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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS - AULA 8 - As Correntes FENOMENOLÓGICAS-EXISTENCIAIS E HUMANISTAS - Psicologia Humanista

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As correntes fenomenológicas-existenciais e humanistas: 
PSICOLOGIA HUMANISTA
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS 
Aula 8
PSICOLOGIA HUMANISTA
► A Psicologia Humanista é uma corrente da psicologia que surgiu no meio do século XX → Nasceu como uma alternativa para as duas escolas principais: o behaviorismo e a psicanálise.
■ Raízes na corrente filosófica do existencialismo → Principal característica considerar o ser humano em sua totalidade.
■ “Psicologia Humanista não se refere a uma teoria específica, ou mesmo a uma escola.
► Os Humanistas entendem que a compreensão do homem e de sua saúde emocional precisa considerar seu corpo, suas emoções, seus sentimentos, comportamentos, pensamentos e todo o contexto a sua volta. 
■ Uma crítica a qualquer forma de determinismo, ou seja, não existem causas específicas para explicar o comportamento. 
■ Embora possa se admitir que os fatores ambientais e as pulsões inatas e inconscientes possam influenciar o comportamento, o indivíduo é capaz de responder com base em sua avaliação subjetiva de uma situação, ou seja, caberá sempre a ele escolher o que fazer.
► Abraham Maslow e Carl Rogers podem ser considerados os principais precursores da psicologia humanista.
Suposições Básicas do Humanismo são:
♦ O comportamento não é determinado por experiências passadas ou uma resposta a um estímulo imediato.
♦ O comportamento deve ser entendido em termos de experiência subjetiva, ou seja, se você deseja entender um comportamento, precisa entender a pessoa que está produzindo o comportamento. 
► Maslow se interessou profundamente pelo crescimento e desenvolvimento, e também pelo uso da Psicologia como instrumento de promoção do bem-estar social e psicológico. 
■ Uma teoria da personalidade precisa e viável deve incluir as profundezas, mas também os pontos altos que cada indivíduo é capaz de atingir.
PSICOLOGIA HUMANISTA
Abraham Maslow
► Uma necessidade só poderia ser satisfeita se a anterior fosse concretizada → O ser humano está sempre buscando melhorar sua vida. 
■ Quando uma necessidade é suprida, aparece outra em seu lugar. 
► Quando as necessidades humanas não são atendidas, sobrevêm sentimentos como frustração, agressividade, nervosismo, insônia, desinteresse, passividade, baixa autoestima, pessimismo, resistência a novidades, insegurança e outros.
■ Tais sentimentos negativos podem ser recompensados por outros tipos de realizações. 
► Quando o ser humano satisfaz suas necessidades, ele atingirá o estado de desenvolvimento de seu impulso vital, ou seja, a autorrealização.
► Na base da hierarquia há a compreensão do conceito de homeostase que é a tendência do organismo para manter o equilíbrio → Uma pessoa em pleno funcionamento. 
■ A homeostasia psicológica tem lugar pelo equilíbrio entre as necessidades e a sua satisfação.
■ Quando as necessidades não são satisfeitas, assiste-se a um desequilíbrio interno. 
► O sujeito procura alcançar um estado de equilíbrio por meio de condutas – comportamentos - que lhe permitam satisfazer essas necessidades. 
■ A homeostasia psicológica do organismo depende tanto das condições internas ao indivíduo quanto do meio externo. 
■ Caso a homeostase não seja restabelecida, seja por questões internas - baixa autoestima - ou por questões externas, a pessoa pode adoecer emocionalmente. 
Abraham Maslow
► Maslow afirma que a terapia pode funcionar de maneira a satisfazer as necessidades que foram frustradas nas pessoas que buscam a psicoterapia.
■ O papel do terapeuta não deve ser só de atender as necessidades primárias – carências – mas deve promover um processo profundo e prolongado de desenvolvimento de autocompreensão → A Terapia de Insight → Clarificação cognitiva através de uma Psicologia Reflexiva.
