, 
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Arbovirose 
urbana mais prevalente nas Américas, incluindo o BRASIL; 
Os quatro sorotipos da dengue, denominados dengue 
1, 2, 3 e 4, pertencem à família Flaviviridae, gênero 
Flavivirus 
Os vírus da dengue, bem como todos os flavivírus, são 
esféricos, envelopados, com projeções na superfície e 
medem, aproximadamente, 50 a 60 nm de diâmetro. 
é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que 
pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de 
casos assintomáticos a graves. No curso da doença – em 
geral debilitante e autolimitada –, a maioria dos pacientes 
apresenta evolução clínica benigna e se recupera. No 
entanto, uma parte pode evoluir para formas graves, 
inclusive óbitos; 
Os principais vetores da dengue são mosquitos Aedes 
aegypti e albopictus; 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Fase febril: geralmente acima de 38°C, de início abrupto 
e com duração de dois a sete dias, associada a cefaleia, 
astenia, mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. 
Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia também podem 
se fazer presentes. Essa lesão exantemática, presente em 
grande parte dos casos, é predominantemente do tipo 
maculopapular, atingindo face, tronco e membros, não 
poupando regiões palmares e plantares. O exantema 
também pode se apresentar sob outras formas – com ou 
sem prurido. Após a fase febril, grande parte dos 
pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do 
estado geral e retorno do apetite. 
Fase crítica: tem início com o declínio da febre (de 
fervescência), entre o terceiro e o sétimo dia do início da 
doença. Os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem 
nessa fase. A maioria deles é resultante do aumento da 
permeabilidade capilar. Essa condição marca o início da 
piora clínica do paciente e sua possível evolução para o 
choque, por extravasamento plasmático. Sem a 
identificação e o correto manejo nessa fase, alguns 
pacientes podem evoluir para as formas graves. Os sinais 
de alarme são assim chamados por sinalizarem o 
extravasamento de plasma e/ou hemorragias que 
podem levar o paciente a choque grave e óbito; 
OS SINAIS DE ALARME SÃO CARACTERIZADOS 
PRINCIPALMENTE POR: Dor abdominal intensa (referida 
ou à palpação) e contínua; Vômitos persistentes; 
Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame 
pericárdico); Hipotensão postural e/ou lipotimia; 
Letargia e/ou irritabilidade; Hepatomegalia maior do 
que 2 cm abaixo do rebordo costal; Sangramento de 
mucosa; Aumento progressivo do hematócrito; 
Os casos graves de dengue são caracterizados por 
sangramento grave, disfunção grave de órgãos ou 
extravasamento grave de plasma. 
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é 
perdido pelo extravasamento. Ocorre quarto e o quinto 
dia – no intervalo de três a sete dias de doença –, sendo 
geralmente precedido por sinais de alarme; 12-24 horas 
 
Os sinais de choque são: • Pulso rápido e fraco. • 
Hipotensão arterial. • Pressão arterial (PA) convergente 
(diferença entre PAS e PAD ≤20 mmHg em crianças – em 
adultos, o mesmo valor indica choque mais grave). • 
Extremidades frias. • Enchimento capilar lento. • Pele 
úmida e pegajosa. • Oligúria. • Manifestações 
neurológicas, como agitação, convulsões e irritabilidade 
(em alguns pacientes). 
 
Fatores de risco individuais podem determinar a 
gravidade da doença, a exemplo da idade, da etnia e de 
doenças associadas, como asma brônquica, diabetes 
mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de 
infecções prévias por outrossorotipos. Crianças mais 
novas podem ser menos competentes que os adultos 
para compensar o extravasamento capilar e, 
consequentemente, possuem maior risco de evoluir 
para o choque. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
CRIANÇAS: A infecção pode ser assintomática, 
apresentar-se como síndrome febril aguda ou ainda com 
sinais e sintomas inespecíficos, tais como astenia, 
sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, 
diarreia ou fezes amolecidas; Em menores de 2 anos de 
idade, os sinais e os sintomas de dor podem se manifestar 
por choro persistente, adinamia e irritabilidade. O 
agravamento nessas crianças, em geral, é mais rápido que 
no adulto. 
GESTANTES: Devem ser tratadas de acordo com o 
estadiamento clínico da dengue e necessitam de 
observação rigorosa, independentemente da gravidade 
da doença; 
IDOSOS: Indivíduos acima de 65 anos estão mais sujeitos 
à hospitalização e ao desenvolvimento de formas graves 
da doença. 
 
DIAGNÓSTICO 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Exames específicos: Para o diagnóstico laboratorial da 
infecção aguda pelo DENV; 
Métodos diretos: • Pesquisa de vírus (isolamento viral 
por inoculação em células). • Pesquisa de genoma do 
vírus da dengue por transcrição reversa seguida de reação 
em cadeia da polimerase (RT-PCR). 
Métodos indiretos: • Pesquisa de anticorpos IgM por 
testes sorológicos (ensaio imunoenzimático – ELISA). • 
Teste de neutralização por redução de placas (PRNT). • 
Inibição da hemoaglutinação (IH), Pesquisa de antígeno 
NS1 (ensaio imunoenzimático – ELISA). 
Patologia: estudo anatomopatológico seguido de 
pesquisa de antígenos virais por imuno-histoquímica 
(IHQ). 
Exames inespecíficos: O hematócrito, a contagem de 
plaquetas e a dosagem de albumina auxiliam na avaliação 
e no monitoramento dos pacientes com suspeita ou 
diagnóstico confirmado de dengue, especialmente os que 
apresentarem sinais de alarme ou gravidade. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
TRATAMENTO DE DENGUE 
Reposição volêmica adequada, levando-se em 
consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e 
D) segundo os sinais e os sintomas apresentados pelo 
paciente, assim como no reconhecimento precoce dos 
sinais de alarme; 
DENGUE CLÁSSICA 
 A doença causada pelos vírus da dengue, na maioria dos 
casos, costuma ser benigna, manifestando-se de forma 
variável quanto ao tipo e à intensidade dos sintomas, 
segundo características do vírus e da população 
acometida - início abrupto - Em temperaturas de 39 a 
40°C, cefaleia intensa, dor retro-ocular, mialgias, 
artralgias e manifestações gastrintestinais, como 
vômitos e anorexia. - Exantema pode surgir no terceiro 
ou quarto dia de doença e é caracterizado por um 
exantema intenso em que se salientam pequenas áreas 
de pele sã (“ilhas brancas em um mar vermelho”) - 
Prurido de difícil controle - Fenômenos hemorrágicos 
discretos podem ocorrer (epistaxe, petéquias, 
gengivorragias) - não é dengue hemorrágica. 
 
