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Resumo psicoterapias docx

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Psicoterapias
Texto 1: As principais psicoterapias: fundamentos teóricos, técnicas, indicações e contra-indicações
· A psicoterapia foi originalmente chamada de cura pela fala. Ela passou a ser utilizada no tratamento de doenças nervosas e mentais, tornando-se uma atividade inicialmente restrita aos psiquiatras. Mais adiante, outros profissionais passaram a exercê-la.
· Dificuldade inicial: comprovar a efetividade das diferentes modalidades de psicoterapia
· Seus efeitos se devem a um conjunto de fatores que envolvem as técnicas específicas, próprias de cada modelo, e os fatores não específicos, comuns em todas as psicoterapias. Esses fatores envolvem a pessoa do terapeuta (sua empatia, calor humano, interesse genuíno); a qualidade da relação terapêutica; fatores pessoais do próprio paciente (capacidade de vínculo ao terapeuta, motivação, cultura, crenças…)
· O que é a psicoterapia: um conceito
· “É um método de tratamento mediante o qual um profissional treinado, valendo-se de meios psicológicos, especialmente a comunicação verbal e relação terapêutica, realiza, deliberadamente, uma variedade de intervenções, com o intuito de influenciar um cliente ou paciente, auxiliando-o a modificar problemas de natureza comportamental, emocional e cognitiva, já que ele o procurou com essa finalidade” (Strupp,1978)
· É um tratamento primariamente interpessoal - envolve uma interação face a face
· O terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o cliente ou paciente
· É uma atividade colaborativa entre paciente e terapeuta
· Elementos comuns às psicoterapias
· Ocorre no contexto de uma relação de confiança emocionalmente carregada em relação ao terapeuta
· Ocorre em um contexto terapêutico, no qual o paciente acredita que o terapeuta irá ajudá-lo e confia que esse objetivo seja alcançado
· Existe um racional, sistema conceitual ou um mito que provê uma explicação plausível para o desconforto (sintoma ou problema) e um procedimento ou ritual para ajudar o paciente a resolvê-lo
· Um modelo de psicoterapia consolidado
· Está embasado em uma teoria abrangente, que ofereça uma explicação coerente sobre a origem, a manutenção dos sintomas e a forma de eliminá-los
· Os objetivos a que se propõe modificar devem ser claramente especificados
· Devem existir experiências empíricas da efetividade da técnica
· Deve haver comprovação de que as mudanças observadas vêm da técnica e não de outros fatores
· Os resultados devem ser mantidos a longo prazo
· Apresenta uma relação custo/ efetividade favorável na comparação com outros modelos
· A psicoterapia é uma arte, na medida que depende das características pessoais do terapeuta, das habilidades adquiridas nos treinamentos e supervisões e da relação paciente-terapeuta. O bom senso e o timing são essenciais para o uso desses recursos.
Texto 2: Recordar, Repetir e Elaborar
· Técnica: o médico estuda a superfície psíquica apresentada pelo analisando, e através da interpretação ele reconhece as resistências e as torna conscientes para o doente
· Com o domínio das resistências, o doente relata sem dificuldade os nexos/ situações esquecidas
· Objetivo: superar as resistências da repressão e preencher as lacunas da recordação
“O esquecimento de impressões, cenas, vivências, reduz-se em geral a um ‘bloqueio’ delas” (Freud, 1914)
· Lembranças encobridoras - é um retorno do recalcado; meio de acesso ao conteúdo recalcado -> amnésia infantil: representam os anos esquecidos da infância, como o conteúdo manifesto representa os pensamentos oníricos.
· Outro grupo de eventos psíquicos, no qual sucede que lembremos de algo que não poderia ser esquecido, uma vez que isso não foi percebido, pois nunca esteve consciente
· Na neurose obsessiva, o esquecimento se limita à dissolução dos nexos, à um isolamento de recordações
· Em geral, não é possível despertar lembranças de vivências importantes, que foram vividas sem compreensão, mas a posteriori encontrariam compreensão
· As conhecemos através dos sonhos
· O analisando, após superar suas resistências, tem um sentimento de familiaridade
· O analisando não reproduz como lembrança, mas atua - ex. Não diz que lembra de ser teimoso, mas age de tal maneira diante do analista.
· A compulsão por repetição é um modo de recordação
“A transferência mesma é somente uma parcela de repetição, e que a repetição é a transferência do passado esquecido, não só para o médico, mas para todos os âmbitos da situação presente”
· Uma transferência positiva permite um aprofundar da recordação, onde até os sintomas patológicos silenciam; já uma transferência negativa, tem o recordar como uma atuação. A partir de então, as resistências vão determinar o que será repetido
“O analisando repete tudo o que, das fontes do reprimido, já se impôs em seu manifesto: suas inibições e atitudes inviáveis, seus traços patológicos de caráter (...) todos os seus sintomas durante o tratamento”. (Freud, 1914)
· A repetição como atuação impede a verbalização das lembranças, e os conteúdos recalcados são atuados. Nela, o indivíduo revive esses afetos reprimidos, causando sofrimento.
