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(
ANDREIA RODRIGUES TEIXEIRA
) (
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA 
LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
) (
Medina
2021
)
 (
PROJETO DE ENSINO
 
EM SOCIOLOGIA: 
FAMÍLIA E ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DESSAS INSTITUIÇÕES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
)
 (
ANDREIA RODRIGUES TEIXEIRA
)
 (
PROJETO DE ENSINO 
EM SOCIOLOGIA: 
FAMÍLIA E ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DESSAS INSTITUIÇÕES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
)
 (
Projeto de Ensino apresentado à 
UNOPAR – Universidade Norte do Paraná
, como requisito parcial à conclusão do Curso de 
licenciatura em Sociologia
.
Docente supervisor: Prof. 
Cibelia
 Aparecida Pereira
)
 (
Medina
2021
)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	9
7	METODOLOGIA	17
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
A escola, apesar de ser uma instituição oficialmente regulamentada para oferecer ensino a crianças e adolescentes, não deve ser entendida como única responsável pelo sucesso e aprendizagem dos alunos. Neste sentido , a escola carece de apoio familiar, visto que apesar de todas as mudanças e as inovações tecnológicas implementadas ou não na área, por si só não garantem a eficiência do ensino . 
Sabe-se que muito tem sido feito no sentido de oferecer um ensino público de qualidade, entretanto, a maioria das políticas voltadas para a educação pública implementadas no país não foram suficientes para promover a melhoria na qualidade da educação brasileira, resultados os quais fazem com que o país ocupe uma posição insatisfatória no ranking da educação no mundo.
São inegáveis os avanços conquistados pelas políticas públicas das últimas décadas na área da educação. Sem dúvida, a universalização , o acesso e a redução da evasão escolar são apenas alguns dos benefícios causados pelas políticas públicas, mas na contra mão destes avanços, carecemos de maior qualidade e efetividade quanto aos resultados a serem alcançados pelo ensino no país.
22
TEMA
		É importantíssimo destacar que a família é considerada o alicerce principal e universal das sociedades, apesar de variar suas composições e funcionamento. A família tem, assim, ampla responsabilidade no processo de socialização da criança. Escola e família são essenciais no desenvolvimento do indivíduo. É participando do grupo que ele aprende a fazer parte da sociedade, que se forma sua identidade.
		A sociedade tem passado por diferentes mudanças e muitas delas têm conjeturado no padrão de família estimado “ideal”. Temos considerado famílias em situações difíceis para realizar a socialização primária, papel que lhe cabe na sociedade.
		De tal modo, é necessário abranger que a família tem grande controle sobre o desenvolvimento do indivíduo e sua participação na inclusão do mesmo na sociedade, é essencial. As modificações sociais ordenam uma maior interação entre a família e a escola, que devem assumir seus papéis enquanto instituições, analisando a sociedade atual e não apenas procurando o padrão ideal de socialização que está cada dia mais extinto.
Família e escola formam uma parceria que acompanham o desenvolvimento das pessoas desde o seu ingresso nas instituições de Ensino de Educação Infantil ou dos anos iniciais do Ensino Fundamental até a concretização no Ensino Médio que é obrigatório. 
		 O objetivo do trabalho foi identificar a importância da relação e da participação dos pais na escola. Além disso, tivemos como objetivos específicos compreender a relação escola, família e cultura; identificar como a escola pode acolher a família e se colocar a favor do processo ensino-aprendizagem sem realizar distinção social e cultural; perceber as diferenças sociais das famílias e como ocorre a participação das mesmas na escola pretendendo considerar se estas interferem ou não na relação escola-família.
JUSTIFICATIVA
O conflito existente na sociedade atual em analogia a educação dos jovens, se demonstra por diferentes motivos. A constante associação da juventude com ações de violência, pichação, uso de drogas, comprova que há alguma coisa errada na escala de valores que as gerações mais velhas conhecem e arriscam passar aos mais novos. Resume-se a isso uma ação produtiva e temos configurado grandezas mais extensas da dinâmica e da falta de formação da familia e da escola para que os jovens possam entrar e atender as obrigações dos problemas que tem como razão socioeconômica e cultural contemporânea, mas que engloba também uma aceitável crise dos principais agentes socializadores, ou seja, a família e a escola.
