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Aula 1 - Microeconomia

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Aula 1 – Microeconomia
Hugo Leonardo Carvalho Soares
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QUESTÕES INICIAIS
O que é 
economia?
O que a 
economia 
estuda?
A economia é 
um ramo de 
estudo isolado?
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INTRODUÇÃO: OS NEGÓCIOS COMUNS DA 
VIDA
Desde o momento que acordamos até este momento várias transações 
foram realizadas. Fazemos o café em casa ou compramos numa 
padaria, alguns já foram ao mercado, outros foram trabalhar e pagaram 
o transporte e estão aqui na sala de aula. Essas transações foram tantas 
vezes realizadas que fazemos de forma até automática;
Mas o que todos esses fatos tem de especial? Essas são cenas 
relativamente comuns no cotidiano de todos, como foi dito por Alfred 
Marshall a economia é o estudo da humanidade nos negócios comuns 
da vida;
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INTRODUÇÃO: OS NEGÓCIOS COMUNS DA 
VIDA
A sociedade enfrenta várias decisões e nesse processo deve 
encontrar alguma forma de decidir quais trabalhos serão feitos e 
quem irá realizá-los. Nas interações em sociedade as pessoas são 
alocadas em diferentes empregos;
Mas o que a economia pode dizer sobre esses “negócios comuns”? 
Na verdade, pode dizer muita coisa e poderemos ver ao estudar 
ciências econômicas é que mesmo cenas comuns da vida 
econômica conduzem a algumas questões muito importantes, como:
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INTRODUÇÃO: OS NEGÓCIOS COMUNS DA 
VIDA
Como funciona o nosso sistema econômico?
Como são produzidos os bens e serviços disponíveis no 
mercado?
Quando e por que nosso sistema econômico sai do rumo 
levando a crises?
Porque há expansão e retração na economia?
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NOÇÕES INICIAIS SOBRE ECONOMIA
• Economia de mercado, onde a produção e o 
consumo são o resultado de decisões 
descentralizadas entre empresas e dos indivíduos;
Mão 
invisível:
• Com a economia de mercado temos à disposição vários 
produtos e serviços, contudo enfrentamos problemas e 
isso ocorre quando a busca do interesse próprio é maior 
do que a vontade de promover o interesse da 
sociedade, isso resulta nas falhas de mercado.
Meu 
benefício, 
seu custo:
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NOÇÕES INICIAIS SOBRE ECONOMIA
• Ao longo do tempo a economia tem média de 
crescimento positivo, ou seja, aumentou a capacidade 
da economia em produzir bens e serviços. Mesmo que 
essa trajetória não seja regular, com períodos de maior e 
menor crescimento;
Para frente 
e para 
cima:
• Períodos de queda na atividade econômica é uma 
característica regular das economias modernas. O fato é 
que a economia não funciona sempre regularmente, ela 
passa por flutuações, uma série de crescimentos e 
declínios. 
Bons 
tempos, 
maus 
tempos:
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CONCEITO DE ECONOMIA
Etimologicamente a palavra economia vem do grego oikonomía de 
oikos (casa) e nomos (norma, lei). No sentido original seria a 
“administração da casa”, depois associado à “administração da coisa 
pública”.
A Economia pode ser definida como ciência social que estuda como o 
indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos 
para a produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre a 
sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.
Dessa forma, trata-se de um ciência social, já que objetiva atender às 
necessidades humanas. Contudo, depende das restrições físicas 
provocadas pela escassez dos recursos produtivos.
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DE QUE SE OCUPA A ECONOMIA?
Escassez Trocas Mercados Transações
Emprego Valor Concorrência Crescimento
Produção Moeda Remunerações Equilíbrio
Agentes Preços Agregados Organização
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ESCASSEZ
A escassez surge das 
necessidades humanas 
ilimitadas e da restrição 
física de recursos, uma vez 
que, o crescimento da 
população renova as 
necessidades básicas.
Se não houvesse escassez 
de recursos não haveria 
necessidade de estudarmos 
questões como inflação, 
crescimento econômico, 
desemprego ou 
concentração de renda.
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ESCASSEZ E QUESTÕES ECONÔMICAS 
FUNDAMENTAIS
Todas as sociedades, por mais que se diferencie por tipo de organização econômica 
ou regime político são obrigadas a fazer opções entre alternativas.
O QUE E QUANTO produzir: a sociedade deve decidir se produz mais bens de 
consumo ou bens de capital.
COMO produzir: qual método de produção será usado? Uma técnica mais intensiva 
em capital ou de mão-de-obra?
PARA QUEM produzir: nas interações econômicas será decidido quais serão os setores 
beneficiários na distribuição do produto. Ou seja, trata-se de decidir como será 
distribuída a renda gerada pela atividade econômica.
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CURVA (OU FRONTEIRA) DE POSSIBILIDADES DE 
PRODUÇÃO
A Fronteira ou Curva de Possibilidades 
de Produção (CPP), também
chamada de Curva de Transformação, 
é a fronteira máxima que a economia
pode produzir, dados os recursos 
produtivos limitados e a tecnologia. 
Mostra as alternativas de produção da 
sociedade, supondo os recursos 
plenamente empregados. 
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Manteiga
(mil t)
Cimento
(mil t)
CUSTOS DE OPORTUNIDADE
Custo de oportunidade é o valor econômico da melhor alternativa 
sacrificada ao se optar pela produção de um determinado bem ou 
serviço. Assim, no exemplo anterior:
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Custo de oportunidade de passar da 
alternativa B para C, para produzir-se 
mais 3.000 toneladas de manteiga
= 2.000 toneladas de cimento
Custo de oportunidade de passar da 
alternativa C para B, para produzir-se 
mais 2.000 toneladas de cimento
= 3.000 toneladas de manteiga
SISTEMAS ECONÔMICOS
Existem duas formas principais de 
organização econômica:
Economia de 
mercado (ou 
descentralizada);
Economia 
planificada (ou 
centralizada).
