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Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 1 A hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível definida por níveis pressóricos elevados nos quais os benefícios de tratamento superam os riscos. Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos, ambientais e sociais. Qual a importância? Por se tratar de condições frequentemente assintomáticas, a HAS costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvos, como coração, cérebro, rins e vasos. Coração - Doença arterial coronária (DAC): A pressão alta dentro dos vasos causa uma força de “cisalhamento” dentro da artéria, que lesa a parede e cria microlesões. Isso possibilita o depósito e acúmulo de LDL (gordura), disparando uma cascata inflamatória. Com isso, há o acúmulo de diversas células e a formação de uma placa de ateroma. - Insuficiência cardíaca (IC): ocorre por remodelamento do músculo, pois há uma hipertrofia concêntrica do mesmo, levando a um grau de disfunção. - Fibrilação arterial (FA): por remodelamento do átrio esquerdo, que aumenta de tamanho. - Morte súbita Cérebro: acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH), demência. RINS: Doença renal crônica que pode evoluir para necessidade de terapia dialítica Sistema arterial: doença arterial obstrutiva periférica (DAOP): mesma fisiopatologia citada na DAC. Associa-se a fatores de risco metabólico, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito. Apresenta impacto significativo nos custos médicos e socioeconômico, decorrentes das complicações nos órgãos alvos Fatores de risco GENÉTICA: os fatores genéticos podem influenciar os níveis de PA entre 30-50% (Teríamos que fazer um sequenciamento genético para ver se o indivíduo tem predisposição a HAS, mas na pratica não é feito por ser um exame caro e ser realizado em grandes centros). IDADE: com o envelhecimento, ocorre enrijecimento progressivo e da perda de complacência das grandes artérias (isso por conta do acúmulo de cálcio). Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam HA. Considerada como fator de risco quando: > 55 anos homens // > 65 anos mulheres Sexo: em faixas etárias mais jovens, a PA é mais elevada entre homens, mas com passar dos anos a HAS se apresenta maior nas mulheres. Assim, na sexta década de vida, a PA entre as mulheres costuma ser mais elevada e mais prevalente que nos homens. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 2 SOBREPESO/OBESIDADE*: parece haver uma relação direta/contínua entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) e os níveis pressóricos, sendo que a perda de peso em 5% do peso total pode diminuir até 30% dos valores médios da PA. SEDENTARISMO*: há uma associação direta entre sedentarismo e elevação da PA. Globalmente, a falta de atividade física (menos de 150 minutos de atividade física por semana) era de 27,5%. * Sobrepeso/obesidade + sedentarismo = principais fatores causadores de HAS. INGESTÃO DE SÓDIO E POTÁSSIO: a ingestão elevada de sódio tem se mostrado um fator de risco para elevação da PA Maior prevalência de HAS quando a ingestão média é > 2g de sódio, o equivalente a 5g de sal de cozinha. De maneira inversa, o aumento na ingestão de potássio reduz os níveis pressóricos. Essa redução parece ser maior naqueles com ingestão elevada de sódio e entre os indivíduos da raça negra. Alimentos ricos em K+= caqui, banana. ÁLCOOL: Há maior prevalência de HAS naqueles que ingerem seis ou mais doses ao dia , o equivalente a 30g de álcool= 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600ml): = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250ml): = 1 dose (42% de álcool, 60ml) de destilados (uísque, vodca, aguardente) FATORES SOCIOECONÔMICOS: podemos destacar menor escolaridade e condições de habitações inadequadas, além da baixa renda familiar, como fatores de risco significativo