Martins (2010) diz que é na família que a criança adquire as suas primeiras aprendizagens e é nesta instituição que acontecem as primeiras aquisições de valores, muitas vezes transmitidos de forma inconsciente, ao conhecer o aluno e incluir sua família, conscientizando-os sobre a importância da união no processo educativo e fazendo que eles se sintam parte de todo o processo de aprendizagem, de construção de conhecimento, a escola abre portas para a gestão participativa. Portanto, nossa justificativa para busca a respeito da temática se apresenta relevante e pretende proporcionar aos acadêmicos, professores e interessados no contexto educacional um aprofundamento acerca do assunto investigado nesse trabalho.
		A temática se justifica porque se apresenta relevante e pretende proporcionar aos acadêmicos, professores e interessados no contexto educacional um aprofundamento acerca do assunto investigado nesse trabalho. No desenvolvimento deste trabalho, foram buscadas contribuições de autores referência no tema com questões sobre vínculos familiares, a escola aberta e democrática a importância da escola na formação humano dos alunos. 
PARTICIPANTES
O presente projeto foi elaborado pensando em uma turma do 1ª ano do Ensino Médio.
OBJETIVOS
4.1 Objetivos Gerais
Analisar a importância da instituição familiar e instituição escolar na vida dos indivíduos.
4.2 Objetivos específicos
- Valorizar o importante papel das instituições familiar e escolar em todos os segmentos da sociedade.
- Ajudar na compreensão da necessidade das instituições na sociedade.
PROBLEMATIZAÇÃO
	
As instituições sociais são maneiras duradouras e legitimadas de fazer, sentir e pensar, estabelecidas para atender necessidades e objetivos de pessoas organizadas em sociedade, exercendo uma espécie de controle social.
O processo de socialização é a transmissão da cultura ao longo do tempo e das gerações com a finalidade de inserir e ajustar o indivíduo a sociedade. Há a socialização primária, que ocorre na infância e passa condições fundamentais para a vida social, e a socialização secundária, um processo contínuo de novas aprendizagens para conviver.
A família desenvolve estratégias para que variadas questões, como relativas ao matrimônio, herança, economia e educação, se reprodução de uam geração para outra. Desse modo, a família tem um caráter conservador, pois nos leva a preservar e a reverenciar as tradições. Entretanto, ela também nos ensina a enfrentar os desafios que se colocam a vida social: conflitos, diferenças, desigualdades.
A educação, em todas as suas formas, é um processo social por excelência. Para alguns é responsável pelo desenvolvimento de habilidades e pela construção do senso crítico por meio de intercâmbio de conhecimentos e diálogo. Para outros, é o instrumento capaz de fornecer atualizações de saberes necessárias as transformações individuais e sociais. A educação também pode ser vista como meio de conservar a sociedade como se encontra.
A escola configura-se um espaço de interação entre os diversos agentes sociais, resultando na convivência de comportamentos e valores sociais distintos. 
Assim, é possível destacar que o papel da família e da escola se complementam nesta mesma função, a de auxiliara não só a desenvolver mas também a formar pessoas e cidadãos ativos e úteis na sociedade. Nas relações entre a Família e a Escola devem existir atitudes que deem lugar a uma parceria onde impere, o diálogo, o respeito, a verdade e a tolerância, a ser desenvolvidos como tendo um único objetivo, a finalidade educativa e o bom desenvolvimento e crescimento dos alunos.
REFERENCIAL TEÓRICO
A família e a escola estabelecem dois contextos de desenvolvimento essenciais para o aperfeiçoamento e trajetória do indivíduo. O desenvolvimento do aluno, o preparo de pais e professores para vivenciar e transpor as dificuldades de um mundo onde as mudanças ocorrem rapidamente é uma tarefa essencial da escola. Desta forma a família e a escola devem partilhar a responsabilidade pelo desenvolvimento pleno do indivíduo.
