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Princípios de conservação de alimentos na evolução histórica Pré Historia -Mãos livres para captura do seu próprio alimento -Criação de ferramentas para caça -Mudança na alimentação (Vegetariano x Carnívoro) -Descoberta do fogo -Descoberta ''sementes germinam'' -Domesticação de animais Paleolítico e Neolítico -Utilização de vários alimentos na dieta -Agricultura sazonal -Domesticação de animais para utilização no trabalho e para alimento -Diversidade de alimentos lácteos, queijos e fermentados Idade de Bronze -Irrigação da lavoura -Cavalos começaram a ser utilizados para arado -Cultivo das primeiras frutas -Variabilidade (cebola, uva, azeite de oliva, arroz e especiarias) Idade de Ferro -Melhoria das ferramentas -Novos alimentos; molhos, especiarias e frutas -Agricultura: utilização de fertilizantes e rotação de cultura Antigo Egito -Produção de vinho, cerveja e vinagre -Produção de pães -Produção de queijos Gregos -Utilização de azeite de oliva, moluscos e crustáceos Império Romano -Prensa, para fazer azeite de oliva -Fabricação de queijos obteve modernizações nos preparos e equipamentos -Utilização de recipientes de barro -Salga e acidificação -Utilização de mel como conservante -Dessecagem de alimentos ao sol -Utilização de recipientes metálicos -Utilização do gelo Dessa forma, para o homem pré-histórico, a descoberta do fogo foi fundamental na criação de métodos e processos de conservação dos alimentos, e um exemplo disso se refere à criação do processo de defumação, utilizado até hoje. Com o passar do tempo também foram sendo desenvolvidas outras práticas, tais como o uso do sal e de demais condimentos na conservação de carnes, assim como a realização de fermentações em produtos de origem animal e vegetal. Além de aumentar a durabilidade dos alimentos, muitos desses processos também são responsáveis pelo aumento da palatabilidade (atributo daquilo que é agradável ao paladar) destes produtos. As matérias-primas agroalimentares de origem animal e vegetal são susceptíveis a alterações indesejáveis causadas por agentes físicos (exemplos: calor e luz), químicos (exemplos: água e oxigênio) e biológicos (exemplos: enzimas e microrganismos), que acabam afetando a qualidade dos produtos alimentícios através da destruição de suas características essenciais, do comprometimento de suas qualidades físicas, químicas e nutritivas, assim como da sua segurança. Importante destacar que tais alterações ocorrem desde a colheita dos vegetais, por exemplo, até o abate dos animais. Logo, devem ser evitadas durante toda a cadeia produtiva de alimentos. Os alimentos mais sensíveis a alterações, são aqueles denominados perecíveis. Tem-se como alimento perecível aquele que: Tende a perecer; Se deteriora e estraga rapidamente; Deve ser consumido em um curto espaço de tempo; Possui menor vida útil; Possui alto teor de nutrientes e água livre (água disponível para a ocorrência de reações causadas por diferentes agentes nos alimentos); Apresenta condições de pH ideais para o desenvolvimento de microrganismos (geralmente pH próximo a 7.0, considerado o pH neutro). Além da perecibilidade dos alimentos, outros fatores tais como a sazonalidade das produções (diferentes alimentos cultivados e obtidos em diferentes épocas) e as distribuições geográficas das produções e dos centros de consumo (distância entre centros produtores e comercializadores de alimentos), influenciam diretamente no desenvolvimento e aprimoramento dos métodos de conservação. Por um lado temos o crescente interesse no aumento da vida útil/vida de prateleira/“shelf-life” dos produtos alimentícios, uma vez que as famílias parecem estar cada vez menores, além do que muitas pessoas vem optando por viverem sozinhas. As pessoas também buscam cada vez mais o consumo de alimentos saudáveis, produtos com maior frescor e menos processados pela indústria. A industrialização e o processamento de alimentos são fundamentais para a variedade de produtos que encontramos nos mercados, o ano todo, por exemplo. Porém, algumas técnicas de processamento, incluindo alguns métodos de conservação, afetam a qualidade nutricional de alguns alimentos em demasia. E é por isso que, atualmente, um dos maiores “dilemas” da conservação de alimentos é a obtenção de produtos que possuam qualidade tanto nutricional, como sensorial e microbiológica, isto é: o desenvolvimento de alimentos seguros, com sabor/aroma/textura adequados e que mantenham ao máximo o teor de nutrientes na sua composição. 1.1.1 Qualidade em alimentos Como qualidade de um alimento entendemos o conjunto de características que irão influenciar na sua aceitabilidade. Conforme comentando anteriormente, é desejável que os métodos de conservação busquem manter a qualidade nutricional, sensorial e microbiológica dos produtos. Em relação ao aspecto nutricional, devido à aplicação de calor, de frio, e até mesmo devido à ausência ou presença de oxigênio, alguns métodos de conservação podem causar alterações e perdas de vitaminas, minerais e até mesmo de pigmentos, tais como os carotenoides, que conferem cores aos alimentos do amarelo ao vermelho (exemplos: betacaroteno, que é precursor da vitamina A; licopeno; luteína e zeaxantina). Já no quesito sensorial, os processos de conservação podem ser responsáveis por injúrias pelo frio que afetam a textura e a coloração de frutas, por exemplo, assim como pela desidratação excessiva e formação de crosta indesejável em alimentos desidratados onde não há controle adequado da temperatura e da velocidade do ar quente empregado durante a secagem. Por fim, no quesito microbiológico, é fundamental ter-se conhecimento do método adequado a ser empregado para a eliminação de microrganismos, principalmente devido à resistência microbiana ser diferente entre fungos e bactérias em geral. Cabe destacar que os métodos de conservação visam eliminar os denominados “microrganismos indesejáveis”, dentre os quais fazem parte os microrganismos deteriorantes e patogênicos. Os microrganismos fermentadores/benéficos/desejáveis devem manter-se viáveis nos alimentos para a transformação destes através dos processos fermentativos, tal como ocorre a fermentação lática por bactérias láticas na fabricação de iogurte e a fermentação alcoólica por leveduras na fabricação de pães. 1.1.2 Métodos de conservação de alimentos Os métodos utilizados para a conservação dos alimentos tem como objetivo aumentar a vida útil dos produtos através de técnicas que evitam alterações microbianas, enzimáticas, químicas e físicas, entretanto, mantendo seus nutrientes e suas características organolépticas. Consideram-se características/propriedades organolépticas ou sensoriais as características dos materiais que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o brilho, a luz, o odor, a textura, o som e o sabor. Como regra geral, tem-se que os melhores processos são aqueles que garantem uma satisfatória conservação e alteram menos as condições naturais dos produtos. No entanto, a escolha do método mais adequado depende de fatores, tais como natureza do alimento (sólido, líquido, pastoso); período de tempo a conservar; custo do processo; agentes de deterioração envolvidos, entre outros. Abaixo seguem listados os principais métodos de conservação aplicados em alimentos: ● Pela aplicação de calor (através de Branqueamento, Pasteurização, Esterilização) ● Pela aplicação de frio (através da Refrigeração e do Congelamento) ● Por processos fermentativos (ocorrência de Fermentação Lática, Fermentação Acética e Fermentação Alcoólica em alimentos) ● Pela diminuição da atividade de água (através da Secagem/Desidratação, da Concentração, da Liofilização, da adição de sal e açúcar em altas concentrações) ● Pelo uso de atmosfera controlada (em ambientes) / atmosfera modificada (em embalagens) ● Pela aplicação de aditivos alimentares (conservantes químicos – agentes antimicrobianos e antioxidantes) ● Pela aplicação de radiação ionizante (processo de Irradiação) ou não ionizante Algumas outras tecnologias empregadaspara conservação se referem ao uso de membranas através de Micro/Ultra/Nanofiltração e Osmose Reversa. Existem também novos métodos tecnológicos que estão sendo cada vez mais aprimorados para aplicação na indústria, tais como Processamento com Alta Pressão, Processamento com Pulsos Elétricos, Processamento por meio de Luz Pulsante e Processamento com Ultrassom. Estes últimos vem sendo frequentemente considerados métodos de “processamento mínimo”, uma vez que conservam os alimentos alterando minimamente as suas características, o que é altamente desejável pela indústria e consumidores de alimentos. É importante ressaltar que, após a aplicação dos tratamentos, é fundamental que a conservação seja assegurada pelo uso de embalagens