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PROVA Normas jurídicas e evolução social

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Desafio
No capítulo Fundamentos da democracia, mais especificamente no item Jesus e a democracia da obra
de Kelsen, A Democracia, o autor traz um conhecido trecho do Evangelho de São João: o julgamento 
de Jesus pelo governador romano Pôncio Pilatos.
"No capítulo 18 do Evangelho de São João, descreve-se o julgamento de Jesus. Essa história simples,
em seu estilo singelo, é uma das peças mais sublimes da literatura mundial e, sem que o pretenda,
transfora-se em um trágico símbolo do antagonismo entre absolutismo e relativismo. Foi por acasião
da Páscoa dos judeus que Jesus, acusado de se passar pelo filho de Deus e rei dos judeus, foi levado
diante de Pilatos, o procurador romano. E Pilatos ironicamente perguntou a Jesus, que aos olhos do
romano nao passava de um pobre coitado: 'Então és o rei dos judeus?' Mas Jesus tomou muito
seriamente a pergunta, e, dominado pelo fervor de sua missão divina, respondeu: 'Tu dizes que sou
rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é
da verdade ouve a minha voz.' E, então, Pilatos perguntou: 'Que é a verdade?' E por que ele, o cético
relativista, nao sabia o que era a verdade, a verdade absoluta na qual acreditava esse homem, optou -
de um modo muito coerente — por um procedimento democrático, submetendo a decisão do caso ao
voto popular. Consta-nos o Evangelho que ele se voltou novamente para os judeus e lhes disse: 'Não
vejo nele crime algum. Mas é costume entre vós que eu liberte um dos vossos por ocasião da Páscoa.
Quereis, pois, que eu vos liberte o rei dos judeus?' Então, gritaram todos, novamente: 'Não este, mas
Barrabás!' E o Evangelho acrescenta: 'Ora, Barrabás era um ladrão.' Para os que acreditam no filho de
Deus e rei dos judeus como testemunha da verdade absoluta, esse plebiscito é, sem dúvida, um
poderoso argumento contra a democracia. E nós, cientistas políticos, devemos aceitar esse
argumento, mas apenas sob uma condição: a de que estejamos tão convencidos de nossa verdade
quanto estava, de sua verdade, o filho de Deus"
(KELSEN, Hans. A Democracia. Martins Fontes: São Paulo, 1993. p. 203/204).
Padrão de resposta esperado
Tendo em vista a aplicabilidade da teoria kelseniana, Pilatos estava certo, pois obedeceu ao
procedimento jurídico estabelecido na época, seguindo todas as características que tornam a norma
válida para Kelsen. Esse ponto de vista leva em consideração o que Weber chama de "pluralismo de
valores", ou seja, não há como definir o que é verdade diante de opiniões conflitantes que existem na
sociedade. Logo, o único fator objetivo que deve ser observado em um julgamento é a norma jurídica.
Por outro lado, diante de uma visão mais jusnaturalista, podemos dizer que existe uma verdade que
deve ser seguida independentemente das normas. Nesse caso, o julgamento foi injusto, tendo em vista
a influência de Jesus na civilização ocidental, demonstrada pela História.
1. Qual dos elementos a seguir é característico da norma jurídica?
A. a) A referibilidade.
Referibilidade é uma característica das taxas, que significa que elas possuem especificidade e
divisibilidade.
B. b) O fato gerador.
Elemento do Direito Tributário, é o fato que, previsto na norma (hipótese de incidência), gera a
obrigação tributária.
C. c) A graça.
A graça é uma forma de extinção da punibilidade prevista no artigo 107, II do Código Penal.
D. d) A vitaliciedade.
Segundo o dicionário Houaiss, vitaliciedade é a "garantia concedida pela Constituição a certos
titulares de funções públicas, civis e militares de carreira, de ocuparem os respectivos cargos
até atingirem a idade prevista para a aposentadoria compulsória, não podendo ser afastados
ou demitidos, salvo por motivo estabelecido por lei ou por sentença do órgão judiciário
competente".
E. e) A pertinência.
A norma não existe de forma isolada. Dizer que ela é pertinente é que ela pertence a um
ordenamento jurídico.
2. Quanto à validade da norma jurídica, podemos dizer:
A. a) É condição de existência da mesma.
Validade para Kelsen é existência. Se uma norma não é válida, ela não existe.
B. b) Que diz respeito à "decadência" da mesma.
Decadência é a perda de um direito por não ter sido exercido no prazo legal.
C. c) Que é atinente à derrogação da mesma.
Derrogação é o ato de revogar parcialmente uma lei.
D. d) Refere-se à remissão da norma.
Remissão é o perdão que extingue obrigações.
E. e) Diz respeito à procedência.
Dizer que algo tem procedência, no Direito, quer dizer que tem fundamento legal.
3. Podemos dizer que uma norma jurídica é legal se ela for:
A. a) Produzida em conformidade com uma norma superior.
Este é o critério de legalidade utilizado pelo positivismo.
B. b) Seguir os ditames da reta razão.
Para Kelsen, a "reta razão" é um termo vago que não pode definir o que é jurídico.
C. c) Se ela for preclusa.
Preclusão é a caducidade de um direito.
D. d) Se seu conteúdo for abstrato.
Conteúdo abstrato não é condição de legalidade de uma norma jurídica.
E. e) Se seu conteúdo for relevante.
Para Kelsen, o conteúdo das normas não define sua legalidade.
4. Para Kelsen, qual seria o conteúdo da Norma Fundamental?
A. a) Devemos obedecer ao Direito Natural.
A doutrina do Direito Natural é justamente a oposta ao Positivismo Jurídico de Kelsen.
B. b) Suum cuique tribuere.
É uma expressão de Ulpiano, que significa "dar a cada um o que é seu".
C. c) Honeste vivere.
Expressão latina do Digesto, juntamente com suum cuique tribuere.
D. d) Devemos obedecer ao poder constituinte originário.
Este é o conteúdo da Norma Fundamental, o fundamento último de validade das normas.
E. e) Alterum non laedere.
Diz respeito ao princípio jurídico da boa-fé e significa que não devemos lesar os outros;
também do Digesto.
5. Qual é o elemento que dá poder ao constituinte originário, além da força de poder fazer 
cumprir o Direito?
A. a) As normas de direito internacional.
Em que pese Kelsen, ao final de sua vida, começar a escrever sobre o Direito Internacional,
pois via nele o futuro do Direito; não são estas normas que dão poder ao poder constituinte
originário.
B. b) A Constituição.
A Constituição é justamente o que o poder originário criará, não podendo ser fundamenta de
seu poder.
C. c) Os Princípios Gerais da Moral.
Segundo Kelsen, a moral é algo extrajurídico e relativo, portanto, não pode justificar o poder
constituinte originário.
D. d) O consenso.
O consenso em torno da norma fundamental é um elemento que dá poder ao constituinte
originário.
E. e) O Princípio da Igualdade.
Segundo Kelsen, é indefinido e incerto.

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