· O sofrimento é uma piora passageira, necessária na análise
· A libido investida na produção de sintomas é parcialmente liberada durante a análise, podendo somar um destino ainda mais destrutivo
· A transferência volta esta libido para o analista, tornando-a mais acessível para interferência
· O doente não deve manter tentações de impulsos no tratamento, isto é, não deve fazer decisões vitais antes da cura (ex. Mudar de profissão)
· O manejo da transferência é o principal meio de domar a compulsão de repetição e transformá-la num motivo para a recordação. Essa compulsão torna-se inofensiva quando reconhecemos o seu direito e a permitimos vigorar em certo âmbito
· A substituição da neurose ordinária por uma de transferência se dá quando o paciente respeita as condições básicas de tratamento, dando novo significado de transferência aos sintomas
· A transferência cria uma zona intermediária entre vida e doença - há uma transição entre as duas.
· Assume todas as características da doença, representando uma enfermidade artificial, acessível à interferência, e ao mesmo tempo é uma parcela da vida real
· Elaboração - após conhecer a resistência, o paciente a elabora para que a supere. É a parte do trabalho que mais modifica o paciente (comparada a ab-reação)
Texto 3: A dinâmica da transferência – FREUD
· Parte dos impulsos que constituem a vida amorosa está dirigida para a realidade (personalidade consciente) e a outra parte expande-se apenas na fantasia ou permanece de todo no inconsciente
· O investimento libidinal de um indivíduo pode, normalmente, voltar-se ao médico
· Dois pontos:
1. Porque a transferência, nos neuróticos em análise, se mostra mais intensa do que em outros que não fazem psicanálise (DESCARTA)
2. A transferência nos aparece como a maior/ mais forte resistência do tratamento
· A precondição do adoecimento do neurótico é o processo de introversão da libido (JUNG) – a libido capaz de consciência é diminuída e, no mesmo grau, aumenta-se a inconsciente
· A libido tomou a via da regressão e reanimou imagos infantis
· Onde a psicanálise se depara com essa libido escondida, as forças que a levaram à regressão tornam-se resistências
· A introversão da libido efetua-se pois é justificada pela frustração da satisfação e é adequada ao momento
· A transferência surge como um impedimento ao conteúdo recalcado, mostrando que quando ela surge estamos ‘perto de algo’
· A libido cai na regressão pois a atração da realidade relaxou, dando espaço às atrações dos complexos inconscientes. Essa, por sua vez, tem que ser eliminada
· A transferência é quando alguma coisa do material complexo é transferida para a pessoa do médico; ela se anuncia por sinais de resistência – a intensidade e a duração são expressões dessa resistência
· A transferência positiva – sentimentos amigáveis e ternos conscientes e seus prolongamentos no inconsciente, esses últimos ligados à fontes eróticas, sexuais
· A transferêncianegativa – sentimento de hostilidade, raiva. Sempre associada a resistência. É ambivalente, por caminhar ao lado da transferência afetuosa
· A resistência se dá quando a transferência é negativa ou positiva de impulsos eróticos reprimidos
· Abolindo a resistência, tiramos do médico esses dois componentes, mas a transferência positiva persiste e é o veículo de sucesso da psicanalise
· A transferência é importante para a relação analista-paciente; quando não tão resistentes, trazem a confiança, quando resistentes, o ultrapasse da barreira permite o acesso ao inconsciente
· Não há uma relação paciente-terapeuta neutra. Não é saudável uma indiferença, por isso a transferência é necessária
Texto 4: Sobre o início do tratamento - FREUD
Texto 5: O ambiente facilitador: A mãe suficientemente boa – WINNICOTT
· Estuda a criança (sadia ou em sofrimento) que evoluía no seu próprio ambiente (mundo externo) na relação com sua mãe, pai, família, escola etc.
· Um bebê não pode ser pensado sem a presença da função materna e do ambiente, onde possa evoluir e desenvolver seu potencial de amadurecimento
· Herança – o potencial que o ser humano carrega consigo ao nascer. Pode ser no ponto de vista físico ou emocional.
· Mãe suficientemente boa
· Acolhe o bebê e cria condições para ele desenvolver seu potencial
· O biológico da mulher se adapta ao do bebê, desde a fecundação, até o parto e a amamentação, propiciando essas condições
· Preocupação materna primária
· Estado de extrema sensibilidade, que atinge seu ápice no momento pós-parto, da mãe suficientemente boa
· Essa sensibilidade é dirigida às necessidades do bebê, pois essa mãe atinge um alto grau de identificação com ele. Ela passa a ser ele – fusão emocional.
· Esse estado permanece por algumas semanas e depois vai gradualmente tendendo ao desaparecimento
· A mãe ‘sabe’ o que o bebê necessita, lhe dando calor, amor, alimentos, prazer (etc.) na dose certa e no momento certo. Esse saber não é aprendido, ele brota na mãe.
