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TCC NOTA 100

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FAMÍLIA NA ATUALIDADE: A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA NO APRENDIZADO DA CRIANÇA.
TOSO, Leonardo Israel Licenciando em Pedagogia no Centro Universitário Internacional Uninter
SOBRENOME, Nome do Professor orientador convidado (o nome do professor Corretor deve ser colocado após a primeira postagem e correção)
RESUMO
O estudo da importância da família e da incumbência da escola na ampla relação do aluno em sua vida escolar, assim como o trabalho paralelo entre professor e família contribuindo para o crescimento cognitivo e humanizador do indivíduo em formação constituem o tema e objetivo deste estudo. A família é direcionada como foco desta reflexão e análise, assim como é considerada um sistema de vínculos afetivos, em transformação e responsável pela construção da subjetividade e fornecedor de subsídios para a aprendizagem. O presente estudo da referida temática justifica-se por refletir problemas contemporâneos dos alunos, assim como a troca de responsabilidades da família e da escola. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, cujos resultados foram apresentados no formato de um artigo e apontam que é unânime a defesa de que família e escola precisam caminhar em parceria. Por meio de todas as leituras e análises dos trabalhos selecionados concluímos inicialmente que os trabalhos demonstraram uma necessidade de que tanto a escola quanto a família pensem em suas práticas pedagógicas e parem de procurar culpados para o fracasso escolar dos alunos e procurem proporcionar soluções coerentes que auxiliem os alunos a sanarem seus empecilhos. Dessa forma, concluímos ainda que não é a maneira como a escola é organizada em sua estrutura e sim as condições que a mesma proporciona para a socialização e desenvolvimento dos sujeitos.
Palavras-chave: Família; Aprendizagem Escolar; Escola.
ABSTRACT
The study of the importance of the family and the role of the school in the wide relation of the student in his school life, as well as the parallel work between teacher and family contributing to the cognitive and humanizing growth of the individual in formation are the theme and objective of this study. The family is directed as the focus of this reflection and analysis, as it is considered a system of affective bonds, in transformation and responsible for the construction of subjectivity and supplier of subsidies for learning. The present study of this theme is justified by reflecting contemporary problems of the students, as well as the exchange of responsibilities of the family and school. It is a bibliographical research, whose results were presented in the format of an article and indicate that it is unanimous the defense of which family and school need to walk in partnership. Through all the readings and analyzes of the selected papers, we initially conclude that the work demonstrated a need for both the school and the family to think about their pedagogical practices and to stop guilty of the students' failure in school and to seek coherent solutions that would help the students to heal their hindrances. Thus, we conclude that it is not the way the school is organized in its structure, but rather the conditions that it provides for the socialization and development of the subjects.
Keyword: Family; Family Learning School; School.
1. Introdução 
A escolha deste tema ocorreu em função da necessidade de compreender melhor as relações entre família e escola, evidenciando a necessidade de aproximar os pais ou responsáveis pela criança da instituição escolar, possibilitando o acompanhamento do aluno no seu processo de aprendizagem escolar.
A partir deste contexto, apresentamos algumas questões iniciais que nortearão a presente pesquisa: quais as influências das relações familiares e o papel da escola na educação escolar brasileira? Qual a incumbência do professor nessa relação entre escola e família? E qual é o papel do professor no desenvolvimento cognitivo do aluno? 
Falar sobre dificuldade de aprendizagem é algo muito comum na contemporaneidade, e nesse contexto os professores explicam o fracasso escolar de alguns alunos em detrimento do que vivenciam em suas relações familiares. De outra forma as famílias tentam se assegurar de que a escola terá a incumbência de formar seus filhos como cidadãos aptos para conviver em sociedade. Nessa troca de incumbências muitas vezes interfere no cotidiano escolar, e no processo de aprendizagem dos alunos.
É incumbência da escola, garantir uma relação de diálogo entre os pais e os professores, colocando-se como parceira no processo de desenvolvimento dos alunos. Ela precisa agir como moderadora das ansiedades das famílias, com vistas a contribuir na resolução de problemas apresentados pelos alunos. Nestes termos, a escola pode ser de grande proveito para as famílias auxiliando-as sobre a necessidade de dedicar cuidados à educação dos filhos e auxiliando nas tarefas escolares. De acordo com Yaegashi (2007) a escola e a família deveriam prover mudanças que possam ajudar a criança, evitando maiores dificuldades e situações de estresses. 
