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Orientações para o Ensino da Língua Portuguesa

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Diretrizes Curriculares 
Nacionais para os 
Ensinos Fundamental e 
Médio: Orientações 
para o Ensino da Língua 
Portuguesa
Tema 04 – Orientações específicas da 
Diretrizes Curriculares Nacionais para 
o Ensino Fundamental para o Ensino 
da Língua Portuguesa
Thais Faria Coelho
Bloco 1
Orientações específicas da Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Ensino Fundamental para o 
Ensino da Língua Portuguesa
Observamos que, segundo as orientações dos PCNs:
”Um leitor competente é alguém que, por iniciativa
própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que
circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma
necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de
leitura adequada para abordá-los de formas a atender a
essa necessidade” (PCN de Língua Portuguesa de 5ª a 8ª
Série, 1998; p. 15).
O tratamento didático que a leitura precisa dentro da sala
de aula, segundo os PCNs, refere-se à maneira como a
leitura foi e está sendo exercitada pelos educadores, isto
é, se for usada como objeto de aprendizagem, é
necessário que ela faça sentido para o educando,
afastando-se, assim, daquele ensino em que o aluno/leitor
não vê referência nem sentido naquilo que lê.
Sabemos que a Língua evolui a cada momento histórico,
sendo assim, ela é um sistema de signos históricos e
sociais que faz com que os indivíduos consigam dar um
significado ao mundo e à realidade. Todo texto se organiza
dentro de um determinado gênero, que é formado de
formas diferentes de enunciados disponíveis em cada
cultura, caracterizado por três elementos: conteúdo
temático, estilo e construção composicional.
No Brasil, existem variedades linguísticas que são
decorrentes de cada classe social existentes e das
diferentes regiões, e toda essa diversidade, muitas
vezes, é sinônimo de preconceito na sociedade. Cabe à
escola, ao ensinar a Língua Portuguesa, livrar-se do mito
de que determinado modo de falar é certo, deve se
livrar do pensamento que defende que deve transmitir a
escrita sendo o espelho da fala e, com isso, seria preciso
consertar a fala do aluno para que ele escreva bem.
É papel da escola trabalhar a leitura em sala de aula,
todos os dias, com os alunos tanto de forma silenciosa
como em voz alta, porém, alguns cuidados devem ser
tomados. Antes de o aluno ou o grupo fazer a leitura para
o restante da classe, esta deve ser lida com os olhos, em
silêncio, para uma análise prévia, cautelosa e se ter
conclusão de possíveis dúvidas que possam surgir ao ler
o texto.
O trabalho do professor com as regras deve estar
contextualizado nas diversas situações em que os
alunos tenham razões para escrever corretamente,
em que o emprego das regras seja fundamental,
porque existem, de fato, leitores para a escrita que
produzem.
Diretrizes Curriculares 
Nacionais para os 
Ensinos Fundamental e 
Médio: Orientações 
para o Ensino da Língua 
Portuguesa
Tema 04 – Orientações específicas da 
Diretrizes Curriculares Nacionais para 
o Ensino Fundamental para o Ensino 
da Língua Portuguesa
Thais Faria Coelho
Bloco 2
O direito à educação constitui o fundamento maior
destas Diretrizes.
O Ensino Fundamental deve comprometer-se com
uma educação de qualidade social, igualmente
entendida como direito humano.
O educador deve sempre incentivar o educando a leitura,
construindo significados para a leitura de seus textos, de
acordo com o principal objetivo da leitura, o repertório do
aluno e a mediação que é efetuada.
As aulas de leitura deverão sempre deixar de ser parte de
um método tradicional, em que o educando apenas
decodifica as palavras inseridas no texto, ou seja, as aulas
de leitura não deverão ser simples aulas de alfabetização
(ensinar a ler e escrever) para se tornarem aulas de leitura
(construção de sentidos).
Bibliografia 
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gráfica da escrita: uma análise linguística do processo de
alfabetização. Cadernos de Estudos Linguísticos, v. 16,
Campinas: IEL/Unicamp, 1989.
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desdobramentos. Campinas: Papirus, 1994.
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Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas.
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1. grau. São Paulo: 1988.
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Filologia e linguística portuguesa, n. 1. São Paulo:
Humanitas Publicações FFLCH-USP, 1997.