· A mãe não somente cria, mas ela é o ambiente facilitador
· O pai e a família têm como papel ajudar a mãe a sentir-se protegida nesse ambiente facilitador, para que ela se sinta evoluindo em um ambiente facilitador para ela mesma
· O eu incipiente do bebê ainda está confundido com o não-eu (mãe e ambiente). O self dele é dependente do verdadeiro self de sua mãe
· O desenvolvimento do verdadeiro self do bebê virá a ser fonte da sua saúde mental, criatividade, prazer, sociabilidade, sexualidade, identidade... Essa etapa é imprescindível para esse desenvolvimento – outro fator essencial é a herança.
· O Holding – maneira como o bebê é sustentado no colo pela mãe. É uma experiência física e, ao mesmo tempo, uma vivência simbólica: a firmeza com a qual se é amado e desejado aquele filho. Nesse momento, o verdadeiro self começa a se desenvolver.
–	O ambiente facilitador propicia um sentimento de confiança em si mesmo
· As primeiras falhas da mãe aparecem, cedo ou tarde, e serão propiciadoras da passagem à próxima etapa.
· As falhas graves, ou traumáticas, no que diz respeito à aquisição de um holding interno, são responsáveis pela fragmentação, pânico, horror ao vazio.
· As falhas da mãe suficientemente boa são sempre traumáticas, mas com intensidades diferentes e deixando marcas distintas no bebê
· A mãe suficientemente boa detecta sua falha e procura repará-la
· As falhas da mãe permitem ao bebê ir de encontro com o não-eu. Desencadeiam sensações de raiva, mas também o vislumbre da sombra de um objeto que virá a ser desejado, seja como objeto de descarga pulsional ou como representação de um espaço que propicie sua criação
· O sentimento de raiva faz com que o bebê queira destruir aquela autora do mal, mas a mãe suficientemente boa não se abala, pois sabe que ele não pode destituí-la de sua função
· O Handling – entrar em contato com as mais diversas partes do seu corpo com a ajuda da mãe. O bebê passa a ser percebido como responsável por suas sensações físicas e fonte de suas emoções psíquicas. O bebê vivencia a experiência de morar dentro do seu corpo e percebe que a mãe mora dentro do dela.
· O idwelling (inquilinato) é o sentimento de formar uma unidade inseparável com o seu corpo.
· A maneira como todas doenças podem ser vivenciadas está em relação direta com as experiências e vivências dessa fase
· A mãe ajuda o bebê a criar um corpo imaginário, colado ao corpo real. A impossibilidade de fazê-lo faz com que o corpo real seja visto como uma ameaça, um estranho. O handling insatisfatório deixa essas marcas no corpo imaginário, formando fissuras por onde infiltrarão diversas doenças.
· O bom handling leva a sensação de bem-estar físico, capacidade de repousar. Em um ambiente facilitador o sujeito pode adormecer e acordar com conforto.
Texto 6: Objetos transicionais e fenômenos transicionais – WINNICOTT
Texto 7: Winnicott e a Clínica
Texto 8: Nosso mundo adulto e suas raízes na infância – MELANIE KLEIN
· A transferência na técnica do brincar leva a compreensão mais profunda dos modos pelos quais a vida mental é influenciada pelas emoções mais arcaicas e fantasias inconscientes
· O bebê recém-nascido vivencia a ansiedade de natureza persecutória, sente em seu inconsciente todo desconforto como sendo infligido por forças hostis. Quando o conforto é oferecido, dá origem as emoções mais felizes. Esse conforto, vindo de forças boas, possibilita a primeira relação de amor do bebê com seu objeto, a mãe.
· Esse bebê tem um conhecimento inconsciente da existência da mãe quando nasce. Ele espera dela o alimento, o amor e a compreensão
· O amor e a compreensão são expressos pelo modo de lidar com o bebê, levando a um sentimento de unicidade que se baseia na íntima relação entre o inconsciente do bebê com o da mãe.
· A frustração e o desconforto são vivenciados como perseguição, e entram nos seus sentimentos em relação a mãe, pois ela representa todo o mundo externo.
· Dupla atitude em relação a mãe – tanto o bom quanto o mau vêm dela.
· Os impulsos destrutivos despertam ansiedade persecutória no bebê
· A agressividade inata é incrementada por circunstâncias externas desfavoráveis e aliviada pelo amor e compreensão
· Os impulsos destrutivos são parte integrante da vida mental mesmo em circunstâncias favoráveis
· O desenvolvimento da criança e as atitudes do adulto devem ser estudados levando em conta as influências internas e externas.
· A agressividade inata e a voracidade de bebês que vivenciam um ressentimento intenso frente à frustração e demonstram incapacidade de aceitar gratificação, são mais fortes do que as dos bebês que explosões de raiva ocasionais cessam rapidamente e se mostram capazes de superar o ressentimento em relação à frustração e recuperar seus sentimentos de amor.