 A parceria entre escola e família resultará num processo ensino-aprendizagem com maiores condições de sucesso. As duas instituições necessitam estar conscientes de suas funções, devendo ser participantes do processo de desenvolvimento das crianças, propiciando-lhe autonomia em meio à sociedade. Deste modo, neste trabalho, investigaremos por meio de pesquisa bibliográfica, os reflexos da dinâmica das relações familiares no contexto da aprendizagem escolar. 
2. Metodologia
 
2.1 FAMÍLIA
Família e escola são as duas primeiras instituições que a criança possui convívio, deste modo a primeira carrega consigo o poder de dar apoio aos passos do aprendizado da criança, ao estímulo, ao convívio em família e a afetividade entre os membros da família propondo um desenvolvimento afetivo e dando suporte ao conhecimento que ela terá na escola.
A segunda por sua vez, atua não como coadjuvante nessa relação, mas como atuante ao mesmo tempo em que se incumbe de passar para a criança o conhecimento científico, o desenvolvimento cognitivo e as relações interpessoais. Vygotsky (1996, p. 17 - 18 apud MAGGI, 2011, p.44).
[...] o mecanismo da consciência de si mesmo (autoconhecimento) e do reconhecimento dos demais é idêntico: temos consciência de nós mesmos porque a temos dos demais e pelo mesmo mecanismo, porque somos em relação a nós mesmo o mesmo que os demais em relação a nós.
	Deste modo as mediações possuem resultados significativos no processo de aprendizagem dos alunos, pode-se afirmar que ambas as instituições são importantes tanto para o desenvolvimento afetivo quanto cognitivo, a parceria desses dois atuantes certamente acarretaria o sucesso do aluno tanto no ambiente escolar como futuramente no convívio em sociedade. Para Dias (2005, p. 210 apud SOARES, 2014, p. 2):
A família é um grupo aparentado responsável principalmente pela socialização de suas crianças e pela satisfação de necessidades básicas. Ela consiste em um aglomerado de pessoas relacionadas entre si pelo sangue, casamento, aliança ou adoção, vivendo juntas ou não por um período de tempo indefinido.
	Sendo assim, o presente estudo se justifica a estudar e instigar o pensamento da parceria entre família e escola no contexto escolar como parceiros para o desenvolvimento pleno do aluno.
No domínio da organização social, a família surgiu como uma realidade positiva (há mesmo quem diga única) e, por esse facto, nós somos levados e defini-la exclusivamente por meio de caracteres positivos. Mas, de cada vez que tentamos demonstrar o que é família, devíamos ao mesmo tempo dar a perceber o que ela não é, e talvez os aspectos negativos tenham tanta importância quantos os outros (LÉVI- STRAUSS, 1983 p. 86.)
	Para ele a família não é uma invenção contemporânea, é mais universal do que se pensa, é uns dos tatás maneiras que o homem encontrou de se organizar na sociedade. Onde o homem atua com a parceria e a mulher de outra. 
Dentre as suas múltiplas configurações LÉVI-STRAUSS define configurações primordiais da família (1983, p.75):
A família tem sua origem no casamento; inclui o marido, a mulher, os filhos nascidos da sua união, formando um núcleo em torno do qual outros parentes se podem, eventualmente, agregar; os membros da família estão unidos entre si por: laços jurídicos, direito e obrigações de natureza econômica, religiosa ou outra; uma rede precisa de direitos e proibições sexuais e um conjunto variável e diversificado de sentimentos, como amor, o afeto, o respeito, o medo, etc.
	Sendo assim, para que uma família exista, depende da existência de outras duas famílias. Porém, quanto a configuração da família HERITIER, 1989,p.86 afirma que:
No entanto, mesmo que o modo conjugal monogâmico, com residência comum dos cônjuges, seja o mais difundido, a extrema variedade das regras que contribuem para o estabelecimento da família, para sua composição e para sua sobrevivência, demonstra que essa não é – nas suas modalidades particulares- um facto natural, mas bem pelo contrário, um fenômeno altamente artificial, construído, um fenômeno cultural portanto.