apropriadas. Inocuidade de Alimentos Definição da palavra: Qualidade, caráter, propriedade ou virtude do que é inócuo; fato de não ter ação prejudicial Como conseguir? • Princípios de Conservação de Alimentos • Programas de Controle de Qualidade – 5S – 10S – BPF – APPCC – ISO – PPHO Crescimento microbiano: - Necessitam de condições favoráveis para se adaptar e multiplicar. - No alimento, é relacionada diretamente com os fatores intrínsecos e extrínsecos. Fatores que afetam o crescimento microbiano: 1- FATORES INTRÍNSECOS: a) Acidez (pH) b. Atividade de água ( Aw ) Formas de redução da Aw: - Adição de solutos: Sais e açúcares, - Desidratação e congelamento. c) Composição química: [ nutrientes], o crescimento de microrganismos. d) Fatores antimicrobianos naturais: e) Estrutura biológica: - Casca de frutas: Casca de nozes. - Casca de ovo; - Película que envolve sementes. f) Potencial de oxi-redução (Eh): Substrato perde elétrons Oxidado Substrato ganha elétrons Reduzido g) Interações entre os microrganismos Mecanismos: Produção de metabólitos ou bacteriocinas por determinadas bactérias inibem o desenvolvimento de outras. Adição de microrganismos inofensivos Estímulo do processo competitivo EXCLUSÃO COMPETITIVA 2- Fatores extrínsecos: a) Oxigênio: • Classificação dos microrganismos de acordo com as relações com o oxigênio: As bactérias que sobrevivem em presença de oxigênio são capazes de produzir enzimas com capacidade de destruir as formas tóxicas do oxigênio. Exemplos: Catalase, peroxidase, superóxido dismutase e superóxido redutase. 1. Oxigênio (a) Aeróbios (b) Anaeróbios (c) Anaeróbios facultativos (d) Microaerófilos (e) Anaeróbios aerotolerantes Microrganismos aeróbios durante o crescimento Reduzem o Eh do alimento b) Temperatura ambiente: Psicotróficos: Pseudomonas,Alcaligenes,Flavobacterium . Mesófilos A maioria das espécies Maior parte dos patógenos Termófilos Algumas espécies de Bacillus e Clostridium b) Temperatura ambiente: Outros microrganismos: Bolores: - Faixa ampla de temperatura - Também crescem em temperatura de refrigeração. Leveduras: - Crescem na temperatura de psicrotróficos e mesófilos. c) Umidade relativa: Umidade Relativa Com umidade relativa alta, o crescimento microbiano é iniciado mais rapidamente, mesmo a baixas temperaturas (especialmente quando os refrigeradores não são mantidos num estado descongelado). Quando os alimentos mais secos são colocados em ambientes úmidos, pode ocorrer uma absorção de umidade por parte da superfície do alimento, permitindo, eventualmente, o crescimento de microrganismos. d) Composição gasosa: Efeito do CO2 : As atmosferas contendo 10% de CO2 são usadas para conservação de frutas (pêras, maçãs, pêssegos, nectarinas): competição com o etileno. O excesso de dióxido de carbono pode diminuir o pH, inibindo o crescimento microbiano. O armazenamento de carne, por exemplo, com uma atmosfera rica em dióxido de carbono inibe o crescimento de bactérias Gramnegativas, resultando numa população dominada por Lactobacillus. 1) Atmosfera modificada: : substituição total ou parcial só oxigênio por outros gases (recurso tecnológico para aumentar a vida útil dos alimentos). Ex.: embalagens à vácuo ou com diferentes combinações de oxigênio, nitrogênio e gás carbônico. 2) Vácuo: Importância da conservação de alimentos • Necessidade de guardar alimentos para os períodos de escassez - desenvolvimento de práticas capazes de conservar os produtos • Descoberta do fogo foi fundamental na criação de métodos e processos de conservação dos alimentos (defumação) • Sal e de demais condimentos na conservação de carnes, fermentações em produtos de origem animal e vegetal. • Além de aumentar a durabilidade dos alimentos, muitos desses processos também são responsáveis pelo aumento da palatabilidade destes produtos. 2 • Matérias-primas agroalimentares de origem animal e vegetal: alterações indesejáveis causadas por agentes físicos, químicos e biológicos • Qualidade dos produtos alimentícios alterada: destruição de suas características essenciais, do comprometimento de suas qualidades físicas, químicas e nutritivas, assim como da sua segurança. • Importante destacar que tais alterações ocorrem desde a colheita dos vegetais, por exemplo, até o abate dos animais. • Logo, devem ser evitadas durante toda a cadeia produtiva de alimentos. 3 Os alimentos mais sensíveis a alterações: perecíveis. • Alimento perecível: tende a perecer; se deteriora e estraga rapidamente; deve ser consumido em um curto espaço de tempo; possui menor vida útil; possui alto teor de nutrientes e água livre (água disponível para a ocorrência de reações causadas por diferentes agentes nos alimentos); apresenta condições de pH ideais para o desenvolvimento de microrganismos (geralmente pH próximo a 7.0, considerado o pH neutro). • Além da perecibilidade dos alimentos, a sazonalidade das produções e as distribuições geográficas das produções e dos centros de consumo (distância entre centros produtores e comercializadores de alimentos), influenciam diretamente no desenvolvimento e aprimoramento dos métodos de conservação. • Interesse no aumento da vida útil/vida de prateleira/“shelf-life” dos produtos alimentícios, • Alimentos saudáveis, produtos com maior frescor e menos processados pela indústria A industrialização e o processamento de alimentos - variedade de produtos que encontramos nos mercados, o ano todo. • Técnicas de processamento, incluindo alguns métodos de conservação, afetam a qualidade nutricional de alguns alimentos em demasia. • “Dilemas” da conservação de alimentos: produtos que possuam qualidade tanto nutricional, como sensorial e microbiológica • Desenvolvimento de alimentos seguros, com sabor/aroma/textura adequados e que mantenham ao máximo o teor de nutrientes na sua composição. Como qualidade de um alimento entendemos o conjunto de características que irão influenciar na sua aceitabilidade. • Em relação ao aspecto nutricional, devido à aplicação de calor, de frio, e até mesmo devido à ausência ou presença de oxigênio, alguns métodos de conservação podem causar alterações e perdas de vitaminas, minerais e até mesmo de pigmentos. • No quesito sensorial, os processos de conservação podem ser responsáveis por injúrias pelo frio que afetam a textura e a coloração de frutas, assim como pela desidratação excessiva e formação de crosta indesejável em alimentos desidratados.No quesito microbiológico, é fundamental ter-se conhecimento do método adequado a ser empregado para a eliminação de microrganismos, principalmente devido à resistência microbiana ser diferente entre fungos e bactérias em geral. • Cabe destacar que os métodos de conservação visam eliminar os denominados “microrganismos indesejáveis”, dentre os quais fazem parte os microrganismos deteriorantes e patogênicos.Os métodos utilizados para a conservação dos alimentos tem como objetivo aumentar a vida útil dos produtos através de técnicas que evitam alterações microbianas, enzimáticas, químicas e físicas, entretanto, mantendo seus nutrientes e suas características organolépticas. Consideram-se características/propriedades organolépticas ou sensoriais as características dos materiais que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o brilho, a luz, o odor, a textura, o som e o sabor. Comoregra geral, tem-se que os melhores processos são aqueles que garantem uma satisfatória conservação e alteram menos as condições naturais dos produtos. • No entanto, a escolha do método mais adequado depende de fatores, tais como natureza do alimento (sólido, líquido, pastoso); período de tempo a conservar; custo do processo; agentes de deterioração envolvidos, entre outros. Aspectos Microgiológicos Crescimento microbiano: - Necessitam de condições favoráveis para se adaptar e multiplicar. - No alimento, é relacionada diretamente com os fatores intrínsecos e extrínsecos. Combinação entre fatores intrínsecos e os extrínsecos Teoria dos obstáculos de Leistner. Estudo das interações entre os vários fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam a sobrevivência e multiplicação dos microrganismos nos alimentos. As interações entre os fatores intrínsecos e os extrínsecos originaram, portanto, o conceito dos obstáculos (barreiras) de Leistner. Os obstáculos normalmente considerados na conservação dos alimentos são: - temperatura (elevada ou baixa), - atividade de água (Aa), - pH (acidificação), - potencial redox, - conservantes (nitritos, sorbatos e sulfitos), - atmosfera modificada - microrganismos competitivos A ação conjunta de dois ou mais fatores podem potencializar ou não e até limitar, o efeito isolado dos fatores sobre os microrganismos. - Os resultados obtidos com o modelo têm correlação com os observados na prática, por exemplo: - Impede a deterioração e veiculação de doenças - Aumenta a vida útil dos produtos - Garante a qualidade dos alimentos EXERCÍCIOS 1) Geralmente não utilizamos conservantes em alimentos produzidos com alta fermentação. Por que?devido à redução do pH em vista da produção de ácido láctico e ácido acético, como também de álcool (bebidas alcoólicas) no processo 2) Podemos afirmar que os microrganismos mesófilos não conseguem se desenvolver na temperatura de refrigeração? Por que?Para cada microrganismo existem temperaturas mínima, máxima e ótima. E, de acordo com o seu ótimo, podemos classificar os microrganismos mesófilas, o seu ótimo está entre 20 e 40°C. Então eles não conseguem se desenvolver em baixas temperaturas. 