· Ego – parte organizada do self; influenciado por impulsos instintivos mas os mantém sob controle através da repressão; dirige as atividades e estabelece e mantém a relação com o mundo externo
· Self – toda a personalidade: ego + Id (vida pulsional)
· O ego existe e opera desde o nascimento e defende contra a ansiedade pela luta interna e por influencias internas.
· O ego inicia uma série de processos: a projeção, a introjeção e a cisão.
· A introjeção e a projeção funcionam como algumas das primeiras atividades da vida pós-natal do ego. Elas contribuem para a interação de fatores internos e externos
· A introjeção, que fundamenta o ego, significa que as vivências do bebê do mundo externo são levadas para dentro do self, fazendo parte de sua vida interior.
· A imagem formada do mundo externo influencia o que ocorre em sua mente
· O mundo interno é um reflexo parcial do externo
· A mãe é introjetada em seus bons aspectos, se tornando o primeiro objeto bom que o bebê faz parte de seu mundo interno. A assimilação da mãe a um objeto bom traz um elemento de força ao ego.
· A introjeção desse objeto bom aparece, na brincadeira, como cópia das atividades e atitudes da mãe e em seu comportamento diante de crianças menores.
· A forte identificação com a mãe facilita a boaidentificação com o pai e com outras figuras amistosas. Isso resulta em um mundo interno repleto de objetos e sentimentos bons, mas sem excluir os maus.
· A possibilidade desse bom objeto vir a fazer parte relevante do self depende da intensidade da ansiedade persecutória e do ressentimento posterior.
· A agressividade e o ódio se mantém em atividade, são notados na rivalidade com o pai resultante dos desejos do menino dirigidos à mãe – Complexo de Édipo.
· A projeção é a capacidade de atribuir as outras pessoas a sua volta sentimentos de diversos tipos.
· O bebê projeta todas as suas emoções sobre a mãe, tanto de amor quanto de ódio. Ela se torna um objeto bom e, ao mesmo tempo, perigoso.
· A identificação ocorre através da projeção de si mesmo, ou de parte de seus impulsos e sentimentos para outra pessoa.
· A introjeção e a projeção fazem parte das fantasias do bebê, que operam desde o
princípio o ajudando a modelar sua impressão sobre o ambiente – Fantasias inconscientes
· A fantasia é o representante psíquico da pulsão. Todos impulsos, necessidades e respostas pulsionais são vivenciados como fantasia inconsciente.
· Fantasias inconscientes são uma atividade da mente que ocorre em níveis inconscientes profundos e acompanham todo impulso vivenciado pelo bebê
· O complexo de Édipo é claro em crianças de 3,4,5 anos de idade. Entretanto, esse
existe muito mais cedo e é enraizado nas suspeitas do bebê de que o pai rouba a atenção e o amor da mãe.
· O menino retorna ao seu objeto original, a mãe, e busca objetos femininos. Tem como consequência ciúmes do pai e de homens em geral. Também sente-se atraído pelo pai e identifica-se com ele, possuindo um elemento de homossexualidade.
· A menina afasta-se da mãe e encontra o objeto de seus desejos no pai e em outros homens. A relação com a mãe e mulheres em geral não perde a importância.
· Quando um objeto introjetado, há uma aquisição das características desse, assim como influências dele no self.
· Quando há uma projeção de parte de si em um objeto, a identificação com esse é baseada na atribuição de duas próprias qualidades nele.
– Através dessa atribuição, compreendemos seus sentimentos, necessidades e satisfações, e podemos nos colocar ‘em sua pele’
· A introjeção excessiva ameaça a força do ego, pois ele fica completamente tomado
pelo objeto introjetado.
· Uma projeção predominantemente hostil prejudica a empatia.
· O caráter da projeção é muito importante para a relação com o outro.
· O ego infantil tende a cindir impulsos e objetos, resultado da falta de coesão do ego arcaico. A ansiedade persecutória reforça a necessidade de separar o objeto amado do perigoso, de cindir o amor do ódio, pois a autopreservação do bebê depende da confiança em uma mãe boa.
· Agarrar-se ao bom aspecto nessa cisão é essencial para manter-se vivo
· Um mundo hostil também seria construído nele
· O processo de cisão nunca é inteiramente abandonado
· Posição esquizo-paranóide – predomínio dos impulsos destrutivos onipotentes, da ansiedade persecutória e da cisão. A voracidade e a inveja são fatores perturbadores.
· O superego opera muito mais cedo, a partir do 5 mês de vida, o bebê começa a temer o estrago de seus impulsos destrutivos e de sua voracidade em seu objeto amado. Há um sentimento de culpa e a necessidade de preservar esses objetos.