	Deste modo, a família é uma instituição que não existe tal como se vê em todas a sociedades, ela tem suas múltiplas configurações. Nesta linha de pensamento Orsi e Yaegashi (2013, p. 12) afirmam que: 
A família contemporânea tem criado formas particulares de organização, não mais se limitando a família nuclear (pai, mãe, e filhos dos mesmos pais), sendo uma forma distinta e decorrente dos tempos modernos, em que os casais se unem e se desunem por diversas vezes e passam a conviver com os filhos frutos de antigas relações conjugais e filhos que nascem de suas novas uniões. As mudanças na constituição e no funcionamento familiar, necessariamente acarretarão mudanças na subjetividade e nas relações.
 E por isso, não se deve dizer que essa instituição está falida e sim ajuda a compreender que seus arranjos são feitos por seres humanos dinâmicos e heterogêneos. 
Todos sabem ou julgam saber, o que é família. Ela inscreve-se tão fortemente na nossa prática cotidiana que surge implicitamente a cada um de nós como um fato natural e, por extensão, como um fato universal.( HÉRITER, 1989, p. 81)
 (ORSI, 2003 apud MIGUEL e BRAGA, 2008, p.3) afirmam que a família é resultado de:
[...] um processo histórico, por uma questão de sobrevivência os homens precisaram unir-se em grupos para sobreviver. Chegar à idade adulta era muito difícil, tamanhas as dificuldades enfrentadas na natureza. Essa consciência, portanto, resultou em centenas de anos de tentativas até que, finalmente, os homens perceberam que em grupos a chance de se manterem vivos era maior. Dessa época, do chamado grupo primitivo, até chegar a nossa atual e complexa formação familiar, passaram-se milênios.
	A família atua como um dos atores principais quando o assunto é educação formal e informal dos filhos, ademais, por meio das relações são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade e afetividade. Além disso, é no convívio entre família que se constroem os valores e as morais.
	 Segundo Chalita (2001 p. 20) é função da família: “formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar valores éticos e morais. A família é um espaço em que as máscaras devem dar lugar à face transparente, sem disfarces. O diálogo não tem preço”.
	Deste modo, é nas relações familiares que por meio do diálogo, se pode construir conhecimentos aos valores éticos em sociedade, com a troca de conhecimentos se ensina o respeito a si e ao outro, os princípios éticos e de conduta no ambiente social são assimilados. 
	Como afirma Vasconcelos (1989, p. 123) quando diz:, “É o olho no olho, estar junto, inteiro; querer saber como o filho está indo, suas conquistas, temores, expectativas de vida, visão de mundo, preocupações, etc.” Estabelecendo limites e respeito as hierarquias familiares e sociais. Vasconcelos (1989, p. 125) menciona que: 
Percebemos duas realidades contraditórias nas famílias: ou a ausência de regras, ou a imposição autoritária de normas. Muitas vezes, por um medo interno de não serem aceitos, os pais acabam não estabelecendo e/ou não fazendo cumprir os limites, levando a uma relação muito permissiva. Outras vezes, sentindo necessidade de fazer alguma coisa, mas não tendo clareza, acabam impondo limites, sem explicar a razão. A superação desta situação pode se dar pelo diálogo, com afeto e segurança, chegando a limites razoáveis. Assim sendo, têm-se condições de não ceder diante da insistência infantil.
	É incumbência da família implantar regras e limites para os filhos, por meio do diálogo, que os pais expliquem as causas de suas imposições para que a criança possa entender os motivos delas terem sido criadas. Nesse sentido Antunes (2005, p. 53) destaca que:
 Ajudar a criança a construir um bom caráter é a mesma coisa que ajudá-la a desenvolver sua consciência do erro e do acerto. Caráter e consciência expressam a visão que ela possui de si mesma e aproxima-se muito do sentimento de autoestima. É por essa razão que a educação do caráter é importante.
