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Mielomeningocele: Malformação Congênita da Coluna Vertebral

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Amanda Ferreira
00341945
 
MIELOMENINGOCELE
Professor orientador: Rodrigo Turri 
 
São Paulo 
2023
Introdução 
Este trabalho tem como objetivo apresentar o MIELOMENINGOCELE e seus estágios.
 
Mielomeningocele
A Mielomeningocele é uma malformação congênita da coluna vertebral do feto que ocorre no início da gravidez.
Isso faz com que os ossos da coluna do bebê não se desenvolvam adequadamente. Desse modo, crianças que nascem com o defeito podem desenvolver problemas graves, como hidrocefalia e paralisa cerebral.
Entretanto, é possível realizar o diagnóstico durante a gravidez. A identificação da malformação de modo precoce oportuniza a realização da Cirurgia Fetal de correção, minimizando as sequelas.
 
O defeito consiste no não fechamento da parte mais baixa do tudo neural – estrutura onde se origina a medula e o cérebro do feto.
A partir disso, uma bolsa nas costas do bebê é formando, deixando expostas a medula, as raízes nervosas e as meninges. 
Assim, a Mielomeningocele é considerada a manifestação mais grave de espinha bífida, pois deixa a medula espinhal exposta ao líquido amniótico.
Quando não diagnosticada precocemente, as principais sequelas deixadas pela falha são:
Dificuldade ou ausência de movimentos nas pernas;
Fraqueza muscular;
Perda de sensibilidade para calor ou frio;
Incontinência urinária e fecal;
Malformação nas pernas ou pés.
Outros problemas, como dificuldade para respirar ou engolir, também podem ser notados em crianças nascidas com Mielomeningocele.
Estes ocorrem devido à alteração cerebral chamada malformação de Chiari tipo II, que se desenvolve com a alteração (herniação) de uma parte do cérebro.
Mielomeningocele e hidrocefalia
As crianças que nascem com mielomeningocele podem apresentar hidrocefalia em 60 a 80% dos casos. Realizar a cirurgia fetal reduz a incidência deste quadro, mas o procedimento inclui riscos para o bebê e para a gestante.
Mielomeningocele e seus estagios
A MMC pode ser classificada em níveis funcionais de acordo com seu comprometimento neurológico: torácico, lombar alto, lombar baixo e sacral5 . O nível torácico se caracteriza pela ausência de movimentação ativa nos membros inferiores. O nível lombar alto apresenta funcionalidade nos músculos psoas, adutores dos quadris e quadríceps. O nível lombar baixo, além da musculatura citada anteriormente, demonstra função nos músculos flexores mediais do joelho e eventualmente tibial anterior e/ou glúteo médio. Já o nível sacral, além dos músculos citados, pode ter atividade do tríceps sural para flexão plantar. O prognóstico funcional e de marcha tem relação direta com o nível da lesão, presença ou não de deformidades ortopédicas, obesidade e alterações cognitivas. Conforme, a descrição feita por Liptak & Dosa (2010) no que se refere à deambulação: pacientes com nível funcional torácico e lombar alto conseguem deambular por curtas distâncias com auxílio de órteses longas em membros inferiores e aditamentos como andadores, porém passam a utilizar a cadeira de rodas no início da adolescência; os casos com nível lombar baixo conseguem deambular com órteses em membros inferiores e muletas canadenses como dispositivo auxiliar de marcha; enquanto no nível sacral podem realizar marcha com auxílio de órtese suropodálica
.
Causas
A Mielomeningocele não tem uma causa específica comprovada. O que as pesquisas mostram é que fatores genéticos, como histórico de malformações da coluna na família, podem indicar o aparecimento da falha.
Além disso, fatores maternos como diabetes, uso de anticonvulsivantes durante a gestação e a nutrição inadequada, também podem aumentar a chance de o bebê desenvolver a malformação.
Assim, o principal meio de prevenção da Mielomeningocele ainda é a suplementação de ácido fólico antes e durante a gravidez.
Isso pois, além de evitar a malformação, o ácido fólico ajuda a prevenir o parto prematuro e outros defeitos abertos do tubo neural.
Diagnóstico
Parte de saber tudo sobre Mielomeningocele é entender como acontece o diagnóstico correto da malformação. Neste sentido, ele pode ser feito ainda durante a gestação, através da combinação de exames laboratoriais e da realização do exame de ultrassom, entre as 18.ª e 22.ª semanas de gravidez.
Do mesmo modo, a ecografia morfológica ajuda a identificar os sinais sugestivos da malformação, que podem causar a dilatação dos ventrículos cerebrais (hidrocefalia) e alterações na cabeça do feto perceptíveis no exame de imagem.
Além disso, as alterações nos ossos frontais e no formato do perímetro da cabeça formam o sinal do limão, que serve como alerta para uma investigação mais detalhada.
O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite a realização da cirurgia fetal intrauterina – que deve ser realizada antes da 27.ª semana de gestação.
Caso a correção não ocorra no período pré-natal, o diagnóstico acontece logo ao nascimento, com a visualização de uma espécie de bolsa nas costas do bebê.
Tratamento
Nos casos em que a malformação não é identificada com tempo hábil para realizar a Cirurgia Fetal, o tratamento inicia logo nas primeiras 48 horas após o nascimento.
É importante ressaltar que tanto a Cirurgia Fetal, quanto a realizada após o nascimento, corrigem a lesão na coluna do bebê mas não tratam das sequelas.
Por outro lado, as crianças submetidas à Cirurgia Fetal de Mielomeningocele tem mais chances de desenvolverem independência funcional e apresentam um melhor prognóstico no seu desenvolvimento.
Além disso, o procedimento intrauterino diminui a ocorrência de problemas posteriores.
Com isso, a criança possui menos riscos de apresentar herniação do encéfalo posterior, menor necessidade de procedimentos cirúrgicos de derivação ventricular e melhor função motora aos 30 meses.
Cirurgia uterina
Para a correção intrauterina, a cavidade abdominal da gestante é aberta e o útero é exposto. Este, por sua vez, também é aberto e a Cirurgia Fetal de Mielomeningocele é realizada.
Desse modo, o procedimento oferece uma melhor visualização do feto e da malformação, permitindo uma abordagem semelhante à da cirurgia pós-natal. Depois da cirurgia, a gestante permanece internada durante três ou quatro dias, para observação e controle da atividade uterina.
Aspectos em imagem 
Aspectos em imagem 
Aspectos em imagem 
Aspectos em imagem 
Aspectos em imagem 
Aspectos em imagem 
Bibliografia
https://www.scielo.br/j/fp/a/v4QtQSkLJFZDrcHmfWwLYph/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/zpFGNLXL8dVnmk3XJpfrcLR/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/fp/a/mR4p5ykKXf6jKT9pqd3HTfk/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/aob/a/WPPfc4ZXyWZjsMyNh6zbyzr/?lang=pt
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https://www.scielo.br/j/fp/a/v4QtQSkLJFZDrcHmfWwLYph/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/abo/a/4qNnNHY7YKVhVTcwBg9nNgn/?lang=pt

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