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Lesão e adaptação celular - Aula I | Patologia II

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Patologia Geral
LESÃO E ADAPTAÇÃO CELULAR
INTRODUÇÃO
> Patologia Geral - estudo dos mecanismos
básicos e gerais de doença
Exemplo - estudo do processo inflamatório
ou do processo de formação dos tumores
> Patologia Especial ou Sistêmica - estudo
das doenças nos diferentes sistemas
corporais
Exemplo - neuropatologia irá relacionar os
tipos de tumores, os tipos de resposta
inflamatória, os tipos de distúrbios
circulatórios etc. ligados ao sistema
nervoso
> Homeostasia - manutenção de
condições mais ou menos estáveis ou
constantes no meio interno - é uma
harmonia do nosso corpo
Nosso organismo deve buscar a
manutenção de uma certa constância
interna para prosseguir com seus
mecanismos físico-químicos vitais
> Doença - estado de ruptura da
homeostasia
CONCEITOS IMPORTANTES
> Etiologia - a(s) causa(s) da doença - seja
elas conhecidas ou não
> Patogenia - mecanismo de
desenvolvimento da doença - sua história
contada desde as primeiras manifestações
até seu desfecho
> Manifestações clínicas - sintomas e
sinais clínicos da doença
> Manifestações morfológicas -
alterações macroscópicas - observadas na
necropsia
microscópicas - observadas na
microscopia de luz
ultra-estruturais - observadas na
microscopia eletrônica
> Diagnóstico - processo analítico que ao
utilizar um conjunto de dados - histórico
clínico, sintomas e sinais clínicos, exames
físico e complementares etc. - permite a
identificação do eventual estado
patológico vigente
> Prognóstico - previsão da evolução da
doença - bom, ruim ou reservado
> Terapêutica - formas de tratamento -
farmacológico, psicológico,
fisioterapêutico, nutricional, cirúrgico etc.
> Profilaxia - meios para prevenção da
ocorrência da doença
> Epidemiologia - estudo dos dados
populacionais da doença em questão
CAUSAS DE LESÃO CELULAR
Privação de oxigênio
> Hipóxia - diminuição do oxigênio -
oxigenação inadequada do sangue por
insuficiência cardiorrespiratória, anemias,
intoxicação por monóxido de carbono
> Isquemia - perda do suprimento
sanguíneo por redução do fluxo arterial ou
da drenagem venosa de um tecido
➝ ISQUEMIA LEVA A UM QUADRO DE HIPÓXIA
Agentes físicos
> Traumas mecânicos
> Extremos de temperatura
> Alterações da pressão atmosférica
> Radiação
> Choque elétrico
Agentes químicos e drogas
> Arsênico
> Cianeto
> Mercúrio
> Inseticidas e herbicidas
> Álcool e narcóticos
> Monóxido de carbono
Agentes infecciosos
> Bactérias
> Fungos
1
> Vírus
> Riquétsias
> Parasitas
➝ RIQUÉTSIAS - SÃO PARASITAS DE ARTRÓPODES
COMO PIOLHOS, PULGAS E CARRAPATOS
Reações imunológicas
> Doenças autoimunes - lúpus, artrite
reumatoide…
Anormalidades genéticas
> Malformações congênitas
> Anemia falciforme
Desequilíbrios nutricionais
> Deficiências - dieta inadequada,
anorexia
> Excessos - excesso de lipídios
➝ A OBESIDADE ESTÁ LIGADA AO SURGIMENTO DE
DOENÇAS CRÔNICAS - TAMBÉM ASSOCIADA A
INFLAMAÇÃO DAS CÉLULAS PODENDO LEVAR A UM
CASO DE CÂNCER
ADAPTAÇÃO E LESÃO CELULAR
HIPÓXIA
↓
prejuízo na fosforilação oxidativa -
diminuição da síntese de ATP
↓
desregulação das funções celulares vitais
dependentes de energia - como a
mitocôndria
↓
aumentos do influxo de sódio (o sódio
atrai água) e cálcio e do efluxo de potássio
↓
atração de água por osmose
↓
tumefação celular - aumento de volume
