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Embargos n0000022- 67 2018 8 19 0052

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Os Embargos de Declaração foram rejeitados tendo em 
vista a ausência de omissão, contradição ou obscuridade. Sendo assim, os 
honorários foram mantidos em 10 % do valor atualizado da causa, de acordo 
com o Acórdão embargado, nos parâmetros dos parágrafos 3º e 4º do art. 85, 
do CPC. 
Em síntese, fora alegado pelo embargante a omissão do 
Acórdão sob a justificativa de que o caso versa sobre o direito à saúde, razão 
pela qual o proveito econômico se faz inestimável, logo, os honorários 
deveriam ser arbitrados por apreciação equiparada, nos moldes do art. 85, 
§8º, do CPC. Ademais, menciona que a verba referente aos honorários 
deveria ser dividida entre aqueles que integram o polo passivo da demanda. 
Em seu relatório a Des. Natacha Nascimento Gomes 
Tostes Gonçalves de Oliveira defende que não foi possível vislumbrar 
nenhuma das hipóteses abordadas pelo art. 1.022 do CPC, quanto ao 
cabimento da peça aclaratória. Outrossim, destacou que o Colegiado 
entendeu pela aplicação do previsto no art. 85, §2º, do CPC, uma vez que o 
valor dado a causa, qual seja de R$ 30.000,00, não fora impugnado, assim, 
afastando a observância de razoabilidade e proporcionalidade. 
Por conseguinte, pontuou a I. desembargadora que a 
aplicação do parágrafo 8º do art. 85, é inviável para a questão debatida, visto 
que conforme o disposto no artigo supramencionado e orientações do E. 
Superior Tribunal de Justiça tal regra se aplica somente a situações 
excepcionais. 
Por fim, cumpre ressaltar que no tocante a alegação de 
divisão entre os entes, ora réus, se trata de inovação recursal, já que o valor 
da causa não fora impugnado no devido momento processual. Além do mais, 
com base no Instituto da Confusão não caberia honorários devidos pelo 
Estado em favor da Defensoria Pública.

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