■ Bons terapeutas devem amar e zelar pelo ser ou pela essência das pessoas, funcionando como um facilitador para a autorrealização.
Abraham Maslow
Carl rogers
► Terapia Centrada na Pessoa → Rogers desenvolveu a terceira força da Psicologia.
■ O método valoriza a experiência prática, vivida, e fenomênica.
■ Inclui a subjetividade do terapeuta numa atitude humanista e fenomenológica. 
■ Se interessa pela compreensão dos significados atribuídos pela própria pessoa às suas vivências e pelos modos de experienciação dos mesmos.
► Uma visão de sujeito capaz de se autorrealizar e autoatualizar, com capacidade para "atuar seguindo convicções e princípios pessoais, que em si mesmo, são geradores de subjetivação, e não expressão de forças ocultas“
■ Ser humano concebido enquanto uma totalidade complexa, em processo, em devir, um ser implicado e configurado em seu ambiente, seja este físico, fenomenológico-experiencial, relacional ou sócio-histórico-cultural.
► Fundamental a compreensão do conceito de Tendência Atualizante - “Todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver todas as suas potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer sua conservação e seu enriquecimento“
■ “As pessoas têm fundamentalmente uma orientação positiva" → Dentro da pessoa, sob certas condições, há uma capacidade para a reestruturação e reorganização do self, e, consequentemente, a reorganização do comportamento, o que tem profundas implicações sociais.
■ A pessoa é dotada de um impulso em direção à saúde, pela qual ela se dirige livremente, sem ficar paralisada por eventos passados ou por crenças correntes, conseguindo encontrar o seu melhor modo de funcionamento.
Carl rogers
► Consciência compreendida como vivência ativa, intencional, criadora de sentidos, que gera novos processos de subjetivação no curso da expressão pessoal.
■ A consciência humana organiza-se, expressa-se e desenvolve-se "na contínua processualidade do sujeito, com suas complexas operações reflexivas” expressas de diversas formas. 
► Subjetividade desenvolvendo-se num processo contínuo, a partir das relações estabelecidas com os outros e com o mundo.
■ Self – Autoconceito – é a noção que a pessoa tem de si e da realidade que a própria pessoa percebe. 
■ “self rogeriano” compreendido como uma condição consciente e reflexiva de si, que apresenta e fornece significados com os quais a pessoa identifica-se e a partir dos quais percebe a realidade.
Carl rogers
► A pessoa saudável é aquela que confia em suas próprias experiências, reconhecendo que ela é diferente das pessoas, assim como as pessoas são diferentes dela. 
■ Pessoas podem agir de de forma livre, se experimentando e se permitindo a autodescoberta ou podem agir de forma irracional, destruindo o próprio self e o self dos outros, apresentando comportamento neurótico. 
■ “vivemos num mapa de percepções que nunca é a própria realidade” → é o campo de experiência do ser humano → “é um mundo privativo e pessoal que pode ou não corresponder à realidade objetiva”. 
► Indivíduo congruente - seu self ou self real - a forma como se percebe - se aproxima do self ideal - a forma como gostaríamos de ser. 
■ Na estabilidade fica evidente que a comunicação, a experiência e a tomada de consciência, evidenciam a saúde mental.
► Indivíduo incongruente – há um conflito - uma lacuna entre self real e o self ideal - surge uma tensão, ansiedade ou, em circunstâncias mais graves, uma confusão mental. 
■ Angústia para Rogers - uma resposta a tendência a atualização - mobiliza o sujeito na busca da congruência.
Carl rogers
Carl roger e a terapia centrada na pessoa
► Como funciona a Terapia Centrada na Pessoa? 
■ O terapeuta funciona como um facilitador do crescimento pessoal, ajudando o cliente a descobrir suas próprias aptidões para soluções de problemas.
■ O papel do psicoterapeuta é buscar a compreensão do ponto de vista fenomenal do cliente, entender a consciência vivencial da experiência que o cliente tem de si e do mundo. 