➝ FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA - PROCESSO EM QUE A
ENERGIA OBTIDA POR MEIO DA DEGRADAÇÃO DAS
MOLÉCULAS VINDAS DOS ALIMENTOS - COMO A
GLICOSE - É CONVERTIDA EM LIGAÇÕES NAS
MOLÉCULAS DE ATP (ADENOSINA TRIFOSFATO)
➝ PARA CONSEGUIR DIFERENCIAR A TUMEFAÇÃO -
ÁGUA - DA ESTEATOSE - GORDURA - É UTILIZADO UM
CORANTE ESPECÍFICO
LESÃO CELULAR ISQUÊMICA
diminuição de oxigênio
↓
glicólise anaeróbica
↓
formação de ácido láctico
↓
acidose intracelular, liberação de enzimas
lisossômicas e alterações
nucleares
↓
morte celular
➝ LISOSSOMOS - UMA BOMBA RELÓGIO - POSSUI
ENZIMAS CAPAZES DE REALIZAR AUTÓLISE QUANDO
ROMPIDA
LESÃO IRREVERSÍVEL
O chamado ponto de não retorno pode
ser atribuído a diversos eventos:
> A lesão e possível ruptura da membrana
- que potencializará o influxo de íons em
maior concentração no meio extracelular -
como Na e Ca
> A desestabilização da membrana dos
lisossomos pela acidose - com
consequente liberação de duas enzimas
lisossômicas e início do processo de
autodigestão - autólise
> O influxo de cálcio com ativação das
enzimas intracelulares - comprometendo a
função mitocondrial - o cálcio vai direto
para a mitocôndria
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA LESÃO ISQUÊMICA
2
ALTERAÇÕES NUCLEARES
Os aspectos abaixo, ocorrem devido a
diminuição do pH na célula morta e da
ação das desoxirribonucleases e outras
enzimas que digerem a cromatina celular
Picnose - grande retração e condensação
da cromatina - o núcleo se torna
intensamente basofílico, com aspecto
homogêneo e fica bem menor
Cariólise - digestão da cromatina - o
núcleo perde sua afinidade tintorial a
ponto de não ser possível a sua
identificação em colorações de rotina -
ausência dos núcleos das células
➝ QUANDO NÃO TEM MAIS NÚCLEO, PODEMOS
CHAMAR DE ASPECTO DE TECIDO FANTASMA
Cariorrexe - fragmentação e dispersão do
núcleo pelo citoplasma
TÉCNICA DE COLORAÇÃO POR HEMATOXILINA-EOSINA
Hematoxilina (roxa) - corante básico
Eosina (rosa) - corante ácido
Afinidade da estruturas celulares:
> Corante ácido - acidófilas - coram de
rosa - como o citoplasma
> Corante básico - basofílicas - coram de
roxo - como o núcleo
DEGENERAÇÕES
Lesões secundárias - alterações
bioquímicas que resultam em acúmulos de
substâncias no meio intracelular
Exemplos:
Degeneração hidrópica - acúmulo de água
e eletrólitos no interior da célula -
tumefação celular - tipo mais comum
Degeneração hialina - acúmulo de
material proteico e acidófilo
Degeneração mucóide - acúmulo de
glicoproteínas - mucina
Degeneração gordurosa - esteatose -
acúmulo de lipídios no citoplasma de
células que normalmente não os
armazenam
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
Acúmulo de agua e eletrolitos no interior
da célula - resultando em tumefação
celular - É o tipo mais comum de lesão não
letal
Os aspectos morfológicos variam de
acordo com a intensidade da lesão:
Aspectos macroscópicos
> aumento de volume e de peso do órgão
> coloração empalidecida
Aspectos microscópicos
> células tumefeitas
> pequenos vacúolos de água distribuídos
pelo citoplasma
3
DEGENERAÇÃO GORDUROSA - ESTEATOSE
Acúmulo de lipídios na forma de
monoglicerídeos, diglicerídeos e
triglicerídeos no citoplasma de células
que normalmente não armazenam
Ocorre quando um agente interfere no
metabolismo dos ácidos graxos da célula,
aumentando sua captação ou síntese
prejudicando sua utilização e liberação
Aspectos macroscópicos
