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CONCEITOS INICIAIS: · Fratura: Perda da continuidade óssea - 2 corticais · Luxação: Perda total da congruência articular (“vai e fica”) - Risco de lesar estruturas associadas · Entorse: Perda momentânea da congruência articular (“vai e volta”) - Lesão ligamentar, dividida em 3 graus (distensão, lesão parcial e lesão total). DIVISÃO OSSÉA OBS: NA CRIANÇA EXISTE A FISE, ENTRE A METÁFISE E A EPÍFISE TRATAMENTO GERAL · PRICE (Proteção, Repouso, Gelo ou Ice, Compressão e Elevação). · Fraturas podem ser tratadas conservadoramente (com gesso) ou cirurgicamente · Luxações precisam de redução imediata, que pode ser incruenta ou cruenta. FRATURA EXPOSTA: · Contato do osso com meio externo · Manejo -ATLS -Curativo estéril + Imagem -Antibiótico (em até 1h do início do atendimento) + Profilaxia antitetânica -Cirurgia (em até 24h) * Desbridamento * Limpeza mecânica (3-9L de solução salina) * Estabilização da fratura. FRATURAS DOS MMSS: Em idosos: FRATURAS DA MÃO: · Trauma axial ou esmagamento; · Rx para falange específica: PA +perfil; · Rx metacarpo ou toda a mão: PA + oblíquo; · Falange: talas metálicas curtas ou longas; · Metacarpo: imobilização antebraquiomanual com liberação de alguns dedos; · AMPUTAÇÃO: encaminhar rapidamente para o centro de reimplante especializado, guardar os seguimentos amputados (soro fisiológico, sacola de plástico, manter resfriado com gelo- isquemia fria de dedos ate 24h, e quente 6-12h) e no membro colocar curativo compressivo, elevar o membro, evitar torniquetes. · Indicações de reimplante: polegar, múltiplos dedos, crianças, nível do punho, antebraço e cotovelo. FRATURAS DOS OSSOS DO CARPO: · ESCAFOIDE: queda do punho com hiperextensão e desvio radial; - RX: PA+ PERFIL + oblíquia radial a 45° (supinada) + oblíqua ulnar a 45° (pronada); - Imobilização: Anteobraquiopalmar incluindo ou não o polegar. - Pouco frequente mas o manejo é difícil. - Clínica: dor e edema na tabaqueira anatômica, dor no tubérculo do escafoide, pistonagem (comprime e puxa) do polegar ou mobilidade reduzida deste. FRATURAS DO RÁDIO DISTAL*: · Mais comuns (23%), homens (entre 50-60anos); · Mecanismo mais comum: Queda da própria altura + mão espalmada (hiperextensão); - Fratura de Colles: desvio dorsal (posterior) e um pouco radial; · Queda da própria altura + mão espalmada + Desvio ulnar: Do “chauffeur”: fratura estiloideradial: · Queda da própria altura + punho em flexão + antebraço supinado: “cai sobre o braço”: Smith (Colles reversa): punho desvia volar (anterior). · Imobilização: axilopalmar ou antebraquiopalmar. · Complicações: compressão do nervo mediano (levando a sínd. Do túnel do carpo aguda), e sínd. Do compartimento (2° que mais ocorre)- princ anterior. OBS: Se a Sind.compartimental não for tratada em até 6H – Sínd. De Volkamnn (acomete 1° o flexor profundo dos dedos e depois o flexor longo do polegar, os flexores se contraem e fazem uma garra: DIÁFISE DO ANTEBRAÇO*: · Trauma direto: maior energia: · Rx: PA + perfil; · Fratura do cassetete: “paciente tenta se proteger de uma paulada”- acomete mais a ulna; · Imobilização: axilopalmar ou ante braquiopalmar; DIÁFISE DO ÚMERO: 1° - Queda da “própria altura”- idosos; 2° - Acidentes de transito- adultos; · Rx: AP e perfil · Imobilização: ou tipóia De velpeau, Pinça de confeiteiro (mais utilizadas), “Brace” funcional (abraçando, bastante usada). · Complicação: Lesão do nervo radial (Lesão de Holstein e Lewis)- ocorre em 2-17% casos, causa a mão caída e hiposensibilidade dorso radial da mão (território sensitivo do radial). Mas >70% recuperam espontaneamente. FRATURA DO ÚMERO PROXIMAL: - · 3° mais comum- osteoporose;- · Queda da “própria altura” – idosos – baixa energia; · Jovens- alta energia; · Rx: Série trauma – AP + Perfil de escápula (Y) + Perfil axilar · Pode-se solicitar TC; · Imobilização: de Velpeau, Tipoia (mais usado) ou Enfaixamento MJ (na emergência). · TTO CIRÚRGICO: artroplastia (próteses- em caso de impossibilidade de reconstruir a fratura, ou quando ocorre no colo anatômico por conta da alta chance de necrose avascular da cabeça do úmero) ou osteossíntese. FRATURA DE ESCÁPULA · Trauma direto, alta energia (acidentes automobilísticos, quedas de grandes alturas); · 0,2% (rara); · Geralmente associada a outras lesões: fratura de costelas (+ comum), cavidade torácica, cintura escapular, TCE; · Rx tórax: AP + perfil escápula (Y) + perfil axilar; · Pode-se solicitar a TC; · Imobilização: tipoia FRATURA DE CLAVÍCULA · Trauma direto: transito, esporte, queda de altura, bicicleta; · Geralmente a porção medial fica elevado pela força do esternocleidomastoideo, e a porção distal para baixo pelo próprio peso do braço. · Rx: AP · Imobilização: enfaixamento em “8”, tipoia. · TTO CIRÚRGICO: fio ou haste intramedular, placas; TRATAMENTO CIRÚRGICO: Avaliar se é: · Intra-articular: maioria é cirúrgico, mas em caso de pouco ou nenhum desvio ou em caso de não ter condições clínicas avalia a não operação. Usa-se placas ou parafusos para adquirir estabilidade absoluta (fixação completa) e obter a consolidação primária (sem formar calo osséo). OSTEOSSÍNTESE COM PLACA NO RAIO DISTAL · Extra-articular: geralmente aceita mais tratamento não cirúrgico, exceto em casos de: fratura exposta, iminência de exposição, lesõa vascular, politrauma. FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO- PINÇA DE CONFEITEIRO - Tenta-se a redução funcional (colocar no lugar), se não conseguir faz o TTO cirúrgico. - Cirurgia: Minimamente invasivo, permite a redução indireta e funcional, estabilidade relativa e consolidação secundária – haste, PLACAS, FIOS, DIÁFISE DO ÚMERO COM HASTE, FIOS NOS OSSOS DO CARPO FRATURA DA DIÁFISE DOS OSSOS DO ANTEBRAÇO · São considerados articulação funcional, por dar o movimento de pronação e supinação do membro devido a geometria desses ossos; · Assim, trata-se como uma fratura articular, pois pequenos desvios produzem grandes déficits funcionais · TTO CIRÚRGICO: placa, estabilidade absoluta. · No caso da fratura do cassetete (ulnar), o tto pode ser não cirúrgico em caso da presença desses 3 parâmetros: <50% de desvio, < 10° de angulação e que ocorra nos 2/3 distais da ulna. · Complicações: sínd. Do compartimento. FRATURAS NOS MMII · Risco elevado de TVP e tep; · Perda de massa muscular- sarcopenia; · Risco de pneumonias, ITU; · Quanto mais proximal, pior; · Maior instabilidade, são ossos mais longos; FRATURA DE FEMUR PROXIMAL* · ABCDE + buscar fraturas em outros sítios + pesquisar exposição da fratura + avaliar perfusão após alinhar o membro (palpa o pulso, ou entaõ faz o índice tornozelo braquial, se < 0,9 = lesão vascular); · Mais comum no idoso; · Colo e transtrocanteriana; · Mais em mulheres; · Fatores de risco: Podem ser divididos em: fatores que aumentam o risco de queda em idosos (distúrbios da marcha, déficit na visão, uso de medicamentos) e fatores que predispõem mudanças na massa óssea (citados abaixo); - A redução da massa óssea (princ.. por osteoporose) está presente em >84% dos pacientes com fratura do colo de fêmur; · Traumas de baixa energia; · Sinais e