DENGUE HEMORRÁGICA 
 O quadro costuma iniciar-se de forma abrupta, similar à 
forma clássica da dengue, com febre alta, náuseas e 
vômitos, mialgias e artralgias. Os fenômenos 
hemorrágicos surgem no segundo ou terceiro dia de 
doença, com petéquias na face, véu palatino, axilas e 
extremidades. 
- Os casos propensos a desenvolver DHF/DSS são aqueles 
que apresentam sinais de alerta, como dor abdominal, 
vômitos incoercíveis, irritabilidade, entre outros 
sintomas - É realizado o teste do torniquete ou prova do 
laço (busca a presença de petéquias); 
- Hemorragias cutâneas, em trato gastrointestinal, no 
septo interventricular cardíaco, no pericárdio, em 
espaços subaracnóideos e superfícies viscerais. 
Edema perivascular com extravasamento de hemácias 
e rico em monócitos e linfócitos, “sem” dano na parede 
vascular. 
- Coagulação intravascular 
- Em linfonodos e baço há proliferação linfoplasmocitária, 
com grande atividade celular e necrose de centros 
germinativos - Hiperplasia no fígado - palpável e doloroso 
- Edema da parede da vesícula biliar ao exame 
ultrassonográfico. 
- Podem ocorrer púrpuras e grandes equimoses na pele, 
epistaxes, gengivorragias, metrorragias e hemorragias 
digestivas moderadas. 
Posteriormente, tornam-se letárgicos, afebris e com 
sinais de insuficiência circulatória: pele fria e pegajosa, 
cianose perioral, pulso rápido e sudorese fria. 
 diagnóstico de DHF/DSS deve ser lembrado sempre 
que houver um paciente que apresentou um quadro 
clínico compatível com dengue clássica e que apresente, 
após 3 a 5 dias do início do quadro, prova do laço 
positiva, equimoses, petéquias ou púrpuras, 
sangramento de mucosas, hematêmese ou melena, 
plaquetopenia (plaquetas < 100.000/mm3), alteração do 
hematócrito > 20% ou sinais de perda plasmática, tais 
como derrame pleural, ascite ou hipoproteinemia; 
na dengue hemorrágica tem como base fisiopatologia 
um aumento da carga viral resultando de uma cepa 
virulente ou a facilitação da infecção mediada por 
anticorpos levando a uma resposta imune exarcerbada, 
envolvendo células do sistema imune, citocinas e 
imunocomplexos, causando aumento da 
permeabilidade por ma função vascular endotelial, sem 
destruição do endotélio, causado a queda da pressão 
arterial e manifestações hemorrágicas, associadas a 
trombocitopenia; 
Deve levar em consideração para o diagnóstico 
parâmetros clínicos e laboratoriais - hematócrito elevado 
em 20% ou mais – plaquetopenia 
 