3) A utilização das embalagens à vácuo ajuda a conservar os alimentos? Qual tipos de microrganismos podem ser inibidos dessa forma? impedem que líquidos como o sangue de carnes ou o tempero acabem vazando. Além de evitar que seu produto fique com a aparência melada e seja rejeitado pelo consumidor, a embalagem melhora muito a aparência do produto e a retira de todo ar de dentro do invólucro. Isso é feito para aumentar a durabilidade dos itens alimentícios, uma vez que o oxigênio acelera a deterioração deles, além de facilitar a não proliferação de fungos e bactéria. 4) Um alimento pode ter sua atividade de água alterada se utilizarmos diferentes tipos de embalagens? Justifique. Para melhorar a estabilidade dos alimentos, a água livre pode ser reduzida através do congelamento, concentração, desidratação parcial ou adição de açúcar ou sal. O crescimento e a atividade metabólica dos microrganismos precisam de água em forma disponível 5) Qual alimento é conservado por mais tempo: Carne “in natura” ou charque? Justifique.“in natura" São: aqueles obtidos diretamente dos animais para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração.tem pouca durabilidade,ja o charque:são produzidos principalmente com adição de sal, envolvem diversas técnicas de processamentos e ingredientes. Tem mais durabilidade. 6) Por que algumas bactérias são destruídas ao chegar no estômago junto com os alimentos e outras causam infecções alimentares?é destruída pelo suco gástrico, o qual consiste em por ter um pH muito alto,O consumo de líquidos ou alimentos contaminados pode desencadear uma infecção no organismo enquanto outros são resistente ao pH do estômago. 7) Entre um suco de frutas e o leite, qual é mais propenso ao ataque de microrganismos? Justifique. O leite são alimentos de baixa acidez (pH > 4,5) são os mais sujeitos a multiplicação microbiana,O leite é um alimento de alto teor nutricional. Fonte de carboidratos, lipídios, sais minerais, vitaminas e proteínas de alto valor biológico, torna-se um meio de cultura perfeito para a proliferação de vários microrganismos, principalmente as bactérias. 8) Quando deixamos uma embalagem de biscoito aberta, a tendência é que este biscoito perca sua crocância. Explique por que isso acontece? porque o produto absorve umidade do ambiente. Essa absorção leva ao amolecimento do produto 3.1 Conservação dos alimentos pelo calor Introdução e histórico da conservação dos alimentos pelo calor A temperatura é um dos agentes físicos que mais influi no crescimento microbiano, na atividade das enzimas (proteínas com função catalisadora, isto é, capazes de acelerar e proporcionar a ocorrência de reações químicas desejáveis ou indesejáveis) e na velocidade das reações químicas. O emprego de altas temperaturas na conservação de alimentos está fundamentado nos efeitos deletérios que o calor tem sobre os microrganismos: - Desnaturação de proteínas, - Inativação de enzimas necessárias ao metabolismo microbiano. - Eliminação/redução microrganismos Os métodos de conservação que empregam calor são procedimentos físicos que objetivam eliminar, impedir ou retardar o desenvolvimento de microrganismos nos alimentos, dependendo do binômio tempo versus temperatura aplicado e da termorresistência dos microrganismos, de forma a aumentar a vida útil dos produtos alimentícios. Logo, a aplicação dos processos de conservação pelo calor está condicionada ao grau adequado de temperatura, ao tempo de exposição e às características dos produtos a fim de evitar alterações no valor nutritivo e nas características histológicas, físicas e químicas dos alimentos. O tratamento térmico necessário para destruir os microrganismos e seus esporos varia com o tipo de microrganismo, a forma em que o microrganismo se encontra (esporos tem camada protetora de sais de cálcio, magnésio e potássio) e o ambiente (Fatores extrínsecos). O precursor na invenção dos processamentos que aplicam calor para conservação dos alimentos foi o confeiteiro francês Nicolás Appert, entre os séculos XVIII e XIX. Appert verificou que alimentos aquecidos em recipientes fechados podiam se conservar durante longo tempo se o recipiente não fosse aberto. Assim foi criada a Apertização, isto é, a aplicação do processo térmico a um alimento convenientemente acondicionado em uma embalagem hermética (selada e sem contato com o ambiente externo), resistente ao calor, a uma temperatura e um período de tempo cientificamente determinados, para atingir a esterilidade comercial. De forma semelhante, a Apertização pode ser ainda definida como o aquecimento do produto já elaborado, envasado em latas, vidros, plásticos ou outros materiais resistentes a aplicação de altas temperaturas, e relativamente isento de ar.A esterilidade comercial é uma condição atingida por aplicação de calor suficiente ou de outra tecnologia equivalente, isolado ou em combinação com outros tratamentos apropriados, para tornar o alimento isento de microrganismos (deteriorantes e patogênicos) capazes de se reproduzir em condição ambiente de armazenamento e distribuição do produto. Os alimentos comercialmente estéreis podem conter um pequeno número de esporos bacterianos termorresistentes, que não se multiplicam no alimento. Mesmo após períodos longos de estocagem, sua deterioração, geralmente, ocorre devido a alterações não microbiológicas. Tempo depois, por volta de 1864, o químico francês Louis Pasteur descobriu que ao aquecer certos alimentos e bebidas acima de 60 °C por um determinado tempo e depois baixar bruscamente a temperatura do alimento evitando a sua deterioração, reduzia de maneira significativa o número de microrganismos presentes na sua composição. Assim, foi criado um dos tratamentos térmicos mais utilizados na atualidade, a Pasteurização. Muitos fatores afetam a termorresistência dos microrganismos. A água facilita a desnaturaçãoproteica, dessa forma, quanto menor a umidade, maior a resistência do microrganismo. Os macronutrientes lipídeos, proteínas e carboidratos aumentam a resistência dos microrganismos. E, quanto maior o número de microrganismos, maior a quantidade de calor necessária para destruí-los. O pH neutro fornece maior resistência. Classificação dos alimentos: • Pouco ácidos (pH>5,0) • Ácidos (4,0<pH<5,0) • Muito ácidos (pH<4,0) •*não há germinação de esporo bacteriano em pH <4,0, logo precisa de tratamento térmico mais brando. Existe, também, a relação entre o tempo e temperatura, ou seja, quanto maior a temperatura, menor o tempo de exposição necessário. 3.2 Conhecendo a termorresistência dos microrganismos Além da influência dos fatores mencionados anteriormente, os diferentes tipos de microrganismos possuem diferentes resistências quando expostos ao calor. As BACTÉRIAS se comportam de acordo com a figura abaixo. Microrganismos Psicrófilos e Psicrotróficos possuem menor resistência que os Mesófilos e Termófilos. Os esporos gerados por alguns microrganismo são os mais resistentes. Morte térmica é a morte por ação do calor. O processo ocorre através da desnaturação de proteínas, oxidação de compostos e desidratação. A velocidade de morte é diretamente proporcional ao aumento da temperatura. Assim, quanto maior a temperatura, menor o tempo necessário para destruir uma população. Percebe-se que não se trata de um processo linear. Por outro lado, numa mesma temperatura, aumentando-se o tempo, a porcentagem de destruição é maior. A morte térmica é logarítmica, ou seja, em condições térmicas constantes, a mesma porcentagem de bactérias será destruída num dado intervalo de tempo, não importando o número de sobreviventes. Se numa certa temperatura morre 90% de uma população em um minuto, no minuto seguinte morrerá 90% da população remanescente (e assim por diante). A resistência do microrganismo ao calor é maior ou menor segundo sua espécie e forma vegetativa ou esporulada; também as exigências térmicas variam de acordo com o número da população microrgânica. A resistência térmica dos microrganismos é chamada tempo de redução decimal ou simplesmente conhecida por "D". O valor D é usado para comparar a resistência térmica dos microrganismos. Os Bacillus stearothermophilus – são os microrganismos mais resistentes, logo são usados para o cálculo do processamento térmico, dando a certeza de que a bactéria responsável pelo botulismo e outros patógenos serão destruídos. Fatores que influenciam a termorresistência das formas vegetativas e esporos: • N° de esporos ou células vegetativas • Espécie de microrganismos • Condições de crescimento • pH – próximo da neutralidade favorece resistência de esporos QUADRO-1: Tempo de Destruição Térmica de Bactérias (F) 3.3 Objetivos do Tratamento Térmico (TT) Diante do exposto até agora, os principais objetivos dos tratamentos térmicos são: - Inativação de microrganismos (patogênicos e deteriorantes), - Inativação enzimas. A eficiência do TT depende da Temperatura e do Tempo. Alguns dos possíveis Tratamentos Térmicos encontram-se abaixo: •Branqueamento • Pasteurização • Esterilização •Termização • Tindalização Conceitos importantes utilizados em ciência e tecnologia de alimentos 1. ALIMENTO: é toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer forma adequada, destinada a fornecer ao organismo vivo, os elementos necessários à sua formação, manutenção e desenvolvimento. 