· A ansiedade é, agora, predominantemente depressiva – “Posição depressiva”
· Tentam agradar as pessoas ao redor de todas as maneiras
· Inibições em relação a alimentação e pesadelos – ápice na época do desmame
· O bebê elabora gradualmente seus medos arcaicos, chegando a uma aceitação de seus impulsos e emoções conflitantes. A ansiedade depressiva predomina.
· As ansiedades depressiva e persecutória não são completamente superadas.
Texto 9: Algumas conclusões teóricas relativas à vida emocional do bebê – MELANIE KLEIN
I
· A primeira fonte externa de ansiedade se encontra na experiência do nascimento, essa fornece o padrão de futuras situações e está fadada a influenciar as primeiras relações do bebê com o mundo externo.
· A ação interna da pulsão de morte origina o medo de aniquilamento, causa primária da ansiedade persecutória. A dor e o desconforto sofridos pelo bebê são sentidos como um ataque de forças hostis, como perseguição.
· Hipótese: primeiras experiências do bebê com a alimentação e com a mãe iniciam uma relação de objeto com ela. É a princípio uma relação com o objeto parcial, pois os impulsos orais, libidinais e destrutivos, estão dirigidos para os seios da mãe
· Os impulsos libidinais e agressivos estão sempre interagindo, é uma fusão entre a pulsão de vida e a de morte. Um equilíbrio entre esses impulsos é encontrado quando se vivencia um período livre de fome e tensão, quando os impulsos agressivos são reforçados, o equilíbrio é perturbado. Esse desequilíbrio origina a voracidade, emoção de natureza oral.
· A intensificação da voracidade traz sentimentos de frustração, reforçando impulsos agressivos.
· Quando o componente agressivo inato é forte, a ansiedade persecutória, a frustração e a voracidade são facilmente despertados, e o bebê tem dificuldade de tolerar privação e lidar com ansiedade.
· A força dos impulsos destrutivos em interação com os libidinais compõe a base para a intensidade da voracidade. A ansiedade persecutória pode tanto incrementar a voracidade, quanto causar inibições alimentares.
· Os impulsos libidinais e agressivos possuem como estímulos as experiências de gratificação e frustração, amor e ódio.
· O seio bom – gratificador, amado.
· O seio mau – frustrador, odiado.
· Essa antítese entre seio bom e mau é devida à falta de integração do ego e aos processos de cisão dentro deste em relação ao objeto.
· Nos primeiros três ou quatro meses, o bebê não sabe diferenciar completamente o seio bom e o seio mau, pois o seio da mãe parece fundir-se com a presença física dela, e a relação com ela como uma pessoa é construída assim.
· Os processos endopsíquicos de introjeção e projeção contribuem para essa relação dual com o primeiro objeto
· O bebê projeta seus impulsos de amor e os atribui ao seio gratificador, e projeta os destrutivos e os atribui ao seio frustrador.
· Pela introjeção, um seio bom e um seio mau são estabelecidos dentro dele. A imagem do objeto, externo e internalizado, é distorcida pelas fantasias do bebê, intimamente ligadas à projeção de seus impulsos sobre o objeto.
· O seio bom é protótipo de todos objetos gratificadores e o seio mau de todos os persecutórios, sejam externos ou internos.
· Ramificações da relação do bebê com o seio mau
· Esse seio adquire qualidades destrutivo-orais dos impulsos do bebê quando frustrado, em suas fantasias destrutivas ele morde e dilacera esse seio e sente que esse seio irá o atacar da mesma forma.
· Os impulsos sádico-uretrais e sádico-anais fazem o bebê, em suas fantasias, atacar o seio com a sua urina venenosa e suas fezes explosivas; Da mesma forma, teme que o seio seja venenoso e explosivo para ele
· Os detalhes dessas fantasias sádicas determinam o conteúdo de seus medos de perseguição.
· Os ataques fantasiados são influenciados pela voracidade, o medo da voracidade do objeto (devido à projeção), é um elemento essencial para ansiedade persecutória.
· A ansiedade persecutória é contrabalanceada pela relação com o seio bom e com outros aspectos da mãe, através do sentimento de amor e gratificação do bebê
· A proximidade física com a mãe, durante a alimentação, ajuda a superar a nostalgia de um estado anterior perdido, aliviando a ansiedade persecutória e aumentando a confiança no objeto bom.
II
· As emoções do bebê são de natureza poderosa e extrema: o objeto que frustra é um perseguidor aterrorizante; o objeto que gratifica é ideal, gratifica de forma ilimitada, imediata e permanente. Assim surgem sentimentos de um seio inesgotável e perfeito
· A intensidade do medo de perseguição do bebê também influencia na idealização do seio bom, pois ele tem a necessidade de ser protegido desses perseguidores
· O seio idealizado é derivado da necessidadede proteção e um método de defesa contra a ansiedade
· [Gratificação alucinadora]. Na alucinação realizadora de desejos, entram em jogo mecanismos de defesa, um deles é o controle onipotente do objeto interno e externo – o ego assume a posse completa do seio interno e do externo. O seio persecutório e o ideal são mantidos bem separados, assim como as experiências de frustração e gratificação.
