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Epistemologia genética e a TCC

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Epistemologia genética e a TCC
OPsiquismo Infantil      
O psiquismo se refere a parte cognitiva humana, que são os processos mentais, cognitivos básicos e superiores; emocionais e sensoriais, estes em conjunto, possibilitam relações de aprendizagem e de trocas interpessoais, que foram responsáveis pela evolução da espécie humana, além de compor nossas características individuais e nossos processos cognitivos, que constituem a nossa psiquê.
          Para a criança, seu psiquismo se constitui primeiramente, a partir da formação do sistema nervoso, e do desenvolvimento dos tecidos, estruturas e órgãos, responsáveis pelos sentidos corporais (tato, olfato, visão, paladar e audição) que guiam o corpo humano para sua estimulação desde o nascimento, além de serem um sistema de proteção para o indivíduo. Por exemplo, o bebê recém-nascido, se localiza pelo tato e olfato, e em seguida desenvolve a visão, possibilitando uma maneira diferente de compreender o mundo, para as crianças cegas, outros sentidos serão estimulados a fim de substituir a visão. Essa mesma criança, começará a se locomover, se rastejando, e em seguida, engatinhando, enquanto isso, o sistema nervoso oferece a dor, como um limitador físico, para que a criança que muito se esforça para engatinhar e pode lesionar seu corpo.
          Concomitante às estruturas físicas, o psiquismo também está em formação, os processos de memória, atenção, linguagem, emoções, expressões, motricidade etc. estão se consolidando, para que a partir da interação com o meio, tenhamos um indivíduo autônomo. Essa interpretação do mundo varia para cada indivíduo, pois cada ser tem uma maneira de interpretar os fatos vivenciados, e de encontrar soluções para cada situação presente.
          Essa última afirmação, se remete a teoria construtivista, a qual afirma que o indivíduo se desenvolve a partir da interação com o meio, ou seja, por meio das experiências, e das soluções encontradas, para solucionar possíveis crises vivenciadas. Na infância temos como exemplo, para essa dinâmica, o choro emitido pelo bebê que sente fome, esta é uma solução encontrada para garantir que alguém lhe ajude, e elimine essa sensação desconfortável. A partir deste aprendizado, e do desenvolvimento orgânico, a criança aprimora sua resolução para a crise, e a situação de fome será solucionada por outros meios, como por exemplo, as primeiras sílabas ao pedir a mamadeira: “qué mama”.
Ao longo do desenvolvimento infantil, a criança irá se apropriando cada vez mais dos signos e significados, e desenvolverá uma fala social, aquela que troca informações com seu interlocutor.
          O construtivismo é presente na teoria de Jean-Piaget (1896-1980), a qual foi por ele chamada de “Epistemologia genética”. Esta teoria afirma que o indivíduo se desenvolve a partir de um papel ativo na construção de sua aprendizagem, utilizando seus processos cognitivos para elaborar os estímulos internos e do ambiente. Contudo, é importante sabermos que para Piaget, a criança passa por fases de desenvolvimento, sendo que na menor idade, as crianças são menos aptas a elaborar um processo cognitivo complexo, mas este irá se aprimorando durante toda a infância.
 
As fases de desenvolvimento Piagetianas
          Piaget, portanto, dividiu as fases de desenvolvimento infantil em: sensório motor (do nascimento até aproximadamente os 2 anos), pré-operacional (dois a sete anos), operacional concreto (sete aos 12 anos) e operações formais (a partir dos 12 anos).  Vejamos cada um deles.
· Estágio Sensório-motor (0 a 2 anos) – no nascimento a criança toma consciência de si mesma, e após isso, começa a explorar o mundo por meio dos seus órgãos do sentido. Ainda não há memória, nem funções complexas, portanto não há um raciocínio elaborado, para a criança, o mundo é apenas o que está ao seu alcance, é por isso que ela perde o interesse quando retiramos o brinquedo de seu campo de visão.
· Estágio pré-operacional (dois a sete anos) – Aos 02 anos de idade, a criança já começa a desenvolver sua linguagem, e a ter interação com o mundo, porém, de uma maneira limitada e pouco desenvolvida, e por isso a criança é egocêntrica, ou seja, não consegue realizar uma interação social, pois ainda não compreende a existência do mundo e dos outros indivíduos.
· Estágio operatório concreto (sete aos 12 anos) – Nessa fase a criança começa a formar conceitos, o que possibilita o início de uma interação social mais bem sucedida. São avanços importantes para o desenvolvimento, a compreensão de situações como a ação e reação, de onde vem tal produto, o entendimento de ensinamentos escolares a partir de exemplos concretos, e a interação social.
· Estágio operatório formal (12 até o fim da vida) – A passagem pelos estágios anteriores, permite que a criança chegue ao estágio operatório formal, que é quando a criança consegue relacionar conceitos abstratos, e compreender e deduzir questões mais complexas, a partir de sua inteligência. Devido a entrada neste estágio, o ensino escolar se organiza, a fim de poder introduzir na série cursada, cálculos matemáticos, e conceitos subjetivos, que antes eram impossíveis de serem compreendidos, pois a criança necessitaria de um conceito concreto. A inteligência que começa a ser desenvolvida neste estágio, acompanhará a criança por toda a sua vida, e é a partir dele, que o indivíduo tem condições de se tornar um adulto.
 
A TCC e a epistemologia genética
          A partir dos conceitos expostos acima, podemos compreender o que é esperado para o desenvolvimento típico infantil, cabendo ao profissional da Psicologia, compreender como o psiquismo infantil é formado, e em qual estágio a criança se encontra, para averiguar se há atrasos em seu desenvolvimento cognitivo, ou emocional, assim, já é possível encontrar hipóteses e possíveis intervenções.
          A TCC é uma teoria voltada para o tempo presente, e por isso, se trabalha com os modos comportamentais, a observação é em relação a interpretação que o indivíduo dá para os fatos vivenciados. Um exemplo prático, pode ser uma criança que apresenta episódios de choro, em várias situações do cotidiano.  Primeiramente é preciso saber em qual idade a criança se encontra, e como está seu desenvolvimento, pois assim o profissional irá elaborar seu material e suas ferramentas psicoterápicas. O segundo ponto, é compreender qual mensagem a criança quer passar com o choro, para então entrar com uma estratégia psicológica.
          É interessante saber que assim como a Psicanálise compreende o indivíduo por meio de suas instâncias psíquicas conscientes e inconscientes, a TCC compreende o indivíduo, como um ser que interpreta os estímulos ambientais ou intrínsecos, e age cognitivamente a partir deles, portanto, é imprescindível para o profissional dessa área, o estudo acerca dos processos comportamentais e cognitivos.
 
Atividade Extra
Para conhecer mais a respeito da teoria Piagetiana a respeito do desenvolvimento infantil, assista ao vídeo “coleção grandes Pensadores: Jean Piaget”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MwKEO2pkLP8.
 
Referência Bibliográfica
Piaget, J. & Inhelder B. A Psicologia da Criança. Editora: Bertrand, 11ª edição, 2003.
 
Schirmann J. K. et al. Fases de desenvolvimento humano segundo Jean Piaget. VI CONEDU – Congresso nacional de Educação.
Disponível em:
http://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/TRABALHO_EV127_MD1_SA9_ID4743_27092019225225.pdf
 
Souza, M. C. B. R. Psiquismo infantil e regularidades na primeira infância. Reunião Científica Regional da ANPED, Curitiba, 2016.
Disponível em:
http://www.anpedsul2016.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2015/11/eixo15_MARIA-CECILIA-BRAZ-RIBEIRO-DE-SOUZA.pdf

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