> alteração na arquitetura lobar -
abaulamento dos bordos hepáticos
> coloração amarelada
Aspectos microscópicos
> vacuolização dos hepatócitos
> deslocamento dos núcleos celulares para
a periferia
MORTE CELULAR - NECROSE
> É um tipo de morte celular no organismo
vivo, onde as células têm aumento de
volume celular, agregação da cromatina,
desorganização do citoplasma e
consequentemente ruptura celular
> Durante esse processo, o conteúdo que é
liberado do seu interior para o exterior,
causa danos às células próximas e
acontece uma reação inflamatória local,
ocorrendo uma lesão celular irreversível
> Resulta da ação lítica de enzimas
digestivas liberadas sobre a célula lesada
> Os tipos de necrose irão variar de
acordo o tempo de duração dessa
digestão e o tipo de tecido sobre o qual
ocorre o processo
➝ TODA NECROSE VEM DE UMA INFLAMAÇÃO - MAS
NEM TODA INFLAMAÇÃO CAUSA UMA NECROSE
NECROSE DE COAGULAÇÃO
> As enzimas liberadas pelos lisossomos se
desnatura antes de terem completado sua
atividade lítica sobre a célula
> As proteínas do citoesqueleto não são
totalmente digeridas e as células
preservam seu contorno celular -
apresentam-se tumefeitas e com
alterações nucleares
> comum em tecidos com textura firma -
como rins e coração
NECROSE DE LIQUEFAÇÃO
> As enzimas tendem a completar sua
atividade lítica antes de desnaturarem
> As células se liquefazeme o tecido
apresenta cavidades císticas repletas de
líquidos e restos celulares
> Ocorre em tecidos de fácil digestão -
como no SNC - encéfalo e medula espinhal
4
> Além de ocorrer em tecidos moles, é
típica de infecções bacterianas ou
fúngicas focais - leva ao acúmulo de
leucócitos
NECROSE CASEOSA
As células sofrem destruição completa da
arquitetura tecidual - material amorfo
acidófilo, com halo inflamatório típico e
possível de calcificação distrófica
➝ ENCONTRADA COM FREQUÊNCIA NA INFECÇÃO DA
TUBERCULOSE - LESÃO POR MYCOBACTERIUM
TUBERCULOSIS
➝ SEU ASPECTO LEMBRA QUEIJO CREMOSO
NECROSE GORDUROSA
Ocorre em áreas que existem ação de
lipase - digerindo triglicerídeos em ácidos
graxos livres e glicerol
APOPTOSE
Processo de morte celular programada
> Retração celular ➝ condensação da
cromatina ➝ fragmentação celular ➝
geração de corpos apoptóticos - que
serão fagocitados
> Também pode ter um estímulo
farmacológico - como a quimioterapia
> Ativação das caspases ➝ ativação das
endonucleases➝ fragmentação do DNA
➝ CASPASES - FAZEM PARTE DA MITOCÔNDRIA -
IMPORTANTE PARA MANTER A HOMEOSTASE ATRAVÉS
DA REGULAÇÃO DA APOPTOSE
Está presente em vários processos
biológicos como:
> a destruição programada de células na
embriogênese
> A involução tecidual dependente de
hormônios - indução da gl. mamária
induzida pela queda da prolactina
> a morte celular induzida pela resposta
imunológica
> a morte celular induzida por certos vírus,
como o da imunodeficiência humana (HIV)
NECROSE X APOPTOSE
5
ADAPTAÇÕES CELULARES DO CRESCIMENTO E
DIFERENCIAÇÃO
Atrofia - diminuição do tamanho das
células - redução do volume do tecido ou
órgão
Hipertrofia - aumento de tamanho das
células - aumento do tamanho do órgão
Hiperplasia - aumento do número de
células em tecidos ou órgãos -
consequentemente aumentando o volume
dos mesmos
Metaplasia - substituição de um tipo
celular adulto - epitelial ou mesenquimal -
por outro - mais capacitado para superar
estímulos adversos
6

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