· A cisão do objeto e dos sentimentos em relação a ele está ligada ao processo de negação (aniquilamento de objetos e situações frustrantes e sentimento intenso de onipotência); nesse processo, a frustração é sentida como se tivesse perdido a existência, apenas a gratificação é alcançada
· Em alucinações de perseguição, o que predomina é o aspecto amedrontador do objeto e aspecto bom é sentido como se tivesse destruído.
· O grau em que o ego mantém os dois aspectos separados varia consideravelmente em diferentes estados, pode depender que o aspecto negado seja ou não sentido como desaparecido completamente da existência
· Quando a ansiedade persecutória é menos intensa, a cisão é menos abrangente e o ego é capaz de integrar-se e de sintetizar os sentimentos dirigidos ao objeto. A tendência do ego de integrar-se é uma expressão da pulsão de vida.
· A síntese entre os sentimentos de amor e impulsos destrutivos em relação a um só objeto (o seio) origina a ansiedade depressiva, a culpa e a necessidade de reparar esse
objeto amado danificado (seio bom) – Implica a ambivalência em relação a um objeto parcial
· No início da vida, os estados de integração duram pouco, a capacidade do ego de alcança-los ainda é limitada. Com o desenvolvimento, há um progresso na integração e na síntese das emoções ambivalentes sobre o objeto, e se torna possível o alívio dos impulsos destrutivos pela libido, levando à diminuição real da ansiedade.
· Na vida emocional arcaica, há uma multiplicidade de processos que operam em rápida alternância, ou simultaneamente. Junto com a cisão do seio em dois aspectos, amado e odiado, existe uma cisão de natureza diferente que origina o sentimento de que o ego e o seu objeto estão em pedaços
· Os métodos arcaicos de cisão influenciam os motivos pelos quais a repressão é levada a cabo, determinando o grau de interação entre consciente e inconsciente. O grau em que as várias partes da mente permanecem “porosas” umas em relação às outras é em grande medida determinado pela força ou debilidade dos mecanismos esquizoides arcaicos.
· Fatores externos tem um papel vital, pois todo estímulo ao medo persecutório reforça os mecanismos esquizoides (tendência do ego para cindir a si mesmo e ao objeto) enquanto as experiências boas reforçam a integração do ego e síntese do objeto.
III
O ego desenvolve-se através da introjeção de objetos
· Dois aspectos da introjeção (existem lado a lado):
I. Introjeção do seio bom não-danificado em situações de gratificação torna-se essencial para o ego, reforçando a capacidade de integração. O seio bom interno fortalece a capacidade do bebê de amar e confiar nos seus objetos, estimulando a introjeção de objetos e situações boas. É o representante interno da pulsão de vida.
II. Os desejos sádico-orais do bebê dão origem a um sentimento de que o seio está destruído e em pedaços dentro dele como resultado de seus ataques vorazes devoradores.
· Na fusão das duas pulsões, de vida e de morte, o seio bom pode ser estabelecido na mente do bebê com mais segurança
· Capacidade inata para suportar ansiedade depende da predominância da libido sobre os impulsos agressivos, desempenho da pulsão de vida desde a fusão das duas pulsões.
Slide: Melanie Klein
· Concorda com Freud que a agressão e a libido são duas pulsões básicas e que a pulsão agressiva é uma extensão da de morte, e a libido da de vida.
· Acreditava que a pulsão de morte é traduzida após o nascimento em sadismo oral, o qual, ao ser projetado, dá lugar a fantasias de um seio mal, destrutivo.
· Desde o nascimento o ego tenta preservar uma visão de si mesmo como fonte de prazer e sentimentos positivos; a tensão e o desprazer são projetados para o objeto, vistos como persecutórios
· A gratidão é a manifestação mas precoce da pulsão de vida, ela é a base do amor e da generosidade e vem quando o bebê é física ou emocionalmente saciado. O seio gratificante é introjetado como base de um sentimento do self como bom
· Duas posições do desenvolvimento do bebê
· Posição esquizo-paranóide:
· A ansiedade é parte dessa posição, pode vir de uma fonte interna, como o instinto de morte, aniquilamento, que gera a ansiedade persecutória, ou de fonte externa, com o contato com o mundo externo. A relação é com os objetos parciais, e o bebê desenvolve defesas contra essa ansiedade, como a idealização e a introjeção do seio bom e a gratificação alucinatória
· União entre as pulsões sexuais e as agressivas, por um objeto parcial ‘bom’ e ‘mau’. A angústia dominante vem de que os objetos persecutórios penetrem no ego, aniquilando o objeto bom e o self
o A introjeção e a projeção são mecanismos psíquicos predominantes nessa fase.