Segundo Dessem e Polonia (2007, p. 25): 
É importante ressaltar que a família e a escola são ambientes de desenvolvimento e aprendizagem humana que podem funcionar como propulsores ou inibidores dele. Estudar as relações em cada contexto e entre eles constitui fonte importante de informação, na medida em que permite identificar aspectos ou condições que geram conflitos e ruídos nas comunicações e, consequentemente, nos padrões de colaboração entre eles. Nesta direção, é importante observar como a escola e, especificamente, os professores empregam as experiências que os alunos têm em casa. Face à leitura, é muito importante que a escola conheça e saiba como utilizar as experiências de casa para gerir as competências imprescindíveis ao letramento. A interpretação de textos ou a escrita podem ser estimuladas pelos conhecimentos oriundos de outros contextos, servindo de auxílio à aprendizagem formal.
De acordo com Del Prette e Del Prette (1999) é no contexto das instituições familiar e escolar que as crianças desenvolvem capacidades sociais junto com a ampliação do conhecimento sobre diferentes papéis que fazem parte do amplo quadro da vida social e a instituição familiar é considerada o primeiro grupo social e, portanto, onde inicia o processo de socialização. A escola tem algumas características semelhantes a família no processo de inserção social, ou seja, as duas instituições são ambientes em que se reproduzem o que ocorre na sociedade em geral. A sociedade preestabelece papéis que se tornam aceitos como adequados e normatizados por gerações.
Segundo Santos e Toniosso (2014), o ser humano encontra-se em um processo contínuo de socialização com o ambiente no qual habita, a partir das interações com os indivíduos a sua volta estabelece relações afetivas e sociais que irão orientar seu caminho no processo histórico. Desta forma, sócio histórica, a instituição familiar se torna uma ferramenta essencial e capital no desenvolvimento do indivíduo. Para se ter uma melhor conceituação sobre família, analisamos Castro (2000, p. 205), que define a família como sendo a "célula mater da sociedade", já que exerce uma função importante no desenvolvimento biológico e social, ao mesmo tempo que se torna a instituição da qual se origina tantas outras.
Seguindo a mesma linha de raciocínio Kreppner apud Desser e Polonia (2007, p. 2) destacam que:
A família é vista como um sistema social responsável pela transmissão de valores, crenças, ideias e significados que estão presentes nas sociedades. A família tem, portanto, um impacto significativo e uma forte influência no comportamento dos indivíduos, especialmente nas crianças, que aprendem ao observar, e as diferentes formas de existir, de observar e interpretar o mundo e construir suas relações sociais.
Desta forma Dessen e Polonia (2007) analisam a família como primeira mediadora entre o homem e a cultura, onde essa instituição compõe a unidade ativa das relações de cunho afetivo, social e cognitivo que estão imersas nas condições materiais, históricas e culturais de seu grupo. A família é a base da aprendizagem humana, com definições e práticas culturais próprias que geram padrões de relação interpessoal e de construção individual e coletiva.
Santos e Toniosso (2014) relatam que no aspecto educacional, a família exerce um papel fundamental na educação formal e informal. A instituição família, bem como a instituição escolar, são instrumentos importantes no desenvolvimento social, emocional, cultural e cognitivo do indivíduo, ao mesmo tempo em que são transmissoras do conhecimento e dos valores éticos culturais.
Como destacam Dessen e Polonia (2007, p. 22), que:
Na escola, os conteúdos curriculares asseguram a instrução e apreensão de conhecimentos, havendo uma preocupação central com o processo ensino-aprendizagem. Já, na família, os objetivos, conteúdos e métodos se diferenciam, fomentando o processo de socialização, a proteção, as condições básicas de sobrevivência e o desenvolvimento de seus membros no plano social, cognitivo e afetivo.