2. MATÉRIA-PRIMA: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado bruto, que para ser utilizada como alimento precisa sofrer tratamento e/ou transformação de natureza física, química ou biológica. 3. ALIMENTO IN NATURA: todo alimento de origem vegetal ou animal, para cujo consumo imediato se exija, apenas, a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação. 4. ALIMENTO ENRIQUECIDO: todo alimento que tenha sido adicionado de substância nutriente com a finalidade de reforçar o seu valor nutritivo. 5. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: é o conjunto de todas as operações e processos efetuados para a obtenção de um alimento acabado. 6. PRODUTO ALIMENTÍCIO: todo alimento derivado de matéria-prima alimentar ou de alimento in natura, adicionado ou não, de outras substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado; 7. INGREDIENTE: qualquer substância, incluídos os aditivos alimentares, empregada na fabricação ou preparação de um alimento e que permanece no produto final, ainda que de forma modificada. Introdução e histórico da conservação dos alimentos pelo calor • A temperatura é um dos agentes físicos que mais influi no crescimento microbiano, na atividade das enzimas (proteínas com função catalisadora, isto é, capazes de acelerar e proporcionar a ocorrência de reações químicas desejáveis ou indesejáveis) e na velocidade das reações químicas. • O precursor na invenção dos processamentos que aplicam calor para conservação dos alimentos foi o confeiteiro francês Nicolás Appert, entre os séculos XVIII e XIX. • Appert verificou que alimentos aquecidos em recipientes fechados podiam se conservar durante longo tempo se o recipiente não fosse aberto Assim foi criada a Apertização, isto é, a aplicação do processo térmico a um alimento convenientemente acondicionado em uma embalagem hermética (selada e sem contato com o ambiente externo), resistente ao calor, a uma temperatura e um período de tempo cientificamente determinados, para atingir a esterilidade comercial. • De forma semelhante, a Apertização pode ser ainda definida como o aquecimento do produto já elaborado, envasado em latas, vidros, plásticos ou outros materiais resistentes a aplicação de altas temperaturas, e relativamente isento de ar. A esterilidade comercial é uma condição atingida por aplicação de calor suficiente ou de outra tecnologia equivalente, isolado ou em combinação com outros tratamentos apropriados, para tornar o alimento “isento” (contém um pequeno número, porém sem condições de se desenvolver) de microrganismos (deteriorantes e patogênicos) capazes de se reproduzir em condição ambiente de armazenamento e distribuição do produto. • Os alimentos comercialmente estéreis podem conter um pequeno número de esporos bacterianos termorresistentes, que não se multiplicam no alimento. • Mesmo após períodos longos de estocagem, sua deterioração, geralmente, ocorre devido a alterações não microbiológicas Tempo depois, por volta de 1864, o químico francês Louis Pasteur descobriu que ao aquecer certos alimentos e bebidas acima de 60 °C por um determinado tempo e depois baixar bruscamente a temperatura do alimento evitando a sua deterioração, reduzia de maneira significativa o número de microrganismos presentes na sua composição. • Assim, foi criado um dos tratamentos térmicos mais utilizados na atualidade, a Pasteurização. Conservação pelo emprego de altas temperaturas O uso de temperatura como princípio de conservação visa: - Denaturação de proteínas, - Inativação de enzimas necessárias ao metabolismo microbiano. - “Eliminção”/redução microrganismos Os métodos de conservação que empregam calor são procedimentos físicos que objetivam eliminar, impedir ou retardar o desenvolvimento de microrganismos nos alimentos, dependendo do binômio tempo versus temperatura aplicado e da termorresistência dos microrganismos, de forma a aumentar a vida útil dos produtos alimentícios. • A aplicação dos processos de conservação pelo calor está condicionada ao grau adequado de temperatura, ao tempo de exposição e às características dos produtos para que não ocorram alterações no valor nutritivo e nas características histológicas, físicas e químicas dos - Tipo de microrganismo; - Forma em que o microrganismo se encontra (esporos tem camada protetora de sais de calcio, magnésio e potássio); - Ambiente: fatores extrínsecos Fatores que afetam a termorresistência dos microrganismos: a) Água: A água facilita a desnaturação protéica. Umidade resistência. b) Lipídeos,proteínas e carboidratos : Gordura, proteinas e carboidratos resistência. - Quanto maior o número de microrganismos, maior a quantidade de calor necessária para destruí-los. c) pH: pH neutro: maior resistência. • Classificação dos alimentos: • Pouco ácidos (pH>5,0) • Ácidos (4,0<pH<5,0) • Muito ácidos (pH<4,0) • *não há germinação de esporo bacteriano em pH <4,0, logo precisa de tratamento térmico mais brando. d) Relação tempo/temperatura: Temperatura tempo Termorresistência dos microrganismos: • BACTÉRIAS Temperatura ótima: •FUNGOS •Bastante sensíveis ao calor• destruição proporcional ao tempo de exposição Morte térmica morte por ação do calor -desnaturação de proteínas -oxidação de compostos -desidratação • A velocidade de morte é diretamente proporcional ao aumento da temperatura. • Assim, quanto maior a temperatura, menor o tempo necessário para destruir uma população Portanto: não é linear! Por outro lado, numa mesma temperatura, aumentando-se o tempo, a porcentagem de destruição é maior. • A morte térmica é logarítmica, ou seja, em condições térmicas constantes, a mesma porcentagem de bactérias será destruída num dado intervalo de tempo, não importando o número de sobreviventes. • Se numa certa temperatura morre 90% de uma população em um minuto, no minuto seguinte morrerá 90% da população remanescente (e assim por diante).A resistência do microrganismo ao calor é maior ou menor segundo sua espécie e forma vegetativa ou esporulada; também as exigências térmicas variam de acordo com o número da população microrgânica. • A resistência térmica dos microrganismos é chamada tempo de redução decimal ou simplesmente conhecida por "D". • O valor D é usado para comparar a resistência térmica dos microrganismos. • Bacillus stearothermophilus – são os microrganismos mais resistentes, logo são usados para o cálculo do processamento térmico, dando a certeza de que a bactéria responsável pelo botulismo e outros patógenos serão Fatores que influenciam a termorresistência das formas vegetativas e esporos: • N° de esporos ou células vegetativas • Espécie de microrganismos • Condições de crescimento • pH – próximo da neutralidade favorece resistência de esporos D é o tempo, em minutos, em uma determinada temperatura, capaz de causar uma redução em 90% no número de células ou esporos presentes numa suspensão, ou, número de minutos necessários para a curva de sobreviventes atravessar 1 ciclo log. Tratamentos Térmicos: •Branqueamento •Apertização • Pasteurização • Esterilização •Termização • Tindalização Conservação de alimentos – Propósitos preliminares: Impedir a contaminação microbiológica das matérias primas durante o processamento e nos produtos acabados Manter o alimento livre de microrganismos patogênicos e deterioradores Inativar processos não enzimáticos e enzimáticos Evitar as reações químicas prejudiciais Reações de Escurecimento: Processos Não Enzimáticos • São reações associadas ao aquecimento e armazenamento dos alimentos • Podem ser divididas em: reação de Maillard e caramelização. • A intensidade das reações de escurecimento não enzimático depende da quantidade e do tipo de carboidratos presentes, e em menor extensão, de proteínas e aminoácidos • As reações são indesejáveis do ponto de vista nutricional. • Reduz a digestibilidade da proteína, inibe a ação de enzimas digestivas, destrói nutrientes como aminoácidos essenciais, ácido ascórbico e interfere no metabolismo de minerais, mediante a complexação com metais. Ex: leite e derivados, pois ocorre a destruição da lisina (aminoácido essencial) Escurecimento Não Enzimático Do ponto de vista organoléptico, a reação é desejável quando leva à melhoria da aparência e do “flavor”. Ex: carne de peixe assado, chocolate, pão. • É produzido pela reação entre compostos aminas (das proteínas) e carbonilas dos açúcares redutores, dando como resultado: • ÚTIL: quando os produtos da reação tornam os alimentos mais aceitáveis, justamente pela cor e sabor produzido. • PREJUDICIAL: as cores escuras, sabores não desejáveis e perda de proteínas. • Também produz compostos escuros a degradação do açúcar, bem como a degradação do ácido ascórbico (oxidação de vitamina C - “melanoidina”.) • PROTEÍNA + GLICOSE = GLICOSILAMINA = MELANOIDINA (pigmento escuro) Reação de Maillard O aminoácido que participa da reação é perdido do ponto de vista nutricional. 