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Transtorno do Espectro Autista

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Juliana Silva | 1
 Pediatria
Tranorno do EspectroAutia 
É def inido como alterações nos seguintes aspectos 
combinados: comunicação, socialização e comporta-
mento e os interesses (subitem da comportamen-
to). 
O transtorno do espectro autista é um construto 
usado para descrever indivíduos com uma combi-
nação específ ica de def iciências na comunicação 
social e comportamentos repetitivos, interesses 
altamente restritos e/ou comportamentos senso-
riais que começam cedo na vida. 
Tudo o que altere o desenvolvimento motor e que 
tire da curva de desenvolvimento conforme a ida-
de ! transtorno invasivo (do neurodesenvolvi-
mento). 
Qualquer desenvolvimento que não foi realizada em 
determinada idade, ele será muito custoso para o 
indivíduo conseguir alcançar posteriormente. 
Transtorno do neurodesen-
volvimento 
• Dif iculdades de interação social 
• Comunicação 
• Comportamentos repetitivos, restritos e sen-
sorial 
Comunicação: 
➡ Não verbal - reage ao meio 
➡ Verbal: ela pressupõe conhecimentos de lingua-
gem ! simbólicos e fonemas 
A partir do momento que tem uma alteração na 
linguagem, há comprometimento da comunicação 
verbal. 
A não verbal pressupõe sensopercepção/capaci-
dade de interação. 
Quem tem alteração invasiva da capacidade de 
socialização, o indivíduo f ica privado das interações 
e a privação destas acarreta problemas no sis-
tema recompensa e sistema dos impulsos. 
Alterações de comportamento frequentes: isola-
mento, sensibilidade a audição, lugares cheios. 
As crianças com TEA f icam com restrição a in-
teresses em atividades que tiveram um pouco de 
liberação de dopamina. 
➡ O autismo é uma disfunção comportamental 
causada por mudanças súbitas em certas 
áreas do cérebro. As causas biológicas exatas 
do autismo são ainda desconhecidas 
➡ Embora não haja uma mal formação cerebral, 
estudos recentes têm observado mudanças 
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bruscas em algumas áreas do cérebro de pa-
cientes autistas, incluindo um aumento modera-
do, que parece acontecer durante o desenvol-
vimento do cérebro fetal ou na 1ª infância 
➡ Fatores genéticos ou a exposição do cérebro 
em desenvolvimento a alguma toxina ambiental 
ou infecção, pode ser a causa dessas anorma-
lidades 
Herdabilidade genética + fa-
tores ambientais 
• Ácido fólico 
• Parto prematuro 
• mães e pais mais velhos 
• Mãe obesa 
• > 50 anos 
• História de TEA na família 
• Valproato 
• Diabetes gestacional 
Epidemiologia 
• É mais comum nos meninos (as meninas tem 
mais neurônios, é um fator protetivo). 
Nivel 1 - leve: 
➡ Prejuízos mas não necessitam de tanto supor-
te 
➡ Dif iculdade nas interações sociais, respostas 
atípicas e pouco interesse em se relacionar.  
➡ Comportamento: apresentam dif iculdade para 
trocar de atividade, independência limitada para 
autocuidado, organização e planejamento. 
Nivel 2 - moderado: 
➡ Interação e Comunicação Social: necessitam de 
suporte substancial, com déf icits na conversa-
ção e dif iculdades nas interações sociais (medi-
ação) 
➡ Comportamento: dif iculdade em mudar de ambi-
entes, desviar o foco ou a atenção, necessi-
tando suporte em muitos momentos. 
Nivel 3 - severo: 
➡ Interação e comunicação social: suporte inte-
gral, com prejuízos graves nas interações so-
ciais e pouca resposta a aberturas sociais. 
➡ Comportamento: dif iculdade extrema com mu-
danças e suporte para realizar as tarefas do 
dia a dia (autocuidado e higiene pessoal) 
➡ Prejuízo intelectual e de linguagem, condição 
médica/genética associada. 
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Sinais e sintomas 
• Dif iculdade na interação social 
• Dif iculdade em expressar necessidades 
• Não estabelece contato com os olhos 
• Padrões restritivos e repetitivos de compor-
tamentos 
• Sociabilidade seletiva 
• Reciprocidade social reduzida 
• A relação com o objeto geralmente é incom-
pleta 
• Andar na ponta dos pés, girar no próprio eixo 
• Apontar 
• Estereotipias = tentativa de autorregulação 
 
Utilizar de alguns objetos para facilitar a interação 
com a criança 
Diagnóstico 
• Devemos avaliar e investigar se há alterações 
orgânicas. 
• Orientar a família a procurar um centro multi-
disciplinar 
• Não há medicação e nem tratamento específ ico 
• A partir de 1 e meio já pode avaliar e direcio-
nar o diagnóstico de TEA 
• Tratamento: multidisciplinar 
• Terapia ocupacional, fono, psicoterapia, fuscote-
rapia, ecoterapia. 
• Métodos específ icos: 
➡ ABA: é um método de abordagem compor-
tamental, é um método integrativo 
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Tratamento farmacológico: 
➡ antidepressivos: IRSS ou nortriptilina 
➡ Agressividade: não é próprio do TEA, é da 
comodidade. Tentamos modular dopamina - 
agonistas parciais de dopamina - albiprazol 
➡ Anticonvulsivantes - divalproato de sódio 
➡ TDAH: psico-estimulantes 
Comorbidades 
• 6 anos: ansiedade, déf icit de atenção e fobias 
• 12 anos/adolescente: ansiedade, déf icit de aten-
ção e psicopatias 
• Adultos: ansiedade, depressão e TOC 
O TDAH está relacionado com os impulsos e sis-
tema recompensa, logo está intimamente ligado ao 
TEA. Assim, ao tratar, melhora o comportamento 
e melhora o TEA.

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