Apesar disso, Santos e Toniosso (2014), afirmam que embora a instituição familiar seja considerada a primeira e mais importante instituição da sociedade, é percebível a desvalorização de tal instituição por parte das outras células que conduzem o sistema político-social brasileiro. É possível perceber tal circunstância social vivenciada no contexto familiar está fortemente relacionada ao desenvolvimento de seus integrantes que, conforme Kaloustian (1998) se encontra inatingida pela política oficial.
Quando esta existe, é inadequada, pois não corresponde às suas necessidades e demandas para oferecer o suporte básico para que a família cumpra, de forma integral, suas funções enquanto principal agente de socialização dos seus membros, crianças e adolescentes principalmente. (KALOUSTIAN, 1998, p.13).
Assim, é possível destacar que quando a família não faz seu papel como instituição importante que é, o indivíduo certamente terá problemas no seu desenvolvimento social. Nota-se ai a importância que a família tem na vida dos indivíduos e como as relações benéficas dessa instituição com os demais partes sociais, especialmente a escola, é importante. 
É importante destacar que o papel que a família e a escola precisam exercer no dia a dia do ser humano é fonte de grandes estudos e investigações. Na Constituição Federal de 1988, foram introduzidos determinados artigos que dizem respeito aos direitos de cada cidadão, bem como os deveres que cada indivíduo possui.
Deste modo, a Constituição Federal mostra a importância da presença atuante dos pais na vida social e intelectual da criança, a instituição familiar deve atuar como potencializador da educação formal de seus filhos, estimulando e seguindo o desenvolvimento do indivíduo. Assim é possível perceber nos seguintes artigos da Constituição Federal (1988) a função que a família deve cumprir na criação e educação de seus membros:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
 [...] Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
[...] Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade (BRASIL, 2003).
No entanto, mesmo a instituição familiar sendo um componente importante e complementar no desenvolvimento do indivíduo, não se pode esquecer que a sociedade como o Estado também são instrumentos essenciais no processo educativo do ser humano, já que interferem direta e indiretamente no convívio social do indivíduo, determinando juntamente com os familiares comportamentos e padrões culturais. 
O ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) foi criado no ano de 1990, e nesta Constituição Federal foi reforçada, o que pode ser verificado nos seguintes artigos: 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
 [...] Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho [...] Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. [...]
Deste modo, seguindo a teoria de Santos e Toniosso (2014) pode-se dizer que os pais ou responsável deve ter uma atenção especial à vida de seus filhos, ou seja, sendo atentos aos cuidados e dificuldades que cada criança possui no seu processo de desenvolvimento. No entanto, é essencial observar os segmentos sociais que se encontram a disposição dos pais, a instituição escolar é fundamental na educação formal que todo indivíduo deve adquirir para o seu preparo ao exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, porém, cabe aos pais direcionar a criança para uma formação metódica, enfatizando a educação como esfera expressiva para seu desenvolvimento integral.
A escola amparada pela família tende a ter sucesso, o ensino pedagógico é a principal função da escola, formar cidadãos aptos a ter sucessos na vida social e profissional, com estímulos e preparação, e não a educação e disciplina, que segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - é dever primeiro da família dar educação a seus filhos. Assim, quando a família apoia e participa da vida escolar do filho, refletirá na sociedade de forma positiva, que vai desde o fato de distanciamento de atos ilícitos bem como na participação com êxito no meio social.
De acordo com Nogueira (1998), nas famílias atuais, os pais têm que se tornar quase “profissionais” para tratar de relações afetivas com os filhos, ouvindo especialistas variados (pediatras, psicólogos, orientadores e outros). Porém, por outro lado eles se obrigam a preparar seus filhos para diversas situações competitivas que encontrarão pela caminhada, como a escolarização e a profissionalização.
De acordo com Bourdieu (1986), participar da educação dos filhos e filhas comparecendo às reuniões escolares e, sobretudo, monitorando o dever de casa, requer certas condições: basicamente, capital econômico e cultural. Não podemos simplesmente terceirizar o processo de educação, a família precisa caminhar junto à escola, participando ativamente de toda a construção do conhecimento da criança, para que ela sinta-se fortalecida e capaz de resolver sozinha os seus problemas, transformando-se assim em adultos criativos e conscientes do seu papel na sociedade.