1. Efeito da temperatura: A elevação da temperatura resulta no aumento rápido da velocidade de escurecimento e aumenta a intensidade do pigmento. 2. Efeito do pH: Quanto maior o pH, maior a velocidade da reação (pH = 9 a 10). Nesta faixa, o nitrogênio do aminoácido está livre para que ocorra a reação com o açúcar. Porém, em pH muito baixo (pH = 2) e presença de ácido ascórbico, também ocorre a reação de escurecimento, provocada pela oxidação da vitamina C. 3. Tipos de aminas presentes: Lisina é a mais reativa. 4. Tipos de açúcares presentes: Monossacarídeos – glicose; Dissacarídeos – maltose e lactose 5. Teor de umidade: Valores intermediários de Aa (atividade de água) são os ideais, sendo a taxa de escurecimento zero em valores de Aa muito elevada ou baixa. 6. Sulfito: É eficiente no controle do escurecimento. Atua como inibidor da reação.Ãcontece em quase todos os tipos de alimentos quando estes são assados, grelhados ou fritos. Ex: quando selamos uma carne, quando douramos manteiga, torramos um pão, torramos café, quando assamos biscoito, entre muitas outras situações na cozinha. • Os alimentos têm uma combinação única de açúcares e aminoácidos, a reação de Maillard produz sabores diferentes para diferentes alimentos. Por isso, é difícil dizer que a reação de Maillard produz este ou aquele sabor, mas pode-se dizer que geralmente cria um sabor de umami. • Esta reação é drasticamente acelerada entre 140°C e 165°C. Acima dessa temperatura o alimento passará pelo processo de caramelização (dos açúcares), que também adiciona um sabor delicioso, e acima da caramelização o alimento passa pela pirólise (carbonização) que cria um sabor amargo e indesejável.A reação envolve a degradação do açúcar na ausência de aminoácidos ou proteínas. • Os açúcares são relativamente estáveis ao aquecimento moderado, mas em temperatura acima de 120ºC são pirolisados para diversos produtos de degradação e alto peso molecular e escuros, denominados caramelo. • Pode ocorrer em meio ácido ou alcalino, porém a velocidade da reação é maior em meio alcalino Leite e derivados: São muito sensíveis às reações de escurecimento não enzimático em razão do elevado teor de lactose e da presença de proteínas termo-sensíveis. • Como consequência negativa, durante o tratamento térmico, ocorre alteração da cor, além da destruição da lisina. • Leite pasteurizado = perda de 3% de lisina • Leite esterilizado = 8 a 12% de lisina • A intensidade das reações durante o armazenamento do leite em pó, depende da temperatura e da umidade. Reações de Escurecimento em Alimentos Carnes e derivados: relativamente resistentes às reações de escurecimento não enzimático, em razão da acidez natural e do baixo teor de açúcares. • Peixes, as reações são mais intensas pelo fato de possuírem alto teor de carboidrato ou pelo aumento do pH em razão de alterações verificadas “postmortem”. • Em situações em que as reações de escurecimento não enzimático são indesejáveis, estas podem ser inibidas pela utilização de agentes químicos ou criando-se condições adversas, como alterar o teor de água ou pH do meio, reduzir a temperatura e remover uma das substâncias reativas. • Exemplo: ovo em pó = adição da enzima glicose oxidase = degrada a glicose. A reação de escurecimento em frutas, vegetais e bebidas é um dos principais problemas na indústria de alimentos. • Estima-se que em torno de 50,0% da perda de frutas tropicais no mundo é devida à enzima polifenol oxidase, encontrada praticamente em todos tecidos vegetais, em maiores concentrações em cogumelo, batata, pêssego, maçã, banana, manga e abacate. • Quando a maioria das frutas e dos vegetais é amassada, cortada ou triturada, rapidamentese toma escura, o que é iniciado pela oxidação enzimática dos compostos fenólicos pelas polifenóis oxidases. • As reações de escurecimento ocorrem no tecido vegetal, quando há ruptura da célula e a reação não é controlada No tecido intacto de frutas ou vegetais, também pode ocorrer o escurecimento (uso de embalagem imprópria, deficiência de ácido ascórbico no tecido vegetal, armazenamento, frio e radiação ionizante). • O produto inicial da oxidação é a quinona, que rapidamente se condensa, formando pigmentos escuros insolúveis denominados melanina. • Frequentemente, os pigmentos escuros são acompanhados de mudanças indesejáveis na aparência, valor nutritivo, nas propriedades organolépticas do produto, resultando na diminuição da vida útil e no valor de mercado. • Graças à especificidade de vários substratos, enzima ppo é, às vezes, denominada: tirosinase; polifenolase; fenolase; catecoloxidase; catecolase; cresolase Rancificação Hidrolítica: É a reação ocasionada pela ação de enzimas como a lipase/lipoxigenase/lipoxidase/hidrolases e/ou por agentes químicos (ácidos/bases) que rompem a ligação éster dos lipídios, liberando ácidos graxos. Na rancidez hidrolítica ou lipolítica forma-se ácidos graxos livres, saturados e insaturados. Diminui a qualidade das gorduras destinadas principalmente a frituras, alterando especialmente as características organolépticas, como a cor (escurecimento), o odor e o sabor dos alimentos.Rancificação Hidrolítica: A presença de água acelera a rancidez hidrolítica; além disso, quando as gorduras contendo ácidos graxos livres são emulsionadas em água, estes ácidos graxos livres, mesmo em baixas concentrações, proporcionam sabor e odor desagradável. Deve-se evitar o uso prolongado da mesma gordura no processamento de alimentos (frituras), especialmente se estes alimentos forem ricos em água. Controle: inibida pela inativação térmica das enzimas e pela eliminação da água no lipídio.Enzimas Pécticas: pectinesterase, poligalacturonase (prevenir amolecimento) Frutas e vegetais armazenados, mesmo à temperatura de congelamento, podem-se deteriorar em razão da presença de certas enzimas. Consequentemente, para que os vegetais e alguns frutos, possam serem preservados por enlatamento, congelamento ou desidratação, eles são, em sua maioria, branqueados para inativar as enzimas. • As enzimas catalase e peroxidase ocorrem em plantas, animais e microrganismos e são utilizadas para testar a eficiência do branqueamento de frutas e vegetais antes de seu congelamento e armazenamento Peroxidase: é considerada uma das enzimas mais termorresistentes, de forma que, quando inativada, certamente as demais enzimas serão destruídas. • Na maioria dos casos o branqueamento entre 90–100°C/3min é suficiente para destruí-la. • O inibidor químico mais frequentemente utilizado no controle da peroxidase, na indústria, é o dióxido de carbono ou sulfitos. • A utilização de 0,1 a 0,15% de metabissulfito de sódio previne a formação de “flavor” estranho durante o armazenamento de vegetais processados.A oxidação dos lipídios é uma reação do oxigênio com os ácidos graxos insaturados por meio do mecanismo de radicais livres, catalisado por metais, que dá como resultado o ranço do alimento. • Além disso, a oxidação pode produzir radicais livres que reagem com as proteínas, diminuindo a sua solubilidade, seu valor biológico e destruindo as vitaminas lipossolúveis. Oxidação de Lipídeos • Em alimentos, os principais fatores relacionados à ocorrência ou controle destas reações estão relacionados à: – quantidade de O2 presente (não ocorre na ausência de O2 ); – à composição da gordura (tipo de ácido graxo insaturado e o grau de saturação têm influência significativa na oxidação) (os ácidos linoléico e linolênico oxidam-se 64 e 100 vezes mais rápido do que o ácido oléico, respectivamente); – à exposição à luz, sendo que a mesma acelera as reações de oxidação (deve-se evitar