 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a 
DHF/DSS em quatro graus de gravidade 
 Classificação - Grau I: febre e sintomas inespecíficos 
tendo como principais achados a plaquetopenia, 
manifestações hemorrágicas de pequena monta e a prova 
do laço positiva. Grau II: sintomas contidos no Grau I e 
presença de fenômenos hemorrágicos espontâneos. 
 Grau III: características do Grau II associado à 
insuficiência circulatória caracterizada por pulso fraco e 
rápido, redução da pressão de pulso a 20 mmHg, 
hipotensão, pele pegajosa e fria, agitação. (Síndrome do 
choque da dengue) 
 Grau IV: choque profundo caracterizado por ausência de 
pulso e pressão arterial após o aparecimento dos 
sintomas dos graus anteriores. (Síndrome do choque da 
dengue) 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
1- notificar e investigar oportunamente os casos 
suspeitos de dengue, chikungunya e Zika, para 
acompanhar, de forma contínua, a evolução 
temporal desses agravos, e detectar 
efetivamente mudanças no padrão de 
ocorrência, surtos e epidemias; 
2- realizar análises epidemiológicas descritivas dos 
casos, em função de variáveis relacionadas a 
pessoa, tempo e espaço; 
3- integrar as informações de vigilância de casos, 
vigilância entomológica e vigilância laboratorial; e 
4- promover a integração entre as áreas de controle 
vetorial, assistência e demais entes que atuam na 
prevenção e no controle das arboviroses, visando 
à adoção de medidas pertinentes capazes de 
controlar e/ou impedir a transmissão, quando 
possível, e de reduzir a magnitude, a gravidade e 
a mortalidade dessas doenças. 
AÇÕES E ATIVIDADES 
As ações e as atividades realizadas no âmbito da vigilância 
em saúde são: 
• Realizar monitoramento para detecção oportuna da 
circulação viral de dengue, chikungunya e Zika, incluindo 
alerta para possíveis mudanças no padrão de circulação 
desses arbovírus. 
• Construir, manter, alimentar e retroalimentar sistemas 
de informações de dengue, chikungunya e Zika, visando 
ao acompanhamento dessas arboviroses e à construção 
de indicadores epidemiológicos, para orientar ações, 
avaliar efetividade dos programas de prevenção e 
controle, assim como apoiar estudos e pesquisas voltadas 
ao aprimoramento da vigilância e do controle. 
• Monitorar a ocorrência de casos graves de dengue, 
chikungunya e Zika, assim como as manifestações atípicas 
de chikungunya e a cronicidade da doença,a ocorrência 
de Zika em gestantes e os casos de manifestações 
neurológicas possivelmente relacionados à infecção 
prévia por esses arbovírus. 
• Contribuir para a redução da magnitude de ocorrência 
de dengue, chikungunya e Zika, por meio da identificação 
oportuna de áreas com maior número de casos, visando 
orientar ações integradas de prevenção, controle e 
organização da assistência. 
• Investigar oportunamente os óbitos suspeitos ou 
confirmados de dengue, chikungunya e Zika, mediante 
identificação de seus possíveis determinantes e definição 
de estratégias para aprimoramento da assistência aos 
casos, evitando a ocorrência de novos óbitos. 
• Fornecer indicadores epidemiológicos e entomológicos 
que apoiem o desenvolvimento das ações de controle 
dessas arboviroses. 
CASOS SUSPEITOS 
Caso suspeito de dengue: Indivíduo que resida em 
área onde se registram casos de dengue ou que tenha 
viajado nos últimos 14 dias para área com ocorrência, 
febre, entre dois e sete dias, e duas ou mais das seguintes 
manifestações: Náusea/vômitos. Exantema. 
Mialgia/artralgia. Cefaleia/dorretro-orbital. 
Petéquias/prova do laço positiva. Leucopenia. 
Também pode ser considerado caso suspeito toda 
criança proveniente de (ou residente em) área com 
transmissão de dengue, com quadro febril agudo, 
usualmente entre dois e sete dias, e sem sinais e sintomas 
indicativos de outra doença; 
Caso suspeito de dengue com sinais de alarme: É todo 
caso de dengue que, no período de defervescência da 
febre, apresenta um ou mais dos seguintes sinais de 
alarme: Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e 
contínua ou sensibilidade. Vômitos persistentes. 
Acúmulo de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame 
pericárdico). Hipotensão postural e/ou lipotimia. 
Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo 
costal. Letargia/irritabilidade. Sangramento de mucosa. 
Aumento progressivo do hematócrito; 
Caso suspeito de dengue grave: uma ou mais das 
condições a seguir: Choque ou desconforto respiratório 
em função do extravasamento grave de plasma; choque 
evidenciado por taquicardia, pulso débil ou 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
indetectável, taquicardia, extremidades frias e tempo de 
perfusão capilar >2 segundos, e pressão diferencial 
convergente <20 mmHg, indicando hipotensão em fase 
tardia. Sangramento grave segundo a avaliação do 
médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia 
volumosa e sangramento do sistema nervosocentral). 
Comprometimento grave de órgãos, a exemplo de dano 
hepático importante (AST/ALT >1.000 U/L), do sistema 
nervoso central (alteração da consciência), do coração 
(miocardite) ou de outros órgãos. 
CASO CONFIRMADO 
Confirmado por critério laboratorial; É aquele que atende 
à definição de caso suspeito de dengue e que foi 
confirmado por um ou mais dos seguintes testes 
laboratoriais e seus respectivos resultados: 
1. ELISA NS1 reagente. 
2. Isolamento viral positivo. 
3. RT-PCR detectável (até o quinto dia de início de 
sintomas da doença). 
4. Detecção de anticorpos IgM ELISA (a partir do sexto dia 
de início de sintomas da doença). 
 5. Aumento ≥4 vezes nos títulos de anticorpos no PRNT 
ou teste IH, utilizando amostras pareadas (fase aguda e 
convalescente). 
Quando o resultado sorológico for inconclusivo, o 
PRNT pode ser utilizado em casos graves, óbitos, eventos 
adversos de vacina, entre outros, após avaliação dos 
laboratórios em conjunto com a vigilância 
epidemiológica. 
Para fins de vigilância, deve-se considerar a definição 
de caso vigente, os sinais e os sintomas clínicos da doença 
e o histórico do paciente. As interpretações possíveis dos 
resultados de pesquisa de anticorpos IgM são listadas a 
seguir. 
1. Os casos com sorologia IgM reagente para dengue e 
reagente para Zika podem ser interpretados como 
infecção recente por dengue e/ou Zika, reação cruzada ou 
coinfecção. 
2. Nos casos com sorologia IgM não reagente para dengue 
e não reagente para Zika, recomenda-se testagem para 
chikungunya. Caso o resultado seja reagente, confirma 
infecção recente por chikungunya. 
3. Nos casos com sorologia IgM não reagente para 
dengue, chikungunya e Zika, descarta-se infecção recente 
por estes arbovírus e encerra-se a investigação. 
Confirmado por critério clínico-epidemiológico: Na 
impossibilidade de realização de confirmação laboratorial 
específica ou para casos com resultados laboratoriais 
inconclusivos, deve-se considerar a confirmação por 
vínculo epidemiológico com um caso confirmado 
laboratorialmente, após avaliação da distribuição 
espacial dos casos confirmados. 
CASO DESCARTADO 
Todo caso suspeito de dengue que possui um ou mais dos 
seguintes critérios: Diagnóstico laboratorial não 
reagente/negativo, desde que as amostras tenham sido 
coletadas no período oportuno, além de armazenadas e 
transportadas, conforme preconizado pelo Ministério da 
Saúde. Diagnóstico laboratorial negativo para dengue e 
positivo para outra doença. Caso sem exame laboratorial, 
cujas investigações clínica e epidemiológica são 
compatíveis com outras doenças. Todo caso suspeito, 
principalmente gestantes, casos graves e óbitos, deve ser 
descartado a partir do resultado de duas sorologias não 
reagentes ou PRNT, em função da possibilidade de reação 
cruzada entre DENV e ZIKV. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Devido às características da dengue, pode-se destacar seu 
diagnóstico diferencial em síndromes clínicas, listadas a 
seguir: 
Síndrome febril: enteroviroses, influenza e outras viroses 
respiratórias, hepatites virais, malária, febre tifoide, 
chikungunya, Zika e outras arboviroses. 
Síndrome exantemática febril: rubéola, sarampo, 
escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito, 
enteroviroses, mononucleose infecciosa, parvovirose, 
citomegalovirose, farmacodermias, doença de Kawasaki, 
doença de Henoch-Schonlein, chikungunya, Zika e outras 
arboviroses. 
 Síndrome hemorrágica febril: hantavirose, febre 
amarela, leptospirose, malária grave, riquetsioses e 
púrpuras. 
Síndrome dolorosa abdominal: apendicite, obstrução 
intestinal, abscesso hepático, abdome agudo, 
pneumonia, infecção urinária, colecistite aguda etc. 
 Síndrome do choque: meningococcemia, septicemia, 
meningite por Haemophilus influenzae tipo B, febre 
purpúrica brasileira, síndrome do choque tóxico e choque 
cardiogênico (miocardites). 
Síndrome meníngea: meningites virais, meningite 
bacteriana e encefalites. 
CHIKUNGUNYA 
As infecções por chikungunya possuem altas taxas de 
ataque. Estudos mostram que os valores podem variar de 
75%-95%, indicando que um número importante de 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
indivíduos acometidos por chikungunya apresenta 
manifestações clínicas; 
A doença no paciente pode evoluir em três fases: febril 
ou aguda, pós-aguda e crônica. 
A fase aguda da doença tem duração de 5 a 14 dias. 
A fase pós-aguda tem um curso de até três meses. Se 
os sintomas persistirem por mais de três meses após o 
início da doença, considera-se instalada a fase crônica. 
Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, 
podendo persistir por anos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Fase Aguda (fase febril) - Caracterizada principalmente 
por febre alta de início súbito (>38,5ºC) e surgimento de 
intensa poliartralgia, geralmente acompanhada de 
dorsalgia, exantema, cefaleia, mialgia e fadiga, com 
duração variável; Duração: dias a algumas semanas. A 
mialgia, quando presente, geralmente é de intensidade 
leve a moderada. A rigidez articular matinal é uma queixa 
frequente. 
Outros sinais e sintomas: dor retro-ocular, calafrios, 
conjuntivite não purulenta, faringite, náusea, vômitos, 
diarreia, dor abdominal e neurite, pode haver 
linfadenomegalias associadas. 
FASE PÓS-AGUDA: Normalmente febre desaparece - 
Pode haver melhora, persistência ou agravamento de 
artralgia. Síndrome do túnel do carpopode ocorrer como 
consequência da tenossinovite hipertrófica, sendo muito 
frequente nas fases pós-aguda e crônica; O 
comprometimento articular costuma ser acompanhado 
por edema de intensidade variável; Alguns pacientes 
podem desenvolver doença vascular periférica, fadiga, 
alopecia e sintomas depressivos. 
FASE CRÔNICA: Caracterizada pela persistência ou 
recorrência dos sinais e dos sintomas, dor articular, 
musculo-esquelética e neuropática, sendo esta última 
muito frequente nessa fase. Os principais fatores de risco 
para a cronificação descritos até esse momento são: 
idade acima de 45 anos, artropatia preexistente e maior 
intensidade do quadro na fase aguda. Alguns descrevem 
o tempo de duração dessa fase por mais de seis anos, 
sendo que, no Brasil, existem pacientes em 
acompanhamento por chikungunya crônica há mais de 
quatro anos. 
 