para desenvolvimento da HAS. Isso leva, principalmente, a uma alimentação rica em gorduras, carboidratos e pobres em proteínas, favorecendo o sobrepeso e, consequentemente, HAS. MEDICAMENTOS: principalmente drogas simpatomiméticas (estimulam SN Simpático) como: Descongestionantes nasais Antidepressivos tricíclicos (inibem a recaptação de NOR na fenda sináptica NOR por si só tem um efeito simpaticomimético, aumentando FR e PA), como amitriptilina e imipramina Hormônios tireoidianos Contraceptivos orais Anti-inflamatórios, principalmente AINES Drogas ilícitas (cocaína, maconha, anfetamina) CAUSAS DE HAS SECUNDÁRIA: Hipertensão decorrente de uma causa identificável (algumas alterações/distúrbios), que pode ser tratada, determinando melhora ou cura da hipertensão. Pensamos em casos de pacientes muito jovens e idosos que eram normotensos, saudáveis. 1) Apneia obstrutiva do sono (AOS): há clara evidência que sustenta a relação a AOS e a HA e o aumento do risco para HA resistente. É quando o paciente realiza pausas respiratórias durante o sono (pacientes mais obesos e com pescoço curto) ocorre por um relaxamento da musculatura da traquéia e da glote, que tende a cair por cima da epiglote e faringe em pacientes obesos, dificultando a passagem de ar. Nessa pausa, ocorre pico pressórico, liberação de cortisol e NOR. - Pessoa não dorme bem a noite, acorda cansado e a pressão não regula. - É descoberto por um exame: polissonografia. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 3 2) Distúrbios endócrinos: Hipo/Hipertireoidismo (mais comum hiper do que hipo), Hiperaldosteronismo, Feocromocitoma e síndrome de Cushing. Síndrome de Cushing: excesso de cortisol, fazendo retenção de água e sódio elevando pré-carga aumento de pressão. Feocromocitoma: tumor na suprarrenal produtor de catecolaminas (tríade clássica: cefaléia + sudorese + palpitação) Hiperaldosteronismo: Casos de um paciente, por exemplo, de 25 anos que chega com pressão 190 x 100. Magro, atleta e com um K+ = 3. quadro de hiperaldosteronismo (aldosterona retém sódio e excreta potássio). Nesse paciente geralmente o sódio está normal porque o paciente está compensando o excesso de sódio com um aumento na ingesta de água. IMAGEM: a HAS, então, é uma doença multifatorial, estando relacionada com diferentes fatores. Diagnóstico e classificação: Avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial inclui: Confirmação do diagnóstico Suspeita e a identificação de causas secundárias em casos de início de HAS nos extremos de idade (não é normal aparecer HAS em pessoas <20 anos e nem em >70 anos que nunca foi hipertenso e começou a ser) Avaliação do risco cardiovascular Investigação de lesões de órgãos – alvo (LOA) e as doenças associadas - Fazem parte dessa avaliação: medida da pressão arterial (PA) no consultório e/ou fora dele, utilizando-se técnica adequada e equipamentos validados e calibrados; a obtenção de anamnese, realização de exame físico e a investigação clínica e laboratorial (exames de urina, hemograma completo). IMAGEM: 2- É preciso selecionar o manguito adequado, pois se o manguito for menor, ele pode hiperestimar o valor da pressão, ou seja, ela dá um valor maior do que realmente é. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 4 1º. Medida da pressão arterial de consultório: São considerados hipertensos os indivíduos com PAS > ou = 140mmHg e/ou PAD > ou = 90mmHg. Quando utilizadas as medidas de consultório, o diagnóstico de HA deverá ser sempre validade por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais visitas médicas em intervalos de dias ou semanas. CONDIÇÕES IDEAIS: Bexiga vazia; não falar durante a aferição; braço apoiado na mesa; não consumir álcool ou cigarro nos últimos30 min; não se exercitar nos últimos 60min. EXCEÇÃO: Quando a PAS é acima de 180 ou PAD acima de 110 mmHg, não tem necessidade de medir a pressão novamente, uma só aferição já é considerado diagnóstico de HA, independente se ele tenha passado por algum estresse antes da aferição (bateu o carro, levou um chifre). 