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Tuberculose: Agente, Diagnóstico e Formas de Apresentação

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–
Agente causador: Mycobacterium tuberculosis, bacilo aeróbico obrigatório, classificado como bacilo 
álcool-acido resistente (BAAR). 
Diagnóstico definitivo: por meio de baciloscopia ou cultura de escarro positivas. 
Clinicamente é suspeito para tuberculose um paciente com tosse e expectoração por 3 semanas 
ou mais, contatos de casos de tuberculose, portadores de doença e/ou condição social que 
predisponha à tuberculose. 
 Formas de apresentar tuberculose: 
Primaria: infecção inicial 
A resposta à infecção pelo M. tuberculosis é caracterizada na forma primária por infiltração 
polimorfonuclear e por rápida formação de necrose caseosa, seguida por fibrose mural, em um 
processo relativamente limitado em hospedeiros com imunidade preservada. 
Pós-primaria: de reativação 
Observa-se tendencia para progressão da necrose e da inflamação, determinado maior destruição 
do tecido e envolvimento de estruturas circunjacentes. A extensão desse acometimento determina 
o potencial de complicações e o grau de sequela dos órgãos envolvidos. 
➔ 
 
 
Tão logo o bacilo aloja-se no pulmão, inicia-se um processo inflamatório, cuja expressão 
radiológica é um nódulo ou consolidação alveolar, havendo rápida disseminação aos 
linfonodos do hilo e eventualmente do mediastino. À associação do nódulo ou consolidação 
pulmonar com linfonodomegalia no hilo pulmonar dá-se o nome de complexo primário. O complexo 
primário é, em geral, assintomático ou oligossintomático, evoluindo para cura espontânea na 
maioria dos casos. Em uma minoria, a doença se desenvolverá. 
 
 
 
 
Tanto na radiografia simples como na TC, o achado típico da tuberculose primária é de 
consolidação lombar ou segmentar, mais comum no lobo médio ou lobos inferiores (pode acometer 
virtualmente qualquer lobo), acompanhada de linfonodomegalias hilares e/ou mediastinais (estas 
nem sempre visíveis na radiografia). As linfonodomegalias são mais comuns em crianças (90- 95%) 
do que em adultos (10-30%). 
Depois da infecção, pode ser encontrado um pequeno nódulo pulmonar calcificado (conhecido 
como nódulo de Ghon) ou linfonodos hilares e/ou mediastinais calcificados (que, associados ao 
nódulo de Ghon, recebem o nome de complexo de Ranke). Tais alterações são sequelares. Após 
a infecção primária, o paciente pode manter bacilos latentes viáveis por anos e eventualmente 
desenvolver no futuro a forma pós-primária. 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 
Ocorre em pacientes já sensibilizados pelo Mycobaterium tuberculosis, podendo ser uma 
reativação ou uma reinfecção. 
São fatores de risco para a reativação de infecção tuberculosa: HIV, idade acima de 70 anos, 
desnutrição, neoplasias, uso de terapias imunossupressoras, abuso de álcool e drogas, 
gastrectomia, silicose, insuficiência renal crônica e diabete. 
Doença predomina na região apicoposterior dos pulmões, mais especificamente nos 
segmentos apicais e posteriores dos lobos superiores e segmentos dos lobos inferiores, em 
que há tensão de oxigênio e menos drenagem linfática. 
Acometimento assimétrico entre os pulmões. 
A disseminação da infecção ocorre pela via broncogênica, e escavação pulmonar é comum, apesar 
de nem sempre estar presente. O acometimento linfo-nodal é mais raro. 
 
Na radiografia simples, os principais achados de imagem são consolidações de limites mal 
definidos, nódulos e opacidades reticulares, que apresentam extensão variável, acometendo 
um ou ambos os pulmões 
As cavidades são achados comuns, geralmente de paredes anfractuosas em meio às 
consolidações. 
A presença de nível hidroaéreo de etiologia tuberculosa é incomum, sendo mais frequentemente 
causado por infecção bacteriana superajuntada. Outras alterações menos comuns são as 
linfonodomegalias hilares e mediastinais e o derrame pleural, presentes apenas na minoria dos 
casos. 
Muitas vezes, os achados são acompanhados de alterações crônicas/cicatriciais, como 
calcificações, distorção arquitetural e redução volumétrica do lobo acometido. 
 
