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Doenças Parasitárias - Piroplasmidas

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BABESIA, THEILERIA, 
CYTAUXZOON E RANGELIA 
 
- Ordem Piroplasmida; 
- Filo apicomplexa > presença do complexo apical. 
- Protozoários sem esporos, flagelos, cílios ou pseudópodes; 
- Reprodução assexuada ocorre por fissão binária ou 
esquizogonia em eritrócitos/outras células sanguíneas; 
- Apresentam complexo apical; 
- Parasitam eritrócitos, linfócitos, histiócitos, eritroblastos 
ou outras células sanguíneas dos mamíferos; 
- Parasitam vários tecidos dos carrapatos, onde há 
esquizogonia e gamogonia. 
 
BABESIOSE 
 
ESPÉCIES MAIS IMPORTANTES: 
- Babesia bigemina > bovinos; 
- Babesia bovis > bovinos; 
- Babesia caballi > equinos; 
- Babesia canis > cães; 
- Babesia felis > felinos; 
- Babesia capreoli > caprinos; 
- Babesia divergens > humanos; 
- Babesia microti > humanos; 
- Babesia ovis > ovinos. 
 
- É transmitida por carrapatos; 
- Sinais clínicos: febre, fraqueza, apatia, anemia, 
hemoglobinúria; 
- Babesia parasita apenas as hemácias; 
- Alta morbidade e moderada mortalidade. 
 
 
 
- Trofozoítos de Babesia e Theileria são semelhantes > 
diagnóstico mais presuntivo considerando os aspectos 
relacionados à espécie animal e a região geográfica de 
ocorrência (em bovinos no Brasil, não há até o momento, 
registros de Theileria). 
 
 
Merozoítos de Babesia caballi x merozoítos de Theileria equi. 
- Merozoítos de Babesia caballi são grandes, ocupando 
grande parte da hemácia; 
- Merozoítos de Theileria equi são menores e se apresentam 
na forma de “cruz de malta”. 
 
- Transmissão transestadial nos vetores; 
- Transmissão transovariana > B. bigemina, B. canis e B. 
caballi e B. bovis > evolução aprimorada para aumentar a 
disseminação. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
 
- Heteroxeno; 
- Ocorre em 3 etapas: 
→ 2 específicas e ocorrem no vetor invertebrado; 
→ 1 ocorre no hospedeiro vertebrado. 
 
1. Gamogonia: terminação e fusão dos gametas no tubo 
digestivo dos carrapatos; 
2. Geram oocineto > sofre esporogonia nas glândulas 
salivares dos carrapatos > dá origem aos esporozoítos; 
3. Merogonia: reprodução assexuada > ocorre nas hemácias 
do hospedeiro vertebrado > produz os merozoítos. 
 
- Maioria das espécies de Babesia > transmissão 
transovariana > zigotos invadem os ovários e ovos dos 
carrapatos > larvas infectadas ao eclodirem > multiplicação 
dos esporozoítos na glândula salivar > infecção transestadial 
(infecção da larva) > transmissão aos vertebrados quando 
em estágio de ninfa ou adulta. 
 
- Esporozoíto inoculado no hospedeiro invade células 
mononucleares > iniciam a esquizogonia, liberando os 
merozoítos > invasão dos eritrócitos e iniciam a merogonia 
por divisão binária > formam trofozoítos piriformes > 
trofozoítos aumentam de tamanho > gametogonia > formam 
macro e microgametócitos > zigoto > esporogonia pela 
formação dos oocinetos > migração para as glândulas 
salivares > formação de esporocistos > esporontes > 
esporoblastos > esporozoítos. 
 
- Esquizogonia ocorre nos eritrócitos. 
 
 
- Parasitismo nas células mononucleares alteram a 
hemodiâmica > parte dos macrófagos ficam retidos nos 
capilares > pode desencadear CID. 
 
