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Vias aferentes tato, pressão e vibração

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UNIT - Medicina P5- Bianca Lima de Souza
Vias aferentes: tato, pressão e vibração
FISIOLOGIA
● As sensações somáticas podem
ser classificadas em três tipos
fisiológicos: 
1. Sensações somáticas
mecanoceptivas (sensações de
tato e de posição); 
2. Sensações termoceptivas (calor e
frio);
3. Sensações nociceptivas (fatores
que lesionam os tecidos).
● Sensações táteis: incluem o
toque, a pressão, a vibração e a
cócega;
● Sensações de posição: incluem
posição estática e sensações de
velocidade de movimento.
● Sensações exteroceptivas:
percebidas na superfície do
corpo. 
● Sensações proprioceptivas: se
relacionam ao estado físico do
corpo, incluindo as sensações de
posição, de tendões e de
músculos, pressão da sola dos
pés e, até mesmo, a sensação de
equilíbrio.
● Sensações viscerais
(interoceptivas): advêm das
vísceras do organismo.
● Sensações profundas: tecidos
profundos, como fáscias,
músculos e ossos, bem como
incluem principalmente a pressão
“profunda”, a dor e a vibração.
INTER-RELAÇÕES DAS SENSAÇÕES
TÁTEIS DE TOQUE, PRESSÃO E
VIBRAÇÃO:
● Embora o toque, a pressão e a
vibração sejam classificados
como sensações separadas, eles
são detectados pelos mesmos
tipos de receptores. 
● Existem três diferenças principais
entre eles: 
1. O toque geralmente resulta da
estimulação de receptores táteis
na pele ou nos tecidos
imediatamente profundos a ela;
2. A pressão geralmente resulta da
deformação de tecidos mais
profundos;
3. A vibração resulta de sinais
sensoriais repetitivos e rápidos,
embora sejam utilizados alguns
dos mesmos tipos de receptores
de toque e de pressão.
RECEPTORES TÁTEIS:
1
Introdução
2. Detecção e transmissão
de sensações táteis
2
● Há, ao menos, seis tipos
completamente diferentes de
receptores táteis
→ Terminações nervosas livres:
encontradas por toda a parte na pele e
em outros tecidos, podem detectar toque
e pressão. 
→ Corpúsculo de Meissner: receptor
de toque com grande sensibilidade, que
consiste em um prolongamento de
terminação nervosa encapsulado.
Encontrados nas porções não pilosas da
pele, extremidades dos dedos e dos
lábios. Se adaptam em uma fração de
segundo após serem estimulados, por
isso, são particularmente sensíveis ao
movimento de objetos na superfície da
pele, bem como à vibração de baixa
frequência.
→ Discos de Merkel: um tipo de
receptores táteis de terminação
expandida. As porções não pilosas, assim
como as porções pilosas da pele também
possuem um número moderado desses
receptores. Transmitirem um sinal
parcialmente adaptativo inicialmente
forte, seguido de outro sinal mais fraco,
que se adapta mais lentamente. São
responsáveis por gerar estímulos
estáveis que permitem que o indivíduo
determine o toque contínuo. Juntamente
com Meissner são importantes em
localizar as sensações de toque, bem
como em determinar a textura.
→ Órgão do folículo piloso: o leve
movimento de qualquer pelo do corpo
estimula uma fibra nervosa entrelaçada
em sua base. Também funciona como
receptor de toque. O receptor se adapta
prontamente e detecta principalmente:
movimento de objetos na superfície do
corpo ou contato inicial com o corpo.
→ Terminações de Ruffini: são
terminações nervosas multirramificadas
e encapsuladas. Se adaptam muito
lentamente e, portanto, são importantes
na sinalização de estados contínuos de
deformação dos tecidos (toque pesado
prolongado e de pressão). 
→ Corpúsculos de Pacini: situam-se
imediatamente embaixo da pele e, mais
profundamente, nas fáscias. Estimulados
somente pela rápida compressão local
dos tecidos, pois se adaptam em alguns
centésimos de segundo. Detecção da
vibração dos tecidos ou de outras
alterações rápidas de seu estado
mecânico.
Mecanorreceptores da pele. Note os
agrupamentos de discos de Merkel
localizados na epiderme basal se conectando
a uma única grande fibra mielínica. As células
de Meissner também estão situadas na
epiderme basal, margeando os bordos das
elevações papilares, ao passo que
corpúsculos de Pacini e terminações de
Ruffini são encontrados na derme. Uma fibra
mielínica inerva cada um desses órgãos
receptores.