Um caso atípico é considerado grave quando requer 
hospitalização. 
 
As formas graves da infecção pelo CHIKV acometem, 
com maior frequência, pacientes com doenças 
associadas (diabetes, hipertensão arterial sistêmica, 
asma, cardiopatia, alcoolismo, doenças reumatológicas, 
anemia falciforme, talassemia), crianças menores de 2 
anos, pacientes com idade acima de 65 anos e aqueles 
que estão em uso de alguns fármacos; 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Métodos diretos • Pesquisa de vírus (isolamento viral por 
inoculação em células e camundongos recém-nascidos). • 
Pesquisa de genoma do vírus da chikungunya por reação 
em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-
PCR). Métodos indiretos • Pesquisa de anticorpos 
IgM/IgG por testes sorológicos (ensaio imunoenzimático 
– ELISA). • Demonstração de soroconversão nos títulos de 
anticorpos (não reagente → reagente por ELISA e IH) ou 
por alteração de ≥4 vezes no PRNT entre as amostras nas 
fases aguda (a partir do 5º dia) e convalescente (após 15 
dias da primeira coleta). • Inibição da hemaglutinação 
(IH). • Patologia: estudo anatomopatológico seguido de 
pesquisa de antígenos virais por imuno- -histoquímica 
(IHQ). 
O diagnóstico laboratorial específico na fase crônica 
da infecção pelo CHIKV é feito por meio da sorologia. 
Exames inespecíficos: leucopenia; linfopenia; 
trombocitopenia; velocidade de hemossedimentação e 
Proteina C reativa; 
TRATAMENTO 
Não há tratamento antiviral específico para Chikungunya; 
A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário 
estimular a hidratação oral dos pacientes. 
Os anti-inflamatórios não esteroides e os corticosteroides 
não devem ser utilizados na fase aguda da doença. O 
ácido acetilsalicílico também é contraindicado na fase 
aguda, pelo risco de síndrome de Reye e de sangramento. 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
Recomenda-se tratamento não farmacológico, 
concomitante ao tratamento farmacológico, por meio de 
fisioterapia e/ou de exercícios de intensidade leve ou 
moderada e de crioterapia; 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE CHIKUNGUNYA 
Caso suspeito de Chikungunya: Paciente com febre de 
início súbito maior que 38,5o C e artralgia ou artrite 
intensa de início agudo, não explicado por outras 
condições, residente em (ou que tenha visitado) áreas 
com transmissão até duas semanas antes do início dos 
sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com caso 
importado confirmado; 
Caso confirmado 
Caso confirmado por critério laboratorial: É todo caso 
suspeito de chikungunya confirmado laboratorialmente 
por: isolamento viral positivo, detecção de RNA viral por 
RT-PCR, detecção de IgM em uma única amostra de soro 
durante a fase aguda (a partir do sexto dia) ou 
convalescente (15 dias após o início dos sintomas), 
demonstração de soroconversão entre as amostras na 
fase aguda (primeira amostra) e convalescente (segunda 
amostra) ou detecção de IgG em amostras coletadas de 
pacientes na fase crônica da doença, com clínica 
sugestiva. 
• Sorologia IgM reagente para chikungunya: confirma 
infecção recente por chikungunya e encerra investigação 
laboratorial. 
• Sorologia IgM não reagente para chikungunya: descarta 
infecção recente por chikungunya e direciona o 
diagnóstico para confirmação de infecção recente por 
dengue e Zika (IgM). 
• Sorologia IgM não reagente para dengue, não reagente 
para Zika e não reagente para chikungunya (fase aguda): 
descarta infecção recente por dengue e por Zika e 
direciona o diagnóstico para confirmação de infecção por 
chikungunya (IgM) em uma segunda amostra 
} sorologia IgM reagente para chikungunya na segunda 
amostra: confirma infecção recente por chikungunya e 
encerra investigação laboratorial; 
 } sorologia IgM não reagente para chikungunya na 
segunda amostra: descarta a infecção por CHIKV. 
• Sorologia IgG reagente para chikungunya: indica 
exposição prévia com CHIKV. 
 Caso confirmado por critério clínico-epidemiológico: Na 
impossibilidade de realização de confirmação laboratorial 
específica ou em casos com resultados laboratoriais 
inconclusivos, deve-se considerar a confirmação por 
vínculo epidemiológico com um caso confirmado 
laboratorialmente, após avaliação da distribuição 
espacial dos casos confirmados 
 
ZIKA 
As formas de transmissão do vírus documentadas, além 
da vetorial, são: sexual, pós- -transfusional e vertical 
(transplacentária); 
o sintoma que ocasiona a busca pelo serviço de saúde 
é o exantema pruriginoso; 
O vírus mostrou-se potencialmente teratogênico, 
estando associado a casos graves de malformações 
congênitas. Há associação da microcefalia com o vírus 
Zika; 
O ZIKV, à semelhança de outros Flavivirus, também é 
neurotrópico. Desde as primeiras investigações da 
microcefalia e de estudos subsequentes, no Brasil e em 
outros lugares, está claro que o ZIKV é uma causa de uma 
série de distúrbios neurológicos, incluindo a síndrome de 
Guillain-Barré (SGB) e anormalidades em fetos e recém-
nascidos, incluindo as malformações congênitas, em que 
se destaca a microcefalia; 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A infecção pelo vírus Zika pode ser assintomática ou 
sintomática. Quando sintomática, pode apresentar 
quadro clínico variável, desde manifestações brandas e 
autolimitadas até complicações neurológicas e 
malformações congênitas. Período de incubação: varia de 
dois a sete dias. 
Na maioria das vezes, a doença é autolimitada, 
durando aproximadamente de quatro a sete dias, 
podendo estar acompanhada comumente das seguintes 
manifestações: febre baixa (≤38,5°C) ou ausente, 
exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular 
craniocaudal) de início precoce, conjuntivite não 
purulenta, artralgia, edema periarticular, cefaleia, 
linfonodomegalia, astenia e mialgia; 
Artralgia menos intensa comparada com Chikungunya; 
Gestantes infectadas, mesmo as assintomáticas, 
podem transmitir o vírus ao feto. Essa forma de 
transmissão da infecção pode resultar em aborto 
espontâneo, óbito fetal ou malformações congênitas. 
DIAGNOSTICO 
Método direto: Pesquisa de vírus e RT-PCR 
Método Indireto: ELISA, Teste de neutralização por 
redução de placas (PRNT), Inibição da 
hemaglutinação(IH). 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
Patologia: estudo anatomopatológico seguido de 
pesquisa de antígenos virais por imuno-histoquímica 
(IHQ). 
 