PRINCIPAIS ESPÉCIES 
 
Espécie Tamanho 
do 
trofozoíto 
Localização Hospedeiro 
vertebrado 
Hospedeiro 
invertebrado 
B. 
bigemina 
Grande Periférica Bovino R. microplus, 
R, annalutus, 
R. decoloratus 
B. bovis Pequena Viscerotrópica Bovino R. microplus, 
R. annulatus e 
Ixodes spp. 
B. caballi Grande Viscerotrópica Equino Dermacentor 
spp., 
Amblyomma 
spp., Ixodes 
spp., R. 
microplus 
B. canis Grande Viscerotrópica Cães R. sanguineus 
B. gibsoni Pequena Periférica Cães R. sanguineus 
 
- Viscerotrópica > determinam reações de patogenicidades 
mais acentuadas, cursos clínicos mais agudos e 
manifestações nervosa, causa doença sem alta parasitemia; 
- Animais podem sofrer infecções letais com a formação de 
trombos cerebrais antes mesmo de apresentarem quadro 
anêmico ou sintomatologia geral típica > não tem relação 
com o tamanho do agente; 
- B. caballi, B. bovis e B. canis são as mais patogênicas. 
 
TRANSMISSÃO 
 
- Invasão de todos os tecidos do carrapato > intestino médio 
> larvas, ninfas, adultos > ovo > larva > glândulas salivares > 
esporozoítos (infectantes). 
 
TRANSMISSÃO TRANSOVARIANA: 
- Theileria NÃO faz transmissão transovariana. 
 
B. bigemina Fêmea adulta se infecta Ninfas e adultos transmitem 
B. bovis Fêmea adulta se infecta Larvas transmitem e perdem a 
infectividade 
B. caballi Fêmea adulta se infecta Larvas, ninfas e adultos 
transmitem 
B. canis Fêmea adulta se infecta Larvas, ninfas e adultos 
transmitem 
BOVINOS 
 
B. BIGEMINA: 
- Ocorrência de B. bigemina é mais frequente que B. bovis; 
- Animais podem apresentar sintomatologia e mortalidade 
elevada, dependendo das condições de manejo e situações 
de epidemiologia; 
- Acomete cervídeos, búfalos e bovinos; 
- Mortalidade em animais não tratados: 50 a 90%. 
 
Sinais clínicos: 
- Induz anemia severa; 
- Alta parasitemia, intensa lise de hemácias na corrente 
sanguínea; 
- Anemia, icterícia, hemoglobinúria, acidose metabólica. 
 
B. BOVIS: 
- Causa sintomatologia mesmo com baixa parasitemia > 
torna difícil a detecção da forma parasitária nos esfregaços 
sanguíneos; 
- Por ser viscerotrópica, dá preferência a amostras de sangue 
periférico (ponta da orelha ou focinho); 
- Se manifesta de forma visceral, com tropismo pelo cérebro, 
baço e fígado. 
 
Sinais clínicos: 
- Diarreia; 
- Abortamentos; 
- Sintomas neurológicos (parasita nos capilares cerebrais); 
- Agressividade ou apatia extrema; 
- Paresia; 
- Convulsões; 
- Distúrbios de coagulação (metabolismo do fibrogênio): 
hipercoagulabilidade e CID. 
 
DENOMINAÇÕES PARA BABESIOSE 
 
- Tristeza parasitária > associação com Anaplasma: 
→ PPP de Babesia é mais curto que de Anaplasma. 
- Febre esplênica; 
- Malária bovina. 
 
- Pode ocorrer a coinfecção de Anaplasma e Erlichia. 
 
EQUINOS 
 
- Babesioses podem ocorrer sob forma aguda, subaguda ou 
crônica; 
- Asininos e muares também são suscetíveis. 
 
- Diferenciação de Babesia caballi e Theileria equi se dá pelo 
tamanho dos merozoítos e pela presença de esquizontes em 
linfócitos (só ocorre em Theileria equi); 
- Prevalência de Theileria equi é maior que Babesia caballi: 
→ Babesia apresenta resposta imune muito mais 
efetiva, além da eliminação ocorrer em poucos 
anos; 
→ Theileria: animal é portador por toda a vida. 
 
