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Babesiose: Parasita Transmitido por Carrapatos

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2 
 
 
Protozoários do filo Apicomplexa, parasitos de hemáticas 
(hospedeiros vertebrados), que é transmitido por meio da 
picada de carrapatos 
 
- Sinonímias: piroplasmose, febre da água vermelha, 
febre do Texas, febre da urina vermelha, tristeza 
parasitária bovina* 
- Obs.: completo tristeza parasitária bovina = 
Anaplasmose + Babesiose 
 
• Piro = fogo = febre 
 
- Reprodução assexuada: hospedeiro vertebrado 
(fissão binária) 
- Reprodução sexuada (esporogonia): carrapatos 
 
• Sexuada – no definitivo → definitivo = carrapato 
- Agente etiológico (bovinos, bubalinos, ovinos e 
caprinos): Babesia bigemina, Babesia bovis, Babesia 
major, Babesia divergens (atenção ao risco zoonótico) e 
Babesia ovis 
 
• Bovis → de maior prevalência 
 
- Obs.: espécies vetoras de interesse X ciclo 
 
 
 
 
• Bigemina tem estrutura maior do que a bovis → 
2 principais 
 
- Carrapato: Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
- Rostro curto; base do gnatossoma 
hexagonal; escudo não ornamentado de cor 
castanho-avermelhada; ausência de festões; 
peritremas ovais arredondados; machos = 2 pares 
de placas adanais e extremidade posterior 
apresenta apêndice caudal 
• Ciclo dele acontece todo no bovino → só a 
fêmea desce p fazer a postura de ovos no 
ambiente 
• Transmissão Transovariana → se a fêmea 
estiver infectada, todos os seus ovos também 
estarão, mesmo sem terem parasitado ninguém 
antes 
 
• P tratar → considerar ciclo ambiental e no 
animal 
3 
Ciclo biológico 
- Obs.: a fase assexuada da Babesiose pode ocorrer 
por toda a vida do animal (continuidade indefinida) 
- Transmissão por meio de carrapatos infectados 
- Parasita X carrapatos: infecção de glândulas salivares 
 
- Obs. 2: Carrapato: 
- Repasto sanguíneo: parasita adquire 
formato vermiforme no carrapato 
- Reprodução sexuada (esporogonia) no 
lúmen intestinal 
- Esporozoítas: gônadas da fêmea (infecção 
dos ovos = infecção das larvas) 
- Modificação Transestadial (larva – ninfa): 
infecção das glândulas salivares (reprodução 
assexuada: fissão binária) 
 
• Carrapato não tem sangue, tem hemolinfa 
o Esporocinetos de
 formato 
vermiforme 
 
• Carrapato é só hospedeiro da babesia 
• Parasitoide → parasita o parasita → ex.: 
ácaro que parasita um carrapato 
 
 
• Babesia = transmitida por meio da picada de 
carrapatos; parasita hemácias 
 
Epidemiologia 
- Interação dos seguintes fatores: 
 
- Virulência da cepa: Babesia bovis e B. bigemina: 
altamente patogênicas. B. major: doença transitória 
 
• + Patogênica = + grave 
 
- Idade do hospedeiro: Animais mais jovens 
possuem menor suscetibilidade quando comparados 
a animais idosos 
 
- Imunoproficiência do hospedeiro: 
- Áreas endêmicas x Imunidade passiva via 
colostro 
- Recuperação da doença: o risco de 
pacientes assintomáticos X produção de Ac 
 
• Animal com sistema imune
 melhor, resiste mais 
• Assintomáticos = transmitem da mesma 
forma, mas não apresentam sintomas 
 
- Presença de vetores 
infectados e constância de 
parasitismo: 
- Áreas endêmicas x Imunoproficiência 
- Inserção de animais novos no pasto x 
Quarentena (alerta populações contíguas X 
separadas) 
 
• Contíguas → vivem em lugares 
separados mas se unem, rotina 
• Separadas → vivem isolados e não 
tem contato com nada que não seja 
de lá → dar uma respirada 
diferente, morre 
4 
- Imunidade passiva 
- Instabilidade enzoótica: aumento 
abrupto na população de carrapatos 
 
• Instabilidade enzoótica → índices 
pluviométricos e ambiente influenciam 
• Enzootia = de tempos em tempos, ciclo 
característico da doença na região e 
época do ano, x casos fixos, estável 
• Epizootia = não é fixo, instável → 
quanto mais chove, por exemplo, mais 
parasito tem 
o Risco de surtos 
 
• Ausência de manejo da pastagem 
• Endêmica (humanos) = enzoótica 
(animais) 
• Parasito = estresse = queda da 
produção 
 
 
 
- Patologia: 
- Carcaça pálida e ictérica 
o Icterícia pré-hepática → por 
causa da destruição das células 
sanguíneas 
o Palidez de mucosas → 
processo anêmico 
o Icterícia generalizada → todos 
os órgãos e mucosas amarelos 
- Congestão e edema pulmonar (infecção 
 
- Pequena e pleomórfica 
- Corpúsculo único (pequenos pontos 
arredondados) ou pareado (aspecto piriforme) 
- Formas vacuolizadas em forma de anel: comuns 
 