	Conclui-se afirmando que a família é um organismo vivo, movida pó interferência de diversos âmbitos, que por conta disso, possui vários arranjos e ramificações, levando em conta a relação afetiva que os une como membros da mesma. Defendendo que a família é um grupo social, com vários tipos de obrigações, onde possui por base o sentimento de família. Com funções sociais que sustentam o ciclo da sociedade. Pois como mencionam Nolte e Harris (2003, p. 15): 
As crianças são como esponjas. Absorvem tudo o que fazemos, tudo o que dizemos. Aprendem conosco o tempo todo, mesmo quando não nos damos conta de que estamos ensinando. Assim, quando adotamos um comportamento crítico – reclamando delas, dos outros e do mundo em torno de nós, estamos lhes mostrando como condenar e criticar os outros. Estamos ensinando a ver o que está errado no mundo, e não o que está certo.
2.2 ESCOLA
	A escola é uma instituição que é responsável pela passagem de informação e construção do conhecimento científico organizado, capaz de modificar os modos de funcionamento psicológico dos indivíduos, tratando-se de um ambiente com diversas culturas, preparando os indivíduos para o convívio na sociedade.
A função da escola é proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. Esta função socializadora nos remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto social e cultural. (FREIRE, 2000. p. 132)
	Muitas são as incumbências inerentes à escola no ato de educar, até porque trata-se de uma instituição cujo objetivo maior é a educação. “O papel formal da escola é o de ser a principal responsável pela organização, sistematização e desenvolvimento das capacidades científicas, éticas e tecnológicas de uma nação.” (FORMIGA, 1999. p.2) Deste modo, nas escolas torna-se imperativo planejar, construir seu Projeto Político Pedagógico, definir metas, estabelecer critérios de avaliação e progredir, cada vez mais, no processo educacional de seus alunos. 
Ressalta Esteve (1995, p. 100) que: 
No momento atual o professor não pode afirmar que a sua tarefa se reduz apenas ao domínio cognitivo. Para além de saber a matéria que leciona, pede-se ao professor que seja facilitador da aprendizagem, pedagogo eficaz, organizador do trabalho em grupo, e que, para além do ensino, cuide do equilíbrio psicológico e afetivo dos alunos, da integração social e da educação sexual etc.: a tudo isso pode somar-se a atenção aos alunos especiais integrados na turma.
	Por meio do trabalho dos docentes se faz possível constituir um espaço de superação das necessidades e problemas dos alunos. Que junto a aplicação de projetos pedagógicos que favoreçam a valorização tanto da informação como da formação dos alunos.
	 Atingindo os conhecimentos prévios e acumulados, desenvolvendo novas formas de pensar e vero mundo.
	Lembrando que a escola é formadora de opinião e trabalha a ética dos alunos tanto quanto os valores.
 Deverá o ser humano estar preparado para as mudanças principalmente evitar a desumanização do mundo relacionado com a evolução técnica. Exercer a autoridade que legitima a educação também implica dar explicações do que fazemos e propomos; significa ouvir e deixar a porta aberta à revisão da norma sempre que necessário. Exercer a autoridade significa respeitar a personalidade dos alunos, que devem ter o direito de exprimir sua opinião. (SAVIANI, 1992. p. 39).
	Deste modo se faz necessário repensar o papel da escola De acordo com Toro (2002, p. 25): 
A escola tem a obrigação de formar jovens capazes de criar, em cooperação com os demais, uma ordem social na quais todos possam viver com dignidade. Para que seja eficiente e ganhe sentido, a educação deve servir a um projeto da sociedade como um todo.
	Essa formação de cidadania que a escola constrói, se inicia pelo próprio exemplo da instituição. Ampliando seu espaço para a participação de todos os integrantes da comunidade escolar, fazendo com que se sintam motivados a participar.
	 Essa participação não se resume apenas a presença em reuniões ou a apresentações em datas comemorativas, mas estando presente na ação educacional como enfatiza Benvides (1996, p. 5):
A educação para a cidadania deve ser entendida como preparo para a participação da vida pública, com dois registros: o político e o social. O registro político significa organização e participação pela base e o registro social significa reconhecer e reivindicar os direitos e a existência, a criação e a causalidade de novos indivíduos ou grupos com a consciência de seus direitos e deveres.