 
 
 
Babesia caballi: 
- Denominada de piroplasmose equina ou nataliose; 
- Principal doença relacionada ao impedimento do trânsito 
internacional de cavalos; 
- Brasil > problemas na exportação de equinos. 
 
- Parasitemias baixas: < 1%; 
- Portadores por 1 a 3 anos; 
- Menos patogênica > sintomas clínicos menos sevwros; 
- Período de incubação entre 10-30 dias. 
 
CÃES 
 
B. CANIS: 
- Pode ser confundida com Erlichiose > sintomas parecidos > 
diagnóstico laboratorial imprescindível e necessário para 
diferenciação (tratamento de ambas são distintos); 
- Frequente em cães jovens e com mais de 2 anos de idade; 
- Ocorrência da babesiose pode estar associada a outros 
patógenos que utilizam o mesmo vetor, como Erlichia e 
Rangelia. 
 
Sintomas: 
- Manifestações clínicas relacionadas com a intensidade da 
parasitemia; 
- Doença hemolítica, anemia progressiva, pode ocorrer 
choque endotóxico e alterações da coagulação; 
- Babesiose cerebral; 
- Formas hiperagudas: 
→ Choque hipovolêmico > palidez de mucosa, cianose, 
taquicardia, fraqueza, depressão; 
→ Febre; 
→ Hipotermia; 
→ Hemólise > hemoglobinúria, hipoxaemia, anuria, 
oligúria, estresse respiratório. 
- Formas menos severas = animais portadores 
assintomáticos. 
 
HUMANOS 
 
- Zoonótica; 
- Rara em humanos. 
 
SINTOMAS: 
- Febre, calafrios, sudorese, mialgias, fadiga. 
 
- Anemia hemolítica; 
- Maioria dos casos associados as espécies B. microti e B. 
divergens; 
- Não há registro no Brasil; 
- No entanto, registros de doenças febris em humanos, 
transmitidas por carrapatos (principalmente Riquetsioses – 
febre maculosa). 
 
 B. MICROTI B. DIVERGENSRegião Estados unidos Europa 
Reservatório Camundongos e 
canídeos 
Bovinos e outros 
ruminantes 
Vetores Ixodes dampfi Ixodes ricinus 
Casos ~300 ~30 
Mortalidade 5% 50% 
 
PATOGENIA 
 
- Idade do hospedeiro > animais mais velhos são mais 
susceptíveis e adquirem doença mais severa; 
- Animais jovens possuem resistência natural, apresentando 
um quadro de menor intensidade (anemia e duração da 
parasitemia) pelos anticorpos presentes no colostro; 
- Estado nutricional; 
- Estado imunológico: 
→ Imunodeprimidos > mais susceptíveis; 
→ Após primo-infecção > recidivas: estabelecimento 
gradual de imunidade; 
→ Sem reinfecção por 8 meses: queda de imunidade. 
- Imunidade inata = transferida pelo colostro das fêmeas. 
 
PATOGENIA X IMUNIDADE DE PRESENÇA: 
- Imunidade de presença depende da população de 
carrapatos; 
- Sua variação de intensidade é importante; 
- Infecção permite que animais sejam permanentemente 
expostos à Babesia; 
- Se a população é reduzida ou eliminada, animais deixam de 
ser expostos e a imunidade de presença desaparece e 
animais podem adoecer quando expostos; 
- Por outro lado, se a população de carrapatos for muito 
elevada, o desafio será superior à capacidade de resposta 
dos animais, fazendo com que estes adoeçam. 
 
- Possibilidades de ocorrência de surto; 
- Regiões (sul do país) onde os carrapatos não transmitem 
Babesia durante o ano todo (tem uma estacionalidade); 
- Variação na população de carrapatos em função do clima; 
- Propriedades com intensivo controle de carrapatos; 
- Bezerros criados confinados (animais sem exposição prévia 
aos vetores) e são transferidos para o pasto geralmente 
depois da queda da imunidade passiva pelo colostro = > 
maior possibilidade de surto; 
- A exposição é desejável, mas se muito intensa, causa 
doença clínica. 
 