TRATAMENTO 
Para os quadros sintomáticos, aplicam-se as seguintes 
medidas: Repouso relativo, enquanto durar a febre. 
Estímulo à ingestão de líquidos. Administração de 
paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre. Não 
administração de ácido acetilsalicílico. Administração 
de anti-histamínicos. Recomendação ao paciente para 
que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em 
casos de sensação de formigamento de membros ou 
alterações do nível de consciência (para investigação de 
SGB e de outros quadros neurológicos). Ante a queixa de 
alteração visual, encaminhamento ao oftalmologista 
para avaliação e tratamento. 
 
Medidas de vigilância em saúde 
 Envolvem uma sequência de açõesdiferenciadas, 
estabelecidas de acordo com a situação epidemiológica 
do munícipio, do nível da infestação pelo Aedes e da 
circulação DENV, CHIKV e ZIKV em cada área; 
É importante que se compare a ocorrência de casos no 
ano em curso, por semana epidemiológica, com a 
transmissão esperada para o local, e que se analisem as 
notificações de dengue, chikungunya e Zika de forma 
integrada, avaliando qual doença provavelmente 
predomina na localidade; 
 Os dados sobre os exames específicos disponíveis no 
Gerenciador de Ambiente Laboratorial devem ser 
acrescentados às análises do Sinan, no sentido de se 
identificar a taxa de positividade para cada uma dessas 
arboviroses, evitando que se subestime a real situação do 
local; 
O monitoramento detalhado dos arbovírus circulantes 
deve ser realizado de modo permanente, com o objetivo 
de detectar oportunamente a circulação viral de dengue 
(sorotipos), chikungunya e Zika. Ações de controle 
vetorial Orientam medidas individuais como uso de 
telas e repelentes pelos pacientes durante o período de 
viremia; 
 É importante ressaltar a realização das ações de 
bloqueio, diante dos primeiros casos suspeitos na 
localidade, com orientação à comunidade, aplicação de 
adulticida e controle casa a casa no perímetro do local de 
provável infecção. 
Manejo integrado de vetores 
 Otimiza os recursos disponíveis, procurando melhorar 
a eficácia e eficiência dos programas de controle; 
 Prioriza a utilização de métodos sustentáveis e 
ecologicamente adequados, que permitam o uso racional 
de inseticidas e proteção da população quanto às 
doenças transmitidas por vetores; 
 Processo cíclico: 
 Análise situacional – utilização integrada de 
informações epidemiológicas e entomológicas e 
de outros determinantes da doença; 
 Desenho das operações e planificação – 
identificação das melhores ferramentas de 
controle; 
 Implementação – adoção das ferramentas de 
controle adequadas às características dos vetores 
e ao comportamento da população; 
 Monitoramento e avaliação – avalia-se o êxito 
dos resultados das medidas implementadas que 
servirão de base para um planejamento futuro. 
Vigilância entomológica 
 É uma atividade baseada em indicadores para detectar a 
presença, a distribuição geográfica e a densidade dos 
vetores no tempo e no espaço, permitindo estimar os 
riscos de transmissão de patógenos. 
Tem como finalidade recomendar e direcionar 
medidas de prevenção e controle dos riscos biológicos, 
por meio do MIV. 
 Objetivos: 
- Conhecer as espécies vetoras no território e seus 
aspectos biológicos e ecológicos; 
- Identificar e classificar seus locais de reprodução; 
- Avaliar os níveis de infestação vetorial e suas variações 
sazonais; 
- Estratificar áreas conforme a densidade de infestação; 
 - Propor, de acordo com as evidências entomológicas, as 
ações de prevenção e controle vetorial; 
 - Avaliar o impacto das ações de controle vetorial 
desenvolvidas; 
- Monitorar a susceptibilidade/resistência dos vetores a 
inseticidas. 
● Os principais indicadores são aqueles relacionados à 
fase de larva, à fase de ovo, à fase de adulto. 
Município não infestado: aquele em que não foi 
detectada a presença disseminada do vetor nos 
domicílios. Nos municípios anteriormente infectados, 
considera-se que não têm infestação os que 
permanecerem por 12 meses consecutivos sem a 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
presença do vetor, de acordo com os resultados do 
levantamento de índice bimestral ou do monitoramento 
por intermédio de armadilha; 
O objetivo é monitorar a introdução do Aedes, para 
detectar seus focos e debelá-los precocemente; 
 Devem ainda, serem executadas as seguintes 
atividades: - Notificação imediata de casos suspeitos; - 
Investigação do caso suspeito, para detectar o LPI; 
 - Realização de busca ativa de casos suspeitos 
sintomáticos que não procuraram o serviço de saúde; 
- Solicitação da coleta de amostras de sangue dos casos 
suspeitos e encaminhamento imediato ao laboratório de 
referência para confirmação laboratorial, que é 
obrigatória nessas áreas. 
● Observação: ovitrampas é o depósito de plástico na cor 
preta, com capacidade de 500 mL, contendo uma palheta 
de Eucatex para coletar as oviposições das fêmeas 
(inspeção semanal) e entende-se como lavitrampa o 
depósito geralmente jeito de secções transversais de 
pneus (inspeção semanal). 
Munícipio infestado sem transmissão de dengue, 
chikungunya e/ou Zika: aquele que apresenta 
disseminação e manutenção do vetor nos domicílios; 
● Objetivo é acompanhar, ao longo do tempo, a 
distribuição geográfica e a densidade populacional do 
vetor, realizando monitoramento com ovitrampas e/ou 
pesquisa larvária para identificação das áreas de maior 
risco para a introdução dos vírus; 
Município infestado com história prévia de transmissão 
de dengue, chikungunya e/ou Zika Objetivo é detectar 
precocemente a circulação viral nos períodos não 
epidêmicos (baixa transmissão), identificar o vírus 
predominante em circulação e reduzir a ocorrência de 
casos e o tempo de duração da epidemia nos períodos 
epidêmicos, caso ocorra. 
Ações para períodos não epidêmicos. 
Realizar atividades de vigilância entomológica 
rotineiramente; 