- Principais hospedeiros: bovídeos e cervídeos 
 
- Patogenia: 
- Mais patogênica das babesias 
- Anemia x Parasitemia: desproporcional (ex.: 
hematócritos abaixo de 20% x infecção em 
<1% das hemácias) 
aguda) 
 
o Desequilíbrio da P. oncótica, processo 
inflamatório e disfunção 
cardiovascular 
- Hemopericárdio 
o Sangue no saco pericárdico 
o Coração contrai do ápice p base → força 
do sangue do saco pericárdico contraindo 
o coração atrapalha → tamponamento 
cardíaco 
- Hemorragias petequiais no miocárdio 
o Pontinhos 
- Esplenomegalia, com consistência 
• Parasitemia = circulação de parasitos na 
corrente sanguínea 
- Parasitismo x Alteração do fluxo sanguíneo 
capilar: acúmulo de hemácias infectadas (alerta: 
capilares cerebrais) = obstrução do fluxo = hipóxia → 
anóxia = Babesiose cerebral 
• Babesiose cerebral → cérebro sofre 
MUITO com a baixa de Oxigênio 
polposa e coloração escurecida 
o Aumento do baço 
- Sangue: aspecto ralo (“água vermelha”) 
o Doença/febre da
 água vermelha 
- Distensão vesical, com urina
 de coloração amarronzada 
 
Babesiose 
5 
o Fluxo urinário diferente e 
urina amarronzada bem 
escura 
o Hemoglobinúria (hemoglobina 
liberada pela 
quebra/rompimento
 d
e hemácias) ocorre, não 
hematúria (hemácias saindo 
na urina) 
▪ Descobre por exame 
laboratorial 
- Linfonodos: petéquias 
 
- Babesiose cerebral em bezerros: córtex telencéfalo e 
cerebelo com marcada coloração vermelho-cereja, até 
na substância cinzenta do encéfalo 
• Congestão dos vasos sanguíneos e edema 
• Encéfalo mais avermelhado 
• Obstrução do fluxo sanguíneo normal do 
tecido 
 
- Obs.: resposta inflamatória X lesão 
 
- Sinais clínicos comuns: O óbito é invariável quando 
na ausência de tratamento ou de acordo com a 
virulência da cepa/suscetibilidade do hospedeiro 
• Assintomático e/ou falta de tratamento 
= óbito 
- Febre 
- Convulsão 
- Icterícia 
- Incoordenação motora 
o Quadro neurológico associado 
ao transporte de células 
- Hematúria 
o Hemoglobinúria é mais comum, 
mas pode ocorrer hematúria 
- Depressão 
- Queda na produção e ganho de peso 
 
- Obs. 2: atenção às condições do pasto x 
histórico clínico 
 
• Bicho isolado, triste, magro, cheio de 
carrapato 
o Aspecto da pelagem mais opaco e 
arrepiado 
o Gradil costal aparecendo → escore 
corporal perto de 2 (média 3, 
máximo 5) 
o Perda de peso, apatia 
• Aspecto perláceo = branco/pérola 
 
- Diagnóstico: 
- Atenção à anamnese + sinais clínicos (ex.: 
febre, anemia, icterícia) x área endêmica de 
carrapatos/espécie vetora 
• Histórico clínico é MUITO 
importante 
- Obs.: regiões enzoóticas de R. (Boophilus) 
microplus x sinais clínicos 
- Exames diretos: esfregaços 
sanguíneos (coloração de Giemsa) → fase febril. 
Após essa fase, nem sempre será possível a 
detecção do parasito (redução da parasitemia) 
- Obs. 2: avaliação post mortem do cérebro 
 
• Congestão = hipóxia = anóxia = convulsão 
= morte 
• Manifestação neurológica 
→
 pens
ar sempre em raiva 
primeiro 
6 
 
 
 
 
- Quantidade de esfregaços por animal: ao 
menos, seis por animal 
- Infecções crônicas: sorologia (Ex.: 
RIFI) 
 
- Diagnósticos diferenciais (exemplos): 
- Anaplasmose 
- Hemoglobinúria bacilar 
- Hemobartonelose 
- Leptospirose 
- Hematúria enzoótica bovina 
 
- Tratamento: 
- Tempo decorrente ao diagnóstico x início do 
tratamento 
- Exemplos: imidicarb (1-3 mg/kg), 
diaceturato de diminazeno (5-10 mg/kg) 
 
Babesia bigemina 
- Maior que a B. bovis, possuindo corpúsculos 
piriformes dispostos em ângulos agudos 
 
- Doença caracterizadapor ser bifásica → crise aguda 
hemolítica/rápida destruição das hemácias 
= hemoglobinemia, hemoglobinúria, febre + 
período de remissão 
• Aguda → destruição das células 
sanguíneas 
 
- Virulência diferenciada da B. bovis: resistência à infecção 
x casos assintomáticos (animais idosos: maior 
suscetibilidade) 
 
• Mais associada a quadros assintomáticos 
• Animais idosos são mais suscetíveis 
o B. bovis = animais mais jovens 
- Sinais clínicos: 
- Febre elevada: aproximadamente 41,5°C 
- Isolamento do animal e repouso em 
decúbito + anorexia e atonia ruminal 
o Atonia = sem tônus muscular 
▪ Rúmen flácido 
▪ Risco de timpanismo 
- Arqueamento de dorso, associado à 
dispneia e taquicardia 
o Animal não respira direito e fica 
fraco → arqueado, magro, 
dispneico e taquicárdico 
- Anemia intensa: destruição de 75% das 
hemácias em curto espaço de tempo 
(aproximadamente uma semana = crise hemolítica 
aguda = risco de morte) 
- Caso o paciente sobreviva após a crise 
aguda: perda de peso, queda na produção, aborto 
(mortalidade: em média, 50%) 
 
- Obs.: tratamento: B. bovis X B. bigemina 
(tratamento eficaz = cura radical. Porém, há risco de re-
infecção) 
o Tratamento similar à B. bovis 
o Se não tratar o ambiente = re- 
infecção 
Re-infecção → memória imunológica vai controlar mais 
rápido, mas também vai ocasionar lesão mais rápido → mais 
grave

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