2
3
TRANSMISSÃO DE SINAIS TÁTEIS EM
FIBRAS NERVOSAS PERIFÉRICAS
● Quase todos os receptores
sensoriais especializados
transmitem sinais por meio de
fibras tipo Aβ, com velocidade
de 30 a 70 m/s. 
● As terminações nervosas livres de
tato transmitem sinais
principalmente pelas fibras
mielínicas tipo Aδ (5 a 30 m/s)
e fibras desmielinizadas tipo C, (1
a 2 m/s). 
● Tipos mais críticos de sinais
sensoriais – determinação da
localização precisa da pele, de
gradações mínimas de
intensidade ou de alterações
rápidas – são transmitidos por
tipos de fibra sensorial de
condução mais rápida. 
● Tipos mais grosseiros de sinais –
pressão, toque mal localizado e
especialmente cócegas – são
transmitidos por fibras nervosas
menores e muito mais lentas.
DETECÇÃO DA VIBRAÇÃO
● Todos os receptores táteis estão
envolvidos na detecção da
vibração, embora receptores
diferentes detectem frequências
de vibração diversas. 
● Corpúsculos de Pacini:
detectam sinais de vibração de
30 a 800 ciclos/s, pois respondem
extremamente rápido a
deformações mínimas e rápidas
dos tecidos. (fibras nervosas Aβ). 
● Corpúsculos de Meissner:
detectam vibrações de baixa
frequência, com 2 a 80 ciclos/s.
Se adaptam com menor rapidez
do que corpúsculos de Pacini.
DETECÇÃO DAS CÓCEGAS E PRURIDO
POR TERMINAÇÕES NERVOSAS
LIVRES MECANORRECEPTIVAS
● Estudos demonstraram a
existência de terminações
nervosas livres mecanoceptivas
de rápida adaptação que
deflagram somente sensações de
cócegas e prurido. 
● Essas terminações são
encontradas quase
exclusivamente nas camadas
superficiais da pele. 
● Essas sensações são
transmitidas por fibras C
muito pequenas e
desmielinizadas.
● O propósito da sensação de
prurido é presumivelmente
chamar a atenção para estímulos
superficiais leves. 
● Os sinais deflagrados ativam o
reflexo de coçar ou outras
manobras que livram o
hospedeiro do agente irritante
(mosquito, pulga). 
● O prurido pode ser aliviado pela
fricção se essa ação remover o
agente irritante ou se a fricção for
forte o suficiente para causar dor.
● Acredita-se que os sinais de dor
suprimam os de prurido na
3
4
medula por meio de inibição
lateral.
● Quase toda a informação
sensorial dos segmentos
somáticos adentra a medula
espinhal pelas raízes dorsais
dos nervos espinhais.
● Desde seu ponto de entrada na
medula até a chegada no
encéfalo, sinais sensoriais são
conduzidos por uma dentre duas
vias sensoriais;
● Esses dois sistemas se unem
parcialmente no nível do tálamo.
1. Sistema coluna dorsal-lemnisco
medial;
2. Sistema anterolateral. 
SISTEMA COLUNA DORSAL-
LEMNISCO MEDIAL:
● Conduz sinais ascendentes até o
bulbo pela coluna dorsal da
medula espinhal;
● Sinapse e decussação para o lado
oposto no bulbo;
● Os sinais continuam acendendo
pelo tronco encefálico até o
tálamo por meio do lemnisco
medial.
● Composto por grandes fibras
nervosas mielínicas (rápidas);
● Alto grau de orientação
espacial com relação a origem
de suas fibras nervosas;
● A informação sensorial que deve
ser transmitida rapidamente com
fidedignidade temporal e espacial
será conduzida principalmente
pelo sistema coluna dorsal-
lemnisco medial. 
● O sistema dorsal se limita a tipos
discretos de sensações
mecanoceptivas.
SISTEMA ANTEROLATERAL:
● Após sua entrada na medula a
partir das raízes nervosas dorsais,
fazem sinapse nos cornos dorsais
da substância cinzenta da medula
e cruzam para o lado oposto;
● Ascendem pelas colunas anterior
e lateral da substância branca da
medula. 
● Esses sinais terminam em todos
os níveisinferiores do tronco
encefálico e no tálamo.
● Composto por fibras mielínicas
menores.