-Utilizar larvicidas, quando indicados, nos recipientes que 
não possam ser removidos, destruídos, descartados, 
cobertos ou manejados, de forma que se tornem 
incapazes de permitir a reprodução do vetor; 
- Intensificar as ações de controle; 
- Vigilância ativa. 
Ações para períodos epidêmicos 
- As ações de rotina (visita casa a casa, mobilização da 
população, mutirões de limpeza e tratamento de pontos 
estratégicos e locais com maior concentração de pessoas, 
como escolas, unidades de saúde e rodoviárias) devem 
ser intensificadas na ocorrência de surto ou epidemia; 
-Delimitação dos quarteirões da área de transmissão; 
-Avaliar indicadores entomológicos; 
-Ações de eliminação mecânica; 
- Tratamento de criadouros; 
-Aplicações espaciais de inseticida a ultra baixo volume 
(surtos ou epidemias); 
-Manutenção da notificação compulsória; 
-Informação e comunicação em saúde; 
-Análise da distribuição espacial dos casos; 
-Acompanhar indicadores; 
-Monitorar e orientar a realização de exames específicos; 
-Monitoramento viral. 
Medidas de proteção individual 
Utilizar roupas que minimizem a exposição e 
proporcionem proteção a picadas de vetores; Repelentes 
compostos por DEET, IR3535 ou lcaridin; A instalação de 
mosquiteiros e estruturas de proteção no domicílio, como 
telas em janelas e portas, ajuda a prevenir a picada dos 
vetores. 
Educação em saúde, comunicação e mobilização social 
● As ações de comunicação são de responsabilidade das 
três esferas de gestão do SUS, devendo ser conduzidas de 
forma intersetorial, com apoio de entidades da sociedade 
civil; 
● Devem ser utilizados meios de comunicação em massa, 
por seu grande alcance e eficácia, a exemplo das 
ferramentas de monitoramento da internet (sites e 
portais) e interação via redes sociais, que podem ser 
instrumentos complementares no período epidêmico; 
● É muito importante, especialmente nos meses que 
antecedem às condições climáticas que favorecem o 
aumento da transmissão, a informação e mobilização da 
população para a remoção dos criadouros; 
● Em períodos epidêmicos: transmitir informações 
atualizadas geradas pelas áreas técnicas; divulgar sinais e 
sintomas da complicação das doenças transmitidas pelo 
Aedes; transmitir alerta dos profissionais de saúde à 
população sobre a necessidade de eliminação dos 
criadouros e perigos da automedicação; orientar a 
população à procurar a UBS, ao surgirem os primeiros 
sintomas; 
● Recomenda-se que defina um porta-voz para 
esclarecimento de informações; 
● A classificação de risco, a identificação de casos 
suspeitos, o estadiamentoclínico, o manejo adequado e 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
a organização dos serviços de saúde são fatores 
importantes para evitar a ocorrência dos óbitos. 
ASSISTENCIA AO PACIENTE 
Uma vez detectado aumento da ocorrência de casos, é 
preciso adotar, concomitantemente, as seguintes 
medidas: 
• Organização imediata da rede de atenção à saúde, de 
maneira a se garantir o rápido atendimento aos 
pacientes, ofertado em horários diferenciados. 
• Capacitação dos profissionais de saúde de acordo com 
a necessidade, no diagnóstico e tratamento dessas 
doenças, em suas diversas apresentações clínicas. 
• Disponibilização do protocolo de atendimento 
padronizado para toda a rede. 
• Divulgação das unidades de referência para os casos. 
• Notificação de todos os casos suspeitos. 
Discorrer sobre o ciclo de vida do Aedes 
aegypti. 
 A transmissão dos vírus da dengue envolve mosquitos do 
gênero Aedes que se infectam após picarem indivíduos 
virêmicos e transferem, pela picada, e após replicação 
em seu organismo, os vírus ao indivíduo suscetível, 
determinando, dessa forma, o ciclo de transmissão; 
 O único animal reservatório a participar no ciclo 
transmissor dos vírus da dengue é o próprio homem; 
 É um mosquito considerado cosmopolita, ocorrendo 
principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, tendo 
resistência limitada a baixas temperaturas e altitudes 
elevadas; 
 Mosquito urbano, facilmente encontrado em 
domicílios e áreas peridomiciliares; 
 O mosquito Aedes aegypti é, sem dúvida, o mais 
importante vetor da dengue, em razão da sua antropofilia 
e de seus habitats urbano-domésticos; 
o mosquito permanece infectante até o final da sua 
vida (seis a oito semanas), sendo capaz de transmitir o 
vírus para o homem; 
 O período de incubação é influenciado por fatores 
ambientais, especialmente a temperatura; 
 ● Os vírus da dengue multiplicam-se no aparelho 
digestivo do mosquito, disseminando-se por diferentes 
tecidos do inseto. A chegada do vírus às glândulas 
salivares, após um período de incubação, dito extrínseco, 
com duração média de 7 a 11 dias, determina o início da 
transmissão viral pelo mosquito, que passa a transmitilo 
por toda a vida. 
● Outra forma de transmissão que ocorre entre os 
mosquitos é a transovariana. Ou seja, diretamente para 
a prole, dispensando o homem no ciclo mantenedor. 
Mesmo em baixos níveis, poderia manter os vírus durante 
as estações secas ou frias, quando não existirem 
mosquitos adultos ou reservatórios. Isso se deve ao fato 
de os ovos de Aedes podem se manter viáveis na natureza 
por até um ano e meio e, após contato com a água, eles 
iniciam seu ciclo que pode variar de 12 a 15 a dias. 
Ciclo do Aedes aegypti 
● Faz sua oviposição em depósitos artificiais de água, tais 
como pneus, latas, tanques, barris, tonéis, caixas-d’água, 
vasos de plantas aquáticas, cascas de ovo, oco de bambu 
etc. 
● Os ovos são postos alguns milímetros acima da linha de 
água, fixando-se à parede do recipiente onde resistem à 
dessecação, podendo permanecer viáveis por mais de um 
ano; 
● Os ovos iniciam seu ciclo evolutivo para larva, pupa e 
mosquito adulto, quando em contato com a água, em 
temperatura adequada; 
● Os mosquitos adultos possuem pequeno raio de ação, 
mantendo-se, em geral, toda a vida, a uma distancia não 
maior que 200 m dos locais da oviposição. 
 
