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Milena Silva Araujo MEDUFES 105 Laringe, tireoide e nervos cranianos IX, X, XI e XII Laringe e tireoide • Identifique as cartilagens e membranas que formam o esqueleto da laringe Três cartilagens ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três pares (cuneiforme, corniculada e aritenóidea). Cartilagem tireóidea: lâminas, proeminência laríngea, incisuras tireóideas superior e inferior, cornos superiores e inferiores Membrana tireo-hióidea: fixação da margem superior e dos cornos superiores da cartilagem tireóidea ao hióide. A parte mediana espessa forma o Lig. tireo-hióideo mediano, as partes laterais são os Ligg. tireo-hióideos laterais Articulações cricotireóideas: articulações entre os cornos inferiores da cartilagem tireóidea e as laterais da cartilagem cricóidea Cartilagem cricóidea: lâmina (posterior) e arco (anterior) Ligamento cricotireóideo mediano: fixação da cartilagem cricóidea à margem inferior da cartilagem tireóidea Ligamento cricotraqueal: fixação da cartilagem cricóidea ao primeiro anel traqueal Cartilagens aritenóideas: ápice (superior), processo vocal (anterior) e processo muscular (lateral). O ápice tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica, o processo vocal é onde o Lig. vocal se insere posteriormente e o processo muscular é onde estão fixados os Mm. cricoaritenóideos posterior e lateral Articulações cricoaritenóideas: entre as bases das cartilagens aritenóideas e a lâmina da cartilagem cricóidea Ligamentos vocais Cone elástico Ligamentos cricotireóideos laterais Cartilagem epiglótica: pecíolo epiglótico (inferior) Ligamento tireoepiglótico: entre o pecíolo epiglótico e o ângulo formado pelas lâminas da cartilagem tireóidea Ligamento hioepiglótico: entre a face anterior da cartilagem epiglótica e o hióide Membrana quadrangular Ligamentos vestibulares Ligamentos ariepiglóticos Cartilagens corniculadas Cartilagens cuneiformes: não se fixam diretamente em outras cartilagens Membrana fibroelástica da laringe: membrana quadrangular (superior) + cone elástico (inferior) Milena Silva Araujo MEDUFES 105 • Identifique os ligamentos vestibulares e vocais, bem como a membrana quadrangular e o cone elástico Ligamentos vocais: estendem-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea até o processo vocal da cartilagem aritenóidea Ligamentos cricotireóideos laterais: das pregas vocais até a margem superior da cartilagem cricóidea Cone elástico: os ligamentos vocais formam sua margem superior livre; o cone elástico funde-se ao ligamento cricotireóideo mediano; fecha a abertura da traqueia, com exceção da rima da glote (entre as pregas vocais) Membrana quadrangular: das laterais da cartilagem epiglótica às laterais das cartilagens aritenóideas; a margem superior livre forma o ligamento ariepiglótico, o qual forma a prega ariepiglótica Ligamentos vestibulares: margem inferior livre da membrana quadrangular, a qual forma a prega vestibular (acima da prega vocal, vai da cartilagem tireóidea até a cartilagem aritenóidea) • Entenda que a mucosa reveste a laringe internamente e externamente na sua parte posterior (na verdade, é a mucosa da laringofaringe). Identifique o ádito da laringe e nele, as pregas ariepiglóticas. Ádito da laringe: comunicação da cavidade da laringe com a laringofaringe. A epiglote (cartilagem epiglótica coberta por mucosa) é anterossuperior, as pregas ariepiglóticas (ligamentos ariepiglóticos cobertos por mucosa) são laterais • Sobre a cavidade da laringe identifique suas subdivisões: - Vestíbulo Entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares - Ventrículo da laringe Recessos que vão da parte média da cavidade da laringe até o espaço entre as pregas vestibulares e vocais. O sáculo da laringe é a o fundo cego revestido por glândulas mucosas que se abre para cada ventrículo - Glote Aparelho vocal da laringe; formado por pregas vocais, processos vocais e rima da glote - Cavidade infraglótica Entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, contínua com a traqueia • Entenda a ação dos músculos intrínsecos e como se comporta a rima da glote nos casos de: - Inspiração Milena Silva Araujo MEDUFES 105 - Fonação - Sussurro Músculos que modificam o formato da rima da glote (alargando ou estreitando-a): M. cricoaritenóideo posterior: par, fixa-se na lâmina da cartilagem cricóidea e no processo muscular da cartilagem aritenóidea. Promove rotação lateral da cartilagem aritenóidea, abduzindo os ligamentos vocais e alargando a rima da glote. É o único abdutor dos Ligg. vocais, o que permite passagem de grande quantidade de ar, sendo especialmente importante na inspiração profunda M. cricoaritenóideo lateral: par, fixa-se no arco da cricóidea e no processo muscular da aritenóidea. É um antagonista do M. cricoaritenóideo posterior e, portanto, promove rotação medial da aritenóidea, aproximando os processos vocais; os Ligg. vocais são aduzidos, a parte intermembranácea da rima da glote é estreitada mas a parte intercartilagínea continua aberta (característica do sussurro) M. aritenóideo transverso: ímpar, posterior às aritenóideas M. aritenóideo oblíquo: do processo muscular da aritenóidea até o ápice da aritenóidea contralateral (forma um X) Os Mm. aritenóideos transverso e oblíquos atuam em conjunto com o M. cricoaritenóideo lateral durante a fonação, sendo responsáveis por aproximar as faces mediais das aritenóideas, estreitando a parte intercartilagínea da rima da glote Músculos que modificam o comprimento, a espessura e o grau de tensão do Lig. vocal: M. cricotireóideo: par, entre as cartilagens cricóidea e tireóidea, partes reta e oblíqua. Eleva o arco da cricóidea, levando as cartilagens aritenóideas para posterior e inferior e aumentando a distância entre os processos vocais e o ângulo tireóideo; com isso, há alongamento, tensionamento e afilamento do Ligg. vocal (produção de sons agudos) M. tireoaritenóideo: par, do ângulo tireóideo à face anterolateral da cartilagem aritenóidea. Traciona as aritenóideas para anterior, aproximando os processos vocais e a cartilagem tireóidea; com isso, os Ligg. vocais são encurtados, relaxados e espessados (produção de sons graves) M. vocal: par, da cartilagem tireóidea aos processo vocal e fixado ao Lig. vocal. Tensiona partes específicas do Lig. vocal e pode aumentar o diâmetro da prega vocal; regula pontualmente a tensão do Lig. vocal Músculos que modificam o formato do ádito da laringe: Parte ariepiglótica (M. aritenóideo oblíquo) Parte tireoepiglótica (M. tireoaritenóideo) Em conjunto, reduzem o diâmetro do ádito da laringe durante a deglutição, mas não têm força para abaixar a epiglote (que só é abaixada passivamente na fase laríngea da deglutição, quando a laringe é elevada e anteriorizada contra a raiz da língua) Como se comporta a tensão e comprimento do Lig. vocal nos casos de sons: - Agudos Milena Silva Araujo MEDUFES 105 - Graves E por fim, como se comporta a laringe durante a deglutição • Sobre a glândula tireóide saiba: - Localização Parte anterior do pescoço, profundamente aos Mm. ECM e esterno-hióideo, no nível de C5 a T1, anterolateral em relação à faringe e à traqueia - Partes anatômicas Lobos direito e esquerdo, unidos por um istmo e cobertos por uma cápsula fibrosa que envia septos para o interior da glândula - Vascularização Irrigação pelas Aa. tireóideas superiores (da A. carótida externa) e inferiores (do tronco tireocervical da A. subclávia), as quais fazem anastomoses; drenagem venosa pelas Vv. tireóideas superiores, médias e inferiores, sendo que as superiores e médias drenam para as Vv. jugulares internas e as inferiores para as Vv. braquiocefálicas; Nervos cranianos IX, X, XI e XII • Qual é a origem aparente e craniana dos Nn. glossofaríngeo, vago e acessório? Origem aparente Origem craniana N. glossofaríngeo (NC IX) Bulbo (mielencéfalo) Forame jugular N. vago (NC X) Bulbo (mielencéfalo) Forame jugular N. acessório (NC XI) Parte superior da medula espinal Forame