Mas como as economias resolvem 
os problemas econômicos 
fundamentais? 
Todavia, hoje em dia praticamente 
todos os países possuem algum 
tipo de economia de mercado. 
Assim, poderíamos dizer que a 
organização econômica é 
realizada a partir de algum 
sistema intermediário entre essas 
duas formas, combinando a 
atuação do mercado com a 
intervenção do governo.
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SISTEMAS ECONÔMICOS
As economias de mercado podem ser analisadas de duas formas:
Sistema de concorrência pura ou 
perfeitamente competitivo: esse 
sistema é baseado no liberalismo 
econômico, para essa teoria há 
milhares de produtores e 
consumidores que resolvem os 
problemas econômicos fundamentais 
sem a necessidade de intervenção 
do Estado na atividade econômica.
Sistema de economia mista: 
nesse sistema o governo 
atua para eliminar as 
chamadas distorções 
alocativas e distributivas, o 
objetivo é promover a 
melhoria do padrão de vida 
da coletividade.
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SISTEMAS ECONÔMICOS
As economias centralizadas se caracterizam por:
•No sistema de economia centralizada ou planificada, a 
forma de resolver os problemas econômicos fundamentais 
(ou seja, a escolha da melhor alternativa) é decidida por 
uma Órgão Central de Planejamento, e não pelo mercado. 
•A propriedade dos recursos (ou meios de produção, nesses 
sistemas) é do Estado.
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ECONOMIA COMO CIÊNCIA SOCIAL E SUA 
INTER-RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS
As ciências sociais ocupam-se dos diferentes aspectos do 
comportamento humano, podendo ser descritas como ciências 
comportamentais ou humanas;
Essas ciências compreendem áreas distintas, dependendo quanto ao 
foco o qual se dedicam. No caso da economia, compete o estudo da 
ação econômica, envolvendo essencialmente o processo de produção, 
geração e a apropriação da renda, do dispêndio e a acumulação;
Mesmo com um núcleo de estudos bem definido, a economia tem 
relações com outras ciências e não deve ser entendida ou analisada de 
forma isolada.
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ECONOMIA COMO CIÊNCIA SOCIAL E SUA 
INTER-RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS
Economia, Física e Biologia:
• O início do estudo da economia como ramo autônomo coincidiu 
com grandes avanços das ciências físicas e biológicas.
• Concepção Organicista (biológicas): economia se comportaria 
como órgão vivo. Daí foi incorporado termos como fluxos, funções 
e circulação.
• Concepção mecanicista (físicas): as leis da economia se 
comportaria como determinadas leis da física, é por causa dessa 
visão advêm os termos estática, dinâmica, aceleração, 
velocidade.
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ECONOMIA COMOCIÊNCIA SOCIAL E SUA 
INTER-RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS
Economia, Matemática e Estatística:
• A Matemática torna possível escrever de forma resumida 
importantes conceitos e relações da Economia, permitindo 
analisar variáveis estratégicas que resumem os aspectos 
essenciais do estudo
• 𝐶𝑛 = 𝑓 𝑅𝑛 - O consumo nacional está diretamente 
relacionado com a renda nacional.
• A estatística é essencial porque muitas relações econômicas 
são analisadas através de instrumentos estatísticos como 
porcentagens, médias e probabilidades.
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ECONOMIA COMO CIÊNCIA SOCIAL E SUA 
INTER-RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS
Economia, Ciência Política, História, Geografia e Direito:
• A atividade econômica está diretamente ligada à estrutura e 
ao regime político de um país.
• Fatos econômicos afetam e são afetados pelo desenrolar da 
história, como, por exemplo, a crise de 1929 e do petróleo que 
teve reflexos principalmente na década de 1970.
• Pela Geografia é trazido instrumentos que permitem avaliar 
fatores como a geopolítica.
• O estudo da concorrência é um tema compartilhado tanto 
pela Economia quanto pelo Direito.
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DIVISÃO DO ESTUDO DA ECONOMIA
• Microeconomia, teoria 
microeconômica ou abordagem 
microscópica;
• Macroeconomia, teoria 
macroeconômica ou abordagem 
macroscópica.
A teoria econômica é 
um ramo de estudos 
que pode ser dividido 
de acordos com a área 
de interesse ou, como 
destaca Rosseti (2016), 
“compartimentos” 
usuais: 
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MICROECONOMIA
Este ramo da economia está 
voltado para o estudo do 
comportamento das 
unidades econômicas 
básicas (como o consumidor 
e a empresa). Nessa 
abordagem o enfoque é a 
determinação de preços e 
quantidades no mercado;
Em síntese, os assuntos tratados 
pela microeconomia são o 
comportamento do consumidor e 
da empresa, a estrutura e os 
mecanismos de mercado, a 
remuneração dos agentes 
econômicos e os preços. O 
pressuposto teórico é o equilíbrio 
geral, sob a condição de ótimo 
econômico.
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MACROECONOMIA
A teoria macroeconômica: 
estuda a determinação e o 
comportamento dos grandes 
agregados, como PIB, 
consumo nacional, 
investimento agregado, 
exportação, nível de preço, 
com o objetivo de traçar 
política econômica; 
Na macroeconomia pode-se 
destacar questões de curto 
prazo ou conjunturais, e de 
longo prazo ligada ao 
crescimento econômico, 
relações entre macrovariáveis
como nível de investimento e 
do emprego, trocas 
internacionais de bens e 
serviços finanças públicas.
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