● Muito menos orientação
espacial. 
● A informação que não necessita
de transmissão rápida ou com
4
3. Vias sensitivas de
transmissão de sinais
somáticos para o sistema
nervoso central
5
alta fidedignidade espacial é
conduzida principalmente pelo
sistema anterolateral.
● Capacidade de transmitir um
amplo espectro de modalidades
sensoriais, como dor, calor, frio
e sensação de tato grosseiro. 
ANATOMIA DA COLUNA DORSAL-
LEMNISCO MEDIAL
● Ao adentrar a medula espinhal
pelas raízes nervosas dorsais,
as fibras mielínicas grandes dos
mecanorreceptores
especializados se dividem para
formar um ramo medial e um
ramo lateral. 
● Ramo medial se vira primeiro
em sentido medial e, em seguida,
para cima na coluna dorsal,
percorrendo a medula pela coluna
dorsal até o encéfalo.
● Ramo lateral adentra o corno
dorsal da substância cinzenta e
se divide várias vezes para
fornecer terminais que farão
sinapse com neurônios locais.
Esses neurônios locais exercem
três funções:
1.Emite fibras que adentram as colunas
dorsais da medula e, em seguida,
trafegam em sentido ascendente até o
encéfalo.
2.Muitas fibras são bastante curtas e
terminam localmente na substância
cinzenta da medula para produzir
reflexos espinhais.
3.Outros neurônios originam tratos
espinocerebelares.
● As fibras nervosas que adentram
as colunas dorsais passam para a
região dorsal da medula sem
interrupções, onde fazem sinapse
nos núcleos cuneiforme e grácil. 
● A partir desses núcleos, neurônios
de segunda ordem decussam ao
lado oposto do tronco encefálico e
continuam ascendendo pelos
lemniscos mediais até o tálamo. 
● Nesse trajeto, cada lemnisco
medial recebe fibras adicionais
5
4. Condução pelo sistema
coluna dorsal-lemnisco
medial
6
dos núcleos sensoriais do nervo
trigêmeo, que possuem, na
cabeça, a mesma função que as
fibras da coluna dorsal possuem
no corpo.
● No tálamo, as fibras do lemnisco
medial terminam na área
sensorial talâmica (complexo
ventrobasal). 
● As fibras nervosas de terceira
ordem projetam-se
principalmente para o giro pós-
central do córtex cerebral, região
denominada área
somatossensorial I, essas fibras
também se projetam para uma
área menor do córtex parietal
lateral denominada área
somatossensorial II).
 Sistema coluna dorsal-lemnisco medial de
transmissão dos tipos críticos de sinais
táteis.
CAMINHO PERCORRIDO:
Colunas dorsais → Região dorsal da
medula → Sinapse nos núcleos grácil e
cuneiforme → Decussam para o lado
oposto do tronco encefálico → Lemniscos
medial → Tálamo → Giro pós-central
(Área somatossensorial I) → Área
somatossensorial II.
→ Córtex somatossensorial: é a parte
do cérebro que reconhece de onde se
originam os tratos sensoriais
ascendentes. Cada um dos tratos
sensoriais possui uma região
correspondente no córtex, seu campo
sensorial.
→ Áreas sensoriais primárias:
sensações específicas – visuais, auditivas
ou somáticas – transmitidas ao cérebro a
partir de órgãos sensoriais periféricos. 
→ Áreas sensoriais secundárias:
localizadas a poucos centímetros das
áreas primárias, começam a analisar os
significados dos sinais sensoriais
específicos. 
Projeção do sistema coluna dorsal-lemnisco
medial pelo tálamo até o córtex
somatossensorial.
6
7
As duas áreas somatossensoriais do córtex,
áreas somatossensoriais I e II.
ORIENTAÇÃO ESPACIAL DAS FIBRAS
NERVOSAS NA COLUNA DORSAL/
SISTEMA LEMNISCO MEDIAL 
● Uma das características mais
marcantes é a orientação espacial
distinta de suas fibras nervosas
advindas de partes individuais do
organismo, que se mantém ao
longo de todo seu percurso. 
● Ex: nas colunas dorsais da
medula espinhal, as fibras das
porções inferiores do corpo se
situam no centro da medula,
enquanto as fibras que
adentram em níveis
segmentares
progressivamente superiores
formam sucessivas camadas
na lateral.