	A escola como instituição por meio do ensino, deve garantir que seus alunos possam assumir a responsabilidade pela sociedade, como referência Arendt (APUD CASTRO, 2003, p. 1):
A escola como um novo modelo, irá ampliar o mundo dos alunos, convidando-os a olhar suas experiências com uma outra lente, que não a familiar, o que alterará os significados já conhecidos. A escola pública tem mais fortemente, então, a responsabilidade da apresentação de conceitos e conteúdos herdados de nossa cultura, pois muitas crianças só terão acesso a esta herança, através de sua passagem pela escola, que deve então, abrir caminhos de acesso à cultura de maneira igualitária para todos e neste sentido, lutar contra os privilégios de uma classe social.
2.3 FAMÍLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA
	A maneira que aumenta a participação da família na escola, mais positiva a significativas será o aprendizado dos alunos. Pois a participação dos pais deve ser constante, como afirma Parolin (2007, p. 36): “A qualidade do relacionamento que a família e a escola construírem será determinante para o bom andamento do processo de aprender e de ensinar do estudante e o seu bem viver em ambas as intuições”.
	 É publicamente reconhecido na legislação brasileira o dever da participação da família com o processo de escolaridade e a importância da sua presença no contexto escolar pela legislação brasileira e nas Diretrizes do Ministério da Educação aprovadas no decorrer dos anos 90. Algumas destas constatações podem ser verificadas em publicações como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90 em seu artigo 205 onde afirma que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) em seu artigo 12º fala dos deveres da família como uma das responsáveis pelo processo de desenvolvimento educacional dos alunos, assim como a escola criando processos de articulação com a família. Mantendo-a informada sobre a proposta pedagógica e outras informações referentes ao rendimento do aluno, e destaca que: 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB, 1998, p.13)
	Deste modo fica claro que a educação pública é trabalho do estado e da família. Por meio dessa legislação, as resistências estão sendo combatidas de modo que a família e escola se unam nas decisões administrativas e pedagógicas, auxiliando e facilitando na educação dos estudantes.
	A família precisa demonstrar interesse pelas atividades que os filhos realizam na escola, pois depois dela é a outra instituição que a criança possui contato para o aprendizado. Sobre essa preocupação pela atuação da instituição e de seu apoio a ela, de acordo com López (2002, p. 77) os pais:
- Devem manter contatos periódicos com os professores para ter conhecimento constante do processo educativo; - Prestar a colaboração que lhes for exigida por parte dos professores para tornar mais coerente e eficaz a atuação escolar, tanto no campo acadêmico estrito como no mais amplo das atitudes e dos hábitos de comportamento que se pretende fomentar como parte do projeto educacional da escola.
2.4 INFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DA CRIANÇA
	Abrangendo a família como impulsionadora da produtividade escolar, defendemos o pensamento de que o distanciamento desta pode provocar o desinteresse e a desmotivação escolar trazendo a desvalorização da educação. 
Sobre isso Rego (2008, p.60-61) afirma que: 
(...) para Vygotsky, o desenvolvimento do sujeito humano se dá a partir das constantes interações com o meio social em que vive, já que as formas psicológicas mais sofisticadas emergem da vida social. Assim, o desenvolvimento do psiquismo humano é sempre mediado pelo outro (outras pessoas do grupo cultural), que indica, delimita e atribui significados a realidade. Por intermédio dessas mediações, os membros imaturos da espécie humana vão pouco a pouco se apropriando dos modos de funcionamento psicológico, do comportamento e da cultura, enfim, do patrimônio da história da humanidade e de seu grupo cultural.
	Como afirma Rego (2008, p. 77-78), quando explica o papel da escola no desenvolvimento e aprendizagem do aluno, Vygotsky distingue dois níveis de conceitos, aqueles: 
“[...] construídos na experiência pessoal, concreta e cotidiana das crianças, que ele chamou conceitos cotidianos ou espontâneos e aqueles elaborados na sala de aula, adquiridos por meio do ensino sistemático que chamou de conceitos científicos [...] Os conceitos cotidianos referem-se àqueles conhecimentos construídos a partir da observação, manipulação e vivência direta da criança [...] Os conceitos científicos se relacionam àqueles eventos não diariamente acessíveis à observação ou ação imediata da criança: são os conhecimentos sistematizados, adquiridos por interações escolarizadas [...].