2º. Medida ambulatorial da Pressão arterial (M.A.P.A.): Aparelho eletrônico que afere a pressão automaticamente a cada 30 min durante 24h. Ele “avalia níveis pressóricos noturnos”. Paciente é considerado com HAS se tiver MÉDIA pressórica > ou = a 130/80mmHg. Usamos quando temos dúvida no diagnóstico do paciente (hipertensão mascarada) ou ainda em casos que suspeitamos de apneia noturna. É importante para avaliar o descenso noturno: fisiologicamente, nossa pressão tende a cair cerca de 10% da PAS e 5 até 10% da PAD durante o sono. O MAPA consegue registrar esses valores à noite para saber se isso está acontecendo ou ainda se a PA está subindo (pode ser um indicativo de apneia obstrutiva do sono). ** Muitas vezes ocorre descenso noturno atenuado: há uma diminuição da PA durante a noite, mas essa diminuição é menor do que deveria ocorrer isso indica que o paciente tem um risco aumentado de ter hipertensão. 3º. Medida residencial da pressão arterial (M.R.P.A.): Automedida da pressão arterial com aparelho eletrônico ou manual Realizada por 5 dias preferencialmente com 3 aferições cedo e 3 aferições ao entardecer. Paciente é considerado com HAS se tiver média pressórica > ou = 130/80mmHg. Diferença com relação ao MAPA: Não consegue medir o descenso noturno e nem avalia se tem apneia obstrutiva do sono. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 5 IMAGEM **prova Se os valores de PAS e PAD estiverem em estágios/classificações diferentes, considero o maior valor, independente se for sistólica ou diastólica. Ou seja, se o valor da PAS estiver em Hipertensão Estágio 1 e a PAD estiver em Hipertensão Estágio 2, devemos classificar o paciente como Hipertensão Estágio 2. (o maior valor é o que prevalece). Fatores de risco (FR): aqueles já visto anteriormente (excesso da ingestão de sódio, sedentário,....) Todos os pacientes com DM, independente de estar controlado ou não, são considerados de alto risco. Todos os pacientes com lesão de órgão-alvo (LOA) são considerados de alto risco. DRC estágio 3 = estágio pré-dialítico IMAGENS: Só para relembrar os valores Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 6 Entidades especiais São diagnósticos de hipertensão que foram divididos para facilitar o estudo e tratamento. Hipertensão do Avental Branco (HAB): Quando a PA é elevada no consultório, mas é normal fora dele. Prevalência: pode ser detectada em cerca de 15 a 40% dos indivíduos com PA elevado no consultório. É mais comum nos pacientes com HAS estágio 1. A presença de lesões de órgão-alvo e o risco de eventos cardiovasculares associados a HAB são menores do que na HAS. Para realizar o diagnóstico, pedimos um MAPA ou MRPA. HIPERTENSÃO MASCARADA (HM): Quando a PA é normal no consultório, mas é elevada fora dele. Prevalência: pode ser detectada em cerca de 7 a 15% dos pacientes normotensos. Vários fatores podem elevar a PA fora do consultório em relação à PA do consultório: idade avançada, sexo masculino, tabagismo, consumo de álcool, atividade física. Na aula de semiologia clínica, o Dr José falou: aquele paciente que você jura que é hipertenso por ser obeso, sedentário, tabagista ou por HAS familiar, mas que durante a consulta a pressão está normal, e no dia a dia a pressão está elevada. Por isso que quando atendermos pacientes com essas características devemos pedir um MAPA. Hipertensão Arterial Resistente *** PROVA: 10 a 20% de prevalência Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão. As 3 classes de anti-hipertensivos incluem: 1 bloqueador do sistema renina-angiotensina (IECA ou BRA) 1 bloqueador dos canais de cálcio (BCC) de ação prolongada 1 diurético tiazídico (DT) de longa ação Hipertensão Arterial Refratária 3% de prevalência DEFINIÇÃO: Quando após tratamento de 3 meses de cuidados com especialista em hipertensão, paciente permanece com PA não controlada apesar do uso de 5 ou mais diferentes classes de anti-hipertensivos incluindo clortalidona e espironolactona devemos pensar em hipertensão secundária, pois não é normal. