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Os Embargos de Declaração foram rejeitados tendo em vista a ausência de omissão, contradição ou obscuridade. Sendo assim, os honorários foram mantidos em 10 % do valor atualizado da causa, de acordo com o Acórdão embargado, nos parâmetros dos parágrafos 3º e 4º do art. 85, do CPC. Em síntese, fora alegado pelo embargante a omissão do Acórdão sob a justificativa de que o caso versa sobre o direito à saúde, razão pela qual o proveito econômico se faz inestimável, logo, os honorários deveriam ser arbitrados por apreciação equiparada, nos moldes do art. 85, §8º, do CPC. Ademais, menciona que a verba referente aos honorários deveria ser dividida entre aqueles que integram o polo passivo da demanda. Em seu relatório a Des. Natacha Nascimento Gomes Tostes Gonçalves de Oliveira defende que não foi possível vislumbrar nenhuma das hipóteses abordadas pelo art. 1.022 do CPC, quanto ao cabimento da peça aclaratória. Outrossim, destacou que o Colegiado entendeu pela aplicação do previsto no art. 85, §2º, do CPC, uma vez que o valor dado a causa, qual seja de R$ 30.000,00, não fora impugnado, assim, afastando a observância de razoabilidade e proporcionalidade. Por conseguinte, pontuou a I. desembargadora que a aplicação do parágrafo 8º do art. 85, é inviável para a questão debatida, visto que conforme o disposto no artigo supramencionado e orientações do E. Superior Tribunal de Justiça tal regra se aplica somente a situações excepcionais. Por fim, cumpre ressaltar que no tocante a alegação de divisão entre os entes, ora réus, se trata de inovação recursal, já que o valor da causa não fora impugnado no devido momento processual. Além do mais, com base no Instituto da Confusão não caberia honorários devidos pelo Estado em favor da Defensoria Pública.