	É visível a valorização dos conceitos trazidos pela vivência do aluno, que na maior parte foi construído com a participação da família, para então participar do momento de sistematização do ensino, na escola que posteriormente serão transformados em conhecimento científico. Haja vista que os dois momentos estão ligados.
	Sobre a reflexão da importância da escola, Rego (2008, p.104) afirma que: 
Na escola, as atividades educativas, diferentes daquelas que ocorrem no cotidiano extraescolar, são sistemáticas, têm uma intencionalidade deliberada e compromisso explícito (legitimado historicamente) em tornar acessível o conhecimento formalmente organizado. Nesse contexto as crianças são desafiadas a entender as bases de concepções científicas e a tomar consciência de seus próprios processos mentais.
	A escola precisa garantir um bom relacionamento cm as famílias, estabelecendo uma relação amigável com os pais, de forma que fiquem informados do desempenho dos alunos e do que estão necessitando.
	A partir dessa relação as duas instituições criam condições para que o aluno desenvolva seu aprendizado de maneiraplausível.
A escola reconhecendo a importância da participação paralela da família no desenvolvimento dos filhos no ambiente escolar e assessorando-as no seu papel diante da educação garantirá o desenvolvimento saudável do aluno concordando com Ackerman (1986, apud ORSI e YAEGASHI, 2013, p. 14) quando afirmam que:
(...) por maiores que sejam as modificações na configuração familiar, essa instituição continua sendo considerada como uma unidade básica de crescimento e experiência, contribuindo tanto para o desenvolvimento saudável quanto patológico de seus componentes.
Como afirma Polity (1998 apud MIGUEL e BRAGA, 2008 p.7): 
A aprendizagem é um processo individual, porque cada um tem um jeito de apropriar-se do conhecimento, o que acontece desde o nascimento e se estende por toda a vida. A aprendizagem envolve pensamento, afeto, linguagem e ação. Esses processos precisam estar em harmonia para que o sucesso seja obtido, e a família tem papel essencial e indispensável nesse processo. A família sempre desenvolveu e sempre desenvolverá expectativas com relação aos filhos. Com relação ao processo educacional, não é diferente. Quase todos os pais querem que os filhos tenham sucesso escolar, e quando não há um desenvolvimento satisfatório é preciso analisar o estudante, a sua família e a escola. Porém, para diferentes autores, independentemente da origem do problema, é dentro do contexto familiar que as dificuldades serão amenizadas ou multiplicadas.
2.5 INCUMBÊNCIA DO PROFESSOR
	Conforme afirma Rego (2008, p.115) o papel do professor é embasado em “(...) extrema relevância já que é o elemento mediador (e possibilitador) das interações entre os alunos e das crianças com os objetos de conhecimento”.
	Acerca disso Clandinin e Connelly (1998, apud TRANCREDI e REALI, 1999, p.4) afirmam: 
Não é possível deixar de lado o fato de que os professores são elementos chave no processo ensino-aprendizagem e, portanto, das ações escolares, incluindo aquelas relativas ao relacionamento escola-família pois estudos têm mostrado que os conhecimentos, crenças e metas dos professores determinam em parte o que fazem no contato com os alunos.
	Com base no pensamento da psicologia histórico-cultural, o fator biológico prevalece sobre as reações inatas. Pensando assim se constrói todo o sistema de reações adquiridas, sejam elas definidas pelo meio em que o aluno vive do que por suas questões biológicas.
	Deste modo a apropriação do conhecimento do indivíduo ocorre por meio das relações em que vive. 
Para a Psicologia Histórico-Cultural, as funções psicológicas superiores existem concretamente na forma de atividade interpsíquica nas relações sociais antes de assumirem a forma de atividade intrapsíquica. Mediante o processo de internalização ocorre a transformação do conteúdo das relações sociais em funções psicológicas superiores, especificamente humanas. (VIGOTSKI, 2001 apud TULESKI e EIDT, 2007, p. 532).
