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Aumento da vida útil de alimentos através da destruição ou inativação térmica de microrganismos ou enzimas. Valor D : tempo necessário, em uma determinada temperatura, para destruir 90% dos microrganismos presentes. Ex.: D 110ºC = 1 min, significa que a cada minuto de tratamento a 110ºC são destruídas 90% dos microrganismos presentes. Isso implica que nunca haverá 100% de destruição, mas esse valor chega muito próximo desse valor. Ou seja, dizemos que está esterilizado quando encontramos 1 embalagem com esporo viável a cada 100.000 fabricadas, por exemplo. Valor Z : número de graus centígrados necessários para aumentar ou diminuir a temperatura a fim de que o valor D diminua ou aumente, respectivamente 10 vezes. O conceito de 12D implica que, na esterilização de alimentos com pH superior a 4,5 (pouco ácidos), é preciso considerar a presença de um esporo de C. botulinum por embalagem; após tratamento térmico, só se pode permanecer viável um esporo por 10¹² embalagens. A termorresistência está relacionada com a temperatura ótima de crescimento. A termorresistência bacteriana depende de diversos fatores intrínsecos e extrínsecos. Os primeiros se referem aos tipos de microrganismo e a forma como se encontram. Entre os fatores extrínsecos destaca-se o pH , a atividade de água ( Aw ) e a composição (conteúdo de gorduras, carboidratos, sais) no meio de aquecimento. Valor F : tempo necessário, na temperatura definida, para reduzir a população microbiana presente no alimento até o nível necessário. Quando o valor F se refere a 121ºC, é designado como F₀. Existem 3 modalidade de tratamentos térmicos: A esterilização busca destruir os microrganismos mais resistentes. O objetivo desse tratamento são as bactérias esporuladas. Pode ser feita de 2 maneiras: em embalagens já preenchidas ou aquecendo o alimento sem embalar (UHT) e acondicionando assepticamente. ESTERILIZAÇÃO DE ALIMENTOS ACONDICIONADOS As embalagens utilizadas para a esterilização de alimentos nessa modalidade são latas, garrafas de vidro ou sacos plásticos termoestíveis. Em autoclave ou esterilizadores hidrostáticos. ESTERILIZAÇÃO DE ALIMENTOS SEM ACONDICIONAR É utilizado para alimentos líquidos e semilíquidos (leite, sopas, natas, purês). Consiste no aquecimento muito rápido (quase instantâneo) até temperaturas muito altas que se mantêm durante um tempo muito curto (2 a 5 segundos). Denominam-se processos UHT (ultra high temperature) e apresentam-se em duas modalidades: 1. Processos indiretos: aquecimento é feito mediante trocadores de calor (placas); portanto, não há contato entre o fluido calefator e o alimento. 2. Processos diretos: injeção de vapor d’água no alimento (método da injeção) ou na injeção do alimento no valor d’água (método da difusão). Nesse tipo de processo, há contato mínimo entre calefator e alimento, o aquecimento é praticamente instantâneo. *Os produtos esterilizados devem ser armazenados em embalagens estéreis/sépticas. Visa a destruição de microrganismos patogênicos não esporulados e reduz significativamente a microbiota banal, de modo a oferecer um produto seguro, com vida útil aceitável, que deve ser consumido em pouco tempo. Existem duas modalidades de pasteurização: LTH Também conhecida como pasteurização baixa: é um sistema descontínuo, bom para pasteurizar volumes pequenos (100 a 500 litros). Empregam-se tempos longos (30 minutos) e temperaturas baixas (62ºC a 68ºC). HTST Ou pasteurização alta: esse método é realizado com sistemas de fluxo contínuo com trocadores de calor. São utilizadas altas temperaturas (72ºC a 85ºC) e tempos curtos (15 a 20 segundos). Tendo em vista que sempre resta um número de microrganismos nesses tratamentos, não é necessário embalagem asséptica. É um tratamento menos intenso (10 a 15 segundos; 60ºC a 65ºC). Aplica-se atualmente ao leite cru com o objetivo de manter baixa a taxa de bactérias termolábeis. *Esterilização terminal: O produto é processado já em sua embalagem final.
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