► Ver através dos olhos da outra pessoa, perceber o mundo tal como lhe aparece, aceder, pelo menos parcialmente, ao quadro de referência interno da pessoa.
■ Essa forma de escuta possibilita um tipo de particular de compreensão, livre de enquadramentos exteriores, tais como diagnósticos, julgamentosou explicações causais. 
► O processo é fruto da ação do próprio cliente, de sua imersão no processo terapêutico e de seu grau de investimento no mesmo. 
Condições facilitadoras básicas para o crescimento do cliente:
•  Compreensão: empatia 
■ Compreender empaticamente diz respeito à capacidade de o terapeuta compreender o cliente por meio do seu ponto de referência. 
■ Ser capaz de ressoar emocionalmente a experiência deste, de modo a que ele desenvolva um sentimento de aceitação pessoal e vivencie consequentemente uma “experiência emocional corretiva”. 
■ “Responsividade Terapêutica” → adequar o conteúdo e a forma da comunicação ao longo da sessão sempre de acordo com o impacto que está sendo causado no cliente.
■ Capacidade de ser sensível ao mundo do cliente, de ver nos olhos destes, seus sentimentos reveladores de suas percepções e experiências.
Carl roger e a terapia centrada na pessoa
► Capacidade de perceber e estar atento ao cliente em conseguir comunicar o que sente, o que percebe e o que vê, criando uma aliança terapêutica capaz de levar o cliente a conhecer aspectos novos de si mesmo.
•  Aceitação Incondicional
■ É a capacidade de o psicólogo aceitar o cliente verdadeiramente, entendendo que o outro, do seu jeito de ser, está sempre procurando se sentir bem e se encontrar → capacidade de conscientização. 
■ Conseguir que o cliente se aceite, do modo como ele é → uma ação de consideração afetuosa do terapeuta para com o cliente, sinalizando de modo subliminar, como é uma pessoa de valor, que merece receber seu respeito e apreço genuínos, o estimulando a se aceitar da forma que é. 
■ O efeito no indivíduo que apreende esta atitude é o de levar a que ele seja verdadeiramente aquilo que é, dentro de um clima de segurança no setting terapêutico, e que possa apreender gradualmente que não precisa mais de máscaras nem fachadas, uma vez que sabe seu valor, faça o que fizer. 
■ O cliente passa a se sentir menos rígido, pode se descobrir, e o que significa ser ele próprio, pode tentar realizar-se a si mesmo em novas formas espontâneas → encaminha-se para a criatividade. 
■ Em resposta a essa aceitação incondicional o cliente se encoraja e passa a buscar aquilo que julga importante para o seu desenvolvimento pessoal.
Carl roger e a terapia centrada na pessoa
•  Congruência
► A congruência implica que o terapeuta seja verdadeiro, sincero, integrado e autêntico.
■ Compreendida como o grau de exatidão entre a comunicação e a expressão daquilo que realmente ocorre - Uma tomada de consciência da experiência.
■ Um dos objetivos da terapia é que o cliente se sinta congruente, ou seja, que ele consiga ser ele mesmo, expressando-se com autenticidade. 
► A relação do terapeuta-cliente é a catálise necessária à mudança e o cliente utiliza esta relação única como um meio de ampliar sua consciência e descobrir recursos latentes a serem empregados construtivamente na transformação de sua vida.
Carl roger e a terapia centrada na pessoa
As sete fases rogeriana do processo terapêutico
1. Rigidez: “...sempre me pareceu um bocado idiota falar de si próprio, a não ser em caso de extrema necessidade...” → Nenhum problema pessoal é reconhecido – Não existe desejo de mudança.
2. Aceitação: Problemas são captados como exteriores ao indivíduo → “...o sintoma era... era... O fato de eu estar precisamente deprimida...” → sentimentos descritos como objetos passados.