3.1 DIFERENÇAS SOCIAIS DAS FAMÍLIAS E PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA
A relação da família e escola sempre foi problemática, por diversos motivos, entre os quais as desigualdades sociais e culturais.
Nogueira (1998, p. 8), relata que:
[...] Para descrever a evolução das problemáticas relativas a relação que as famílias mantêm com a escola, podemos, através de um resumo simplificador notar a transição de uma sociologia das desigualdades de educação, voltada para a análise dos determinantes sociais e culturais, para uma sociologia que se interessa igualmente- mas não necessariamente de modo exclusivo- pelas estratégias individuais face a escolarização.
Siqueira (2015) quando se refere à Tiba (2002), destaca que a convivência e o relacionamento familiar, são fatores relevantes para o bom comportamento da criança. Deste modo, compete a família fazer a mediação da criança e jovens entre ela, o mundo e a escola, auxilia-la na adaptação, são fatores fundamentais para seu desenvolvimento educacional e social. A família na vida escolar das crianças é a raiz, ou seja, e na família que se determinam fundamentos de vida afetiva, moral e ética. A escola surgiu como uma necessidade social, com a finalidade de dar auxílio para que o indivíduo se situe como pessoa criadora e conhecedora de seus propósitos. 
De acordo com Tiba (2002, apud Siqueira, 2015) é importante que os pais ou responsáveis pelas crianças demonstrem interesse em tudo no que diz respeito à escola do filho, para que ele entenda que estudar é algo prazeroso e imprescindível para a vida. A participação dos pais na educação formal dos filhos deve ocorrer de modo constante e consciente, unificando-se ao processo educacional, participando ativamente das atividades da escola. Essa interação só tem a enriquecer e facilitar o desempenho escolar da criança. 
Seguindo essa linha de pensamento, Paro (2000), destaca que os pais precisam mostrar para os filhos a importância de estar frequentando a escola, ou seja, deve mostrar os benefícios ofertados pela mesma. Sendo uma instituição que prepara para a consciência política, para cidadania e convivência social.
 Ainda de acordo Siqueira (2015), é possível perceber, que muitos pais veem na escola uma oportunidade dos filhos possuírem um amanhã melhor, realizarem-se profissionalmente e até mesmo porque enquanto os filhos estão na escola estão livres dos perigos da rua. Com a valorização que os pais dão à escola, estimula os filhos a entender a importância do saber. 
Desta forma Paro (2000, p.48) afirma que:
Na verdade, a disponibilidade de boas condições para o estudo nas casas das camadas mais pobres da população parece ser heterogênea, havendo desde situações de extrema precariedade até situações em que os pais põe à disposição de seus filhos boas condições de trabalho. Dada à situação de vida dessas populações, é mais provável, entretanto, que predominem os casos em que faltam condições adequadas de estudo. Assim, a precariedade dos recursos e dos espaços para o estudo no interior dos lares não deixa de ser uma realidade que dificulta os trabalhos estudantis das crianças e jovens.
Nesta citação, percebe-se que o autor fala dos fatores que são prejudiciais ao rendimento escolar dos alunos, principalmente nas classes menos favorecidas. Ele ainda enfatiza a extrema precariedade que a família está inserida para dar subsídio a uma boa condição de trabalho, sendo que, nas famílias menos favorecidas é notável o pouco recurso para os estudos, e isto dificulta a aprendizagem das crianças. Em outras palavras pode-se afirmar que o fator social exerce fundamental influência no insucesso nos estudos e na aprendizagem por parte dos alunos. 
Diante do exposto, Siqueira (2015), afirma que é indispensável que os pais levem em consideração que em casa também é importante reservar um local apropriado para o estudo e realização de tarefas escolares. Ou seja, mostrar aos filhos que o estudo é essencial para conseguir seus objetivos, demonstrar empolgação com dada etapa vencida pela criança, levando-os a perceber a importância de aprender e ser um cidadão consciente e livre.