sua incidência direta nos alimentos suscetíveis a oxidação); – a temperatura de armazenamento, quanto maior a temperatura, maior será a velocidade com que a reação se desenvolve. A cada aumento de 10°C na temperatura, a reação do oxigênio com a gordura insaturada duplica. Esse efeito pode ser minimizado com o armazenamento de alimentos sob refrigeração e congelamento O Branqueamento é considerado um “pré-tratamento”, uma vez que precede o início de outros processos de elaboração industrial, tais como a Desidratação e o Congelamento. Este tratamento térmico pode ser realizado de duas formas: por imersão em água quente ou com vapor de água. Diversos alimentos são submetidos ao Branqueamento nas indústrias, tais como maçã e banana utilizadas no preparo de alimentos infantis, berinjela para fabricação de antepasto, batata pré-frita congelada, cogumelos em conserva, ervilha congelada, seleta de legumes, milho em conserva, assim como vegetais minimamente processados. Importante ressaltar que, após a realização do Branqueamento, os vegetais devem ser resfriados rapidamente até temperatura ambiente para assim evitar o amolecimento excessivo dos tecidos em função da exposição demasiada a temperaturas elevadas. Em vegetais, o branqueamento pode ser aplicado antes do congelamento, desidratação ou enlatamento: • maçã e banana utilizadas no preparo de alimentos infantis, • berinjela para fabricação de antepasto, • batata pré-frita congelada, • cogumelos em conserva, • ervilha congelada, • seleta de legumes, milho em conserva, • vegetais minimamente processados* Alimentos minimamente processados Segundo PRAÇA (2002), este processamento mínimo aumenta a perecibilidade devido a lesões provocadas durante a manipulação que promovem a descompartimentalização celular e possibilitam o contato de enzimas e substratos, que originam modificações bioquímicas como escurecimento, formação de odores desagradáveis e perda de textura original, além de favorecer a colonização dos tecidos vegetais por microorganismos deterioradores e patogênicos. Alimentos in natura: são obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza; Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de serem destinados ao consumo, são submetidos à limpeza, remoção de partes não comestíveis ou não desejadas, fracionamento, secagem, embalagem, pasteurização, resfriamento, congelamento, fermentação e outros processos. Portanto, o processamento mínimo não envolve a adição de ingredientes ou aditivos ao alimento original (nem mesmo ingredientes simples, tais como açúcar, sal e óleo). Importante ressaltar que, após a realização do Branqueamento, os vegetais devem ser resfriados rapidamente até temperatura ambiente para assim evitar o amolecimento excessivo dos tecidos em função da exposição demasiada a temperaturas elevadas. • Antes do congelamento ou desidratação é utilizado principalmente para a inativação das enzimas. • Quando utilizado corretamente, pode reduzir de forma significativa o número de microrganismos que se encontram na superfície dos alimentos. Mencionamos que trata-se de um tratamento de curto período. Mas, como determinar o tempo de branqueamento? Algumas variáveis e parâmetros são bastante importante! Como é realizado esse tratamento térmico? – Primeiramente, realiza-se o aquecimento através de Imersão em água fervente ou Vapor d´água • A duração do tratamento varia de acordo com a consistência e tamanho do material, mas em geral o alimento mantém-se em uma temperatura que varia de 70 a 80 °C (100°C) por um tempo de 2 a 10 minutos • H2O quente: 80°C - 100°C / tempo determinado ◦ • Vapor: 100oC (requer de 30 a 50% mais tempo que branqueamento por água aquecida) – Em seguida, realiza-se o Resfriamento pós tratamento térmico Quando o branqueamento for a partir de vapor, faz-se o uso de esteira transportadora e/ ou túnel com uma atmosfera de vapor. Quando o processo é feito através do uso de água quente, este processo pode ser realizado em branqueadores rotatórios e/ ou branqueadorestubulares e, este tratamento térmico brando faz uso de temperaturas entre 70 e 100°C e tempos que variam de 1 a 5 minutos (VASCONCELOS e FILHO, 2012) – Imersão em água fervente Para proteger a clorofila e reter a cor dos alimentos, adiciona-se a água de branqueamento 0,125% de bicarbonato de sódio ou óxido de cálcio. • Para evitar o escurecimento enzimático das maçãs e batatas cortadas, submersão, antes do tratamento térmico, em solução salina 2,0%. • Para manter a firmeza do alimentos: adição de cloreto de cálcio, que combina-se com a pectina, formando o pectato de sódio.PERDAS • Altera características nutritivas e organolépticas dos alimento Pasteurização É um processo térmico criado por Pasteur em 1864, mas muito utilizado até os dias de hoje. Objetivos: • garantir a inocuidade pela eliminação total da flora microbiana patogênica não esporulada • prolongar a vida útil dos alimentos pela destruição parcial dos microrganismos deteriorantes (células vegetativas - bactérias, bolores e leveduras) • inativar as enzimas • A pasteurização utiliza temperaturas 100°C e a fonte de calor pode ser através de: água quente, calor seco, vapor, corrente elétrica e radiação ionizante. •O objetivo principal dependente do pH do alimento. Alimentos com pH>4,5: destruição das bactérias patogênicas (forma vegetativa). Exemplo: leite, creme de leite, manteiga, frutas, sorvetes, embutidos, compotas • Os alimentos pasteurizados devem ser consumidos em curto espaço de tempo. Alimentos com pH<4,5: destruição microrganismos deterioradores e a inativação de enzimas. – Exemplo: sucos, cerveja. Limitações da Pasteurização: - Empregada com outros métodos de conservação: • Refrigeração, para controle de microrganismos termófilos • Aditivos químicos • Embalagens apropriadas •Alimentos: leite, creme de leite, manteiga, frutas, sorvetes, embutidos, compotas, cervejas, ovos líquidos enlatados e outros alimentos termossensíveis (sensíveis a altas temperaturas). Pasteurização LTLT (Low Temperature, Long Time) ou LTH (Low Temperature Holding) É considerada uma Pasteurização lenta que aplica temperaturas baixas, mas um sistema descontínuo e oneroso; Utilizada para volumes pequenos (100L a 500L) de produto, ocorre em tanques de parede dupla, onde há circulação de fluido calefator e o refrigerador. Preferencialmente possuem agitador (que aumenta a troca térmica) e termômetro para controle da temperatura do processo. Faz uso de tempos longos (aproximadamente 30 minutos) e baixas temperaturas (que variam de 62 a 68 °C); “63 °C por 30 minutos” é um exemplo de binômio tempo (t) x temperatura (T) bastante utilizado. Ex: leite destinado a produção de derivados; polpa de frutas. Pasteurização Lenta - LTLT • Pasteurização rápida a altas temperaturas: HTST (high temperature short time) • Ocorre em fluxo contínuo com trocadores de calor tubulares ou de placas; • Tipo de Pasteurização mais utilizada pelas indústrias de alimentos; • Ocorre em trocadores de calor (do tipo tubulares ou de placas); • Faz uso de temperaturas mais elevadas (72 a 85 °C) e tempos curtos (15 a 20 s); • 72-75°C por 15- 20 seg. é o binômio t x T mais utilizado para este tipo de Pasteurização. • Trocadores de placas ou de tubos, sob alta pressão. • Resfriamento, logo após tratamento. Pasteurização Rápida - HTST Em relação à figura anterior, o produto é preaquecido no trocadorregenerador (1) e, em seguida, passa ao trocador de calor (2) onde se pasteuriza; uma vez já processado, passa novamente pelo trocador (1) e chega ao trocador (3), onde se refrigera para depois ser acondicionado. A válvula de desvio de fluxo (não representada na figura) conduz o produto ao tanque de armazenamento se não tiver atingido a temperatura programada. Os pasteurizadores também possuem, em geral, o tubo de retenção, onde ocorre a manutenção do produto pelo tempo e temperatura - binômio t x T - previamente determinados para o processo. (Fonte: ORDÓÑEZ et al. (2005)) Esterilização A Esterilização é um tratamento térmico mais “intenso”, que faz uso de temperaturas acima de 100 °C. • Capaz de destruir microrganismos mais termoresistentes que não são destruídos na Pasteurização, tais como àqueles esporulados (Ex: microrganismos dos gêneros Bacillus e Clostridium), com o objetivo de se atingir a esterilidade comercial .A esterilidade comercial é uma condição atingida por aplicação de calor suficiente ou de outra tecnologia equivalente, isolado ou em combinação com outros tratamentos apropriados, para tornar o alimento “isento” de microrganismos (deteriorantes e patogênicos) capazes de se reproduzir em condição ambiente de armazenamento e distribuição do produto. • Os alimentos comercialmente estéreis podem conter um pequeno número de esporos bacterianos termoresistentes, que não se multiplicam no alimento. Mesmo após