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Diretrizes Curriculares Nacionais para os Ensinos Fundamental e Médio: Orientações para o Ensino da Língua Portuguesa Tema 05 – As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Brasileira Thais Faria Coelho Bloco 1 Orientações específicas das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio para o Ensino da Língua Portuguesa Estabelecer uma relação entre os discursos prescritos nos documentos oficiais, referentes ao Ensino das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio para o ensino da Língua Portuguesa, e os sentidos construídos pelos educadores que estão vivendo a implantação dessa proposta em suas salas de aula. Depois, a Emenda Constitucional nº 14/96 mudou a redação desse inciso sem alterar o espírito da redação original, inscrevendo no texto constitucional “a progressiva universalização do Ensino Médio gratuito”. Sendo assim , a Constituição confere a esse nível de ensino o estatuto de direito de todo cidadão. A Lei de Diretrizes e Bases confere caráter de norma legal à condição do Ensino Médio como parte da Educação Básica, quando, por meio do Art. 21, estabelece: “Art. 21. A educação escolar compõe-se de duas etapas: I – Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II – Educação superior”. Para tal, a Lei estabelece uma perspectiva para esse nível de ensino que engloba: • a formação do aluno, de maneira a desenvolver valores e competências necessárias à integração de seu futuro ao projeto da sociedade em que se situa; • o aprimoramento do aluno enquanto ser humano, englobando a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; • a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo; • o desenvolvimento das competências para continuar sempre aprendendo, de forma autônoma e crítica, em níveis mais difíceis do ensino. Quando falamos em linguagens, devemos sempre pensar que se inter-relacionam nas práticas sociais e na história de cada individuo, fazendo com que a circulação de sentidos produza formas sensoriais e cognitivas diferenciadas, levando sempre em conta, também, o reconhecimento de que as linguagens verbais, icônicas, corporais, sonoras e formais, entre outras, estruturam-se de forma semelhante sobre um conjunto de elementos (léxico) e de relações (regras) que são significativas. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Ensinos Fundamental e Médio: Orientações para o Ensino da Língua Portuguesa Tema 05 – As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Brasileira Thais Faria Coelho Bloco 2 A prática escolar voltada à leitura literária tem sido a de desconsiderar a leitura do mundo propriamente e privilegiar atividades de metaleitura, ou seja, a de estudo do texto, aspectos da história literária, características de estilo etc., deixando em segundo plano a leitura do texto literário que, muitas vezes, não faz parte do cotidiano do aluno, o que acaba por afastá-lo cada vez mais do ato de ler. O educador deve sempre incentivar o educando à leitura, construindo significados para a leitura de seus textos, de acordo com o principal objetivo da leitura, o repertório do aluno e a mediação que é efetuada. Essas escolhas ligam-se não só às preferências pessoais, mas a exigências curriculares dos projetos pedagógicos da escola. Porém existe, nessa perspectiva, aspectos que devem ser considerados: • dos tempos escolares, que levam à necessidade de organização sistemática; • dos gêneros; • os autores que serão lidos pelos alunos com uma margem para outras leituras não previstas e, por que não, “anárquicas”. Bibliografia: BOLL, C. I. Os Dispositivos Midiáticos na Cultura Digital: a ousadia enunciada em uma estética que potencializa eu, você e todos os outros que quiserem participar. In CORÁ, E.J. (Org.). Reflexões Acerca da Educação em Tempo Integral. Porto Alegre: Evangraf, 2014, 280p. BOLL, C. I.; MELO, R. S. Cultura Digital e Educação: desafios contemporâneos para a aprendizagem escolar em tempos de dispositivos móveis. CINTED-UFRGS. Novas tecnologias da Educação. v. 12 nº 1, julho, 2014. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p . ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm>. Acesso em: 14 maio 2018. HICKMANN, R. I. Ciências sociais no contexto escolar: para além do espaço e tempo. In:______. (Org.). Estudos sociais: outros saberes. Porto Alegre: Mediação, 2002. KREUTZ, J. A pesquisa-intervenção e o vídeo-conceito como resistência ao consumismo digital na formação de professores na modalidade EAD. AYVU - Revista de Psicologia, n. 1, dez. 2014. LEMOS, A. Cultura da mobilidade. Revista Famecos. v. 1, n. 40, 2009. LEMOS, A.; JOSGRILBERG, F. (Org.). 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