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Anfíbios e Répteis: Principais enfermidades PROFA. YAMÊ DAVIES ANFÍBIOS Anamnese - Anfíbios • Identificação da espécie, idade e sexo • Histórico do animal • Queixo principal e sistemas • Cativeiro X Vida livre • Tempo de cativeiro • Quarentena • Contactantes • N° de indivíduos no recinto • Instalações (tamanho, material, substratos e plantas) • Alimentação Exame clínico - Anfíbios • Exame 8sico: • Inspeção – a distância ou em recipiente transparente, pode ser feito o uso de luz. • Antes da contenção - observar eritema*, condição corporal, coloração, postura, nível de aHvidade, movimentação, esforço respiratório e resposta a esJmulo • Após a contenção – exame de olhos, narinas, conjunHva e boca • Auscultação • Palpação – cavidade celomáHca • Olfação Exames complementares - Anfíbios Coleta - Veia abdominal ventral Vias de administração – Cavidade celomá7ca Exames complementares - Anfíbios • Perfis hematológicos • Perfis bioquímicos • Esfregaço de pele • Cultura bacteriana e fúngica • Biópsia • Citologia • Necropsia e Histopatológico • Coproparasitológico • Exame radiográfico • Ultrassonografia • Tomografia Enfermidades - Anfíbios • Os dois grupos de patógenos que têm sido incriminados como responsáveis pelo declínio dos an@bios são o fungo quitrídio Batrachochytrium dendroba0dis e um grande número de ranavírus. Quitridiomicose (BD) • Considerada uma das maiores pandemias que afetam animais na natureza e em cativeiro. • Etiologia: fungo leveduriforme (Batrachochytrium dendrobatidis) • Suscetíveis: anuros (sapos)* • Transmissão: contato direto • Sinais clínicos: descolorações ou vermelhidão na pele, eritemas e petéquias, postura anormal, letargia, anorexia, convulsões e óbito • Diagnóstico: cultura fúngica, PCR • Tratamento: banhos de itraconazol 0,01% durante 5 minutos por 11 dias, e suporte Ranavírus • Etiologia: Iridovírus (DNA) • Suscetíveis: anuros (adultos, girinos e em fase de metamorfose) • Transmissão: contato direto e indireto (água) • Reservatórios: peixes e tartarugas • Sinais clínicos: edema e hemorragia subcutânea, infecções secundárias, letargia e morte (90% mortalidade) • Diagnóstico: necropsia e histopatológico, PCR • Não há tratamento RÉPTEIS Anamnese - Répteis • Identificação da espécie, idade e sexo • Histórico do animal • Queixa principal e sistemas • Cativeiro X Vida livre • Tempo de cativeiro • Quarentena • Contactantes • Instalações (tamanho, material, substratos e plantas) • Alimentação Exame clínico - Répteis • Exame físico: • Inspeção • Antes da contenção - observar condição corporal, postura, nível de atividade, movimentação, esforço respiratório e resposta a estímulos, excretas e instalações • Após a contenção – exame de olhos, narinas, conjuntiva, boca, e pele • Auscultação • Palpação – cavidade celomática • Olfação • Pesagem Exames complementares • Exame radiográfico • Ultrassonografia • Perfis hematológicos • Perfis bioquímicos • Coproparasitológico • Cultura bacteriana e fúngica • Biópsia e Citologia • Endoscopia • Necropsia e histopatologia Enfermidades - Répteis •Doenças não infecciosas •Disecdise •Hipovitaminose A •Doença osteometabólica • Casco Piramidal •Distocia/Retenção de ovos • Fraturas •Doenças infecciosas • Pneumonias (bacteriana e fúngica) • Estomatite Doenças não infecciosas - Disecdise • Ocorre quando o animal não consegue a troca completa do extrato córneo que recobre o corpo e pedaços de quera7na permanecem aderida. • E7ologia: baixa umidade, falta de substrato abrasivo, lesões cutâneas e ectoparasitos • Susce^veis: todos os répteis que realizam ecdise • Sinais clínicos: pedaços de quera7na aderidas a pele, rachaduras cutâneas e infecções secundárias • Diagnós7co: sinais clínicos e manejo inadequado • Tratamento: correção ambiental, banhos, remoção manual e pomadas o`almológicas* Hipovitaminose A • Causas: dietas não suplementadas (alface), mal formuladas e carne bovina • Susceptíveis: animais jovens • Sinais clínicos: anorexia, edema de