períodos longos de estocagem, sua deterioração, geralmente, ocorre devido a alterações não microbiológicas. Esterilização Comercial Eliminação de todos microrganismos (99,99%) e maioria dos esporos que poderiam se desenvolver nas condições normais de armazenamento do produto. • Esterilidade total: limitada pelas alterações nutritivas e sensoriais. •A esterelização de alimentos é feita em unidade envasadas e a granel. •Durante o tratamento térmico, os produtos , além da influência esterelizante que sofrem, são parcialmente cozidos. • Objetivos: • Eliminação de todas formas patogênicos e deteriorantes que poderiam desenvolver-se nas condições do alimento. • Inativação enzimática. • Temperatura: 115-150°C (morte térmica dos microrgranismos; por convenção, é determinada ao destruir o Clostridium bolulinum, em sua forma vegetativa e esporulada • Utiliza-se pressão. Esterilidade comercial (estabilidade microbiológica) •Pode ser realizada: — Alimentos já embalados (Apertização) — No alimento não envasado com envase asséptico posterior (UHT direto e indireto) Tratamento térmico em recipientes hermeticamente fechados. • Os alimentos enlatados foram inventados na França em 1795. • O inventor foi Nicolas Appert, um chefe de cozinha, que recebeu um prêmio de 12.000 francos, oferecidos por Napoleão, a quem conseguisse evitar a contaminação dos alimentos fornecidos aos militares. • 1809 – descoberta do método; em jarros fechado com rolha • 1810 – publicou o livro: “A arte de preservar substâncias animais e vegetais por muitos anos” • 1810 – inglês – Peter Durand – patenteou um processo semelhante, usando a lata de estanho. • 1813- latas de alimentos foram testadas pelo Exército e Marinha Britânica . • Aceitação de alimentos enlatados durante a Guerra da Secessão e a 1ª Guerra Mundial. • 1861 Introdução da esterilização em autoclaves. • 1904 invenção da lata recravada. Neste tipo de Esterilização, a aplicação do tratamento térmico ocorre no alimento já acondicionado em uma embalagem, que deve ser passível de higienização e resistente à aplicação de altas temperaturas. • EX: latas, garrafas de vidro e sacos plásticos termoestáveis. • Em relação às etapas do processo, primeiramente se faz o preenchimento da embalagem (previamente higienizada) com o produto, a evacuação do ar (etapa chamada de “exaustão”), o fechamento da embalagem e a aplicação do tratamento térmico • Esterilização do alimento já envasado. • Embalagens: latas, garrafas de vidro ou embalagens plásticas/laminadas termoestáveis. O Ponto frio , onde o aquecimento é mais lento e que se encontra no centro geométrico do eixo vertical da lata, é o ponto que deve ser observado e deve atingir o tempo e temperatura estabelecidos. Os alimentos apertizados mais comuns são: conservas vegetais (ervilha, milho, tomate, feijão, cogumelo, palmito, cenoura, aspargo, alcachofra), frutas enlatadas ou compotas (abacaxi, pêssego, figo, pêra), pescado (sardinha, atum, marisco), carnes (bovina, fiambrado, frango), sopas e derivados de frutas (geléia e doces em massa). • O processamento dos alimentos de baixa acidez se faz em temperaturas na ordem de 115ºC a 125ºC, sob pressão de vapor, em autoclave, sem prejudicar demasiadamente a qualidade dosprodutos. • Porém, o tempo e a temperatura utilizada no processo de apertização varia de acordo com o pH e o tipo do alimento. • E, o tempo de destruição de certos esporos diminui com o aumento da temperatura. Esterilização - Apertização Etapa de Exaustão • A operação de exaustão consiste em remover o ar do recipiente que vai ser fechado hermeticamente, sendo uma operação de grande importância, por exemplo, para a indústria de conservas alimentícias. Seguem algumas vantagens da sua aplicação: Um outro aspecto relevante é que, quando a embalagem fechada é aquecida, o seu conteúdo se expande e os gases dissolvidos nos alimentos escapam do produto. É criada uma pressão interna que, se for excessiva, pode provocar o rompimento da embalagem. Por isso, é fundamental que se tenha uma parte da embalagem vazia sobre o alimento, denominada de “espaço de cabeça”, importante para esta expansão de líquidos e gases. • Espaço de cabeça: espaço vazio deixado entre a tampa e o alimento para permitir a expansão dos gases no interior da embalagem e facilitar a troca de calor. A penetração de calor no tratamento térmico em alimentos embalados herméticamente, é definida como sendo a mudança da temperatura num determinado ponto do produto, em virtude da influência da temperatura dos pontos vizinhos do mesmo. • Essa penetração é resultante da transferência de calor no produto, que se processa por dois mecanismos fundamentais que são: POR CONVECÇÃO E POR CONDUÇÃO. Nos diversos alimentos embalados acima, o tratamento térmico deve ser: -ALIMENTOS 1 e 2: Aquecimento por Convecção. -ALIMENTO 3: Aquecimento por Convecção e também por Condução. -ALIMENTOS 4 e 5: Aquecimento por Condução. Quanto maior for o tempo de exposição de calor e o grau de temperatura, com mais facilidade haverá a destruição microbiana. A velocidade de penetração de calor no recipiente torna-se maior quando este, durante o processamento, é submetido a movimentos giratórios. • Diminui o tempo de aquecimento e, consequentemente, o período de resfriamento Esterilização de Envases • O método mais comum para o aquecimento de alimentos em embalagens fechadas é a aplicação de vapor d’água saturado. • As temperaturas são superiores a 100 ºC (de 110ºC a 125ºC), sendo necessário empregar sistemas a sobrepressão, fazendo uso de autoclaves. • A aplicação do calor deve ser feita lentamente para evitar mudanças térmicas bruscas nos alimentos e deformações ou rompimentos das embalagens.Ainda, para que o aquecimento seja o mais homogêneo possível, é indicado que as autoclaves sejam dotadas de sistemas de agitação, de forma a tornar mais rápida a transferência de calor durante a aplicação do tratamento térmico. • Reduzir ao mínimo as diferenças de pressões. • Esterilizadores descontínuos: são autoclaves verticais (carga pela parte superior) ou horizontais (carga frontal) que se carregam e descarregam cada vez que se processa um lote.Nas autoclaves ocorre a aplicação de temperatura sob pressão. E o porquê disso? • A autoclave é um equipamento dotado de uma resistência elétrica que aquece a água no seu interior. • Após a água começar a ebulir, vai ser formado vapor no interior do equipamento, vapor este que expulsa o ar que estava dentro da autoclave. • Quando no seu interior houver apenas vapor d’água saturado, fecham-se as válvulas do equipamento e todo o sistema da autoclave (com os produtos dentro, alocados nos tambores, que são cestos para armazenamento) e a pressão no seu interior começa a aumentar.Nas autoclaves ocorre a aplicação de temperatura sob pressão. E o porquê disso? • As autoclaves trabalham com pressão que gira em torno de 1 atmosfera (atm). • O ponto de ebulição da água é 100 °C, porém, quando esta temperatura é submetida a pressão de 1 atm, ela aumenta para 121 °C. • Assim, em geral, a Esterilização em autoclaves aplica nos alimentos temperaturas que variam entre 115 a 125 °C, por minutos. As autoclaves são consideradas esterilizadores descontínuos, uma vez que os alimentos são tratados termicamente em lotes de produto, um por vez. • Elas podem ser verticais, nas quais a carga de alimentos é colocada pela parte superior do equipamento, ou horizontais, em que ocorre a carga frontal dos produtos no equipamento. • As mais comuns na indústria de alimentos são as autoclaves horizontais.Existem também os Esterilizadores contínuos, o mais comum é o hidrostático • Este equipamento consiste em uma torre alta que processa, por exemplo, de 100 a 1000 latas de produto por minuto. Abaixo tem-se uma figura que demonstra as diferentes seções de aquecimento e resfriamento no equipamento. • Ocorre um pré-aquecimento do produto com água quente, a Esterilização propriamente dita por injeção de vapor e um resfriamento do produto com água fria ao final: zona central + 2 ramais laterais; P e T zona central: esterilização • Produto percorre todos os ramais através de uma esteira, sendo esterilizado na zona central e resfriado no ramal da direita.Podem ser de origem microbiológica, química e física. Tipos de alterações a) Estufamento (bombeamento) – devido formação de gases (CO2 , H2 ,...) devido ação microbiana ou química. b) Flat-sour – decomposição microbiana com formação de ácidos. c) Formação de gás + ácido. Cl. Sporogenes d) Modificações principalmente de cor, sabor, aroma e consistência. As modificações de cor são produzidas por colorações provenientes de alterações de certas substâncias e por reações de escurecimento.e) Conteúdo vitamínico: • Ácido ascórbico: muito sensível ao calor, é destruído mesmo a temperaturas baixas quando o aquecimento é demorado