Na TC, os achados mais frequentes são as opacidades acinares e os micronódulos centrolobulares, 
tipicamente com aspecto de “árvore em brotamento”, presentes em até 95% dos pacientes. Tais 
opacidades tendem a confluir em consolidações maiores, com alta propensão à escavação, 
presente em pelo menos 50% dos casos. 
A escavação permite o acesso dos bacilos à luz brônquica, podendo se disseminar para outras 
regiões dos pulmões e também para outros hospedeiros. 
Outro achado da tuberculose pós-primária são os nódulos, conhecidos por tuberculomas. 
Podem ser solitários ou múltiplos, constituírem-se no único achado ou virem acompanhados das 
demais alterações da doença. Tipicamente, medem entre 0,5 cm e 1 cm (variando entre 0,5 e 4 
cm), podem escavar e calcificar e muitas vezes possuem contornos espiculados, tornando difícil a 
diferenciação com neoplasia. 
Nódulos satélites são encontrados em cerca de 80% dos pacientes (Figura 18). A diferenciação 
entre tuberculomas e neoplasias pulmonares pode ser difícil, muitas vezes só elucidada via controle 
evolutivo ou biópsia. 
 
 
 
 
Tuberculose pós-primária. 
Cortes tomográficos registrados em janela parenquimatosa demonstrando nódulos acinares, 
difusamente distribuídos, alguns agrupados, 
preenchendo parcialmente 
os lóbulos secundários, o que configura o “sinal do 
trevo” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 
Conhecida como tuberculose disseminada, esta forma ocorre quando há disseminação 
hematogênica do bacilo da tuberculose, formando múltiplos granulomas menores que 5,0 
mm difusos pelos pulmões. A tuberculose miliar pode ocorrer em todas as formas de 
tuberculose. 
 
 
 
 
 
➔ 
Ocorre por disseminação hematogênica ou disseminação extranodal de linfonodos mediastinais 
adjacentes acometidos. Apresenta-se como derrame e espessamento com realce do pericárdio nas 
fases agudas. 
 
 
 
 
 
Doenças das vias aéreas 
 
 Alterações das vias aéreas centrais 
As doenças da traqueia são raras e podem ter diferentes etiologias, incluindo alterações 
infecciosas, inflamatórias, pós-traumáticas, neoplásicas e idiopáticas. São divididas em 
focais ou difusas. 
A tomografia computadorizada é o método de escolha para a avaliação das diferentes doenças 
traqueais, com a possibilidade de utilizar reformatações multiplanares e reconstruções 
tridimensionais, além de apresentar excelente correlação com a broncoscopia 
 Doenças focais da traqueia 
Estenose traqueal pós-intubação, na maioria das vezes sua causa é iatrogênica, relacionada com 
intubação traqueal prévia. 
 
 Achados radiológicos 
À estenose pós-intubação caracteriza-se por espessamento parietal concêntrico da traqueia 
acompanhado de estreitamento luminal. 
 
 
 
 
 
➔ 
Nódulo ou massa intraluminal representam as manifestações radiológicas mais comuns das 
neoplasias traqueais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 
 
 Policondrite recidivante 
A policondrite recidivante é uma doença sistêmica caracterizada por surtos inflamatórios 
recorrentes que comprometem o tecido cartilaginoso das orelhas externas, septo nasal, 
articulações periféricas, laringe, traqueia e brônquios. O principal achado da policondrite recidivante 
na TC é o espessamento parietal traqueobrônquico associado à presença de calcificações. 
 Traqueobroncopatia osteocondroplástica 
Os principais achados de imagem são espessamento parietal difuso da traqueia, com pequenos 
nódulos calcificados associados, sobretudo na camada submucosa, que protruem para a luz 
traqueal, determinando graus variáveis de estreitamento luminal. 
 
 
 
 
➔ Traqueia em bainha de sabre 
A traqueia em bainha de sabre é observada quase exclusivamente em pacientes do sexo 
masculino, a maioria com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), sendo mais frequente a 
partir da sexta década de vida,caracteriza-se pela redução do diâmetro laterolateral e aumento do 
diâmetro anteroposterior da traqueia, com consequente estreitamento luminal difuso. 
 