· Combinação entre impulsos destrutivos onipotentes, a ansiedade persecutória e a cisão
· Sentimentos destrutivos de voracidade e inveja – quanto mais voracidade, mais insegurança ou falta.
· Posição depressiva
· A culpa é a principal característica da ansiedade depressiva, o bebê percebe que o bom e o mau compõem o mesmo objeto. Ele desenvolve como defesa as defesas maníacas. Nessas, o pai entra como compensação da perda da mãe, para que a criança não tenha que enfrentar o luto de ter “perdido a mãe” por querer destruí-la (complexo de édipo). As relações são com objetos totais.
· A clivagem ‘bom’-‘mau’ já não é tão categórica, a angústia de natureza depressiva e está ligada ao temor de perder e destruir a mãe
· A criança desenvolve vários tipos de defesas e atividades reparatórias, constituindo a primeira fonte de criatividade, sublimação e relações de objeto.
· Introjeção – a imagem do objeto, externo e internalizado, é distorcida na mente infantil pelas suas fantasias que estão vinculadas à projeção de seus impulsos no objeto. A introjeção de experiencias positivas possibilita o desenvolvimento de bons objetos internos, base do crescimento do ego.
· Projeção – O bebê atribui às pessoas a sua volta os sentimentos que traz consigo
· O ego – experimenta e se defende da ansiedade suscitada pela luta interna. Desenvolve e mantém as relações de objetos e funções de integração e sintetização. A ansiedade é a resposta do ego a pulsão de morte. É reforçada pela separação do nascimento e por necessidades frustrantes como a fome. O ego do recém nascido é rudimentar, imaturo e desorganizado, ele experimenta angústias e opera defesas. Essas defesas farão que o bebê se relacione com o mundo através da introjeção e da projeção
· A inveja – o bebê tem a visão de que o seio ‘tudo pode’, a inveja o faz querer destruir o seio e a capacidade dele de ser o seio e fazer o leite. É a primeira emoção fundamental da relação com o seio materno e com a mãe. Pode ser provocada pela gratificação do seio bom, já que é a prova de seus recursos infinitos
· A gratidão – capacidade de sentir gratidão pelo recebido influencia o caráter de generosidade. Mesmo o bebê não tendo nada pode ser gratificado pela mãe, pelo seio bom. A gratidão serve como elemento de união entre o ego do bebê e a mãe.
· O ego infantil tende a cindir os objetos e impulsos, pois o ego arcaico tem pouca coesão. Também por conta da ansiedade persecutória que reforça a necessidade de manter o objeto amado separado do objeto perigoso, e, portanto, a necessidade de cindir amor e ódio. O senso de autopreservação depende da confiança em uma mãe boa.
· A teoria na prática
· A inveja é dirigida a coisas boas – ter algo que não tenho: em Melanie Klein, em termos da inveja, a destruição é dirigida ao objeto bom.
· Na situação analítica é complicado porque se o outro é bom há uma depreciação daquilo que é bom, tornando-o não tão bom.
· Ansiedades persecutórias e de inveja. Quanto maior a ansiedade,mais defesas.
· Idealização - Idealização é uma operação defensiva que preserva objetos internos e externos todos bons, deste modo satisfazendo fantasias de gratificação ilimitada, como um seio inexaurível para proteger contra frustração. Objetos externos idealizados também protegem contra objetos persecutórios.
· Complexo de Édipo
· Melanie Klein afirma que o Complexo de Édipo inicia-se nos primeiros anos de vida, e que possui um começo semelhante em ambos os sexos, sendo o seio materno a marco primeiro para a situação edípica, que começa na “posição depressiva”.
· O bebê, após o nascimento, julga ser a mãe um prolongamento do próprio corpo, cuja finalidade é atendê-lo sistematicamente, bastando para isso acionar o desejo-pensamento. (Eu penso e as coisas acontecem). Com o crescimento, esta percepção sofre algumas modificações, a partir do momento em que o bebê percebe que a mãe é um ser independente dele, e não um
apêndice funcional e escravizado pelos desejos e necessidades. Essa percepção, juntamente com a observância de que existe um vínculo entre o pai e a mãe, prepara o alicerce para o Complexo de Édipo.
· Características do início da fase edípica:
1. Ambivalência: Os pais são muito desejados e amados, mas também são bastante odiados.
Os ataques visam ao relacionamento entre o pai e a mãe, já que esta relação é vista e sentida como ameaçadora.
2. Tendências Orais: Os objetos libidinais têm origem da incorporação por via oral dos objetos desejados.
3. Incerteza da Escolha: No decorrer do desenvolvimento, a escolha entre os pais sofrerá variação, ora escolhendo um e ora outro, assim como variam os objetos agressivos.
– À medida que o desenvolvimento prossegue, o objetivo genital se torna predominante, e isso faz com que diminua progressivamente a “Indecisão Flutuante” entre os pais: acaba por escolher o genitor do sexo oposto como objeto dos desejos, ficando assim a rivalidade e identificação acentuadas em relação ao genitor do mesmo sexo – forma positiva.
