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A ESSÊNCIA DA MORAL Aula – 25/08/21 Prof Dr Paulo Reis Interface JUSTIÇA MORAL FILOSOFIA LIBERDADE POLITICA Etimologia • Ethiké, Ethikós (grego): que diz respeito aos costumes • (Ê)êthos = usos e costumes de um grupo. Estilo habitual. Hábito ou caráter consagrados pela tradição cultural • É)éthos= Domicílio. Morada. Abrigo permanente. Habitat. Esforços para delimitar espaços. ÉTICA E HISTÓRIA • As doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes épocas e sociedades como respostas aos problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens, e, em particular, pelo seu comportamento moral efetivo. • Em toda moral efetiva se elaboram certos princípios, valores ou normas. • Quando se muda radicalmente a vida social, muda também a vida moral. Sócrates Nasceu em Atenas por volta do ano 470 a.C Estabeleceu as bases do pensamento ocidental. Transição do pensamento dos antigos cosmologistas gregos, que viviam refletindo sobre a origem do universo, para preocupações maiores com a ética e a existência humana, adotando o famoso lema: “Conhece -se te a ti mesmo” ANTES DE TUDO, UM CONHECIMENTO MORAL, PRÁTICO! CONHECER PARA AGIR CORRETAMENTE Sócrates • Concepção do Bem – como felicidade da Alma • Concepção do Bom – Útil para a felicidade • Tese da Virtude – (areté) – Capacidade do homem como Conhecimento • Vicio – como Ignorância – ( quem age mal é porque ignora o bem) Sócrates Bondade FelicidadeConhecimento O homem age retamente quando conhece o bem, e conhecendo-o, não pode deixar de praticá-lo; por outro lado, aspirando ao bem, sente-se dono de si e por conseguinte, é feliz. Platão – Doutrina da Alma RAZÃO/ PRUDÊNCIA VONTADE/FORTALEZA APETITE/ TEMPRERANÇA Guerreiros Platão • Individuo por si mesmo não pode aproximar- se da perfeição • A ideia de homem se realiza somente na comunidade. • A Ética desemboca necessariamente na comu nidade. Estado ideal a Alma Governantes VONTADE/FORTALEZA Guerreiros APETITE/ TEMPRERANÇA Artesãos e Comerciantes Aristóteles O fim último do homem é a felicidade Se realiza a partir de certos modos de agir ( ou hábitos) que são as Virtudes. Essas não são inatas, mas modos de ser que se conquistam ou se adquirem pelo exercício, já que é ao mesmo tempo Racional e Irracional Intelectuais – operam na Razão, mas aquilo que há de irracional, suas paixões e apetites, é canalizado para o Racional. Aristóteles- Virtude • Virtude – como termo médio entre dois extremos ( um excesso e um defeito) • Virtude – Enquanto equilíbrio entre dois extremos instáveis e igualmente prejudiciais Aristóteles Vício por excesso VIRTUDE Vicio por Deficiência Temeridade Coragem Covardia Libertinagem Temperança insensibilidade Esbanjamento Prodigalidade Avareza Vulgaridade Magnificência Vileza Vaidade Respeito Próprio Modéstia Irascibilidade Gentileza Indiferença Orgulho Veracidade Descrédito próprio Zombaria Agudeza de Espirito Rusticidade Condescendência Amizade Enfado ( tédio) Inveja Justa Indignação Malevolência Aristóteles • Não há lugar algum para os escravos, porque desprovidos são de virtudes morais e direitos cívicos. • Desprezo característico do trabalho físico – Artesãos – classe inferior • Classe Superior – Contemplação, a Politica e a Guerra Algumas Máximas • Comunidade local e politica é o meio necessário da Moral. • O homem é por natureza um animal politico • A vida Moral é uma condição ou meio para uma vida verdadeiramente humana: a vida teórica consiste na Felicidade. Acessível a uma elite. • Maior parte da população se mantem excluída não só da vida teórica como da vida politica. • A vida Moral é exclusiva desta Elite que pode realizá-la. O homem bom, sábio é um bom cidadão! Origens da Moral • Caráter coletivo da vida social que determina o que mais tarde se denominará de virtude ou vício: Essência da Moral Moral Conjunto de Normas aceitas de forma consciente e livre pelas pessoas. Regulam individualmente e coletivamente os homens e as mulheres . Dois Planos • Quando tratamos da Moral, podemos pensá- la a partir de dois prismas: FatualNormativo Atos Normativos • Normas de ação, o deve ser... • Estão nas regras que determinam imperativamente o que deve ser. Normativos ---------- Regras que postulam determinados comportamentos: “ Seja obediente aos vossos pais!” Atos Fatuais • Estão presentes nos fatos morais constituídos por certos comportamentos humanos que se realizam de forma voluntária. • Estão nos Fatos; • Atos de solidariedade voluntária.... X mostra-se voluntário com Y Moral e Moralidade Moral Ética – Não corresponde apenas em regras de ação, mas um comportamento que deve ser.... Atitudes em obedecer uma Norma Moral em ação - Moralidade Nosso autor recomenda empregarmos como sinônimos – Pag. 52 Moral e o seu caráter social • A moral possui, em sua essência, uma qualidade social. • Manifesta-se somente na sociedade, respondendo às suas necessidades e cumprindo uma função determinada. Exemplo: • Uma mudança radical da estrutura social provoca uma mudança fundamental de moral Moral e o seu caráter social • As ideias, normas e relações sociais nascem e se desenvolvem em correspondência com uma necessidade social. A função social da moral consiste na regulação das relações entre os homens visando manter e garantir uma determinada ordem social, ou seja, regular as ações dos indivíduos nas suas ações mútuas, ou as do indivíduo com a comunidade, visando preservar a sociedade no seu conjunto e a integridade de um grupo social. O individual e o Coletivo na Moral • Transmite-se a Moral por meios eficientes de modo que o sujeito, os indivíduos, mesmo com sua singularidade, se conformam a moral vigente de modo espontâneo, habitual e muitas vezes de forma “instintiva”. • Podemos dizer que a Moral implica sempre uma consciência individual, que interiorizou as normas de ação vigentes. Estrutura do Ato Moral • APROVAÇÃO REPROVAÇÃO • DE ACORDO COM AS NORMAS VIGENTES Ato Moral Algumas condições Motivo da Ação: aquilo que impulsiona para a ação ou para a busca de um fim determinado. Consciência do Fim Visado a antecipação ideal do resultado pretendido e a decisão de alcançá-lo, o que qualifica o ato moral como ato voluntário ou livre, distinguindo-o de outros tipos de aos que se produzem no indivíduo sem a sua deliberação Singularidade do Ato Moral • Hierarquização dos fins – pensando nos meios • Não podemos determinar em cada caso o que fazer em relação aos atos morais, pois são múltiplos e diversos, ainda que encontremos um conjunto de normas como referencia. • Pois, cada situação tem suas vicissitudes e peculiaridades que não podem ser negligenciadas. • MUITO OBRIGADO
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