Caracterizar o perfil epidemiológico da dengue, Zika e 
chikungunya no Estado de acordo com o seco e ciclo de 
vida dos acometidos; Demonstrar os aspectos 
epidemiológicos das doenças neuroinvasivas por 
arbovírus na Bahia. 
Neuroinvasivas por Arbovírus 
O acompanhamento das doenças neuroinvasivas por 
arbovírus é realizado através de vigilância sentinela 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
objetivando monitorar as ocorrências dos casos; detectar 
precocemente padrões quanto a sua ocorrência; 
identificar possíveis agentes envolvidos; caracterizar o 
perfil epidemiológico; detectar a introdução, 
disseminação e reemergência de outros arbovírus 
neurotrópicos e fornecer indicadores epidemiológicos; 
 Foram definidas, na Bahia, unidades hospitalares, de 
forma regionalizada, para atender aos objetivos de 
aprimoramento da vigilância sentinela (Hospital Geral 
Vitória da Conquista, Hospital Geral Prado Valadares, 
Hospital Geral Cleriston Andrade e Hospital Couto Maia), 
mas apesar destas unidades, não implica que outras 
unidades e/ou municípios identifiquem alguma 
ocorrência de DNA e realizem a notificação; 
● Manifestações monitoradas: encefalite viral aguda, 
mielite transversa viral aguda, encefalomielite 
disseminada aguda e síndrome de Giullan-Barré. 
Bahia – 2022: ● SGB: 58.8% ● Encefalite viral: 19.6% ● 
Mielite transversa aguda: 4.3% ● Encefalomielite 
disseminada aguda: 4.3% ● Outras: 6.5% ● Ignorado: 
6.5% 
Bahia – 2018 a 2022: Ao analisar os anos de 2018 até 
2022, o ano de 2020 teve mais notificações, seguidos de 
2021 e 2022; 
 Quanto ao processo de classificação final como 
confirmado entre os anos de 2018 a 2022, destacam-se: 
Salvador, Ipirá e Feira de Santana, Baixa Grande; 
 No ano de 2022, dos 03 confirmados, foram 01 
confirmação em Baixa Grande, Ipirá e Salvador, 
respectivamente; 
● Macrorregião: Leste e Centro Leste; 
● Sexo masculino (61%); 
● Idades entre 30 e 39 anos (19,6%); 
● Cor parda (83%); 
● Pacientes obtiveram mais alta do que óbito. 
ZIKA 
● 2015 e 2016 apresentaram maior número de casos 
suspeitos e coeficiente de incidência, em relação a 2017 
e 2018; 
● Faixa etária mais acometida entre 2015 e 2018: 20 a 29 
anos e 30 a 39 anos. 
Chikungunya 
● Entre 2014 a 2018: maior incidência em 2016, 2015, 
2017, 2018, 2014, respectivamente; 
● Em 2018: maior número de casos notificados no 
extremo sul, seguido do Leste; 
● Em 2018: maior número de casos suspeitos quanto à 
faixa etária foi de 30 a 39 anos, seguido de 20 a 29 anos e 
em terceiro lugar de 40 a 49 anos. 
DENGUE 
● Maior número de casos notificados e incidência de 
dengue: 2009, 2016 e 2013, respectivamente; 
● Faixa etária: - 2017: 20 a 29 anos (21.6%); 30 a 39 anos 
(18.6%); 40 a 49 anos e 15 a 19 anos (11.6%); - 2018: 20 a 
29 anos (20.1%); 30 a 39 anos (19.6%); 40 a 49 anos 
(13.3%); 
● Sexo 2017 e 2018: maior incidência no sexo feminino; 
● Ocupação 2017 e 2018: estudante, seguido de donas de 
casa. 
 ● Macrorregião 2018: oeste; sudoeste; leste. 
 
Descrever o protocolo de atendimentos e 
encaminhamentos no SUS nos casos de dengue, de 
acordo com os sinais e sintomas apresentados pelos 
usuários. 
Classificação de risco 
● Grupo A – atendimento de acordo com o horário de 
chegada; 
● Grupo B – prioridade não-urgente; 
● Grupo C – urgência, atendimento o mais rápido 
possível; ● Grupo D – emergência, paciente com 
necessidade de atendimento imediato. 
Grupo A 
 Caso suspeito de dengue, com ausência de sinais de 
alarme e sem comorbidades, grupo de risco ou condições 
clínicas especiais. Conduta: exames laboratoriais 
complementares a critério médico; prescrever 
paracetamol e/ou dipirona; não utilizar salicilatos ou anti-
inflamatórios não esteroides; orientar repouso e 
prescrever dieta e hidratação oral. 
 Orientar o paciente para não se automedicar; procurar 
imediatamente o serviço de urgência em caso de 
sangramentos ou sinais/sintomas de alarme; 
Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de 
melhora da febre; caso não haja defervescência, retornar 
no quinto dia de doença; 
Notificar, preencher “cartão da dengue” e liberar o 
paciente para domicilio com orientações; Orientar sobre 
a eliminação de criadouros do Aedes aegypti; 
 Os exames específicos para confirmação não são 
necessários para conduta clínica. Sua realização deve ser 
orientada de acordo com a situação epidemiológica. 
 