	O professor por sua vez atua como mediador do conhecimento, entretanto, esse processo pode ser bem mais aprimorado com a participação efetiva da família.
Sobre tal mediação a o apropria mento das funções complexas do pensamento Tuleski e Eidt (2007, p. 536) afirmam: 
[...] a Psicologia Histórico-Cultural, segundo a qual tais funções se desenvolvem a partir das mediações sociais e, sendo as relações sociais na atualidade cada vez mais complexas, tais mediações, que permitem a apropriação dos instrumentos e signos, necessitam de um alto grau de planejamento e sistematização para proporcionar o acesso ao saber a todos os indivíduos. Essa Psicologia considera ainda que os sistemas funcionais de alta complexidade se estabelecem a partir das tarefas que o meio proporciona às crianças, as funções corticais superiores podem desenvolver-se ou não, de acordo com o grau de qualidade das mesmas.
4. Considerações finais
	
A partir deste estudo, pode-se afirmar que educação não está ligada somente ao ato de ensinar um conhecimento científico e sistematizado, mas também é responsável pela humanização do aluno. E sim, que é um elo de múltiplas relações de aprendizado entre aluno e professor, professor e aluno, aluno e os componentes da escola e vice-versa tanto quanto a família englobando todas essas relações. Cada uma com sua individualidade e configuração.
 	A família foi e continua sendo uma instituição de grande importância no que diz respeito ao desenvolvimento da criança tanto cognitivo quanto afetivo. Pois é ela a primeira experiência de troca de informação da criança.
	Pensando nisso, destacamos a família como foco desta reflexão, pois ela é considerada um sistema de vínculos afetivos, em constante transformação, e incumbida de fornecer mantimentos para a criança no processo de humanização, construção da subjetividade e de formação básica para a aprendizagem. Da mesma forma que a escola, que é um espaço de informação de conhecimento sistematizado. 
	Neste pensamento, defendemos que ambas as instituições precisam caminhar paralelamente. Por meio da realização desta pesquisa constatamos que a parceria entre família e escola fornece muitos benefícios para a integração do aluno, tanto em seu desenvolvimento social, emocional e cognitivo. 
	Assim à medida que a criança enquanto aluno e integrante de uma instituição familiar, entendendo que ambas as instituições caminham em parceria, possui recursos para uma educação ampla e de qualidade.
	Por meio de todas as leituras e análises dos trabalhos selecionados concluímos inicialmente que os trabalhos demonstraram uma necessidade de que tanto a escola quanto a família pensem em suas práticas pedagógicas e parem de procurar culpados para o fracasso escolar dos alunos e procurem proporcionar soluções coerentes que auxiliem os alunos a sanarem seus empecilhos.
	Dessa forma, concluímos ainda que não é a maneira como a escola é organizada em sua estrutura e sim as condições que a mesma proporciona para a socialização e desenvolvimento dos sujeitos. 
Referências
ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores. Campinas, São Paulo. Papirus, 2005.
BENVIDES, Maria Victória de Mesquita Soares. A cidadania Ativa. São Paulo: Martins Fontes, 1996
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Lei Darcy Ribeiro nº 9.394/96. Brasília-1998.
CASTRO, Gilda de. Professor submisso, aluno-cliente: reflexões sobre a docência no Brasil. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
CHALITA, Gabriel. Educação: A solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001.
DIAS, Maria Luíza. Vivendo em família. São Paulo: Moderna, 2005.
ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente Pará. Belém: CEDCA/SETEPS, 2002.
ESTEVE, Júlia Maria. Mudanças sociais e função do docente. In: NÓVOA, Antonio. Profissão Professor. Porto: Ed. Porto, 1995.
FORMIGA, Marcos. Educação para o trabalho. A era do aprender. Jornal do Brasil, janeiro, 1999.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 24. ed.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 158p.
HÉRITIER, F. Família. Enciclopédia Einaudi: parentesco, vol.20, Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1989, p.81-94. 
LÉVI-STRAUSS, C. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 1982. 
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