sintomas: · Diagnóstico: Rx AP + perfil (casos selecionados) + tração e rotação interna (auxiliar); · Fratura oculta do quadril:faz a pistonagem no quadril, e o paciente sente dor na virilia, ou faz uma RNM (escolha) ou uma TC. · Classificação de Garden; · Tração: sem benefício, exceto nos casos subtrocantéricas ou contratura em flexão. · TTO: de colo dentro de 12h (risco de necrose avascular, devido a maior vascularização), até 30% mortalidade dentro de 1 ano e trans/intertrocanterica: nas primeiras 48h · Tipos: · S e T são intracapsulares: 50% casos · - S tem maior risco de necrose da cabeça do fêmur, pela irrigação, T tem também. A B ta fora da zona de risco. · T corresponde a 34%. EXAME FÍSICO: · Quando sem desvio: mobilidade do quadril dolorosa; · Desviada: membro encurtado e rodado externamente (o mesmo ocorre na luxação anterior do quadril); TTO CIRÚRGICO: · Colo com desvio (rsico maior de necrose de cabeça do femur) = artroplastia parcial ou total · Colo sem desvio ou incompleta = ostesossíntese (parafusos ou DHS). · Basocervical (DHS) transtrocanteriana (Haste) e subtrocantérica: Osteossíntese TTO: · Profilaxia química e mecânica para TVP/TEP: bota pneumática, fisioterapia; · Tratar osteoporose: 50.000UI vit.D na admissão + 1000UI/dia no mín por semana por 12 semanas se deficiente + cálcio 1200mg/dia e iniciar bifosfonato dentro de 2 semanas. FRATURA DE DIÁFISE DO FÊMUR: · Alta energia (acidentes de trânsito, queda de altura e lesões por arma de fogo) – adultos jovens; · Geralm. Associada com outras lesões: joelho flutuante, lesões ligamentares e dos meninscos; · Feminino; · Rx AP + PERFIL + bacia e joelho (buscar lesões associadas); · TC: descartar lesões associadas; · Fixador externo: em caso de politrauma, instabilidade hemodinâmica, lesões extensas de partes moles e lesão vascular- diminui o risco de embolia gordurosa (pela estabilização precoce), melhora o cuidado e facilita a conversão para a síntese interna; · Tração esquelética: alternativa, impossibilidade do fixador, pino na tíbia proximal ou no fêmur distal; · TTO DEFINITIVO: cirúrgico: placa ou haste intramedular (preferível, mobilidade precoce); FRATURA DE FÊMUR DISTAL: · Alta energia; · Adultos jovens, rara; · Homens; · Incomum ter lesões associadas ou lesões ligamentares; · Rx: AP e perfil, se necessário faz TC (traço articular); FRATURAS DA PATELA · Menos comum; · Responsável pelo mecanismo extensor do joelho (50% da força);- ponto de alavanca, se este estiver íntegro após uma fratura (solicita o paciente a elevar o membro com joelho em extensão ou extender o joelho contra a força da gravidade), o TTO é conservador; · Trauma direto de baixa energia com ou sem trauma indireto (contração do quadríceps); OU trauma direto de alta energia (acidente); · Rx AP, perfil e axial; · TTO CIRURGICO: banda de tensão (fio ou pino) FRATURA DOS OSSOS DA PERNA (TÍBIA E FÍBULA)* · Geralmente ocorrem ambas; · Alta energia, adultos jovens; · Masculino; · Esporte, futebol, lutas; · Ate 63% dos casos é exposta; · Associada a lesões: sind. Do compartimento (mais no compartimento anterior), lesões no tornozelo e joelho (fratura e ligamentos), infecções, retardo de união, pseudoartrose; · A fíbula somente é operada quando é considerada fratura do tornozelo!!! · Rx AP e perfil; · TTO: fixado externo (provisório) linear ou circular (casos mais graves) ou haste* ou placa de tíbia (definitivo); FRATURA DO TORNOZELO* · Baixa energia: queda e esportes; · Mecanismo rotacional: pé supinado, causa lesão da articulação tíbio-fibular, pode fraturar a