SINTOMAS 
 
AGUDOS: 
- Febre, inapetência, dispneia, edema, icterícia, prostração, 
hepatomegalia e esplenomegalia (menos frequentes em 
áreas endêmicas); 
- Pode haver manifestações clínicas além da anemia, como 
comprometimento hepático, pulmonar, renal combinado 
com manifestações nervosas; 
- Distúrbios hemodinâmicos e hemostáticos – incluindo CID 
e intensa desidratação por desequilíbrios eletrolíticos. 
 
SUB-AGUDOS: 
- Mesmos sinais, porém menos intensa e intermitente. 
 
CRÔNICOS: 
- Quadro mais comum; 
- Sintomas inespecíficos. 
 
ASSINTOMÁTICOS: 
- Pode reverter para quadros agudos ou sub-agudos em 
situações de estresse ou doenças intercorrentes. 
PROCESSO DE EVOLUÇÃO DA ANEMIA 
 
 Alteração na composição Aumento plasmático 
de proteínas e lipídeos da de Malondialdeído (MDA) 
 membrana das hemácias 
 
 
Perioxidação de lipídeos 
 
 Íons oxidativos 
 
Alteração na composição bioquímica 
dos eritrócitos 
 
 Hemólises 
 
Anemia hemolítica 
 
 
 
Trombocitopenia Redução Icterícia 
 no VG 
 Oclusão Hemoglobinúria 
 microvascular 
 
THEILERIA 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
 
 
- Esporozoíto inoculado no hospedeiro invade células 
mononucleares > iniciam a esquizogonia, liberando os 
merozoítos > invasão dos eritrócitos e iniciam a merogonia 
por divisão binária > formam trofozoítos piriformes > 
trofozoítos aumentam de tamanho > gametogonia > formam 
macro e microgametócitos > zigoto > esporogonia pela 
formação dos oocinetos > migração para as glândulas 
salivares > formação de esporocistos > esporontes > 
esporoblastos > esporozoítos. 
 
- Esquizogonia ocorre nos linfócitos. 
 
BOVINOS 
 
THEILERIA PARVA: 
- Não diagnosticada no Brasil; 
- Extremamente patogênica; 
- Localizada na África. 
- Búfalos africanos como reservatórios; 
- Alta mortalidade em bovinos; 
- Baixa parasitemia dos merozoítos; 
- Animais morrem antes dos piroplasmas/merozoítos serem 
visualizados. 
 
Microscopia: 
- Esfregaço de sangue corado com Giemsa, impressão de 
linonodo e tecidos; 
- Problemas: difícil diferenciar esquizontes e merozoítos das 
diferentes espécies de Theileria. 
 
 
Theileria parva x Theileria mutans. 
 
EQUINOS 
 
THEILERIA EQUI: 
- Presente no Brasil; 
- Parasita equídeo; 
- Confundida com Babesia caballi pela semelhança dos 
merozoítos e sintomas. 
 
CYTAUXZOON 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
 
 
- Esporozoíto inoculado no hospedeiro invade células 
mononucleares > iniciam a esquizogonia nos histiócitos, 
liberando os merozoítos > invasão dos eritrócitos e iniciam a 
merogonia por divisão binária > formam trofozoítos 
piriformes > trofozoítos aumentam de tamanho > 
gametogonia > formam macro e microgametócitos > zigoto 
> esporogonia pela formação dos oocinetos > migração para 
as glândulas salivares > formação de esporocistos > 
esporontes > esporoblastos > esporozoítos. 
 
FELINOS 
 
CYTAUXZOON FELIS: 
- Infecta macrófagos e eritrócitos; 
- Esquizogonia ocorre nos histiócitos; 
- Relacionada com as espécies de Babesia. 
 
