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10 princípios básicos da teoria tcc

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Introdução
Bem vindo ao nosso estudo sobre os dez princípios da Terapia Cognitivo Comportamental descritos por Aaron Beck e retomados por Judith Beck, filha do autor, e responsável por realizar atendimentos clínicos e pesquisas na área. Sendo assim, no livro intitulado “Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática”, Judith Beck (2014) descreveu os 10 princípios básicos da teoria dos quais serão apresentados nos próximos itens. 
 
1. A terapia cognitivo comportamental está baseada em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos. 
O terapeuta da abordagem cognitivo comportamental deve avaliar o paciente de forma processual, dado que ele pode apresentar queixas distintas das demais, procurando desvelar as crenças, os pensamentos automáticos, as emoções e os comportamentos. 
Em primeiro lugar, é necessário escutar e observar as problematizações da pessoa com o objetivo de identificar quais os eventos ou acontecimentos que acarretam pensamentos automáticos e, posteriormente, as crenças centrais e/ou nucleares e intermediárias. Também, é preciso compreender as reações emocionais, fisiológicas e comportamentais do paciente para que a resposta cognitiva seja mediada. Além do mais, é fundamental entender quais foram os motivos que levaram a pessoa a desenvolver determinados transtornos e, por fim, verificar a maneira pela qual o paciente interpreta os acontecimentos para estruturar as sessões terapêuticas e elaborar as possíveis intervenções em relação ao caso. 
 
2. A terapia cognitivo comportamental requer uma aliança terapêutica sólida. 
A aliança terapêutica deve ser propiciada pelo psicólogo através da escuta empática, solicitando um parecer ou feedback a cada sessão para assegurar que o paciente se sinta acolhido durante os encontros.
A escuta empática advém do termo empatia, isto é, a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo o que a pessoa fala e sente. A partir da década de 1950, o conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl Rogers com a finalidade de aplicar em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).
 
3. A terapia cognitivo comportamental enfatiza a colaboração e a participação ativa.
A colaboração e a participação ativa do paciente na elaboração do seu tratamento também é um dado significante e pode ser promovida pelo terapeuta, construindo o que se deve “trabalhar em cada sessão”, bem como a frequência dos atendimentos e os exercícios que devem ser realizados em casa (BECK, 2014, p. 29). 
 
4. A terapia cognitivo comportamental é orientada para os objetivos e focada nos problemas. 
É necessário que o terapeuta solicite ao paciente que ele enumere as suas queixas e descreva os objetivos e/ou as metas que deseja alcançar. Assim, a validade dos pensamentos é realizada por meio do questionamento socrático para que se possa descobrir novas formas de interpretar suas emoções.
 
5. A terapia cognitivo comportamental enfatiza inicialmente o presente. 
Enfatizar o presente não significa que o paciente não possa retomar as lembranças de criança e da sua relação com os pais, porém este não é o foco principal da terapia da abordagem cognitiva comportamental, conforme exposto por Judith Beck:
“A atenção se volta para o passado em duas circunstâncias. A primeira, quando o paciente expressa uma forte preferência por fazer assim e quando não fazer isso possa colocar em perigo a aliança terapêutica. A segunda, quando os pacientes ficam ‘emperrados’ no seu pensamento disfuncional, quando um entendimento das raízes infantis de suas crenças poderá ajudar a modificar suas ideias rígidas” (BECK, 2014, p. 29). 
 
6. A terapia cognitivo comportamental é educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída. 
A terapia cognitivo comportamental é educativa, ou seja, na medida que o paciente vivencia o processo terapêutico, ele se transforma em seu próprio terapeuta, identificando os seus pensamentos e mediando as suas respostas em relação aos acontecimentos (eventos).
 
7. A terapia cognitivo-comportamental visa a ser limitada no tempo.
A terapia cognitivo comportamental é limitada no tempo, ou seja, possui um número limitado de sessões, porém cabe ao terapeuta identificar a forma como conduzirá cada caso. Isto quer dizer que pacientes diagnosticados com transtornos depressivos, por exemplo, podem iniciar o processo terapêutico com uma sessão semanal, mas se o caso for considerado mais grave é necessário um acompanhamento com duas sessões semanais. Após um ou dois meses, é possível espaçar as sessões para 15 dias e, depois de um tempo, os atendimentos passam a ser realizados mensalmente. 
 
8. As sessões de terapia cognitivo comportamental são estruturadas. 
As sessões devem ser estruturadas para facilitar a compreensão do paciente em relação aos pensamentos automáticos e as crenças disfuncionais através do questionamento socrático e das demais técnicas utilizadas pela terapia cognitivo comportamental que serão descritas nos próximos módulos. 
 
9. A terapia cognitivo comportamental ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais.
Através das técnicas cognitivas, o paciente aprende a identificar os pensamentos considerados disfuncionais, regulando as emoções e modificando os comportamentos como, por exemplo, agressividade e reatividade. 
 
10. A terapia cognitivo comportamental usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento. 
O questionamento socrático, as metas e os objetivos terapêuticos e o diário cognitivo são as principais técnicas utilizadas nas primeiras sessões pelo terapeuta da abordagem cognitivo comportamental. 
 
Assim sendo, pode-se dizer que o terapeuta cognitivo comportamental com formação em psicologia deve atender seus pacientes a partir dos princípios expostos acima.

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