Texto 10:	O corpo e o psíquico: pressupostos teóricos e metodológicos da clínica em psicoterapia corporal + aula psicoterapias corporais
· Wilhelm Reich (1897) – médico e analista
· As resistências surgem pelo medo de entrar em contato com as emoções mais profundas. Procura compreender como cada paciente se defende do contato com essas emoções
O caráter
–	O caráter envolve o conjunto de mecanismos de defesa utilizados na tentativa de entrar em contato com conteúdos emocionais angustiantes
[definição de caráter por Reich] – O enrijecimento do ego traz menos flexibilidade para
lidar com as emoções angustiantes, aumentando a defesa
[definição de caráter por Lowen] – Atitude básica com a qual o indivíduo confronta a vida e também um modo de responder que está estabelecido, congelado, estruturado. [definição de caráter por Trutta] – Padrão afetivo e emocional
· Possibilita a organização emocional e cria armadilhas inconscientes devido a sua rigidez. (Ex. afastamento de um relacionamento por medo da rejeição)
· É o “pai dos nossos preconceitos”
· As profecias auto realizadoras – nossa visão de mundo afeta as nossas atitudes; as nossas atitudes potencializam os acontecimentos
A análise do caráter
1. Metodologia que procura ajudar o paciente a flexibilizar suas defesas
2. Ajuda-o a desmontar as armadilhas do caráter
3. Ajuda-o a compreender seus padrões emocionais e trabalha-los
4. Auxilia-o a dar continência à suas próprias emoções gradualmente a partir do vínculo terapêutico internalizado, para que o paciente possa construir sentido às suas experiências
O desenvolvimento da análise do caráter
· Compreender a correlação entre dinâmica emocional e expressão corporal
· Associar corpo e psiquismo – as características das emoções estão ancoradas no corpo
· O essencial da comunicação é não-verbal
· O inconsciente se manifesta não só em sonhos, atos falhos e contradições verbais, mas também em tudo que o corpo faz sem nos darmos conta.
A Couraça
· Cronificação das tensões corporais e blindagem do caráter na área corporal
· Enrijecimento corporal como mecanismo de defesa (ex. bruxismo), se tornando disfuncional. Não consegue voltar ao relaxamento.
A formação de couraças
· O paciente continua a vivenciar a ameaça emocional internamente, imaginando e acreditando que ainda precisa se defender
· A situação vivida permanece como referência internalizada
· Permanece preso ao seu padrão emocional
· Fatores que favorecem: a intensidade e a frequência. Às vezes uma situação traumática já favorece a formação
Identidade funcional entre o somático e o psíquico
· Dimensão somática e dimensão psíquica formam uma unidade indissociável e possuem uma relação de identidade e equivalência
· O psiquismo é um processo do corpo
· As relações de grupo tendem a potencializar a expressão
· A análise da forma de expressão através da auto percepção: fazer perguntas e lançar questões para que o próprio paciente elabore suas questões
· Sinais de quer o paciente está trazendo um conteúdo emocional importante
a) Mudança no ritmo da fala
b) Mudança no tom de voz
c) Presença de gestos marcantes
d) Modificação na postura corporal
e) Mudanças na expressão facial
· É preciso avaliar a capacidade de contato com seu corpo de forma boa, sem que traga angustias ao paciente
A metodologia
· Trabalho verbal – análise do caráter, elaboração das questões pessoais e favorecer a construção de sentidos
· Trabalho corporal – perguntas para aprofundar: o que sentiu? Do que se lembrou? O que pensou durante a técnica? Que imagens vieram? O que sentiu no corpo? O que associa a esse movimento?
· Exemplo de técnica – através do reflexo de moro, a técnica envolve o paciente entrar em contato com os afetos ao sentar-se e abrir os braços
· Observações importantes do corpo do paciente: tônus global, expressão de vitalidade, impressões transmitidas, expressão facial
Os objetivos
· Favorecer e desenvolver o fluxo energético nos anéis e segmentos corporais e no corpo como uma totalidade
· Compreender ritmos de contração/ expansão, sintetizados pelo processo de pulsação que abrange os ritmos de contração e expansão necessários ao equilíbrio subjetivo.
· Ampliar a plasticidade emocional e flexibilidade em sua expressão corporal
· Perceber como se comunica e o que se comunica na dimensão não-verbal Os actings
· São trabalhos corporais que propiciam o surgimento de associações, imagens, lembranças e sensações associadas ao corpo como um todo ou aos seus segmentos
· O corpo contém a história de nossas emoções.
· Os actings favorecem o contato com impulsos corporais do desenvolvimento individual, situações vividas na história pessoal e que estão registradas corporalmente.
· São propostos actings dependendo:
a) Dos traços caracterológicos da pessoa
b) Dos seus principais bloqueios corporais
c) Do momento da terapia
d) Do campo transferencial

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