 
 
 
➔ Traqueobroncomalácia 
A traqueobroncomalácia é uma condição secundária à fraqueza da parede das vias aéreas centrais 
e do tecido cartilaginoso de suporte, resultando em colapso excessivo da árvore traqueobrônquica. 
Pode ser congênita, por exemplo, em virtude de distúrbios ou imaturidade do tecido cartilaginoso, 
ou adquirida, quando pode ser vista em associação com DPOC, compressão extrínseca, 
caracteriza-se por colapso excessivo das vias aéreas na expiração, com redução superior a 50% 
da área de secção transversa da traqueia e dos brônquios centrais. 
 
 
 
 
 
➔ Bronquiectasias 
As bronquiectasias representam dilatações irreversíveis dos brônquios. Existem inúmeras causas 
conhecidas de bronquiectasias, sendo as infecções a causa mais frequente. As bronquiectasias 
podem resultar de infecções agudas, crônicas ou recorrentes das mais variadas etiologias, 
incluindo bacteriana, micobacteriana, viral e fúngica. 
A radiografia de tórax apresenta limitações importantes para o diagnóstico de bronquiectasias. Em 
função do processo inflamatório que geralmente acompanha as bronquiectasias, as paredes 
brônquicas tornam-se visíveis na radiografia, originando linhas paralelas. 
 
 
 
 
 
 
➔ Fibrose cística 
 
A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva relacionada com um defeito na 
estrutura de uma proteína que resulta em transporte anormal de cloreto através das membranas 
epiteliais das glândulas exócrinas, trato respiratório, sistema gastrointestinal e aparelho reprodutivo. 
Achados radiológicos demonstram aumento da trama broncovascular e sinais de 
espessamento das paredes brônquicas, geralmente predominando nos campos superiores. 
Brônquios dilatados com paredes assumindo aspecto de “trilhos de trem”, assim como imagens 
anelares e císticas refletindo a presença de bronquiectasias. 
 
 
 
 
Aprisionamento aéreo, abaulamento esternal; opacidades lineares, acentuação das imagens 
brônquicas; lesões cístico-nodulares. 
 
A TC demonstra múltiplas bronquiectasias, que podem estar limitadas às regiões peri-hilares ou 
envolver tanto os brônquios centrais como os periféricos. 
 
 
➔ Bronquiolites 
O acometimento das vias aéreas distais é um achado comum na prática radiológica e pode ocorrer 
em uma grande variedade de situações clínicas, como processos infecciosos, aspiração, doenças 
autoimunes, patologias relacionadas com a inalação de agentes tóxicos, reação a drogas e após 
transplantes de órgãos, entre outros. 
As radiografias de tórax podem ser normais ou mostrar sinais de hiperinsuflação nas bronquiolites 
obstrutivas e a presença de opacidades micronodulares ou reticulonodulares. 
 
 
 
 
 
As alterações bronquiolares vistas na TC podem ser divididas entre sinais diretos e indiretos. 
Os sinais diretos incluem espessamento das paredes bronquiolares, dilatação dos bronquíolos e 
preenchimento luminal, os quais assumem a forma de micronódulos centrolobulares. 
Os sinais indiretos são atelectasias subsegmentares e sinais de aprisionamento aéreo. 
 
 
 
 
➔ 
A DPOC é uma patologia respiratória com repercussões sistêmicas, caracterizada por limitação 
crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível com o uso de broncodilatador. A obstrução 
do fluxo aéreo geralmente é progressiva e está associada a uma resposta anormal do pulmão à 
inalação de partículas e gases tóxicos, sobretudo da fumaça do cigarro. 
 
 Radiografia de tórax 
A radiografia de tórax tem papel limitado no diagnóstico de DPOC, sendo mais útil o da identificação 
de eventuais complicações. Os sinais de hiperinsuflação pulmonar são mais frequentes, 
refletindo o aumento do espaço aéreo decorrente do enfisema e/ou obstrução de pequenas 
vias aéreas. 
 
 
 
 
Tomografia computadorizada 
 
O enfisema centrolobular se apresenta inicialmente na tomografia computadorizada como áreas de 
baixa atenuação, sem paredes bem delimitadas, no centro do lóbulo pulmonar secundário, ao redor 
do bronquíolo e da artéria central. Com a evolução do processo, as áreas de enfisema aumentam 
de volume e podem atingir a periferia do lóbulo pulmonar secundário.

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