● No tálamo, ainda é mantida a
orientação espacial distinta,
sendo as porções caudais finais
do corpo representadas pelas
porções mais laterais e a cabeça
e a face representadas pelas
áreas mediais. 
● Devido à decussação dos
lemniscos mediais no bulbo, o
lado esquerdo do corpo é
representado pelo lado direito
do tálamo e o lado direito do
corpo, pelo lado esquerdo do
tálamo.
● A via anterolateral de transmissão
de sinais sensoriais pela medula
espinhal até o encéfalo transmite
sinais sensoriais que não
requerem localização
altamente precisa da fonte nem
discriminação de gradações finas
de intensidade. 
● Esses tipos de sinais incluem a
dor, o calor, o frio, o tato
grosseiro, a cócega, o prurido
e as sensações sexuais. 
ANATOMIA DA VIA ANTEROLATERAL
● As fibras anterolaterais da medula
espinhal se originam
principalmente no corno dorsal,
nas lâminas I, IV, V e VI.
● Nessas lâminas, terminam muitas
das fibras nervosas sensitivas da
raiz dorsal após sua entrada na
medula.
● As fibras anterolaterais cruzam
imediatamente na comissura
anterior da medula para o lado
oposto nas colunas brancas
anterior e lateral, onde se
direcionam para o encéfalo pelos
tratos espinotalâmico anterior e
espinotalâmico lateral.
● A terminação superior dos dois
tratos espinotalâmicos tem
principalmente dois destinos: 
1. Núcleos reticulares do tronco
encefálico;
2. Complexo ventrobasal e núcleos
intralaminares do tálamo.
 
● Sinais táteis são transmitidos
principalmente ao complexo
ventrobasal, terminando em parte
dos mesmos núcleos talâmicos,
onde terminam sinais táteis do
sistema coluna dorsal.
● A partir daí, os sinais são
transmitidos ao córtex
somatossensorial juntamente com
sinais das colunas dorsais.
● Somente uma pequena fração dos
sinais de dor se projetam
diretamente para o complexo
ventrobasal do tálamo. 
● A maioria dos sinais de dor
termina nos núcleos reticulares
7
5. Transmissão de sinais
sensoriais pela via
anterolateral
8
do tronco encefálico e é
conduzida desses núcleos até os
núcleos intralaminares do tálamo,
onde sinais de dor são
processados.
CARACTERÍSTICAS DA TRANSMISSÃO
PELA VIA ANTEROLATERAL
● As velocidades de transmissão
equivale a somente um terço a
metade das encontradas no
sistema coluna dorsal-lemnisco
medial;
● O grau de localização espacial
dos sinais é fraco em comparação
ao sistema coluna dorsal-
lemnisco medial.
● As gradações de intensidade
também são menos precisas,
sendo a maioria das sensações
reconhecidas em 10 a 20
gradações de força, comparadas
às 100 gradações do sistema da
coluna dorsal;
● A capacidade de transmitir sinais
de rápida alteração ou com
rápida repetição é fraca.
● Portanto, é evidente que o
sistema anterolateral é de tipo
mais grosseiro de transmissão
comparado ao sistema coluna
dorsal-lemnisco medial. 
● Algumas modalidades de
sensação são transmitidas
somente por esse sistema:
sensações de dor, de
temperatura, de cócegas, de
prurido e sexuais, juntamente
com o tato grosseiro e a pressão.
CAMINHO PERCORRIDO:
Corno dorsal (lâminas I, IV, V e VI) →
Cruzam na comissura anterior da medula
→ Tratos espinotalâmicos anterior e
lateral → Núcleos reticulares do tronco
encefálico ou complexo ventrobasal e
núcleos intralaminares do tálamo →
córtex somatossensorial 
 
● A sensação somática da cabeça,
incluindo-se a cavidade oral, é
transportada por quatro nervos
cranianos. 
● O nervo trigêmeo inerva
grande parte da cabeça e
cavidade oral e é o mais
importante dos quatro nervos. 
● Os nervos facial, glossofaríngeo e
vago inervam pequenas áreas da
pele. 
● Complexo Trigeminal: O nervo
trigêmeo possui um núcleo
enorme que pega todo o tronco
cerebrale faz anastomose nos
gânglios de C1 e C2. 
VIA EXTEROCEPTIVA TRIGEMINAL:
● Os neurônios de primeira
ordem estão localizados no:
gânglio do trigêmeo, gânglio
geniculado (nervo facial) e o
gânglio superior do
glossofaríngeo e o gânglio
superior do vago e se conectam
com os neurônios de segunda
ordem no núcleo do trato espinal
do trigêmeo e no núcleo principal
do trigêmeo, localizados no
tronco.
