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Mamíferos: Roedores, Lagomorfos e Mustelídeos PROFA. YAMÊ DAVIES Roedores e Lagomorfos • Herbívoros X Onívoros • Praticam a coprofagia (cecotrofia) – Coelhos • Bolsas faciais (Hamster) • Hábitos noturnos X Hábitos crepusculares • Respiração obrigatoriamente nasal • Possuem orelhas compridas e com bastante vascularização – que favorece a termorregulação - Coelhos • Comportamento territorial • Crescimento contínuo dos dentes (Coelhos, Cobaias e Chinchilas) Ordem Lagomorpha • 2 famílias (Ochotonidae e Leporidae) • 12 gêneros • 81 espécies Aspectos biológicos - Coelhos • O ceco é a maior porção do TGI, com capacidade de até dez vezes a do estômago • Ingere os cecótrofos direto do ânus • Composição: rica em proteínas, nitrogênio, fibra, vit. B • Peristaltismo Características anatômicas - Coelhos Diferenças Lagomorfos e Roedores • Os lagomorfos diferem dos roedores por possuírem 2 pares de dentes incisivos superiores Características anatômicas - Coelhos • Sistema urinário: • O sistema urinário esta envolvido no metabolismo do cálcio • A excreção de cálcio e magnésio pela urina, torna a vesícula urinária e os rins favoráveis à formação de cálculos • A cor da urina pode variar de amarelo a vermelho; é naturalmente pigmentada pelas porfirinas Ordem Rodentia • 32 famílias (Muridae, Caviidae e Chinchilidae) Família Muridae • Rato, Mercol ou Twister, Camundongos, Gerbil, Hamster Mus musculus Rattus norvegicus Cricetulus griseusMeriones unguiculatus Bolsas faciais • Bolsa gutural ou bolsas faciais • Localizam-se no interior da boca, onde estoca alimentos • Não sofre processo digestivo • As mães, quando ameaçadas, escondem seus filhotes. Cobaia - Vitamina C • Os PDIs tem dificuldade em sintetizar essa vitamina • Pouca ingesta de vit C causa escorbuto (hipovitaminose C) • Administrar via oral (50 a 100 mg/kg) - diariamente Família Mustelidae - Ferret • Portaria 93 de 7 de julho de 1998 – IBAMA • Importação de animais esterilizados e marcados (castração e remoção glândulas anais) Família Mustelidae - Ferret • Carnívoros • Composição ideal: • Ração específica • Proteína 30% a 40% • Gorduras 18% a 20% • Não digerem grandes quantidades de carboidratos ou fibras • Carne crua e ovo podem ser oferecidos como petisco 1 vez por semana Exame clínico • Temperatura • Auscultação pulmonar • Exame da cavidade oral •Mucosas • Pele (parasitas) • Palpação dos ossos e articulações Principais enfermidades LAGOMORFOS E ROEDORES Doenças bacterianas Pasteurelose • Etiologia: Pasteurella multocida • Suscetíveis: coelhos • Transmissão: contato direto, aerossóis, fômites e aleitamento • Sinais clínicos: espirros, estertores, descarga nasal e/ou ocular de coloração esbranquiçada ou amarelada Doenças bacterianas Pasteurelose • Diagnóstico: cultura bacteriana do exsudato, sangue ou tecidos • Podem permanecer portadores • Tratamento: • Enrofloxacina VO, 5 – 20 mg/kg, BID, 14-30 dias • Ciprofloxacina (colírio), BID ou TID • Suporte (alimentação, fluidoterapia, limpeza) • Probiótico* • Prevenção: manter colônia livre através de testes sorológicos Doenças bacterianas Abcessos • Etiologia: Pasteurella spp., Staphylococcus spp. e Pseudomonas spp. • Suscetíveis: lagomorfos • Fatores predisponentes: má oclusão dentária, fratura dentária, laceração de gengivas e lesões em pele • Transmissão: contato direto • Sinais clínicos: edema e exsudato purulento (caseoso) • Diagnóstico: exame radiográfico (dentes) e cultura bacteriana • Tratamento: excisão cirúrgica, extração dentária e antibioticoterapia Doenças bacterianas Enterites bacterianas • Etiologia: Escherichia coli, Clostridium piliforme, Salmonela spp. e Pseudomonas spp. • Suscetíveis: lagomorfos e roedores • Fatores predisponentes: dietas inadequadas ou utilização inadequada de antibióticos • Transmissão: via oro-fecal • Sinais clínicos: diarreia com sangue, desidratação, perda de peso, prolapso retal • Diagnóstico: cultura bacteriana e antibiograma Doenças bacterianas Enterites bacterianas • Correção da dieta (nível adequado de fibras) • Probiótico (Lactobacillus) • Enrofloxacina VO, SC ou IM, 5 mg/kg, BID, 14 dias • Sulfa-trimetroprim VO, 15 mg/kg, BID, 14 dias • Suporte (alimentação, fluidoterapia, limpeza) Tratamento: Prevenção: dieta adequada e evitar estresse Doenças bacterianas Pododermatite ulcerativa • Etiologia: Staphylococcus aureus • Suscetíveis: lagomorfos e roedores (cobaia e chinchila) • Fatores predisponentes: erros de manejo, deficiência de vitamina C* (cobaia) • Transmissão: contato direto (lesões) • Sinais clínicos: úlceras em coxins e disseminação óssea (osteomielite) • Diagnóstico: exame radiográfico e cultura bacteriana • Tratamento: limpeza, antibioticoterapia e bandagem Doenças parasitárias - Endoparasitas Encefalitozoonose ou Síndrome vestibular • Etiologia: Encephalitozoon cuniculi • Suscetíveis: lagomorfos* e roedores • Transmissão: via oral (esporos eliminados na urina) ou vertical • Sinais clínicos: torcicolo, ataxia, nistagmo, paresia e convulsões Doenças parasitárias - Endoparasitas • Diagnóstico: sorologia, resposta ao tratamento, sinais clínicos e histopatológico • Diagnóstico diferencial: trauma, otite bacteriana, sarna (Psoroptes), acidente vascular cerebral ou neoplasia • Tratamento: • Enrofloxacina VO, SC ou IM, 5 mg/kg, BID, 14 dias • Sulfa-trimetroprim VO, 15 mg/kg, BID, 14 dias • Febendazol VO, 20 mg/kg, SID, 28 dias • Corticóide 0,1 – 0,2 mg/kg, EDA, 3 aplicações • Suporte (alimentação, fluidoterapia, limpeza) Doenças parasitárias - Ectoparasitas Sarna sarcóptica • Etiologia: Sarcoptes scabiei • Suscetíveis: coelhos • Transmissão: contato direto • Sinais clínicos: crostas brancas ou cinzas em região de olhos, narinas, orelhas e patas • Diagnóstico: microscopia de crostas • Tratamento: ivermectina 0,3 – 0,4 mg/kg, SC, a cada 7 a 14 dias Doenças parasitárias - Ectoparasitas Sarna demodécica • Etiologia: Demodex criceti e D. aurati • Suscetíveis: hamster* • Transmissão: contato direto • Sinais clínicos: alopecia em dorso, descamação esbranquiçada (caspa), prurido • Diagnóstico: raspado de pele e microscopia • Tratamento: ivermectina 0,2 – 0,4 mg/kg, SC, a cada 7 dias, 3 tratamentos Doenças não infecciosas Tricobezoar • Etiologia: dieta inadequada (pouca fibra), manejo inadequado • Suscetíveis: coelhos • Sinais clínicos: hiporexia, diminuição do volume fecal, prostração • Diagnóstico: sinais clínicos, histórico da dieta, palpação e exame radiográfico (intestino com gases) Doenças não infecciosas Tricobezoar Tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico DROGAS UTILIZADAS DOSE FUNÇÃO Butorfanol 0,1 – 0,5 mg/kg SC, IM, 24 hrs Analgesia Ciproeptadina 1 – 4 mg/coelho VO, 12-24 hrs Estimulante de apetite Enrofloxacina 5 mg/kg VO, SC, IM, 12 hrs Infecções secundárias Fluidoterapia 100 – 150 ml/kg/dia Manutenção hídrica Meloxicam 0,1 – 0,5 mg/kg VO, SC, IM, 24 hrs AINE, analgesia Metoclopramida 0,2 – 0,5 mg/kg VO, SC, 6-8 hrs Motilidade TGI Simeticona 65 – 130 mg/animal VO, 1 hr – 3 tratamentos Reduz desconforto abdominal devido aos gases Doenças não infecciosas Má-oclusão e Hipercrescimento dentário • Etiologia: dieta inadequada (pouca fibra), manejo inadequado • Suscetíveis: lagomorfos e roedores (cobaia e chinchila) • Sinais clínicos: hiporexia, dor, prostração, sialorreia com perda de pelos ao redor da boca ou dermatite úmida em queixo e papada • Diagnóstico: sinais clínicos, exame da cavidade oral e exame radiográfico • Tratamento: desgaste dentário e correção da dieta Principais enfermidades MUSTELÍDEOS (FERRET) Doenças virais Cinomose • Etiologia: paramixovírus (Paramyxoviridae) • Suscetíveis: mamíferos (carnívoros)* • Reservatórios: canídeos, mustelídeos e procionídeos • Transmissão: contato direto e aerossóis • Sinais clínicos: anorexia, vômitos, descarga nasal e ocular, diarreia, vermelhidão e erupção em queixo, dermatite em regiãoinguinal, hiperqueratose de coxins, sinais neurológicos (hiperexcitabilidade, convulsões, tremores) • Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, sorologia e histopatológico • Prevenção: vacinação* Neoplasias • Sistema endócrino adrenais e pâncreas • Sistema hemolinfático • Sistema tegumentar • Sistema digestório • A partir de 3 anos de idade 40% Neoplasias Tumores de adrenal (adenoma, adenocarcinoma e hiperplasia) - Hiperadrenocorticismo • Órgãos: glândulas adrenais • Fatores predisponentes: castração precoce, fotoperíodo prolongado e genética • Sinais clínicos: alopecia simétrica bilateral, prurido, recorrência do comportamento sexual, disúria, aumento de mamas, aumento de próstata • Diagnóstico: sinais clínicos, ultrassonografia, dosagem de hormônios sexuais* • Tratamento: cirurgia ou acetato de leuprolide* (100 a 200 μg/animal/mês) Neoplasias Insulinoma • Órgãos: pâncreas (células betapancreáticas) • Sinais clínicos: hipoglicemia, idade (5 anos), náusea, salivação, incoordenação, fraqueza de membros pélvicos, coma • Diagnóstico: dosagem de glicose após 4 horas de jejum (<60 mg/dl), sinais clínicos, concentração de insulina sérica*, ultrassonografia • Tratamento: cirurgia ou prednisolona* (gluconeogênese), diazóxido (inibição da secreção de insulina) •Metástases são raras – prognóstico bom Dúvidas??
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