fíbula, o maléolo posterior ou medial. · Rx AP + PERFIL + AP com rotação interna de 15° (para tirar sobreposição). · Fratura ou lesão de Maisonneuve: lesão da membrana interrósea (que liga a fíbula na tíbia), ela rompe + lesão da fíbula proximal + lesão do ligamento deltoide oi maléolo medial. · TTO: gesso, botas ou cirúrgico (hastes ou placas dentro da fíbula). FRATURA DE CALCÂNEO · Alta energia (automobilístico, quedas > 2m); · > 60% intra-articular; · Lesões associadas (até 50% casos); fratura de vértebra lombar, fraturas de extremidade (planalto, pilão, colo do talus); · Rx perfil, AP do pé (lesões associadas) + axial; · TC + rx tornozelo; · TTO: gesso, botas ou cirúrgico (fios ou placas dentro do calcâneo). · Complicações: deiscência ou necrose de ferida (25%), infecção, artrose subtalar (muito dolorida) e deformidade do retropé; FRATURA DO 5° METATARSO · 68% das fraturas dos metatarsos; · Baixa energia; · Entorse (trauma indireto) ou queda da própria altura – 93% é avulsão da base, 4% é na junção metadiafisária proximal; · Ocorre por lesão da banda lateral da aponeurose (fáscia) plantar associada ou não a tração do tendão fibular curto; · TTO: conservadora, órtese funcional ou gesso, ou solado rígido. · TTO CIRURGICO: parafuso longo LUXAÇÕES Cuidado: · Cotovelo: N. ulnar · Joelho: A. poplítea; N. fibular · Quadril: N. ciático 1. ENTORSE DE TORNOZELO*: · Comum na prática esportiva: 15% das lesões do esporte, 31% das lesões no futebol e 45% das lesões no basquetebol; · 7-10% dos atendimentos nos pronto-socorros no trauma; · Mecanismo mais comum: inversão forçada do tornozelo (supinação seguida de rotação interna + ou não de flexão plantar); · Acomete: complexo ligamentar medial ou lateral* – ligamento fibulotalar anterior o mais acometido (60-70% casos). O ligamento posterior é o mais forte dos ligamentos laterais e raramente se rompe; · Diagnóstico: anamnese + exame físico (palpação das proeminências ósseas – maléolos lateral e medial, colo da fíbula e base do 5° metatarso) + buscar pontos de edema e dor; Rx (importante para afastar fratura): 15° de rotação interna da tíbia (AP verdadeira)- critérios de Otawa; · Classificação: Grau 1 – entorse leve, sem ruptura das estruturas ligamentares, com edema local; - Grau II: ruptura parcial dos ligamentos laterais, com edema difuso, dor intensa e hematoma; - Grau III: ruptura completa, associado ou não a fratura do maléolo lateral, edema difuso, hematoma e dor intensa, com incapacidade para apoio do membro; · Tratamento: sintomáticos (analgésicos, anti-inflamatórios, imobilização gessada ou funcional e elevação do membro, conforme o protocolo PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão e elevação) + uso de órtese funcional (air cast) ou imobilização com bota (robofoot). - TTO cirúrgico: raramente indicado, somente em casos de: luxação exposta, luxação franca e fratura-avulsa com fragmento grande, e em casos de pacientes sintomáticos, com instabilidade + refratários ao tto conservador + pelo menos 2 ligamentos com ruptura total. 2. LUXAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL): · É a articulação mais comumente luxada do corpo (90% na direção anteroinferior), possui a maior mobilidade de todas as articulações; · Pode ser traumática, atraumática, congênita (displasia de glenoide, síndrome de Ehlers-Danlos (déficit na produção do colágeno, causando hiperfrouxidão ligamentar)) ou neuromuscular (pós-avc, paralisia do plexo braquial); · Podem ser classificadas em função da direção da luxação de acordo com o posicionamento da cabeça do úmero (osso do braço), em relação a glenóide (parte da escápula): anteriores (85%), posteriores, inferiores ou superiores (raras); · TRAUMÁTICAS: queda ao solo, traumas esportivos e acidentes de trânsito; unilaterais, tto cirúrgico após o 2° episódio de luxação, história de trauma na 1/ luxação, acometem mais os homens sem hipermobilidade muscular (condição presente em algumas pessoas- hiperfrouxidão ligamentar). - Direto: - indireto: mais comum, abdução, extensão e rotação externa. · Exame físico: formato quadrado do ombro, devido a proeminência do acrômio – sinal “ da dragona de soldado)- com massa palpável anteriormente (cabeça do úmero) + limitação funcional do membro; · Avaliar o exame neurovascular: risco de lesão do nervo axilar;· Rx: AP + perfil de escápula e axilar – buscar fraturas associadas; · Lesão de Hill-Sachs: resulta do impacto da cabeça na borda anterior da glenoide, defeito (afundamento) na região posterolateral da cabeça do úmero, por conta da recorrência das luxações: · Tratamento: redução incruenta (não há exposição cirúrgica, o acesso é indireto): manobra de tração- contração*, Stimson, Milch e Kocher; - Cirurgico: Jovens + 2° episódio de luxação + história de trauma no primeiro A: Hipócrates (não mais usada); B: Tração-contração. · ATRAUMÁTICAS: não possuem história de trauma na 1° luxação, bilaterais, sexo femino, tto conservador c fisioterapia e fortalecimento muscular + hipermobilidade articular. 3. FRATURAS POR ESTRESSE: · Ou fadiga; · Fraturas espontâneas que resultam de cargas submáximas e repetitivas aplicadas sobre ossos de resistência elástica normal, causando desequilíbrio entre a sua formação e sua reabsorção; · Fratura de marcha: ocorria com frequência nos metatarsos de soldados; comum em jovens praticantes de atividades físicas e pessoas que iniciaram atividades novas ou aumentaram o nível da atividade que já praticavam: militares, corredores (20%), bailarinas, ginastas – a atividade é intensa com impacto e não deixa tempo para o osso se “recuperar”; · Fator de risco: mulheres com “tríade da mulher atleta” (distúrbio alimentar, amenorreia e osteoporose), corredores, bailarinas, idade (adultos e adolescentes), raça branca, sexo feminino (12x maior), fatores biomecânicos intrínsecos (valgismo acentuado dos joelhos e pés pronados, aumento da anteversão femoral, diâmetro reduzido da tíbia); fatores ambientais (mudança abrupta das caract.do treino, reabilitação insuficiente das lesões prévias), hábitos (tabagismo, atletas profissionais), histórico esportivo (corredores (>40km/semana), >5H de treino/dia, história previa de fratura por estresse; · Classificação: completas ou incompletas; · Mais comum: diáfise da tíbia (50%), ossos do tarso (26%), metatarso (9%), diáfise do fêmur (7-13%), colo do fêmur (5%), e na fíbula (5-21%); · Clínica: dor crônica e insidiosa por dias a semanas, precedida de auemnto do volume ou da carga do treinamente, sem associação com trauma. Geralm. Ocorre de 4-6 semanas após a mudança do treino. Palpação dolorosa localizada e edema; · Diag. Diferencial: lesões musculares, periostite, sínd.compartimental crônica; · Diagnóstico: anamnese + exame físico + Rx ou cintilografia óssea (3 fases: alta sensibilidade, baixa especificidade) ou TC ou RNM*. - RX: fazer a partir da 4° semana dos sintomas, visto imagens de reação periostal, formação do calo ósseo e a linha radiolucente (reabsorção) que representa o foco da fratura. · Bilateralidade ocorre em 16,5% casos; FRATURA POR ESTRESSE NO 5° METATARSO · Tratamento: conservador: fase