pálpebras, anormalidades oculares, blefaroespasmo, abcessos aurais, pneumonia, alterações em pele • Diagnóstico: sinais clínicos e histórico, histopatológico • Tratamento: vitamina A 2000 UI/Kg IM q7 dias – 4 tratamentos, infecções secundárias e suporte, correção alimentar Doenças não infecciosas - DOM • Doença osteometabólica – Hiperparatireoidismo nutricional secundário • Etiologia: erros de manejo na iluminação (UVB), falha no fornecimento de cálcio • Suscetíveis: lagartos e quelônios jovens • Sinais clínicos: prostração, prolapso de cloaca, aumento do volume dos membros e amolecimento e/ou aumento dos ossos da mandíbula por osteomalácia, escoliose, fraturas, amolecimento de carapaça, espasmos musculares, convulsões Fonte: Mader PELE - VITAMINA D3 FÍGADO - CALCEDIOL RINS - CALCETRIOL Doenças não infecciosas - DOM • Doença osteometabólica – Hiperparatireoidismo nutricional secundário • Diagnóstico: dosagem sérica de fosfato e de cálcio, exames radiográficos evidenciam fraturas patológicas, escoliose e perda de radiopacidade da córtex óssea • Tratamento: correção do manejo (alimentar e ambiental - UVB), reposição de vitamina D3 e cálcio, medicação de suporte (analgésicos, fluidoterapia) Distocia/Retenção de Ovo • Causas: manejo ambiental inadequado (UVB e local de postura), deficiência de cálcio, alterações em trato reprodutivo • Sinais clínicos: apatia, anorexia, prolapso de cloaca ou oviduto, edema de membros posteriores*, mudança no comportamento • Diagnóstico: exame radiográfico, ultrassonografia, hemograma (leucocitose), bioquímico (cálcio - hipocalcemia) • Tratamento: correção do manejo, gluconato de cálcio (100 a 200 mg/kg IM) e 1 horas depois ocitocina (2 a 10 UI/kg IM) – pode ser repetida ate 2 vezes a cada 4 a 6 horas • Celiotomia* Doenças não infecciosas - Fraturas • Etiologia: traumas (quedas, atropelamentos e ataques de animais) Fonte: Alessandro Bijjeni Fonte: Alessandro Bijjeni Fonte: Alessandro Bijjeni Doenças infecciosas - Pneumonias • Causas: Enterobacteriacae (Klebsiella spp., Citrobacter spp., Aeromonas spp. e Pseudomonas spp.) • Fatores predisponentes: hipovitaminose A e manejo inadequado • Sinais clínicos: anorexia, descarga nasal, respiração oral, dispneia • DiagnósMco: sinais clínicos, exame radiográfico, lavado pulmonar e cultura bacteriana e anMbiograma • Tratamento: gentamicina, enrofloxacina amicacina e suporte (fluidoterapia, vit. A, aquecimento e nutrição), nebulização Doenças infecciosas – Estomatite • É uma afecção na cavidade oral que pode evoluir de simples inflamação para ulceração e necrose da mucosa oral devido infecções secundárias • Fatores predisponentes: estresse, superpopulação, baixas temperaturas, má nutrição e traumatismos • Suscetíveis: serpentes (ingestão de presas inteiras) • Sinais clínicos: salivação excessiva, anorexia, hiperemia da mucosa oral, edema gengival, petéquias, ulceração da mucosa e placas caseosas, osteomielite • Diagnóstico: suabes da cavidade oral e cultura bacteriana e antibiograma • Tratamento: limpeza e remoção de debris celulares, desinfecção com clorexidine diluída em soro fisiológico, antibióticos sistêmicos, AINES e fluidoterapia Fixando o conhecimento! • 1. Cite qual é e como ocorre a doença que mais afeta anuros na natureza, sendo caracterizada como bioindicador da qualidade ambiental. • 2. Cite quais os principais acessos venosos em anfíbios e répteis. • 3. Explique a importância do fornecimento de iluminação UVB e cálcio adequados para répteis, e cite qual a doença que implica na falta do seu fornecimento. • 4. Um animal apresentava edema de pálpebras, secreção nasal, dispneia e anorexia. Cite o possível diagnóstico para esta enfermidade e explique como devem ser feitos o tratamento e manejo adequados. • 5. Cite qual a região que devem ser feitas aplicações IM de antibióticos e outros fármacos em répteis, e explique o porquê. Obrigada !!! Recomendações: LivroTratado de Animais Selvagens Livro Reptile Medicine and Surgery - Mader
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