jugular • Qual é o trajeto extracraniano do N. glossofaríngeo até 1/3 posteriorda língua? Emerge no forame jugular (onde estão os gânglios sensitivos superior e inferior do NC IX), segue o M. estilofaríngeo, passa entre os Mm. constritores superior e médio da faringe e alcança a orofaringe e a língua Milena Silva Araujo MEDUFES 105 • Quais são os componentes funcionais sensitivos (aferentes), motores (eferentes) e respectivos órgãos-alvo do N. glossofaríngeo? Aferente somático geral Parte posterior da orelha externa, trago, ⅓ posterior da língua, palato mole e faringe, membrana e cavidade timpânicas, tuba auditiva e células mastóideas Aferente visceral geral Glomo e seio caróticos Aferente visceral especial Paladar no terço posterior da língua e faringe Eferente visceral geral Inervação parassimpática da glândula parótida Eferente visceral especial M. estilofaríngeo • Como é a via de inervação parassimpática da glândula parótida? O N. timpânico entra na orelha média pelo canalículo timpânico e forma o plexo timpânico no promontório, do qual sai o N. petroso menor. O N. petroso menor penetra a parede tegmental, entra na fossa média do crânio, sai pela fissura esfenopetrosa, as fibras pré-ganglionares fazem sinapse no gânglio ótico e as pós-ganglionares seguem até a glândula parótida via N. auriculotemporal (NC V₃) • Qual é o trajeto extracraniano do N. vago até a abertura superior do tórax? Emerge no forame jugular, segue inferiormente na bainha carótica até a raiz do pescoço, entra no tórax através da abertura superior do tórax e envia ramos cardíacos para os plexos cardíaco e pulmonar; os trajetos dos Nn. vagos são assimétricos no tórax devido às transições dos grandes vasos e da rotação do intestino médio durante o desenvolvimento • Quais são os componentes funcionais sensitivos (aferentes), motores (eferentes) e respectivos órgãos-alvo do N. vago? Aferente somático geral Sensibilidade da orelha, meato acústico externo e dura-máter da fossa posterior do crânio Aferente visceral geral Sensibilidade visceral da base da língua, faringe, laringe, traqueia, brônquios, coração, esôfago, estômago e intestino Aferente visceral especial Paladar na epiglote e no palato Eferente visceral geral Inervação parassimpática do músculo liso da traqueia, dos brônquios, do sistema digestório e do músculo cardíaco Eferente visceral especial Mm. constritores da faringe, Mm. intrínsecos da Milena Silva Araujo MEDUFES 105 laringe, Mm. do palato (exceto o M. tensor do véu palatino) e músculo estriado nos dois terços superiores do esôfago • Como é formado o plexo faríngeo e qual é sua atribuição? • Como o N. acessório é formado (raízes)? O N. acessório é formado por raiz craniana (parte do NC X) e radículas dos 5/6 primeiros segmentos cervicais da medula espinal • Observe o trajeto extracraniano do N. acessório ao longo do trígono cervical lateral. Emerge no forame jugular, desce ao longo da A. carótida interna, penetra o M. ECM e emerge dele perto do meio de sua margem posterior, cruza a região cervical posterior e passa profundamente à margem superior do M. trapézio • Quais são os componentes funcionais motores (eferentes) e respectivos órgãos-alvo do N. acessório? Eferente somático Mm. esternocleidomastóideo e trapézio • Qual é a origem aparente e craniana do N. hipoglosso? A origem aparente é o bulbo (mielencéfalo) e a origem craniana é o canal do N. hipoglosso • Qual é o trajeto extracraniano do N. hipoglosso até a língua? Emerge no canal do N. hipoglosso, se une a ramos do plexo cervical (dando “carona” às fibras nervosas espinais, para que elas cheguem aos Mm. hióideos e à dura-máter da fossa posterior do crânio), segue inferomedial ao ângulo da mandíbula e se curva anteriormente para entrar na língua • Quais são os componentes funcionais motores (eferentes) e respectivos órgãos-alvo do N. hipoglosso? Eferente somático Mm. intrínsecos e extrínsecos da língua (exceto M. palatoglosso)
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