Transmissão: 
- Por Dermacentor; 
- Suspeita de que Amblyomma seja o transmissor no Brasil. 
 
Sinais clínicos: 
- Febre; 
- Anorexia; 
- Letargia; 
- Icterícia pronunciada; 
- Dispneia; 
- Dores generalizadas; 
- Sintomas neurológicos > dificultam o diagnóstico clínico. 
 
- Quadro clínico rápido e fulminante > se não detectado 
inicialmente, pode levar a morte. 
 
- Similaridade morfológica com B. felis (trofozoíto menor), 
porém sua ocorrência no Brasil ainda não foi documentada. 
 
Achados laboratoriais: 
- Hiperglobulinemia; 
- Hiperbilirrubinemia; 
- Pancitopenia; 
- Aumento nos níveis das enzimas hepáticas; 
- Acidose metabólica; 
- Não há quadro patognomônico nos indicadores 
bioquímicos. 
 
Diagnóstico: 
- Histopatologia de vasos e capilares (pulmões, fígado, baço 
e outros órgãos linfoides). 
 
- CID frequente; 
- Morte por falência múltipla de órgãos. 
 
RANGELIA 
 
- Antigamente considerada uma espécie de Babesia; 
- Trombocitopenia > fragilidade capilar; 
- Característica de gotas de sangue na ponta das orelhas. 
 
- Merozoítos nos eritrócitos e nas células endoteliais dos 
capilares; 
- Esquizontes nos leucócitos; 
- Esquizontes livres no plasma. 
SINAIS CLÍNICOS 
 
- Intensa icterícia na mucosa oral; 
- Sangramento na pele; 
- Epistaxe; 
- Petéquias hemorrágicas na mucosa oral; 
- Sangramento na orelha; 
- Hemorragias gástricas. 
 
ACHADOS LABORATORIAIS 
 
- Anemia macrocítica hipocrômica ou anemia normocítica 
normocrômica; 
- Esfregaço > anisocitose, policromasia, metarrubricitemia e 
Corpúsculos de Howell-Jolly; 
- Também podem ser observados esferócitos e aglutinação 
eritrocitária; 
- Leucocitose pode ou não estar presente; 
- Trombocitopenia pode ser acentuada > justifica 
hemorragias na pele e mucosas; 
- Urina escurecida > presença de urobilinogênio e 
bilirrubinas excretadas. 
 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
 
- Imunidade humoral e celular. 
 
RESPOSTA HUMORAL 
 
- Importância limitada; 
- Anticorpos > neutralizam esporozoítos e merozoítos livres 
> não agem sobre parasitas no interior dos eritrócitos ou 
macrófagos. 
 
RESPOSTA CELULAR 
 
- Baço: órgão importante na defesa; 
- Linfócitos B, linfócitos T, NK, macrófagos; 
- Não há evidência de que as células lisam diretamente os 
parasitas livres ou no interior dos eritrócitos; 
- Citocinas devem ser responsáveis pela degeneração do 
parasita. 
 
IMUNIDADE NÃO É DURADOURA 
 
- Necessário contato com o agente; 
- Animal imune, mas sem contato com Babesia por mais de 
8 meses > torna-se susceptível; 
- Imunidade de presença fundamental em áreas com 
equilíbrio enzootico. 
 
- Imunidade cruzada entre as espécies é limitada e pouco 
efetiva. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
CLÍNICO 
 
- Sintomatologia > febre, mucosas hipocoradas, 
hemoglobinúria, apatia, anorexia, flacidez muscular etc. 
 
MÉTODOS DIRETOS 
 
- Esfregaço sanguíneo (fase aguda) > visualização dos 
merozoítos nos eritrócitos e esquizontes em 
linfócitos/monócitos > já é suficiente para o diagnóstico; 
- PCR; 
- Necrópsia> lesões e histopatológico: 
→ Necrose centro-lobular no fígado; 
→ Microtrombos no fígado e pulmões; 
→ Proliferação de células reticulo-endoteliais nos 
linfonodos, pulmões, rins e fígado. 
- Citologia > impressão de órgãos > esquizontes podem ser 
vistos em macrófagos no fígado, baço e aspirados de 
linfonodos. 
 