 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
Grupo B 
Caso suspeito de dengue, ausência de sinaisde alarme, 
com sangramento espontâneo de pele (petéquias) ou 
induzido (prova do laço), condições clínicas especiais e/ou 
de risco social ou comorbidades; 
 Solicitar exames complementares: hemograma 
completo, obrigatório para todos os pacientes; colher 
amostra no momento do atendimento; liberar o 
resultado em até duas horas, ou no máximo quatro horas; 
avaliar a hemoconcentração; outros exames deverão ser 
solicitados de acordo com a condição clínica associada ou 
a critério médico; 
O paciente deve permanecer em acompanhamento e 
observação até o resultado dos exames; 
● Prescrever hidratação oral conforme recomendado 
para o grupo A, até o resultado dos exames; 
● Prescrever paracetamol e/ou dipirona; 
 ● Seguir conduta conforme reavaliação clínica e 
resultados laboratoriais: - Paciente com hematócrito 
normal: tratamento em regime ambulatorial com 
reavaliação clínica diária; agendar o retorno para 
reclassificação do paciente, com reavaliação clínica e 
laboratorial diária, até 48 horas após a queda da febre, ou 
imediata, na presença de sinais de alarme; orientar o 
paciente para não se automedicar, permanecer em 
repouso e procurar imediatamente o serviço de urgência 
em caso de sangramentos ou sinais/sintomas de alarme; 
preencher o “cartão da dengue” e liberar o paciente para 
domicílio com orientações; orientar sobre a eliminação 
de criadouros do Aedes aegypti; - Paciente com 
surgimento de sinais de alarme: seguir a conduta do 
grupo C. 
● Notificar o caso; 
● Os exames específicos para confirmação não são 
necessários para conduta clínica. Sua realização deve ser 
orientada de acordo com a situação epidemiológica. 
Grupo C 
 Caso suspeito de dengue, presença de algum sinal de 
alarme. Iniciar reposição volêmica imediata, em qualquer 
ponto de atenção: - Reposição volêmica com 10 ml/kg de 
soro fisiológico na primeira hora; - Deve permanecer em 
acompanhamento em leito de internação até 
estabilização (mínimo de 48 horas); 
 Realizar exames complementares obrigatórios - 
Hemograma completo; - Dosagem de albumina sérica e 
transaminases. 
Os exames de imagem recomendados são radiografia 
de tórax e ultrassonografia de abdome; Outros exames 
poderão ser realizados conforme necessidade: glicemia, 
ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TPAE e 
ecocardiograma; 
 Proceder a reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar 
diurese: desejável 1 ml/kg/h) após uma hora, manter a 
hidratação de 10 ml/kg/h, na segunda hora, até a 
avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em duas 
horas (após a etapa de reposição volêmica). Sendo o total 
máximo de cada fase de expansão 10 ml/kg em duas 
horas, para garantir administração gradativa e 
monitorada; 
Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais 
hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três 
vezes. Seguir a orientação de reavaliação clínica (sinais 
vitais, PA, avaliar diurese) após uma hora, e de 
hematócrito em duas horas (após conclusão de cada 
etapa); 
 Se houver melhora clínica e laboratorial após a fase de 
expansão, iniciar a fase de manutenção: - Primeira fase: 
25 ml/kg em 6 horas. Se houver melhora iniciar segunda 
fase; - Segunda fase: 25 ml/kg em 8 horas, sendo 1/3 com 
soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado. 
 Se não houver melhora clínica e laboratorial, conduzir 
com grupo D; 
Pacientes do grupo C precisam de avaliação contínua, se 
necessário pela equipe de enfermagem. Na presença de 
qualquer sinal de agravamento ou choque a reavaliação 
médica deve ser IMEDIATA; 
 Exames para a confirmação de dengue são 
obrigatórios para os pacientes do grupo C, mas não são 
essenciais para a conduta clínica. Na primeira coleta de 
sangue, solicitar realização destes exames, atentando 
para a necessidade de acondicionamento adequado; 
Prescrever paracetamol e/ou dipirona; Notificar o caso; 
Após preencher os critérios de alta, o retorno para a 
reavaliação clinica e laboratorial segue orientação 
conforme grupo B; Preencher cartão de 
acompanhamento; Orientar sobre a eliminação de 
criadouros Aedes aegypti e sobre a importância do 
retorno para reavaliação clínica; Os pacientes do grupo C 
devem permanecer em leito de internação até 
estabilização e critérios de alta, por um período mínimo 
de 48 horas. 
 Grupo D 
 Caso suspeito de dengue, presença de sinais de choque, 
sangramento grave ou disfunção grave de órgãos. 
Reposição volêmica (adultos e crianças); 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
Iniciar imediatamente fase de expansão rápida 
parenteral, com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 
20 minutos, em qualquer nível de complexidade, inclusive 
durante eventual transferência para uma unidade de 
referência, mesmo na ausência de exames 
complementares (caso necessário, repetir por até três 
vezes, de acordo com avaliação clínica); 
 Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de 
hematócrito em duas horas. Estes pacientes precisam ser 
continuamente monitorados; 
 Repetir fase de expansão até três vezes; Se houver 
melhora clínica e laboratorial após fase de expansão, 
retornar a fase de expansão do grupo C e seguir a conduta 
recomendada para o grupo; 
Estes pacientes devem permanecer em 
acompanhamento em leito de UTI até estabilização 
(mínimo de 48 horas), e após estabilização permanecer 
em leito de internação; 
 Realizar exames complementares obrigatórios - 
Hemograma completo; - Dosagem de albumina sérica e 
transaminases. 
 Os exames de imagem recomendados são radiografia 
de tórax e ultrassonografia de abdome; Outros exames 
poderão ser realizados conforme necessidade: glicemia, 
ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TPAE e 
ecocardiograma; 
Exames para a confirmação de dengue são 
obrigatórios, mas não são essenciais para a conduta 
clínica. Na primeira coleta de sangue, solicitar realização 
desses exames, atentando para a necessidade de 
acondicionamento adequado; 
Acompanhamento em leito de terapia intensiva; No 
caso de resposta inadequada, caracterizada pela 
persistência do choque, deve-se avaliar: - Se o 
hematócrito estiver em ascensão, após a reposição 
volêmica adequada, utilizar expansores plasmáticos 
(albumina 0,5-1 g/kg); na falta desta, usar coloides 
sintéticos 10 ml/kg/h; - Se o hematócrito estiver em 
queda e houver persistência do choque – investigar 
hemorragias e avaliar a coagulação; - Na presença de 
hemorragia, transfundir concentrado de hemácias (10 a 
15 ml/kg/dia); - Na presença de coagulopatias avaliar a 
necessidade de uso de plasma fresco (10 ml/kg), vitamina 
K endovenosa e crioprecipitado (1 U para cada 5-10kg); - 
Considerar a transfusão de plaquetas nas seguintes 
condições: sangramento persistente não controlado, 
depois de corrigidos os fatores de coagulação e do coque, 
e com trombocitopenia e INR maior que 1,5 vezes o valor 
normal; 
Se o hematócrito estiver em queda com resolução do 
choque, ausência de sangramentos, mas com 
surgimentos de outros sinais de gravidade, observar: - 
Sinais de desconforto respiratório, sinais de insuficiência 
cardíaca congestiva e investigar hiper-hidratação; - Deve-
se tratar com diminuição importante da infusão de 
líquido, uso de diuréticos e drogas inotrópicas, quando 
necessário. 
A infusão de líquidos deve ser interrompida ou 
reduzida à velocidade mínima necessária se: - Houver 
término do extravasamento plasmático; - Normalização 
da PA, pulso e perfusão periférica; - Diminuição do 
hematócrito, na ausência de sangramento; 
- Diurese normalizada; - Resolução dos sintomas 
abdominais. 
Notificar o caso; Após preencher os critérios de alta, o 
retorno para reavaliação clínica e laboratorial segue 
orientação conforme o grupo B; Preencher o cartão de 
acompanhamento; Orientar o retorno após a alta. 
 
 
SESSÃO 5 DRAMA 
THAIS M. SOUTO 
 
A prova do laço deve ser realizada na triagem, 
obrigatoriamente,em todo paciente com suspeita de 
dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A 
prova deverá ser repetida no acompanhamento clínico do 
paciente apenas se previamente negativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODO

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