3. Descontração: Expressão de experiências mais livre sobre si como um objeto → “...sou capaz de me sentir e sorrir com suavidade como a minha mãe ou a ser teimoso e seguro de mim como o meu pai...”
4. Relaxamento: Se sente compreendido nos vários aspectos da sua experiência – ”Sinto-me atado por qualquer coisa. Devo ser eu! Não encontro outro explicação. Não posso atribuir isso a ninguém...”
5. Abertura: A experiência é vivida subjetivamente e não como um objeto de um sentimento – “...Eu não estou a viver de acordo com o que sou. Poderia realmente fazer mais do que estou a fazer...” 
6. Experiência irreversível: olhos úmidos, lágrimas, suspiros, relaxamento muscular, são frequentes – “...a ideia de me amar a mim próprio e de me preocupar (olhos úmidos), seria uma coisa muito bonita...”
7. Transformação: ”...Não sei o que é que... (se modificou), mas sinto-me absolutamente diferente no que diz respeito às minhas recordações da infância e uma parte de hostilidade para com minha mãe e para com meu pai desapareceu...” – consciência subjetiva e reflexiva da experiência.
► REFORMULAÇÃO-REFLEXO – Refletir a comunicação que o cliente acaba de fazer. Retomar a ideia reformulando-as de modo que o cliente possa reconhece-la - O esforço de compreensão começa com: “Assim, segundo você...” – “Você quer dizer que...” – “Em outras palavras...” – “Em sua opinião...”
C: “Estou completamente sem coragem, e não aguento mais...” 
– T: Você se sente esgotado, ou Você não pode mais, e é isto que você sente neste momento.
C: “Não é um problema do momento presente; não se trata de um sentimento passageiro...” 
– T: Não é para você um mau momento a passar; trata-se de algo mais profundo, ou Você pensa que esse sentimento permanecerá daqui pra frente em você, que você não recobrará mais a coragem.
	
► REFORMULAÇAO COMO REVERSÃO DA RELAÇÃO FIGURA FUNDO - Não se subtrai nada a imagem invertendo-se a relação figura-fundo – Dá ao cliente a possibilidade de “ver” de outro modo sua própria percepção.
C: “A cidade onde moro é um verdadeiro buraco. São cerca de cem mil habitantes, dentre os quais não há um punhado com quem se possa ter um conversa simplesmente inteligente. Veja que eu não digo uma conversa interessante, mas simplesmente inteligente...” 
– T: De alguns pontos de vista, como o da inteligência, você se acha pois praticamente sozinho em sua cidade.
► REFORMULAÇÃO-CLARIFICAÇÃO – Consiste em reenviar ao cliente o sentido mesmo daquilo que ele disse.
C: “Meu cunhado é um tipo literalmente recheado de pretensões. Para ele, não há ninguém que conte além dele mesmo. Só ele tem alguma coisa a dizer. Quando entra em cena, a conversa é monopolizada por ele. Eu posso dizer boa noite a todo mundo e ir-me embora...” 
– T: Parece que não são os modos dele, exatamente, que constituem o nó do problema... Mas o fato de que esses modos, de alguma maneira, afetam você desfavoravelmente, como que eliminando você.
Bibliografia
● COREY, G. TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO E PSICOTERAPIA. Ed. Campus, RJ, 1993.
● MUCCHIELLI, R. A ENTREVISTA NÃO-DIRETIVA. Ed. Livraria Martins Fontes, São Paulo, SP, 1978.
● PONCIANO, R. PSICOTERAPIA – TEORIA E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS. Ed. Summus, SP, 2017.
● ROGERS, C. R. TORNAR-SE PESSOA. Ed. Livraria Martins Fontes, Lisboa, Portugal, 1961.
● URRUTIGARAY, M. C. F. TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS. SESES (Estácio), Rio de Janeiro, RJ, 2018.
● YALOM, I. D. OS DESAFIOS DA TERAPIA – REFLEXÕES PARA PACIENTES E TERAPEUTAS. Ediouro, RJ, 2006.

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