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Jurisprudencia Estagio II

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A Jurisprudência é pacífica ao adotar entendimento neste sentido, vejamos:
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região TRT-9 - RECURSO
ORDINARIO RITO
SUMARISSIMO: RORSum
XXXXX-40.2019.5.09.0459
Ementa
VÍNCULO DE EMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO.
O art. 1° da Lei 5.859/1972 descrevia como empregado doméstico "aquele que presta serviços de natureza continua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas". Com a entrada em vigor da Lei Complementar 150/2015, o empregado doméstico passou a ser assim legalmente definido, com ênfase no critério da frequência semanal, melhor delimitando o critério da continuidade: Art. 10 Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
Os parâmetros legais para distinguir
situações nas quais o trabalho doméstico é prestado com ou sem vínculo de emprego leva em conta, em princípio, o número de dias trabalhados por sema-na. Assim, a priori, se há trabalho em até dois dias na semana não há vínculo, ao passo que o trabalho em três dias por semana já caracteriza a continuidade, de modo que, presentes os demais ele-mentos, há vínculo de emprego domés-tico. Oportuno esclarecer que o conceito de habitualidade, previsto no artigo 3° da CLT, não se aplica ao empregado do-méstico, cuja profissão é regulamentada por lei específica, que prevê a continuidade da prestação de serviços por mais de 2 (dois) dias por semana como requisito diferenciado. Esta continuidade, como visto, compreende maior frequência semanal ao labor do que a simples não eventualidade/habitualidade do empregado comum, o que se reflete
também na análise do trabalho prestado por diarista que, via de regra, não atinge a frequência de comparecimento exigida pelo termo legal "continuidade".
Por fim, é certo que a subordinação jurídica não se faz sentir no desenvolvimento do trabalho pelo diarista, pois não há estrita obrigatoriedade de comparecimento ao trabalho, sendo que este é executado com os métodos e o ritmo que melhor aprouver ao diarista, sem maiores detalhamentos ou ingerências pelo tomador dos serviços. Por outro lado, o empregado doméstico, além de trabalhar pessoalmente, em frequência contínua e de estar inserido em uma finalidade não lucrativa no âmbito residencial do tomador de serviços, vincula-se às prerrogativas contratuais do empregador doméstico no que tange ao tempo, duração, lugar, produtividade e métodos ou técnicas da execução do 
trabalho. Caracteriza-se, assim, pela sujeição do trabalhador às ordens da parte empregadora, que estabelece a qualidade e a quantidade, regulamenta, coordena, controla e fiscaliza como o serviço deve ser prestado. No campo probatório, restando incontroversa a prestação dos serviços, o ônus de provar a situação de diarista é da parte tomadora de serviços, ante o contido no art. 818, da CLT e art. 373, II, do CPC /2015.
No caso, o plexo probatório revela que a autora prestava serviços domésticos para a parte ré de forma eventual, durante dois dias da semana. Sentença que se mantém.
Por essa razão, requer a condenação do Reclamado ao pagamento de indenização por falta de aviso prévio.

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