I: repouso + controle da dor (dura de 3 semanas ate o fim dos sintomas álgicos); Fase II: reabilitação e retorno das atividades (progressivo, so passa de suma fase para a outra quando não há mais sintomas). · Fratura de diáfise da tíbia com o traço na cortical anterior e na região lateral do fêmur: lesão de alto risco, com perigo de progressão do traço de fratura, falha do tto conservador e retardo na consolidação = TTO: osteossíntese. FRATURA POR ESTRESSE DO COLO DO FÊMUR 4. TENDINOPATIAS: · Multifatorial, grande morbidade princ.. em atletas profissionais; · Lesão por sobrecarga que causa degeneração associado ou não com proc. Inflamatório, por isso deve-se evitar o termo “tendinite”; · Fatores extrínsecos desencadeantes: erro de treinamento, condições de superfície inadequedas (tipo de solo, calçados); · Fatores intrínsecos desencadeantes: falta de flexibilidade, doenças sistêmicas e uso de medicações – comum a associação de ambos os fatores; · Diagnóstico: Rx (calcificação tendinosa, fraturas avulsões com fragmentos ósseos), RNM e USG; · Tratamento: repouso relativo + restrição da atividade na fase inicial + reabilitação (cinesioterapia para alongamento, fortalecimento e trabalho da resistência muscular) + crioterapia e analgésicos. (obs: imobilização não é recomendada pois diminui a resistência do tendão); - cirúrgico: casos selecionados em que não houve resposta ao tto conservador após 4-6 meses; · Classificação: · Tendinopatias mais comuns: Tendinopatia de aquiles (tendão calcâneo, jogadores de futebol e atletismo), T. patelar (joelho “de saltador”, esportes de salto e impulsão como basquete, voleibol, e tênis de quadra), T. lateral do cotovelo (cotovelo de tenista), T do manguito rotador (ombro “de nadador”, músculos do manguito rotador – supraespinhal, infraespinhal, subescapuar e redondo menor, movimentos de arremesso, como natação, tenos de quadra e vôlei). 5. EPICONDILITES: · Tendinose ou tendinopatia; · Principal causa de dor no cotovelo em adultos; · Proc. Inflamatório crônico de origem tendinea flexo pronadora (medial, cotovelo de “golgista) ou extenso-supinadora (lateral, cotovelo “de tenista”; · Etiologia: traumas de repetição (ocupacional, esportes), trauma único ou demanda aumentada; · Epicondilite lateral ou cotovelo de tenista: dor na origem dos tendões extensores no epicôndilo lateral: extensor radial curto do carpo (ERCC) e o extensor comum dos dedos; · Epicondilite medial ou cotovelo de “golgista”: dor na origem dos tendões flexores, flexor radial do carpo (FRC); · Diagnóstico: clinico (dor local a palpação), pode-se associar USG; · Tratamento: fase aguda = repouso, crioterapia, AINE, fisioterapia analgésica; fase crônica= fisioterapia analgésica e anti-inflamatória, alongamentos, adequação postural, mudança de atividade e correção da técnica esportiva; - cirúrgico: abeta ou artroscópica, mas em últimos casos. 6. SUBLUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO/PRONAÇÃO*: · Causa: Elevar criança com membro superior estendido · Clínica: Membro em pronação fixa · Manobra de redução: Supinação e flexão 7. LUXAÇÃO POSTERIOR DO QUADRIL*: · Causa típica: Batida de carro; · Postura: Adução e rotação interna; · Riscos: Lesão do N. ciático, necrose avascular, osteoartrite; · Manobras de redução: - Manobra de Allis - Manobra de Stimso LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL ou Displasia do quadril (DDQ): A luxação congênita de quadril (LCQ) é a perda do contato da cabeça do fêmur com o acetábulo ao nascer. Manobras de Barlow e ortolani (diagnosticas).