● Os prolongamentos centrais do
facial, glossofaríngeo e vago vão
para o núcleo do trato espinal. 
● A maior parte da via da cabeça
vem do trigêmeo e ele envia as
informações de dor e temperatura
para o núcleo do trato espinal;
● O tato epicrítico, propriocepção e
vibração vão para o núcleo
sensitivo principal;
● O tato protopático e a pressão
vão para ambos os núcleos. 
● As fibras do segundo neurônio
cruzam no plano mediano do
tronco, formando o lemnisco
trigeminal e sobem em
direção ao tálamo, no núcleo
póstero medial do tálamo,
fazendo sinapse com o neurônio
de terceira ordem e as fibras
sobem através da cápsula
interna, atravessam a coroa
8
6. Via trigeminal
9
radiada e chegam no giro pós
central.
● Caminho percorrido: Gânglio do
trigêmeo → núcleo do trato
espinal do trigêmeo e no núcleo
principal do trigêmeo → Cruzam o
plano mediano do tronco,
formando o lemnisco trigeminal →
tálamo → Giro pós-central;
VIAS AFERENTES (TATO, PRESSÃO E
VIBRAÇÃO):
● Duas vias sensitivas: via dorsal
lemnisco-medial e via
anterolateral; 
● Corpúsculo de Meissner:
adaptação rápida (fásico);
● Corpúsculo de Pacini: detecta
vibração (situado mais
profundamente), adaptação muito
rápida;
● Corpúsculo de Ruffel:
estiramento da pele; adaptação
lenta (tônico);
● Ativação retrógrada →
brotamento → quando dois
neurônios compartilham o mesmo
campo
● Área somatossensorial
primária: Giro pós-central
(responsável pela coxa, tórax
pescoço, ombro, mão, dedos,
língua e infra-abdominal);
● Área somatossensorial
secundária: Lobo parietal
inferior (responsável pela perna,
braço e face).
FISIOLOGIA DA DOR VIAS
AFERENTES E COMPLEXO
TRIGEMINAL
● IASP: Associação Internacional do
Estudo da Dor;
● Hoje, a dor é considerada um
quinto sinal vital; 
● Definição IASP: Experiência
sensitiva e emocional
desagradável associada, ou
semelhante aquela associada, a
uma lesão tecidual real ou
potencial.
● A dor é sempre uma experiência
pessoal influenciada em graus
variáveis por fatores biológicos,
psicológicos e sociais; 
● Dor e nocicepção são conceitos
diferentes. A dor não pode ser
determinada exclusivamente pela
atividade dos neurônios
sensitivos;
● Através de suas experiências de
vida, as pessoas aprendem o
conceito de dor; 
● Todo relato deve ser respeitado; 
● A dor pode ter efeitos adversos
na função e no bem-estar social e
psicológico; 
● A descrição verbal é apenas um
tipo de vários comportamentos
para expressar dor (em caso de
incomunicação deve-se utilizar
outros instrumentos para
avaliação da dor);
● Dor não pressupõe lesão;
DOR NOCICEPTIVA: Estímulo
nociceptivo, como frio calor, estímulo
mecânico e químico; pode gerar resposta
autonômica e de reflexo; cessado o
estímulo a dor cessa;
DOR INFLAMATÓRIA: Macrófagos,
mastócitos e neutrófilos são recrutados
para a região da lesão tecidual; Na
inflamação aguda, o estímulo de dor
passa direto, sem muita influência
fazendo parte dos sinais flogísticos (dor,
calor, rubor, edema e perda de função),
então sempre vai ser sentida, mesmo
que em diferentes intensidades (Pode
ocorrer alodinia, hipersensibilidade e
hiperalgesia). Já na inflamação crônica
nem sempre causa dor, pois o paciente
pode criar mecanismos de adaptação.
DOR NEUROPÁTICA: lesões nervosas
periféricas (axônios). Inicia-se como uma
dor mista pois acontece uma inflamação
local. Pode gerar dor espontânea e
hipersensibilidade;
9
ANOTAÇÕES DA AULA
10
DOR FUNCIONAL/ DISFUNCIONAL/
NOCIPLÁSTICA: Via hiperativada sem
motivos aparentes (fibromialgia). 