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 7 Clortalidona diurético tiazídico Espironolactona antagonista da aldosterona. Entra como 4ª linha terapêutica. Dose de 25 mg, geralmente, as 16:00 hrs. Tem como efeitos colaterais hipercalemia e mastodínia (ginecomastia dolorosa em homens, indicação de suspensão do medicamento. Contra-indicações/suspensão do medicamento em pacientes com creatina > 2,5; K+ > 5 e mastodínia. Tratamento não farmacológico Utilizado em todos os pacientes: Controle da obesidade/perda de peso Prática de atividade física Diminuição ingesta de sódio Cessar tabagismo/evitar consumo excessivo de álcool Para pacientes sem risco cardiovascular adicional que se encontram nos limites pressóricos, pode-se orientar apenas tratamento não farmacológico. Para pacientes com risco cardiovascular baixo que se encontram nos limites pressóricos ou em estágio 1 de HAS pode – se tentar tratamento não farmacológico por 6 meses. Tratamento farmacológico Para pacientes com risco cardiovascular moderado ou alto Para pacientes com HAS estágio 2 ou 3 IMAGEM: os verdes são as combinações preferenciais utilizadas: IECA/BRA com tiazídico, tiazídico com BCC ou BCC com IECA/BRA. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 8 Bloqueadores de Canais de Cálcio (BCC) mais usados para tratar hipertensão: Eles agem diretamente nos vasos bloqueando os canais de Ca+. Esse íon faz parte da contração de musculatura lisa vascular e da cascata de coagulação. Usamos os BCC diidropiridínicos. Não usamos os BCC não diidropiridínicos (não usamos frequentemente, apenas os cardiologistas e às vezes nem eles por não serem tão bons) BCC diidropiridínicos: 1. Nifedipino 2. Anlodipino costuma causar edema de membros inferiores, principalmente na região pré-maleolar (por conta da dilatação vascular, que causa aumento da permeabilidade vascular e extravasamento do líquido não melhora com diurético, sendo necessário trocar o medicamento. 3. Levanlodipino é mais novo, mais potente e tem menos efeito colateral BCC não diidropiridínicos 1. Verapamil 2. Diltiazem Diuréticos tiazídicos 1. Hidroclorotiazida é o mais usado, pois tem no SUS. Efeitos colaterais como hiperuricemia (aumento do acido úrico), hiperglicemia e aumento dos lípides (gordura). 2. Clortalidona 3. Indapamida Obs: furosemida é diurético de alça. Costuma usar muito no PS, mas não serve para tratar hipertensão, pois tem efeito rebote. É uma medicação usada inicialmente para controle de volemia (principal função é perder liquido). A não ser que um paciente tenha um caso especifico, como paciente com HAS associada a um edema agudo de pulmão, não devemos usar furosemida para controle pressórico de rotina. IMAGEM: Na base tem mudanças no estilo de vida (tratamento não farmacológico) para todo mundo. Depois entramos no tratamento farmacológico, podendo fazer associação entre os 3: BCC, tiazídicos e BRA ou IECA. Quando um paciente apresenta hipertensão e ela não controla mesmo com a utilizaçãodos 3 (hipertensão resistente), iremos utilizar também a espironolactona. ** ISRA inibidores do sistema Renina-Angiotensina ** Quando chegar em um nível de usar + de 5 drogas, devemos pensar em hipertensão refratária e em causas secundárias. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 9 Há alguns anos, a preferência era de utilizar doses máximas de um único anti-hipertensivo, caso não atingisse a meta, aí associava com outra classe. Hoje em dia, não devemos usar monoterapia praticamente pra ninguém (com exceção de idoso para não correr risco de causar hipotensão). Devemos entrar com 2 classes de anti- hipertensivos (terapia combinada). Foi visto que essa terapia combinada diminui o efeito de eventos colaterais/adversos e chega em um nível pressórico mais adequado do que monoterapia isolada. Pode fazer associação de qualquer um dos 3. O que não pode associar é IECA com BRA, pois ambos agem no SRAA. ISRA inibidores do sistema Renina-Angiotensina São os IECA ou BRA IECA 1. Captopril 2. Inalapril: 5 mg de 12/12 horas até 20 mg de 12/12 horas. BRA 1. Losartana Máximo de 100 mg por dia. Na bula fala pra tomar uma vez por dia, mas na prática clinica do professor, ele divide em duas tomadas (50 mg). Isso porque o tempo de meia vida dela não é tão longo e percebia que conforme chegava no fim do dia, a pressão subia. Então, ele divide as 100 mg 1 vez ao dia em 50 mg em duas tomadas. BETABLOQUEADORES Não são medicamentos de primeira linha para hipertensão. São mais utilizados em insuficiência cardíaca e não em hipertensão. Pode entrar como 5ª ou 6ª classe. 1. Propanolol: é de 1ª geração. Mais antigo, penetra na barreira hematoencefálica. É um betabloqueador não seletivo lipossolúvel, podendo bloquear os receptores beta do pulmão também e causar broncoespasmo. 2. Atenolol: betabloqueador seletivo hidrossolúvel que não penetra na barreira hematoencefálica. Medicamento de 30 anos atrás, não sendo considerado mais tão bom. É metabolizado via renal, não devendo ser utilizado em pacientes com indicativos de problemas renal. 3. Succionato de Metropolol (Selozoc): 4. Bisoprolol (concor): 5. Carvedilol Esses 3 últimos diminuem a mortalidade em insuficiência cardíaca Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 10 ALFA 2 agonista 1. Clonidina (Atensina): age no SNC inibindo a recaptação de NOR na fenda sináptica. Efeito colateral/causa sedação (não é muito indicado para idosos, pois eles costumam ter muita sonolência e boca seca) e pressão baixa. Usamos no PS e principalmente com aquelas pessoas que chegam com crise de ansiedade e pressão alta. Tem posologia de 0,1; 0,15 e 0,20. Efeito rápido (cerca de 30 min já abaixa a pressão). Não é legal para tratamento permanente de HAS. Usamos mais quando o paciente não pode usar espironolactona, tem efeito colateral de beta-bloqueador, não pode usar ISRAA e tiazídicos caso de paciente renal crônico dialítico Usado também em pacientes com hipertensão refratária. ALFA 1 Bloqueadores 1. Doxazosina: bloqueia o receptor alfa no vaso, causando vasodilatação direta. É um medicamento também usado para tratar hiperplasia de próstata. Efeito colateral: Podem provocar hipotensão sintomática na primeira dose. Vasodilatador Direto (VD) Atuam diretamente relaxando a musculatura lisa arterial, levando à redução da resistência vascular periférica (RVP). 1. Hidralazina 2. Minoxidil Outros como Monocordil e Isordil. Metas terapêuticas Em pacientes com risco cardiovascular baixo ou moderado, a meta é que a pressão fique < 140/90 mmHg. Em pacientes com risco cardiovascular alto, a meta é que sua pressão fique < 130/80 mmHg. Hipertensão Arterial Sistêmica Maria Eduarda Guimarães Cordes T6 11 Imagens passadas na aula de Semiologia Clínica, apenas para ajudar vocês a entender melhor os conceitos: NORMOTENSÃO VERDADEIRA pressão normal em casa e no consultório. ** Pacientes com Hipertensão do avental branco tem mais chances de desenvolverem HAS. HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO em casa a pressão é normal e no consultório é elevada HIPERTENSÃO MASCARADA aquele paciente que você jura que é hipertenso por ser obeso, sedentário, tabagista ou por HAS familiar, mas que durante a consulta a pressão está normal, e no dia a dia a pressão está elevada. Por isso que quando atendermos pacientes com essas características devemos pedir um MAPA. HIPERTENSÃO SUSTENTADA Pressão elevada tanto dentro quanto fora do ambiente hospitalar.
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