- Encontro dos trofozoítos não necessariamente indica 
doença > deve-se avaliar número de hemácias parasitadas 
(mais de 1% o animal já passa a ser sintomático), volume 
globular, diminuição de proteínas, aumento de bilirrubina 
etc. 
 
MÉTODOS INDIRETOS 
 
- Testes sorológicos > úteis para animais na fase crônica ou 
assintomáticos (baixa parasitemia); 
- ELISA; 
- Imunofluorescência indireta. 
 
TRATAMENTO 
 
SUPORTE 
 
- Hidratação; 
- Antitérmicos; 
- Transfusão sanguínea (casos graves). 
 
MEDICAMENTOSO 
 
- Dipropionato de imidocarb (Imidocarb – Imizol), 
Diaminazene (Ganaseg, Beroseg); 
- Diminazeno em cães são tóxicos (3,5 mg/kg)> droga de 
escolha deve ser o Dipropionato de Imidocarb > dosagem de 
5 mg/kg via subcutânea com intervalos de 14 ou 15 dias 
entre as aplicações > pode surgir efeitos colaterais (dor no 
local da aplicação, salivação excessiva, secreção ocular, 
diarreia e depressão); 
- Cuidado com superdosagens; 
- Imidocarb também pode levar a efeitos indesejáveis em 
bovinos. 
 
CYTAUXZOON: 
- Heparina 100-200 U/kg subcutânea a cada 8 horas; 
- Atropina 0,04 mg/kg IV, IM, SC. 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE 
 
- Foco na vigilância dos vetores. 
 
ÁREA EM EQUILÍBRIO ENZOÓTICO: 
- Deve ser mantido pela presença do carrapato em níveis 
baixos; 
- Garante status imunitário com a presença dos protozoários 
em baixo nível; 
- Exceção no caso de pets: necessário não ter nenhum 
carrapato. 
 
ÁREA DE INSTABILIDADE ENZOÓTICA: 
- Sofrem súbitos aumentos da quantidade de carrapatos; 
- Animais possuem imunidade de curta duração. 
 
Controle estratégico: 
- Uso de carrapaticidas; 
- Rotação de pastagens; 
- Seleção de animais resistentes; 
- Premunição. 
 
- Imunidade não é duradoura > tentativas de promover 
exposição controlada ao agente. 
 
QUIMIOPROFILAXIA 
 
- Tratamento com doses sub-terapêuticas > doença em 
níveis subclínicos, para o desenvolvimento do estado de 
portados. 
 
CONTROLE DE VETORES (CARRAPATOS): 
- Manter desafio o ano todo; 
- Não erradicar o carrapato. 
 
VACINAS: 
- Ainda não disponíveis; 
- Apenas algumas tentativas com cepas atenuadas com altas 
passagens. 
 
PREMUNIÇÃO: 
- Torna animais resistentes a certas doenças, como à 
babesiose e anaplasmose; 
- Provoca deliberadamente a infecção controlada para gerar 
uma resposta imune primária. 
 
Clássica: 
- Inoculação de sangue de animal contaminado > monitorar 
a infecção; 
- Desvantagens: inóculo desconhecido (quantidade, 
virulência) > pode transmitir outras doenças. 
 
Moderna: 
- Utilização de inóculos padronizados de cada agente (A. 
marginale, B. bigemina e B. bovis) > congelados em 
nitrogênio líquido ou resfriados; 
- Quadro clínico individual dos animais (temperatura, 
volume globular, parasitemia, hematócrito) deve ser 
registrado antes de iniciar o processo; 
- Inóculos produzidos em bezerros esplenectomizados com 
número de parasitas/ml de sangue é quantificado.

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