e mais ainda, se em presença do oxigênio e do íon cobre. • Tiamina: termolábil, sofre grandes perdas quando, em presença do calor e em alimentos com baixa acidez. • A, E e D: apesar de termoestáveis, podem sofrer perdas, se o aquecimento se processar na presença de oxigênio. A Esterilização dos alimentos antes do seu acondicionamento em embalagens se refere ao processo UHT (Ultra High Temperature) ou UAT (Ultra Alta Temperatura), que pode ser direto ou indireto. • Este tipo de tratamento térmico permite uma maior conservação dos produtos, os quais podem ser estocados por um período de tempo prolongado em temperatura ambiente antes da sua abertura para consumo. • O processo consiste no aquecimento muito rápido do produto até temperaturas bastante elevadas, que em geral variam de 140 a 175 °C, durante poucos segundos (geralmente de 2 a 4 segundos).Após a aplicação de calor, o produto é resfriado e acondicionado em embalagens estéreis através de um processo de envase asséptico. • Neste processo o produto é envasado em um sistema totalmente isolado do ambiente externo e que acondiciona o produto estéril comercialmente em suas respectivas embalagens, garantindo um produto final livre de contaminação de microrganismos indesejáveis. • O processo UHT de Esterilização é amplamente utilizado para alimentos líquidos e semi-líquidos, tais como leite, sopas, nata e purês.UHT indireto, o aquecimento do produto ocorre mediante trocadores de calor (tubulares, de placas), não havendo contato entre o agente calefator e o alimento. Já no processo UHT direto, ocorre injeção de vapor d’água no alimento ou injeção do alimento em vapor d’água, havendo assim contato entre o agente calefator e o alimento e um aquecimento quase que instantâneo do produto. UHT Indireto O produto procedente do tanque de armazenamento (1) é impulsionado pela bomba (2) até a seção de regeneração (3), onde começa a ser aquecido mediante o trocador de calor com a energia que o produto processado ainda mantém. O aquecimento até 80 °C a 85 °C completa-se com o trocador (4) de baixa pressão e no trocador-regenerador (5), passando depois ao trocador (6) onde se produz a esterilização do produto. O sistema de aplicação de vapor que opera pneumaticamente entre 300 a 400 kPa mantém a temperatura (135 °C a 150 °C) por um tempo curto (2 a 4 segundos). Se a temperatura cai abaixo do valor programado, a válvula de desvio de fluxo (T) conduz o produto ao tanquede armazenamento (1) antes do resfriamento no trocador (8). Se a temperatura do tratamento foi correta, o produto passa pelos trocadores-regeneradores (5 e 3) e, posteriormente, é levado à temperatura (10 °C a 14 °C) da embalagem asséptica mediante o trocador (7). Após o uso, a instalação é esterilizada automaticamente com vapor (ou água pressurizada a 145 °C até 155 °C). Envase: deve ser asséptico: – Embalagem tetra brik , tetra pack ou longa vida (6 camadas). 1. polietileno, 2. papel, 3. polietileno 4. alumínio, 5. Polietileno (2) , Esterilização prévia embalagens: UV, H2O2 , etc. Termização • O alimento que passa pelo processo de Termização se mantém em temperaturas que variam de 60 a 65 °C por um período de tempo entre 10 a 15 segundos. • Este tratamento térmico pode ser aplicado a alimentos tais como o leite cru, objetivando manter baixa a taxa de bactérias psicrotróficas, que são termolábeis/termossensíveis e se desenvolvem de 0 a 30 °C, inclusive em temperaturas de refrigeração aplicadas a este tipo de alimento Importante destacar que este processo não equivale à Pasteurização do leite, uma vez que não é suficiente para destruir todos os microrganismos patogênicos não esporulados presentes no alimento Objetivo – reduzir contaminação por psicrotróficos. • Processo: Fluxo contínuo, similar UHT, mas tempo e Temperatura menores (60-65°C por 10 -15s) Alterações nutricionais e sensoriais alimentos submetidos ao tratamento térmico a) Sensoriais: • Cor: degradação de pigmentos, reações caramelização e de Maillard. • Sabor: liberação ou formação de compostos. • Textura: desnaturação proteínas, degradação carboidratos b) Nutricionais - Perda de vitaminas – Vitamina C (ácido ascórbico): > presença oxigênio e cobre – tiamina (vitamina B1) – vitaminas A e E, apesar de termoestáveis, podem sofrer perdas, principalmente se o aquecimento se processar na presença de oxigênio. Aumento da digestibilidade de algumas proteínas: desnaturação. Tindalização • Trata-se de aquecimento de maneira descontínua de produtos acondicionados em recipientes fechados, • Considerado um processo demorado e oneroso, mas que mantém a qualidade nutricional e sensorial dos produtos. • Aplica-se no alimento temperatura que varia de 60 a 90 °C por um período de tempo entre 30 a 60 minutos, e procede-se ao resfriamento do produto. • Tais temperaturas são capazes de destruir formas vegetativas dos microrganismos, mas não as esporuladas (mais resistentes) Os esporos entram em germinação e, no prazo de 12 a 24 horas, é efetuado um novo aquecimento seguido de novo resfriamento do produto, proporcionando assim a eliminação de todos os microrganismos. • Para que se obtenha uma esterilização completa do alimento, o número de operações varia de 3 a 12 vezes.Pouco usada: muito tempo e custo elevado. – 60 a 90°C/ minutos – Repouso (24h) para germinação de esporos – 3 a 12 operações para obtenção da esterilização completa. – Vantagem: mantêm-se os nutrientes e a qualidade sensorial em proporções maiores.Objetivos: – destruição células microbianas vegetativas, – inativação de enzimas em alimentos acondicionados em recipientes fechados. Lista de exercícios – Conservação dos alimentos pelo calor APNP Princípios de Conservação de Alimentos 1) Como pode ser realizado o Branqueamento em vegetais? Além disso, quais as vantagens da realização deste tratamento?O branqueamento pode ser realizado com vapor saturado ou água quente. No caso de processos de congelamento e secagem, o branqueamento é realizado para inativar enzimas, evitando com isso, rápidas alterações de cor, sabor/odor e valor nutritivo destes alimentos. facilitando o preparo das refeições, uma vez que o legume já estará pré-pronto, então é só utilizá-lo para finalizar a sua receita; Reduz o desperdício de alimentos, 2) Qual a definição de “Apertização”? é a aplicação do processo térmico a um alimento convenientemente acondicionado em uma embalagem hermética resistente ao calor, a uma temperatura e um período de tempo cientificamente determinados, para atingir a esterilização comercial. 3) Cite diferenças entre os tratamentos térmicos de Pasteurização e Esterilização. A principal diferença é que a esterilização visa eliminar todos os micro-organismos e esporos, enquanto que a pasteurização deixa as formas mais resistentes e alguns esporos. 4) Comente sobre as duas modalidades da Pasteurização.Tem por objetivo destruir micro-organismos patogênicos não esporulados e diminuir a microbiota banal, de modo a fornecer ao consumidor um produto seguro a ser consumido em pouco tempo. Esse método é utilizado também para destruir a microbiota mais termorresistente (como leveduras e mofos), capazes de se desenvolver em pH tão baixo, como no vinagre. Existem 2 tipos de pasteurização: 1. LTH (low temperature holding) ou pasteurização baixa: é realizada em sistema descontínuo, usada para volumes pequenos (exemplo de 100-500 litros), com longos tempos (em trono de 30 min) e baixas temperaturas (62-68ºC); 2. HTST (high temperature, short time) ou pasteurização alta: é feita em sistema de fluxo contínuo com trocadores de calor. Emprega temperaturas altas (72-85ºC), com tempos curtos (15-20 seg) (ORDÓÑEZ, 2007 5) A Esterilização pode ocorrer de duas formas. Explique. A esterilização pode ser feita de 2 formas: em embalagens que já foram preenchidas ou aquecendo o alimento sem embalar (por exemplo UHT) e, depois, acondicionando-o assepticamente 6) Diferencie processo UHT indireto de processo UHT direto. UHT direta (contato direto do leite com vapor de água, com aumento instantâneo da temperatura) e o indireto (troca de calor ocorre através de placas ou tubos, sendo mais lento). 7) Qual o principal objetivo da Termização?Tem por objetivo manter baixa a taxa de bactérias psicrotróficas, que são muito termolábeis. É um processo em fluxo contínuo, similar à pasteurização HTST, mas um tratamento menos intenso (10-15 seg; 60-65ºC), aplicado ao leite cru. Não equivale à pasteurização do leite, pois não é suficiente para destruir todos os micro-organismos patogênicos não esporulados. 8) No que consiste o processo de Tindalização? Este é o aquecimento descontínuo dos produtos embalados em um recipiente fechado. É considerado um processo que consome tempo e caro que pode manter a nutrição e a qualidade sensorial do produto.
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