● A atividade física aeróbica
orientada é “Classificação A”
para pacientes com dor
disfuncional; Essa atividade
geralmente é bem regrada com
tempo exato, horário do dia e
intensidade determinados;
● Fisiopatologia da nocicepção:
Transformação dos estímulos
ambientais, físicos ou químicos
intensos em potenciais de ação,
que são transferidos das fibras
nervosas do SNP para o SNC.
Tipos de neurônios aferentes
relacionados a dor: 
● Fibras Adelta (levemente
mielinizada);
○ Tipo I: estimulação térmica
intensa; 
○ Tipo II: reagem ao calor
moderada;
○ Transmitem sinais de dor
primária, rápida em
pontada aguda.
● Fibra C (amielínica);
○ 80-90% receptores
polimodais (recebem
estímulos térmicos,
mecânicos e químicos); 
○ Transmitem sinais de dor
secundária ou lenta;
● As fibras Adelta e C podem
transmitir nocicepção mecânica,
química e térmica, mas algumas
são mais especializadas (Fibras
Adelta transmitem mais
informações de dor mecânica e
térmica e fibras C transmitem
mais informações de dor
química);
VIA NEOESPINOTALÂMICA 
● A via neoespinotalâmica é mais
recente evolutivamente; 
● Conduz majoritariamente
estímulos mecânicos e térmicos;
● Fibras A delta com sensação de
dor aguda; bom componente
sensitivo discriminativo tanto de
local, como de intensidade; 
● Caminho percorrido: lâmina I
do corno dorsal → cruza no
mesmo nível medular a comissura
anterior da medula → ascende
pelo trato espinotalâmico lateral
→ núcleo ventoposteroinferior e
ventoposterolateral do tálamo →
córtex somatossensorial primário;
● No córtex temos a consciência da
dor que está ocorrendo e é
possível reconhecer a intensidade
e a localização exata do estímulo;
VIA PALEOESPINOTALÂMICA 
● A via paleoespinotalâmica é
filogeneticamente mais antiga;
● Dor contínua e mal localizada;
● Neurônios de ampla faixa
dinâmica (dispara com estímulos
diferentes e com várias
intensidade de potencial de
ação); 
● Multissináptico (a medida que
vai ascendendo ele vai ativando
outras vias pelo caminho);
● Outras vias que são ativadas:
Via espinorreticular; Via espino-
mencefálica e Via espino-
hipotalâmica: leva a informação
ao hipotálamo e também ao
córtex pré-frontal que dá
característica cognitivo
motivacional. A informação
também chega ao sistema límbico
e ao córtex somatossensorial (de
maneira diminuída), tendo então
uma dor mal localizada e com
componentes emocionais, o que
caracteriza uma cronificação;
● Componentes envolvidos na
dor crônica: Cognitivo-
motivacional, social e afetivo-
emocional; 
● Caminho percorrido: lâmina II e
III do corno dorsal → cruza no
mesmo nível medular a comissura
anterior da medula → ascende
pelo trato paleoespinotalâmico →
hipotálamo, sistema límbico,
córtex somatossensorial e etc;
10
11
VIA DA COLUNA POSTERIOR
● Via pós-sináptica do funículo
posterior ou via da coluna
posterior: responsável pelo tato,
pressão e vibração;
● As informações entram pela
região do corno posterior;
● A aferência visceral ocorre pela
via paleoespinotalâmica e pela
via da coluna posterior (que é
uma via mais rápida e permite
uma dor aguda da parte visceral
com um pouco de componente
discriminativo);
○ Dor aguda visceral: via
paleoespinotalâmica + via
da coluna posterior;
○ Dor crônica visceral: via
paleoespinotalâmica; 
● Ex: Numa cólica forte (transmitida
pela via paleoespinotalâmica) o
paciente faz pressão na barriga
para obter alívio, isso porque a
pressão estimula a via lemnisco
medial (coluna dorsal). Assim o
impulso da dor é parcialmente
substituído pelo impulso da
pressão (Estímulo portão)
VIA TRIGEMINAL
● Estímulos de dor da parte
orofacial seguem pela via
trigeminal;
● Via trigeminal: neurôniosnociceptivos da cabeca, face e
estruturas intraorais;
● É uma via rápida; transmite
informações discriminativos e
difusas (ou seja, ocorrem com
maior intensidade em um ponto
específico e de maneira mais
atenuada em todo o resto da
face); 
 
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