Desta forma é importante ressaltar que a escola deve agir de uma forma que seja criada uma convivência afetiva com as famílias, ou seja, buscando sempre ouvir e respeitar as diversidades.
Assim, Siqueira (2015), destaca que é fundamental que a instituições escolar e familiar sintam-se parceiras nessa tarefa de transformação da criança, onde família deve participar das reuniões, questionarem sobre a vida escolar de seu filho, conhecendo os métodos educativos, e que a escola se sinta cúmplices nesta jornada.
É importante ressaltar que a estrutura familiar e social sempre está passando por transformações, isso ocorre porque sofre influências de aspectos sociais, econômicos, políticos e religiosos, desta forma modificando os papéis no dia a dia. Seguindo esse raciocínio Hengemühle (2004), vai destacar que com a ingresso do capitalismo, a família modificou sua estrutura, ou seja,a mulher teve que entrar no mercado de trabalho, transferindo assim, a papel de educar os filhos para a escola, mas a escola não pode e nem tem estrutura de adquirir esta responsabilidade. 
De acordo com Candian e Rezende (2012), é na família onde se estimulam estratégias educativas que incentivam o aluno no campo escolar. Isso acontece, em norma, pela difusão do capital cultural (formas de conhecimento ou habilidades que garantem a quem o possui, entre outras coisas, a familiaridade com o mundo escolar), pelo estímulo a rotinas de estudos, pelo capital econômico que pode mobilizar em favor desse alcance, pelo estabelecimento de estratégias que habilitem o alcance do “sucesso escolar”, informações e comportamentos que, no todo, formam uma cosmologia onde a escola torna-se lugar central para a garantia de determinadas condições de vida, estabelecidas ou almejadas. 
Cada uma das instituições, escola e família, exercem papeis distintos, contudo complementares, na educação que é fornecida para a criança. O contexto familiar é o primeiro espaço de socialização, e será nele que o indivíduo aprenderá os valores e conhecimentos que guiarão sua vida. Porém, a escola também se encontra imersa na tarefa de educar o ser humano, no alcance em que o trabalho realizado pelos profissionais que ali atuam, visa o desenvolvimento integral do indivíduo, ressaltando o trabalho pedagógico na construção de um ser preparado para os saberes escolares, bem como para a vida em sociedade. 
Portanto, é importante ressaltar que as funções da escola e da família são distintas, porém se complementam visando um objetivo comum. A educação feita com parceria entre a instituição familiar e escolar, promove uma educação integral para os alunos, que se transformarão em adultos altamente competitivos, dotados de valores éticos, de autonomia e senso crítico, que poderão contribuir de forma positiva para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e porque não, menos violenta.
METODOLOGIA
O projeto será desenvolvido através de uma abordagem teórica sobre a importância da afetividade na aprendizagem, fundamentada nos autores, Arantes, Carvalho, Freire, Martins, Santos, Siqueira dentre outros.
O projeto será desenvolvido no ensino médio e terá duração de 4 semanas, totalizando 08 aulas. 
1 ª etapa ( 2 aulas)
Em um primeiro momento será levado os alunos para o laboratório de informática, para que os mesmos elaborem uma pesquisa sobre as instituições sociais, dando enfâse maior para a instituição familiar e escolar.
2 ª etapa ( 2 aulas)
Num segundo momento será debatido em sala sobre o que são instituições sociais (dando enfase principalmente na instituição familiar e escolar) e após será realizado um debate com os alunos destacando a importância das instituições familiar e escolar na vidas das pessoa no decorrer da vida dos indivíduos. Relatando os dados levantados através da pesquisa realizada.
3 ª etapa ( 2 aulas)
Em uma terceira etapa do projeto passado para os alunos o filme “ Escritores da liberdade”. Onde serão instigados a pensar sobre: 
-Qual a relação do filme com as instituições familiar e escolar?
-Qual era o papel da família no cotidiano dos estudantes? 
-Qual o papel da escola para os estudantes?
 -Em quais momentos pode perceber durante o filme as falhas e os acertos das instituições familiar e escolar na vida daqueles jovens estutandes?
