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PROVA Violência e criminalidade

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DESAFIO
Para responder a este desafio você deverá focar na diferença entre a vitimização real de um crime e 
seus efeitos no sentimento público de vitimização.
Vamos ao desafio!
Quanto mais complexas as sociedades atuais, mais complexa fica também a estrutura do crime. Os
crimes violentos são uma constante na história, mas o crime organizado e de colarinho branco,
inclusive pela internet, são muito recentes. A criminologia não pretende analisar somente o que é crime
ou não, mas os efeitos da criminalização de uma conduta e da prática criminosa, em outros âmbitos
sociais. Por isso, o sentimento de vitimização é uma das questões importantes neste estudo. Um crime
com pequeno potencial ofensivo, como o furto de um celular de alguém conhecido, cria um sentimento
de insegurança e medo muito mais forte que um crime de colarinho branco, como o desvio de verbas
de saúde, ou a corrupção em alguns setores, como mostram as pesquisas. Um crime de corrupção
que retira verbas destinadas para a saúde tem um grande potencial ofensivo e pode matar muitas
pessoas indiretamente, mas o sentimento de vitimização (de que sou uma vítima em potencial) é muito
pequeno, perto de um crime quase inofensivo como um furto.
Diante disso, responda às seguintes questões:
a) Na sua opinião, porque o sentimento de vitimização é maior em crimes que têm pequeno potencial
ofensivo?
b) Apesar de sabermos que os crimes de colarinho branco são muito mais ofensivos, por qual motivo
as penas para eles ainda são menores que as penas para crimes contra o patrimônio, como o furto?
Não deveria ser o contrário?
Orientação de resposta:
- Analise a relação do sentimento de vitimização devido à proximidade da vítima ao crime e o alcance
indireto dos crimes de colarinho branco.
- Reflita sobre como o clamor público e os meios de comunicação em massa interferem na pena.
Padrão de resposta esperado
A vitimização é um sentimento de insegurança e, por isso, nem sempre tem relação com o potencial
ofensivo real de um crime. Sendo assim, um crime de furto, praticado em um local próximo e com uma
pessoa conhecida, nos deixa muito mais vitimizados, por sentirmos que podemos ser alvo iminente
deste crime. Já o desvio de verbas para a saúde, por exemplo, afeta indiretamente a vida das pessoas,
porque uma pessoa que morre por falta de médico no atendimento de emergência não é vista como
uma vítima do desvio de verba, mas de uma infelicidade, ou por depender do sistema público de
saúde. Nesse sentido, apesar de poder criar mais vítimas, os crimes de colarinho branco são
falsamente sentidos como distantes da vida cotidiana. Sendo assim, os crimes contra o patrimônio
privado, como o furto, são muito penalizados e criam um estigma social muito grande do ator. Em
razão do sentimento de vitimização, a mídia e outras esferas públicas dão mais atenção a este tipo de
crime e interferem na opinião pública e na produção legislativa sobre a penalização desses crimes. Por
isso, há uma interferência direta entre a vitimização, a mídia e o clamor público, com a desproporção
das penas, que não se regulam segundo o dano, como seria o ideal.
1. O que caracteriza o crime organizado?
A. Formação de quadrilha.
O crime organizado pode ser feito ou não por quadrilha.
B. Ser um crime profissional.
O crime profissional tem a ver com agentes que ganham a vida com um tipo de crime.
C. Ser um empreendimento, como uma empresa.
O crime organizado funciona como uma empresa em sua estrutura, mas com objeto ilícito.
D. Envolver chefes do crime.
Pode envolver chefes do crime, mas não é isso que caracteriza o crime organizado.
E. O valor em dinheiro recebido.
A quantidade em dinheiro recebida não é o que caracteriza o crime organizado, mas a sua
composição e forma de trabalho.
2. O chamado "crime sem vítima" tem este nome porque:
A. Não tem uma vítima de fato, apenas possíveis vítimas, como no crime de porte ilegal de
arma.
Neste caso já é crime o próprio fato de colocar as pessoas em risco, mesmo se a arma nunca
for usada.
B. A vítima não é uma pessoa.
A vítima é sempre uma pessoa ou uma generalidade de pessoas.
C. Trata-se de uma tentativa de crime não executada.
A tentativa de crime diz respeito à execução frustrada e não ao tipo de crime em questão.
D. É um crime cometido contra si mesmo, portanto o ator é também a vítima.
Caso fosse possível um ato contra si mesmo ser considerado um crime, ainda existiria a
vítima. Portanto, não se pode falar em "crime sem vítima".
E. A vítima não é identificada, mas o crime é provado.
A vítima não identificada ainda sim existe enquanto tal, portanto não se trata de "crime sem
vítima".
3. “Segurança pública é um problema de política criminal”. Qual é o erro nesta afirmação?
A. Segurança pública é gênero; e política criminal é uma de suas espécies.
Nem tudo que é segurança pública é um assunto de política criminal, porque além da
repressão criminal existe a prevenção social do crime, que também é um problema enfrentado
pela segurança pública.
B. Na verdade, segurança pública é um problema de polícia.
A polícia é só uma das frentes de atuação da segurança pública.
C. Política criminal é algo mais amplo que segurança pública.
A segurança pública é mais ampla, porque trata da prevenção e repressão do crime, enquanto
a política criminal trata somente da repressão.
D. Segurança pública não tem relação nenhuma com política criminal.
A segurança pública tem relação com a política criminal, como um componente de um quadro
mais amplo.
E. Segurança pública e política criminal são a mesma coisa.
Segurança pública não se confunde com política criminal, pois esta última trabalha só com
uma parte do problema.
4. Qual afirmação abaixo sobre o campo da criminologia é correta?
A. Criminologia é um estudo interno ao direito penal.
A criminologia não é um estudo sobre a legislação penal, mas aborda o fenômeno do crime
como um todo.
B. Criminologia é uma área do direito que não se confunde com o direito penal.
Criminologia não é um estudo jurídico, mas social.
C. Criminologia é o estudo de psicologia jurídica sobre a mente criminosa.
A psicologia jurídica pode ser utilizada na criminologia, mas isso não define seu campo, que é
mais amplo.
D. Criminologia é o estudo sociológico do fenômeno do crime dentro da sociedade.
Nesse caso, todos os estudos de ciências sociais, inclusive o do direito, são utilizados na
criminologia, enquanto estudo do fenômeno do crime na sociedade.
E. Criminologia é um campo de estudos de segurança pública.
Criminologia pode ser estudada para a segurança pública, mas este não é o seu campo de
atuação.
5. Qual relação com o sentimento de vitimização abaixo é mais frequente?
A. Maior potencial ofensivo é igual a maior vitimização.
O potencial ofensivo é algo que não interfere na vitimização, mas sim o sentimento de
insegurança e de exposição ao crime.
B. Menor potencial ofensivo é igual a maior vitimização.
O potencial ofensivo é algo que não interfere na vitimização, apesar de essa relação poder
acontecer em alguns casos.
C. Crime de colarinho branco é igual a maior vitimização.
Via de regra é o contrário, porque as pessoas não se sentem vítimas em potencial de um
crime de colarinho branco.
D. Crime organizado é igual a maior vitimização.
Não necessariamente o crime organizado vai criar mais vitimização, porque ele se estende por
diferentes áreas e possíveis níveis de vitimização.
E. Maior proximidade do crime é igual maior vitimização.
Essa é a relação que ocorre com mais frequência. Independente do potencial ofensivo real, é
a proximidade ao crime que traz a insegurança e medo de ser uma possível vítima.

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