4 ª etapa ( 2 aulas)
 Após essas etapas, será realizado um seminário no colégio, onde os alunos irão apresentar os dados levantados através da pesquisa, dos debates em sala e do filme “Escritores da liberdade” para os alunos, professores e pais destacando a importância dessas instituições na vida das pessoas. Mostrando que essas instituições tem um papel determinante na vida cotidiana das pessoas, ou seja, vão colaborar para que todos possam ter um futuro melhor se desempenharem seus papéis corretamente.
CRONOGRAMA
O projeto será desenvolvido no ensino médio e terá duração de 4 semanas, totalizando 8 aulas em uma turma do 1º ano do ensino médio.
	CRONOGRAMA DO PROJETO DE ENSINO EM SOCIOLOGIA
	Tema:
	FAMÍLIA E ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DESSAS INSTITUIÇÕES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
	( ) Ensino Fundamental ( x ) Ensino Médio Ano Escolar: 1º ano 
	Data da aula:
	Atividades 
	06/04/2017
	Pesquisa sobre instituições sociais (família e escola);
	13/04/2017
	Debate em sala sobre a importância das sociais na vida das pessoas.
	20/04/2017
	Assistir o filme “ Escritores da liberdade”;
	27/04/2017
	Seminário no colégio com a participação de alunos, professores e pais para demonstrar os resultados adquiridos pelos alunos através da pesquisa sobre a importância das instituições socias na vida das pessoas.
RECURSOS 
	Utilizamos recursos materiais e humanos para a realização deste projeto. Como por exemplo: os livros das obras literárias utilizados na fundamentação teórica, computador, roteiro de pesquisa impresso, retro projetor, televisão, livros, filme. 
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e contínua. A avaliação deste projeto se dará por meio da promoção da reflexão a respeito do tema proposto. A avaliação será feita continuamente durante os dias do projeto, será avaliada a criatividade, a interação, a socialização, linguagem oral e escrita dos alunos, o nível de conscientização dos estudantes, também será avaliada a participação dos alunos em todas as atividades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho veio ressaltar a importância da família no processo de desenvolvimento da aprendizagem do aluno, onde números autores abordam essa questão como uma atividade crítica e permanente com a possibilidade de rever e elaborar uma prática educativa na construção do conhecimento e na formação do educando.
Família e escola são instituições básicas e essenciais ao desenvolvimento pleno e satisfatório de qualquer cidadão, sendo que a educação , portanto , não deve estar limitada ao ambiente escolar, visto que esta, segundo Durkeim ( 1978) é definida como “a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social” (1978, p.41).
Foi possível concluir que a participação da família é de suma importância no processo de ensino aprendizagem. A família é e sempre será à base de todos os avanços e a concretude da vida em sociedade.
REFERÊNCIAS
BRASIL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13-7-1990. 11ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BRASIL. Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministério das Comunicações, 1988.
BOURDIEU, P. PASSERON, J. C. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
CANDIAN, J. F.; REZENDE, W. S. A família, a escola e o desempenho dos alunos: notas de uma interação cambiante. Disponível em: http://www.anpae.org.br/iberoamericano2012/Trabalhos/WagnerSilveiraRezende_res_int_GT5.pdf. Acesso 05/10/2021.
DEL PRETTE, A., & DEL PRETTE, Z. A. P. (2001). Psicologia das relações interpessoais: Vivência para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes. 
DESSEN, M. A; POLONIA, A. da C. A Família e a Escola como contextos de desenvolvimento humano. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n36/v17n36a03.pdf. Acesso em 05/10/2021.
MARTINS, S. L. M. A família e a escola: Desafios para a educação no mundo contemporâneo. Revista da Católica, Uberlândia, v. 2, n. 3, p. 256-263, 2010, Disponível em http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosv2n3/18-Pedagogia. Acesso em: 05/10/2021.
NOGUEIRA, M. A. Favorecimento econômico e excelência escolar: um mito em questão, Revista Brasileira de Educação, 2004.
PARO, V. H.. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000.
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